sábado, 16 de julho de 2022

João Nogueira - Discografia

Filho do advogado e músico João Batista Nogueira e irmão da também compositora, Gisa Nogueira, cedo tomou contato com o mundo musical.
Logo aprendeu a tocar violão e a compor em parceria com a irmã.
Com apenas 17 anos, já era diretor de um bloco carnavalesco no bairro carioca do Méier. Nesta época, a gravadora Copacabana gravou sua composição Espera, ó nega, que João cantou acompanhado pelo conjunto depois chamado Nosso Samba. 
Em 1970, Elizeth Cardoso ouviu a gravação de sua composição Corrente de aço e resolveu regravá-la.
Em 1971, teve obras suas gravadas por Clara Nunes (Meu lema) e Eliana Pittman (Das duzentas pra lá).
Como esta música defendia a ampliação do mar territorial do Brasil para 200 milhas, medida adotada pelo regime militar, João sofreu patrulha ideológica.
Ainda em 1971, João passou a integrar a ala de compositores da Portela, sua escola de coração, onde venceu um concurso interno com o samba Sonho de Bamba.
Mais tarde fez parte do grupo dissidente que saíu da Portela para fundar a Tradição. Fundou também o bloco "Clube do Samba", que ajudou a revitalizar o carnaval de rua carioca.
Em mais de quatro décadas de atividade, João gravou 18 discos. Teve vários parceiros, mas o mais importante foi certamente Paulo César Pinheiro.
Quando morreu, vitimado por um enfarte, em 2000, João organizava um espetáculo numa grande casa noturna de São Paulo, e que resultaria no lançamento de uma gravação ao vivo.
Com sua morte, vários colegas se juntaram para apresentar, nas mesmas datas e no mesmo local, um espetáculo em sua homenagem. Participaram Zeca Pagodinho, Beth Carvalho, Dona Ivone Lara, Arlindo Cruz e Sombrinha, Emílio Santiago, Carlinhos Vergueiro e a família de João: o sobrinho Didu, o filho Diogo e a irmã e parceira Gisa. O show foi gravado para o disco João Nogueira,  Através do Espelho.


Son of the lawyer and musician João Batista Nogueira and brother of the composer, Gisa Nogueira, he soon came into contact with the musical world.
Soon she learned to play the guitar and compose in partnership with her sister.
At just 17 years old, he was already director of a carnival block in the Rio de Janeiro neighborhood of Méier. At this time, the record company Copacabana recorded their composition Espera, ó nega, which João sang accompanied by the ensemble later called Nosso Samba.
In 1970, Elizeth Cardoso heard the recording of his composition Chain of steel and decided to re-record it.
In 1971, he had his works recorded by Clara Nunes (My motto) and Eliana Pittman (Das two hundred to there).
As this song defended the expansion of Brazil's territorial sea to 200 miles, a measure adopted by the military regime, João suffered ideological patrol.
Still in 1971, João joined the composers wing of Portela, his heart school, where he won an internal contest with the samba Sonho de Bamba.
Later he was part of the dissident group that left Portela to found Tradição. He also founded the "Clube do Samba" block, which helped revitalize the street carnival in Rio.
In more than four decades of activity, João recorded 18 albums. He had several partners, but the most important was certainly Paulo César Pinheiro.
When he died, victimized by a heart attack, in 2000, João organized a show in a large nightclub in São Paulo, which would result in the launch of a live recording.
With his death, several colleagues came together to present, on the same dates and in the same place, a show in his honor. Zeca Pagodinho, Beth Carvalho, Dona Ivone Lara, Arlindo Cruz and Sombrinha, Emílio Santiago, Carlinhos Vergueiro and João's family participated: nephew Didu, son Diogo and sister and partner Gisa. The show was recorded for the album João Nogueira, Through the Mirror.

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