terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Paulo Moura - 3 Discos 1968 1969 e 1971

Paulo Moura nasce em 15 de julho de 1932, na Cidade de São José do Rio Preto, interior do Estado de São Paulo, filho de Pedro Gonçalves de Moura e de Cesarina Cândida de Moura. A Revolução Constitucionalista de 1932, iniciada em São Paulo contra o Governo Federal de Getulio Vargas, impediu que seu pai o registrasse na ocasião do nascimento. Assim surgiu a data de 17 de fevereiro de 1933, que consta até hoje em documentos oficiais.
Em 1941 aos nove anos, Paulo Moura inicia seus estudos musicais com o pai. Dele ganha a primeira clarineta.
Em 1944 começa a tocar no conjunto de seu pai Pedro Moura – em bailes populares no Clube Marcilio Dias, para a população negra de São José do Rio Preto, em tempos de discriminação racial. Extrai seu primeiro solo num choro composto pelo saxofonista Domingos Pecci.
Em 1945 a família Moura chega ao Rio de Janeiro, para morar na Rua Barão de Mesquita 363, na Tijuca.
Em 1950 ingressa, por mérito, diretamente no quarto ano do Curso de Clarineta, na Escola Nacional de Música, sob a orientação do Prof. Jayoleno dos Santos.
Em 1951 tem pela primeira vez tem carteira assinada como músico profissional em trabalho temporário: é o primeiro saxofone alto (solista) da Orquestra de Oswaldo Borba na Rádio Globo.
Em 1965 Paulo Moura faz uma série de arranjos para Elis Regina , no LP “Samba - Eu Canto Assim”, com destaque para as canções : "João Valentão" de Dorival Caymmi e "Menino das Laranjas" de Théo Lima.
Em 1966 inicia a estreita amizade com Wagner Tiso, a quem convida para integrar o quarteto do baterista Edison Machado, em substituição à Osmar Milito, que deixava o grupo para viver em Los Angeles.
Em 1968 o LP “Hepeteto – Mensagem" com Wagner Tiso (piano), Pascoal Meirelles (bateria), Luis Alves (contrabaixo), Oberdan Magalhães (sax tenor), Cesário Constâncio (trombone), e Darcy da Cruz ( trompete) é lançado pela gravadora Equipe no momento em que há uma retomada da bossa nova, agora voltada para o público mais sofisticado e amante do jazz.
Em 1969 a gravadora Equipe lança os LPs “Quarteto" com Wagner Tiso (piano), Luís Alves (contrabaixo) e Pascoal Meirelles (bateria) e “Pilantrocracia” em que reúnem-se a eles Darcy da Cruz e Heraldo Reis (trompete), Oberdan magalhães (sax), Cesário constâncio (trombone) e Mayuto Correa (tumbadora).
Em 1971 a gravadora Equipe lança o LP Fibra no qual Paulo Moura volta à formação com sete músicos: temos novamente Oberdan Magalhães (sax tenor e flauta), Cesário Constâncio (trombone), Wagner Tiso (piano e órgão) e Luíz Alves (contrabaixo e violão). Neste último, Marcio Montarroyos substitui Darcy da Cruz e Robertinho fica no lugar de Pascoal Meirelles. O disco tem, ainda, as participações de Tavito tocando guitarra em quatro faixas e Milton Nascimento tocando piano em uma e traz de novo, "Samba de Orfeu", "General da banda" e "Bitucadas nº 2", presentes em "Hepteto - Mensagem", mas com diferenças de arranjos que músicos diferentes na banda sempre impõem.
Em 2009 Paulo Moura excursiona para Tunísia e o Equador. Sua música é recebida com grande repercussão na imprensa internacional que o considera Embaixador da Música Instrumental Brasileira."
Lança o Cd “AfroBossaNova”, em parceria com o guitarrista baiano Armandinho (Armando Macedo).
Em 2010 no dia 6 de março é inaugurada a Sala Paulo Moura, no Centro de Referência da Música Brasileira, Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro, por iniciativa de Jandira Feghali e Humberto Araujo.
Em 18 de junho deste ano sobe ao palco pela última vez em show no Sesc Pompéia de São Paulo.

Depois de seis anos de tratamento de um câncer linfático Paulo Moura falece em 12 de julho de 2010, no Rio de Janeiro.
O Congresso Americano, em 15 de julho, data em que completaria 78 anos, ergue uma bandeira em meio mastro, em sua homenagem e confere-lhe o Certificado de Mérito por sua luta contra o racismo ao reunir a música erudita à música das ruas do Rio e ao jazz americano, criando seu próprio estilo.

Paulo Moura was born on July 15, 1932, in the city of São José do Rio Preto, in the interior of the State of São Paulo, son of Pedro Gonçalves de Moura and Cesarina Cândida de Moura. The Constitutionalist Revolution of 1932, initiated in Sao Paulo against the Federal Government of Getulio Vargas, prevented his father from registering him at the time of his birth. Thus came the date of February 17, 1933, which appears to this day in official documents.
In 1941 at the age of nine, Paulo Moura began his musical studies with his father. From him wins the first clarinet.
In 1944 he began to play in the ensemble of his father Pedro Moura - in popular dances in the Marcilio Dias Club, for the black population of São José do Rio Preto, in times of racial discrimination. He extracts his first solo in a cry composed by the saxophonist Domingos Pecci.
In 1945 the Moura family arrives in Rio de Janeiro, to live in Rua Barão de Mesquita 363, in Tijuca.
In 1950 he entered, on merit, directly in the fourth year of the Clarineta Course, at the National School of Music, under the guidance of Prof. Jayoleno dos Santos.
In 1951, for the first time, he has a portfolio signed as a professional musician in temporary work: he is the first alto saxophone (soloist) of the Orquestra de Oswaldo Borba on Radio Globo.
In 1965 Paulo Moura made a series of arrangements for Elis Regina, in the LP "Samba - Eu Canto Assim", with emphasis on the songs: "João Valentão" by Dorival Caymmi and "Menino das Laranjas" by Théo Lima.
In 1966 he began his close friendship with Wagner Tiso, whom he invited to join the quartet of drummer Edison Machado, replacing Osmar Milito, who left the group to live in Los Angeles.
In 1968 the LP "Hepeteto - Message" with Wagner Tiso (piano), Pascoal Meirelles (drums), Luis Alves (bass), Oberdan Magalhães (tenor sax), Cesário Constâncio (trombone) and Darcy da Cruz (trumpet) By Team Records at the moment there is a resumption of bossa nova, now focused on the most sophisticated and jazz-loving audience.
In 1969, Team Records released the LPs "Quarteto" with Wagner Tiso (piano), Luís Alves (bass guitar) and Pascoal Meirelles (drums) and "Pilantrocracia" in which Darcy da Cruz and Heraldo Reis (trumpet) Oberdan magalhães (sax), Cesario constâncio (trombone) and Mayuto Correa (tumbadora).
In 1971 the team record company LP Fibra in which Paulo Moura returns to the formation with seven musicians: we have again Oberdan Magalhães (sax tenor and flute), Cesário Constâncio (trombone), Wagner Tiso (piano and organ) and Luíz Alves guitar). In the latter, Marcio Montarroyos replaces Darcy da Cruz and Robertinho is in the place of Pascoal Meirelles. The album also has the participation of Tavito playing guitar in four tracks and Milton Nascimento playing piano in one and brings back "Samba de Orfeu", "General da banda" and "Bitucadas no. 2", present in "Hepteto - Message ", but with different arrangements that different musicians in the band always impose.
In 2009 Paulo Moura toured to Tunisia and Ecuador. His music is received with great repercussion in the international press that considers him Ambassador of Brazilian Instrumental Music. "
Launches the CD "AfroBossaNova", in partnership with the Bahian guitarist Armandinho (Armando Macedo).
In 2010, on March 6, the Paulo Moura Room was inaugurated, at the Reference Center of Brazilian Music, Rio de Janeiro's Municipal Culture Secretariat, on the initiative of Jandira Feghali and Humberto Araujo.
On June 18 of this year he takes the stage for the last time in a show at Sesc Pompéia in São Paulo.
After six years of treatment of a lymphatic cancer Paulo Moura dies on July 12, 2010, in Rio de Janeiro.
The US Congress, on July 15, when it would turn 78, holds up a banner on its mast in honor of it and bestows on it the Certificate of Merit for its fight against racism by bringing erudite music to the music of the streets of Rio and American jazz, creating their own style.


Nenhum comentário:

Postar um comentário