terça-feira, 1 de julho de 2025

Martinho da Vila - Discografia

Data de nascimento
12/2/1938
Cantor. Compositor. Escritor.

Nasceu num sábado de carnaval. Os pais, Josué Ferreira e Teresa de Jesus Ferreira, trabalharam como meeiros em diferentes fazendas e cidades no Estado do Rio de Janeiro. Com quatro anos, mudou-se com a família para o subúrbio do Rio de Janeiro e sonhava em ser jogador de futebol. Cursou o primário na Escola Rio Grande do Sul, no Engenho de Dentro. Foi criado em Lins de Vasconcelos, na Serra dos Pretos Forros, perto da Escola de Samba Aprendizes da Boca do Mato. Segundo o próprio Martinho, antes da fundação da Aprendizes da Boca do Mato, havia um bloco carnavalesco, “Bloco do Abelardo”, fundado por um funcionário da Light de apelido Abelardo Fumo, que virou “Bloco da Burrinha”, e, mais tarde, Bloco Acadêmicos da Boca do Mato, do qual presenciou a sua fundação aos 13 anos de idade. A partir deste bloco, foi fundada, por Seu Aristides, a Escola Aprendizes da Boca do Mato, da qual participou da Ala dos Grã-Finos, chegando à presidência desta. Mais tarde, ao 16 anos, incentivado pelo também compositor Tolito da Mangueira, passou a compor para a escola e ingressou na Ala dos Compositores, chegando à presidência desta ala e ainda Diretor de Harmonia. As cores da escola e o nome “Aprendizes da Boca do Mato” foram inspirados na escola “Aprendizes de Lucas”. Na Aprendizes da Boca do Mato, sua primeira escola, participava na bateria tocando “frigideira”. Mais tarde, com a proibição da “frigideira” nos desfiles, passou a tocar tarol e outros instrumentos típicos da bateria. Desfilou na Aprendizes até 1965.

Teve como primeira profissão Laboratorista Industrial (preparador de óleos e graxas), com curso pelo SENAI.

Em 20 de junho de 1956, ingressou no exército, onde foi sargento-escrevente, datilógrafo e contador no Ministério da Guerra. Serviu ainda no Laboratório Químico e Farmacêutico e na Diretoria Geral de Engenharia e Comunicação. Deu baixa em 1969, atuando por 13 anos e dedicou-se exclusivamente à carreira de cantor e compositor.

Da união com a também cantora Anália Mendonça teve três filhos, sendo um deles, a cantora e compositora Martnália. No final da década de 1960, conheceu Lícia Maria Caniné (a Ruça), sua segunda mulher, com quem teve três filhos. Com a porta-bandeira Rita Freitas teve uma filha. No início dos anos 90, casou-se com Clediomar Corrêa Liscano Ferreira, a Cléo, com quem tem dois filhos.

Seu pai era conhecido como “Josué das Letras” ou ainda “Professor”. Dele sofreu influência e tomou gosto pelas letras. Por conta dessa aproximação com a escrita, lançou em 1986 o livro “Vamos brincar de política?”, pela Editora Globo, com ilustrações da amiga Jacyra Silva, dedicado ao público infanto-juvenil.

Em 1992 publicou “Kizombas, andanças e festanças”, no qual contou experiências profissionais e pessoais. O livro foi lançado pela Editora Léo Cristiano Editorial.

Em 1998 a editora Records relançou “Kizombas, andanças e festanças”. No ano seguinte, pela ZFM Editora publicou “Joana e Joanes – Um romance fluminense”, também publicado em Portugal pela Editora Eurobrape neste mesmo ano.

Em 2000, estreando na ficção, lançou o livro “Joana e Joanes – um romance fluminense”, pela editora ZFM. No ano seguinte publicou “Ópera Negra”, seu quarto livro, pela Editora Global.

Em 2002 lançou pela editora portuguesa Eurobrape o livro de ficção “Memórias Póstumas de Tereza de Jesus”. No ano seguinte o livro foi publicado também no Brasil pela Editora Ciência Moderna. Em 2003 foi o principal articulador da construção da nova sede da Escola de Samba Vila Isabel, com projeto de Oscar Niemeyer.

No ano de 2006 lançou “Os Lusófonos” pela Editora Ciência Moderna. No ano seguinte lançou o livro infantil “Vermelho 17” pela ZFM Editora.

Em 2008 publicou pela Lazuli Editora o livro “A Rosa Vermelha e o Cravo Branco”.

Em 2009 lançou o livro de ficção “A Serra do Rola Moça” (ZFM Editora) – nome de uma localidade em Minas Gerais e também, nome de um poema de Mário de Andrade musicado pelo compositor. Ainda em 2009 foi exibido, no “Festival 19º Cine Ceará”, o documentário “O Pequeno Burguês- Filosofia de Vida”, dirigido por Edu Mansur. Neste mesmo ano, pela Lazuli Editora, lançou “A Rainha da Bateria”.

A Irmãos Vitale Editores lançou “O Melhor de Martinho da Vila”, compilação de partituras com algumas de suas composições mais conhecidas e com comentários do crítico e jornalista Roberto Moura.

No município de Duas Barras criou o Instituto Cultural Martinho da Vila, que atende à crianças do município e adjacências com aulas de música e outras atividades de formação profissional.

Em 2010 candidatou-se a uma vaga na Academia Brasileira de Letras, não sendo eleito. No ano posterior, em 2011 a cidade de Duas Barras lhe prestou homenagem com uma estátua em tamanho natural. Neste mesmo ano proferiu palestra sobre Noel Rosa na Academia Carioca de Letras. Neste mesmo ano foi lançado, na Livraria do Museu da República, no Rio de Janeiro, o livro “Martinho da Vila – Tradição e Renovação”, dos escritores João Batista de M. Vargens e André Conforte, com prefácio de Sérgio Cabral, pela Editora Almádena.

No ano de 2014 foi eleito para a Academia Carioca de Letras na vaga de Fernando Segismundo, ex-presidente da ABI. Na votação, obteve 28 votos dos 38 acadêmicos integrantes. Em dezembro deste mesmo ano foi ano foi empossado na Cadeira nº 6, que tem como patrono Evaristo da Veiga, em solenidade presidida por Ricardo Cravo Albin na Sala Pedro Calmon, do Instuto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), no bairro da Glória, no Rio de Janeiro. No ano posterior, em 2015, estreou em circuito nacional o documentário “O Samba”, do diretor Georges Gachot, no qual Martinho da Vila guia o espectador pelo mundo do samba, contando histórias sobre sua carreira e apresentando sua escola, a Vila Isabel.

No ano de 2017 recebeu o título de “Doutor Honoris Causa” em sessão solene do Conselho Universitário da Faculdade de Letras da UFRJ. No ano seguinte, em 2018, em homenagem às comemorações da passagem de seus 80 anos, o Instituto Cultural Cravo Albin, em nome do seu presidente Ricardo Cravo Albin, apresentou à LIESA (Liga das Escolas de Samba) o projeto “Homenagem da Riotur aos 80 anos de Martinho da Vila”. Neste mesmo ano de 2018 foi homenageado em São Paulo, como tema do enredo, pela Escola Unidos do Peruche, participando do desfile, e ainda no Rio de Janeiro pela Banda de Ipanema, em desfile celebrando o seu aniversário.

Em 2018 a escritora Helena Theodoro lançou, pela Pallas Editora, a biografia “Martinho da Vila – Reflexos no espelho”, com prefácio de Ricardo Cravo Albin, do qual destacamos o seguinte trecho:

“Martinho da Vila é afeto antigo. Mais que isso, amizade crestada em fogo de meio século. Que me provoca sempre respeito e admiração, consolidados a cada disco, a cada música, a cada apresentação no Brasil ou no exterior. Martinho, o doce mas firme personagem, o amigo correto, o artista cujas entranhas são guardiãs da essencialidade do Brasil. Do grito da verdade. Da ternura do povo. Não à toa, o Martinho de minhas exaltações pelo essencial da alma do povo. De sua ternura. DE seus sussurros e graças transformadores. Agora o Martinho inteiro de Helena Theodoro. Nas mãos de todos nós.”


Date of birth
2/12/1938
Singer. Composer. Writer.

Born on a carnival Saturday. His parents, Josué Ferreira and Teresa de Jesus Ferreira, worked as sharecroppers on different farms and cities in the State of Rio de Janeiro. At the age of four, he moved with his family to the suburbs of Rio de Janeiro and dreamed of becoming a soccer player. He attended primary school at Escola Rio Grande do Sul, in Engenho de Dentro. He was raised in Lins de Vasconcelos, in the Serra dos Pretos Forros, near the Escola de Samba Aprendizes da Boca do Mato. According to Martinho himself, before the founding of Aprendizes da Boca do Mato, there was a carnival block, “Bloco do Abelardo”, founded by a Light employee nicknamed Abelardo Fumo, which became “Bloco da Burrinha”, and, later, Academic Block of Boca do Mato, which he witnessed its foundation at the age of 13. From this block, Seu Aristides founded the Escola Aprendizes da Boca do Mato, in which he participated in the Ala dos Gr-Finos, rising to its presidency. Later, at the age of 16, encouraged by fellow composer Tolito da Mangueira, he started to compose for the school and joined the Composers Wing, reaching the presidency of this wing and also Director of Harmony. The school's colors and the name “Aprendizes da Boca do Mato” were inspired by the school “Aprendizes de Lucas”. At Aprendizes da Boca do Mato, his first school, he participated on the drums playing “frying pan”. Later, with the prohibition of the “frying pan” in the parades, he started to play the snare drum and other typical drum instruments. He paraded in Aprendizes until 1965.

His first profession was Industrial Laboratorian (preparator of oils and greases), with a course at SENAI.

On June 20, 1956, he joined the army, where he was a clerk-sergeant, typist and accountant in the Ministry of War. He also served in the Chemical and Pharmaceutical Laboratory and in the General Directorate of Engineering and Communication. He was discharged in 1969, performing for 13 years and dedicating himself exclusively to his career as a singer and songwriter.

From the union with also singer Anália Mendonça he had three children, one of them being singer-songwriter Martnália. At the end of the 1960s, he met Lícia Maria Caniné (Ruça), his second wife, with whom he had three children. With the flag bearer Rita Freitas he had a daughter. In the early 1990s, he married Clediomar Corrêa Liscano Ferreira, known as Cléo, with whom he has two children.

His father was known as “Josué das Letras” or even “Professor”. He was influenced by him and took a liking to lyrics. Due to this approach to writing, in 1986 he released the book “Let's play politics?”, by Editora Globo, with illustrations by his friend Jacyra Silva, dedicated to children and youth.

In 1992 he published “Kizombas, andanças e festanças”, in which he recounted professional and personal experiences. The book was released by Editora Léo Cristiano Editorial.

In 1998, Records re-released “Kizombas, Andanças e Festanças”. In the following year, by ZFM Editora he published “Joana e Joanes – Um romance fluminense”, also published in Portugal by Editora Eurobrape in the same year.

In 2000, debuting in fiction, he launched the book “Joana e Joanes – um romance fluminense”, by ZFM publishing house. The following year he published “Opera Negra”, his fourth book, by Editora Global.

In 2002 he launched the fiction book “Posthumous Memories of Tereza de Jesus” by the Portuguese publisher Eurobrape. The following year, the book was also published in Brazil by Editora Ciência Moderna. In 2003 he was the main articulator of the construction of the new headquarters of the Vila Isabel Samba School, with a project by Oscar Niemeyer.

In 2006 he released Os Lusófonos by Editora Ciência Moderna. In the following year he launched the children's book “Vermelho 17” by ZFM Editora.

In 2008 he published the book “A Rosa Vermelha e o Cravo Branco” by Lazuli Editora.

In 2009 he released the fiction book “A Serra do Rola Moça” (ZFM Editora) – the name of a place in Minas Gerais and also the name of a poem by Mário de Andrade set to music by the composer. Also in 2009, at the “Festival 19º Cine Ceará”, the documentary “The Little Bourgeois- Philosophy of Life”, directed by Edu Mansur, was shown. In the same year, through Lazuli Editora, he released “A Rainha da Batera”.

Irmãos Vitale Editores released “O Melhor de Martinho da Vila”, a compilation of scores with some of his best-known compositions and with comments by the critic and journalist Roberto Moura.

In the municipality of Duas Barras, he created the Martinho da Vila Cultural Institute, which serves children in the municipality and surroundings with music classes and other professional training activities.

In 2010, he ran for a seat at the Brazilian Academy of Letters, but was not elected. The following year, in 2011, the city of Duas Barras paid homage to him with a life-size statue. In the same year he gave a lecture on Noel Rosa at the Academia Carioca de Letras. In the same year, the book “Martinho da Vila – Tradição e Renovação”, by the writers João Batista de M. Vargens and André Conforte, with a preface by Sérgio Cabral, was launched that same year, by Editora Almadena.

In 2014 he was elected to the Academia Carioca de Letras in the vacancy of Fernando Segismundo, former president of ABI. In the poll, he obtained 28 votes from the 38 member academics. In December of that same year, he was sworn in to Chair nº 6, whose patron is Evaristo da Veiga, in a ceremony presided over by Ricardo Cravo Albin in Sala Pedro Calmon, of the Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), in the Glória neighborhood, in Rio de Janeiro. The following year, in 2015, the documentary “O Samba”, by director Georges Gachot, premiered on the national circuit, in which Martinho da Vila guides the viewer through the world of samba, telling stories about his career and introducing his school, Vila Isabel.

In 2017 he received the title of “Doctor Honoris Causa” in a solemn session of the University Council of the Faculty of Letters of UFRJ. In the following year, in 2018, in honor of the celebrations of its 80th birthday, the Instituto Cultural Cravo Albin, on behalf of its president Ricardo Cravo Albin, presented to LIESA (Liga das Escolas de Samba) the project “Homage of Riotur to 80 years of Martinho da Vila”. In the same year, 2018, he was honored in São Paulo, as the theme of the plot, by Escola Unidos do Peruche, participating in the parade, and also in Rio de Janeiro by Banda de Ipanema, in a parade celebrating his birthday.

In 2018, the writer Helena Theodoro launched, through Pallas Editora, the biography “Martinho da Vila – Reflexos no Espelho”, with a preface by Ricardo Cravo Albin, from which we highlight the following excerpt:

“Martinho da Vila is an old affection. More than that, friendship scorched in the fire of half a century. That always provokes respect and admiration in me, consolidated with each record, with each song, with each presentation in Brazil or abroad. Martinho, the sweet but firm character, the correct friend, the artist whose guts are guardians of the essentiality of Brazil. From the cry of truth. From the tenderness of the people. It is not by chance that I praise Martinho for the essence of the people's soul. Of your tenderness. OF his transforming whispers and graces. Now the whole Martinho by Helena Theodoro. In the hands of all of us.”

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segunda-feira, 2 de junho de 2025

João Donato - Discografia.

João Donato de Oliveira Neto

* 17/8/1934, Rio Branco - AC.
+ 17/7/2023, Rio de Janeiro - RJ.

Iniciou sua carreira profissional em 1949, como integrante do grupo Altamiro Carrilho e Seu Regional, com o qual gravou, nesse ano, um 78 rpm contendo as canções "Brejeiro" (Ernesto Nazareth) e "Feliz aniversário" (Altamiro Carrilho e Ari Duarte). O selo omite sua participação no disco. Em seguida, substituiu Chiquinho do Acordeon no conjunto de Fafá Lemos em apresentação na boate Monte Carlo (RJ). Atuou depois em outras casas noturnas, como Plaza, Drink, Sacha's e Au Bon Gourmet, entre outras.

Em 1953, formou seu próprio grupo, Donato e Seu Conjunto, com o qual lançou, nesse ano, dois discos em 78 rpm: "Tenderly" (J. Lawrence e W..Gross)/"Invitation" (Bronislau Kaper) e "Já chegou a hora (Rubens Campos e Henricão)/"You Belong to Me" (Pee Wee King, Stewart e Price).

Fez parte do grupo Os Namorados, com o qual gravou três discos em 78 rpm: "Eu quero um samba" (Haroldo Barbosa e Janet de Almeida)/"Três Ave-Marias" (Hanibal Cruz), em 1953; "Palpite infeliz" (Noel Rosa)/"Pagode em Xerem (Sebastião Gomes e Alcebádes Barcelos), em 1953; e "Você sorriu" (Valdemar Gomes e José Rosa)/"Não sou bobo" (Nanai, Ari Monteiro e L. Machado), em 1954.

Ainda em 1954, formou o Trio Donato, com o qual lançou um 78 rpm contendo as canções "Se acaso você chegasse (Lupicínio Rodrigues e Felisberto Martins) e "Há muito tempo atrás (J. Kern e I. Gershwin).

Em 1956, mudou-se para São Paulo, onde atuou como pianista do conjunto Os Copacabanas e na Orquestra de Luís Cesar. Nesse mesmo ano, lançou, com o Donato e Seu Conjunto, um 78 rpm contendo as músicas "Farinhada" (Zé Dantas) e "Comigo é assim" (Luiz Bittencourt e José Menezes). Ainda em 1956, gravou seu primeiro LP, "Chá dançante", produzido por Tom Jobim para a gravadora Odeon. No repertório, as canções "Comigo é assim" (Luiz Bittencourt e Zé Menezes), "No Rancho Fundo" (Ary Barroso e Lamartine Babo), "Se acaso você chegasse" (Lupicínio Rodrigues e Felisberto Martins), "Carinhoso" (Pixinguinha e João de Barro), "Baião" (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira), "Peguei um Ita no Norte" (Dorival Caymmi), "Farinhada" (Zé Dantas) e "Baião da Garoa" (Luiz Gonzaga e Hervé Cordovil).

Em 1958, voltou para o Rio de Janeiro e passou a dedicar-se exclusivamente ao piano. Nesse ano, gravou duas faixas no LP "Dance conosco": "Minha saudade", seu primeiro sucesso, e "Mambinho", ambas em parceria com João Gilberto. Nessa época, fez parte da Orquestra do Maestro Copinha, que se apresentava no Copacabana Palace (RJ).

Em 1959, viajou para o México com Nanai e Elizeth Cardoso. Em seguida, transferiu-se para os Estados Unidos, onde residiu durante três anos. Nesse país, atuou com Carl Tjader, Johnny Martinez, Tito Puente e Mongo Santa Maria. Excursionou com João Gilberto pela Europa.

Em 1962, voltou para o Brasil, casado com a atriz norte-americana Patricia del Sasser.

Em 1963, gravou o LP “Muito à vontade”, com Tião Neto (contrabaixo) e Milton Banana (bateria). O disco foi lançado pela Polydor, com destaque para suas composições “Sambou… Sambou” (c/ João Melo) e “Caminho de casa”. Também nesse ano, lançou o LP “A bossa muito moderna de João Donato e seu Trio”.

Em seguida, retornou aos Estados Unidos, onde viveu por mais dez anos. Nesse país, gravou um LP com o saxofonista Bud Shank e com a violonista Rosinha de Valença, além dos discos “Piano of João Donato – The sound new sound of Brazil”, “A bad Donato”, que contou com a participação do contrabaixista Ron Carter, e “Donato Deodato – Featuring João Donato arranged and conducted by Deodato”, com arranjos de Eumir Deodato. Atuou também com outros artistas, como Astrud Gilberto, Caymmi, Tom Jobim, Eumir Deodato, Stan Kenton, Nelson Riddle, Herbie Mann e Wes Montgomery, entre outros. Suas músicas “Amazonas”, na gravação de Chris Montez, e “A rã” e “Caranguejo”, ambas gravadas por Sérgio Mendes, fizeram sucesso junto ao público norte-americano.

Em 1972, voltou para o Brasil e gravou o LP “Quem é quem”, lançado pela Odeon no ano seguinte. Esse disco apresenta a novidade de ter no repertório músicas com letras cantadas pelo próprio compositor, até então intérprete de música instrumental, com destaque para “Até quem sabe” (c/ Lysias Ênio) e “Chorou, chorou” (c/ Paulo César Pinheiro), entre outras.

Em 1974, assinou a direção musical e participou do show “Cantar”, realizado por Gal Costa no Teatro da Praia (RJ). O espetáculo foi registrado em disco, com um repertório que incluiu suas canções “Até quem sabe” e “A rã” (c/ Caetano Veloso).

Em 1975, gravou o LP “Lugar comum”, lançado pela Phonogram.

Em 1986, lançou o LP “Leilíadas”.

Em 1997, gravou, com o baterista Eloir de Morais, o CD “Café com pão”, pelo qual recebeu duas indicações para o Prêmio Sharp: Melhor Disco e Melhor Arranjador. Nesse mesmo ano, fez show de lançamento do CD na casa noturna Mistura Fina (RJ). Ainda nesse ano, lançou o CD “Coisas tão simples”, pela EMI/ Odeon, destacando-se no repertório quatro canções inéditas de sua autoria: “Fonte de saudade” (c/ Lisias Ênio), “Everyday” (c/ Norman Gimbel), “Summer of tentation” (c/ Toshiro Ono) e “Doralinda” (c/ Cazuza). O disco teve show de lançamento na casa noturna Mistura Fina (RJ).

Em 1998, apresentou-se novamente no Mistura Fina com o show “Café com pão”, acompanhado do baterista Eloir de Morais.

Em 1999, gravou o CD “Só danço samba”, interpretando exclusivamente obras de Tom Jobim. Ainda nesse ano, a Lumiar Discos & Editora lançou o “Songbook João Donato” (livro e três CDs), com a participação de Caetano Veloso, Gal Costa, Djavan e Daniela Mercury, entre outros artistas. O show de lançamento foi realizado no Bar do Tom (RJ), com Bororó (baixo acústico), Victor Bertrami (bateria), Ricardo Pontes (sax e flauta), Jessé Sadoc (trompete) e o próprio compositor ao piano, além da participação de Nana Caymmi, Marcos Valle, Os Cariocas e Angela Rô Rô, entre outros intérpretes.

Em 2000, atuou no projeto “Rio Sesc Instrumental”, no Sesc Copacabana (RJ), acompanhado por Jessé Sadoc (trompete), Ricardo Pontes (saxes e flauta), Nei Conceição (baixo) e Victor Bertrami (bateria). Nesse mesmo ano, realizou, na Praia de Copacabana, o show de encerramento do projeto “Rio-Bossa Nova 2000”. Também em 2000, gravou o CD “Amazonas”, acompanhado de Cláudio Slon (bateria) e Jorge Helder (baixo acústico), lançado pela Elephant Records de Vartan Tonoian (Denver, Colorado, EUA). O disco incluiu no repertório composições próprias, destacando-se “Glass beads” e “Coisas distantes”, ambas em parceria com João Gilberto. Apresentou-se no Memorial da América Latina, com a Orquestra Jazz Sinfônica de São Paulo (SP), e no Mistura Fina (RJ), para lançamento do disco, acompanhado pelo contrabaixista Luis Alves (baixo) e Cláudio Slon (bateria), seguindo depois em turnê pela Europa, Japão, Austrália, Nova Zelândia e Estados Unidos, destacando-se uma mini-temporada no Blue Note de Nova York. Ainda em 2000, foi contemplado com o Prêmio Shell de Música pelo conjunto da obra e participou, do Free Jazz Festival (RJ), obtendo sucesso de público e crítica.

Em junho de 2001, compôs, na Floresta Amazônica, em parceria com o também pianista Everardo de Castro, o tema para piano e orquestra “Amazonas: um poema sinfônico”, com patrocínio do governo amazonense e roteiro de Ricardo Cravo Albin. Em setembro desse mesmo ano, apresentou a peça sinfônica, ao lado da Orquestra Amazonas Filarmônica, com arranjos do maestro Laércio de Freitas, regência do maestro Luiz Fernando Malheiro e narração de Ricardo Cravo Albin, no Teatro Amazonas, em Manaus.

Em 2002, lançou os CDs “Brazilian time”, “Remando na raia” e “Ê Lalá Lay-Ê” (DeckDisc), nesse último registrando exclusivamente parcerias com seu irmão, Lysias Ênio. Também nesse ano, apresentou-se, ao lado da Orquestra Jazz Sinfônica, na Sala São Paulo. O concerto, gravado ao vivo, gerou o CD “The Frog”, lançado pelo selo Elephant Records. Ainda em 2002, viajou ao Japão, onde fez 10 apresentações ao lado da cantora Joyce.

Em 2003, ganhou o Prêmio APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte). Apresentou-se em Cuba, Rússia e Japão, e em várias cidades brasileiras, lançando o CD “Managarroba”. O disco contou com a participação de Marisa Monte, Marcelo D2, Joyce e João Bosco. Ainda nesse ano, gravou, com Emílio Santiago, o CD “Emílio Santiago encontra João Donato” e, com Wanda Sá, o CD “Wanda Sá com João Donato”.

Em 2004, foi contemplado com o Prêmio Tim pelo disco “Emílio Santiago encontra João Donato”. Os dois artistas apresentaram-se no Bar do Tom (RJ), com o show “Emílio Santiago & João Donato”. Nesse mesmo ano, viajou para a Espanha, gravou um CD de bossa nova para o mercado russo e, em Cuba, gravou o CD “Sexto sentido”. Também em 2004, assumiu a produção musical do CD “Tita e Edson” (Lumiar Discos). Apresentou-se ao lado do saxofonista norte-americano Bud Shank no Chivas Jazz Festival (RJ). Ainda em 2004, apresentou-se, ao lado de Johnny Alf, Carlos Lyra, Roberto Menescal, Wanda Sá, Leny Andrade, Pery Ribeiro, Durval Ferreira, Eliane Elias, Marcos Valle, Os Cariocas e Bossacucanova, no espetáculo “Bossa Nova in Concert”, realizado no Canecão (RJ). O show foi apresentado por Miele e contou com uma banda de apoio formada por Durval Ferreira (violão), Adriano Giffoni (contrabaixo), Marcio Bahia (bateria), Fernando Merlino (teclados), Ricardo Pontes (sax e flauta) e Jessé Sadoc (trompete), concepção e direção artística de Solange Kafuri, direção musical de Roberto Menescal, pesquisa e textos de Heloisa Tapajós, cenários de Ney Madeira e Lídia Kosovski, e projeções de Sílvio Braga.

Em 2005, lançou seu primeiro DVD, “Donatural – João Donato ao vivo”, tendo entre seus convidados Leila Pinheiro, Joyce, Emílio Santiago, Angela Rô Rô e Gilberto Gil, e contando com uma banda de apoio formada por Robertinho Silva (bateria), Luiz Alves (baixos acústico e elétrico), Cidinho (percussão), Jessé Sadoc (trompete e flugelhorn), Ricardo Pontes (sax e flauta) e Donatinho (teclados). Nesse mesmo ano, apresentou-se no Songbook Café (RJ) e participou da segunda apresentação do espetáculo “Bossa Nova in Concert”, no Parque dos Patins (RJ). Também em 2005, fez show de lançamento do DVD “Donatural” no Teatro Rival (RJ), com a participação de Leila Pinheiro e Marcelinho Da Lua.

Em 2006, lançou, com Paulo Moura, o CD “Dois Panos para Manga”, concebido em uma reunião na casa do diretor de TV Mario Manga. Nesta oportunidade, foi sugerida aos dois artistas a gravação de um disco que registrasse alguns dos temas degustados pelos freqüentadores do Sinatra-Farney Fã Club na década de 1950. No repertório, sua canção “Minha saudade” (c/ João Gilberto), além de “On a Slow Boat to China” (Frank Loesser), “Swanee” (George e Ira Gershwin), “That Old Black Magic” (Harold Arlen e Johnny Mercer), “Tenderly” (Walter Gross e Jack Lawrence), “Saudade mata a gente” (Antonio Almeida e João de Barro), “Copacabana” (Alberto Ribeiro e João de Barro) e ainda “Pixinguinha no Arpoador” e “Sopapo”, duas composições inéditas assinadas pelos dois artistas.

Como arranjador, destacam-se entre seus trabalhos os CDs “O homem de Aquarius”, de Tom Jobim, e “Minha saudade”, de Lisa Ono, além de discos de Fagner, Gal Costa e Martinho da Vila.

Em 2006, apresentou-se com Bud Shank no Mistura Fina (RJ). O encontro foi registrado pelos diretores Renato Martins e Felipe Nepomuceno.

No ano seguinte, lançou o CD “Uma tarde com Bud Shank e João Donato”, gravado nos dias 8 e de maio de 2004 no Studio Verde (RJ). O disco marcou o reencontro musical dos dois artistas depois de 30 anos (eles tocaram juntos em 1965, nos Estados Unidos). Também participaram do disco, em algumas faixas, Luis Alves (baixo), Robertinho Silva (bateria) e Eloir de Moraes (percussão). No repertório, canções de João Donato, “Gaiolas abertas” (c/ Martinho da Vila), “Joana” (c/ Ronaldo Bastos) e “Minha saudade” (c/ João Gilberto), além de “Night and day”, “Black orchid” (Cal Tjader), “But not for me (G. Gershwin e I. Gershwin), “There will never be another you” (M. Gordon e H. Warren) e “Yesterdays” (Jerome Kern e Otto Harbach).

Em 2008, lançou o DVD “Ao vivo no Rio de Janeiro”, registro do encontro musical com Bud Shank no Mistura Fina dois anos antes. No repertório, “Carousels’ e “Lotus Bud”, ambas de Bud Shank e Linda Shank, “Wildflower’s lullaby (Bud Shank), “Eager Beaver” e “Fascinating Rhythm”, ambas de Stan Kenton, “Lover Man – Oh, where can you be” (Jimmy Davis, Roger “Ram” Ramirez e James Sherman), “Summertime” (George Gershwin, Ira Gershwin, DuBose Heyward e Dorothy Heyward), “Night and Day” (Cole Porter) e “Manhã de Carnaval” (Antonio Maria e Luiz Bonfá), além de “Minha saudade”, de sua parceria com João Gilberto). Nos extras, “Fascinating Rhythm”, “Summertime e “Night and Day”. Nesse mesmo ano, participou do espetáculo “Bossa nova 50 anos”, realizado na Praia de Ipanema, no Rio de Janeiro. Também no elenco, Carlos Lyra, Roberto Menescal, Oscar Castro Neves, Wanda Sá, Leila Pinheiro, Emílio Santiago, Zimbo Trio, Leny Andrade, Maria Rita, Fernanda Takai, Joyce, Marcos Valle e Patrícia Alvi, Bossacucanova e Cris Delanno. O show, em comemoração aos 50 anos da bossa nova, e também celebrando o aniversário da cidade do Rio de Janeiro, teve concepção e direção de Solange Kafuri, direção musical de Roberto Menescal e Oscar Castro Neves, pesquisa e textos de Heloisa Tapajós, e apresentação de Miele e Thalma de Freitas. Ainda em 2008, gravou, com Raul de Souza, Luiz Alves e Robertinho Silva, o CD “Bossa eterna”, que teve show de lançamento no Mistura Fina (RJ). Nesse mesmo ano, apresentou-se, novamente ao lado de Raul de Souza, Luiz Alves e Robertinho Silva, no projeto “Sarau da Pedra”, realizado pela Repsol no Instituto Cultural Cravo Albin, com produção de Heloisa Tapajós e Andrea Noronha. Também nesse ano, lançou, com Carlos Lyra, Roberto Menescal e Marcos Valle, o CD “Os Bossa Nova”, contendo suas canções “De um jeito diferente” e “Até quem sabe”, ambas com Lysias Ênio, “A cara do Rio” (c/ Roberto Menescal) e “Entardecendo” (c/ Marcos Valle), além de “Samba do carioca” (Carlos Lyra e Vinicius de Moraes), “Até o fim” (Carlos Lyra e Marcos Valle), “Sextante” (Carlos Lyra), “Gente” (Marcos Valle e Paulo Sérgio Valle), “Vagamente” (Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli), “Ciúme” (Carlos Lyra), “Balansamba” (Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli), “Bossa entre amigos” (Roberto Menescal e Marcos Valle), “Tereza da praia” (Tom Jobim e Billy Blanco), esta cantando em dueto com Roberto Menescal, e o meddley “Bewitched, bothered and bewildered” (Richard Rodgers e Lorenz Hart), ”Este seu olhar” (Tom Jobim), ”Só em teus braços” (Tom Jobim). Participaram também do disco os músicos Jorge Helder (baixo), Paulo Braga (bateria), Jessé Sadoc (trompete), Dirceu Leite (sax e flauta), Jaques Morelenbaum (cello) e Carlos Bala (bateria).

Em 2009, apresentou-se no Teatro Rival (RJ), com o repertório do disco “A bad Donato”, gravado em 1972, nos Estados Unidos. O espetáculo foi incluído na relação “Os Melhores Shows de 2009” do jornal “O Globo”, publicada ao final do ano.

Em 2010, lançou o CD “Sambolero”, tendo a seu lado de Luiz Alves (baixo) e Robertinho Silva (bateria). O disco, que contou com a participação de Zeca Pagodinho, na faixa “Sambou, sambou”, a única com vocais, e ainda Sidinho (percussão em “Surpresa”) e Ricardo Pontes (flauta em “Lugar comum”), foi contemplado com o Grammy Latino, na categoria Melhor Álbum de Jazz Latino. Nesse mesmo ano, inaugurou, no Espaço Tom Jobim (RJ), o “Circuito Bossa Nova”, mostrando o repertório do disco. Em parceria com Paula Morelenbaum, lançou, também em 2010, o CD “Água”, contendo suas canções “Flor de maracujá”, “Café com pão”, “Muito à vontade”, “Mentiras” e “E muito mais”, todas com Lysias Ênio, “Lugar comum”, “A paz” e “Tudo tem”, todas com Gilberto Gil, “A rã” (c/ Caetano Veloso), “Ahiê” (c/ Paulo César Pinheiro), “Entre amigos” (c/ Mongo Santamaria) e “Everyday” (c/ Norman Gimbel). Nesse mesmo ano, dividiu o palco do Espaço Tom Jobim do Jardim Botânico (RJ) com João Donato, em show de lançamento do CD “Água”. O espetáculo contou com a participação do grupo Paraphernalia. Ainda em 2010, recebeu o Prêmio à Excelência Musical da Academia Latina do Grammy.

Constam da relação dos intérpretes de suas canções artistas como Gal Costa, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Tim Maia, Leny Andrade, Walter Wanderley, Nara Leão, Roberto Menescal, Luís Carlos Vinhas, Milton Banana, Luiz Eça, Tito Madi, Maysa, Dóris Monteiro, Raul de Souza, Tamba Trio, Victor Assis Brasil, Maogani, Joyce, Bebel Gilberto, Os Cariocas, Simone, Fafá de Belém, Miúcha, Fagner, Leila Pinheiro, Baden Powell, Ithamara Koorax, Lisa Ono, Zizi Possi, Adriana Calcanhoto, Angela Ro Ro e Nana Caymmi e Leo Gandelman, entre outros.

Dividindo o palco com a cantora Maíra Freitas, apresentou-se, em 2011, no espaço Oi Futuro (RJ), pelo projeto “A Bossa do Samba”, concebido e dirigido por Solange Kafuri, com curadoria de Rildo Hora e Marco Antonio Bompet, arranjos e direção musical de Itamar Assiere, apresentação em vídeo de Tárik de Souza, pesquisa de Heloisa Tapajós, coordenação geral e direção de produção de Giselle Kafuri, e produção executiva de Humberto Braga. O show contou com a participação de Marcio Almeida (violão), Jorge Helder (baixo), Zé Canuto (sax e flauta) e Robertinho Silva (bateria).

Em 2012, apresentou-se no Studio RJ (RJ), dentro da série “Noite Jazzmania”, acompanhado por Luiz Alves (baixo), Ricardo Pontes (sax e flauta) e Robertinho Silva (bateria). Nesse mesmo ano, dividiu o palco do Teatro Sesc Ginástico com seu filho Donatinho. Também em 2012, lançou, em parceria com Joyce, o CD “Aquarius”, com suas canções “No fundo do mar”, “Luz da canção” e “E passa o carrossel”, parcerias de ambos, e “Amazonas, Pt. 2” (c/ Arnaldo Antunes e Péricles Cavalcanti), além de “Chama o Donato” (Jorge Helder e Joyce) e ainda “Caymmi visita Tom”, “Tardes cariocas” e “Guarulhos Cha Cha Cha”, todas de Joyce, entre outras. Também em 2012, lançou, em parceria com Joyce, o CD “Aquarius”, com suas canções “No fundo do mar”, “Luz da canção” e “E passa o carrossel”, parcerias de ambos, e “Amazonas, Pt. 2” (c/ Arnaldo Antunes e Péricles Cavalcanti), além de “Chama o Donato” (Jorge Helder e Joyce) e ainda “Caymmi visita Tom”, “Tardes cariocas” e “Guarulhos Cha Cha Cha”, todas de Joyce, entre outras.

Em 2013, foi indicado ao Prêmio da Música Brasileira, na categoria Melhor Canção, com “Eu não sei o seu nome inteiro”, de sua parceria com João Bosco e Francisco Bosco, incluída no CD “40 anos depois”, de João Bosco. Nesse mesmo ano, apresentou-se no Studio RJ, para a gravação de um CD ao vivo, “Donato Jazz”, com o trio formado por Luiz Alves (baixo), Ricardo Pontes (sax e flauta) e Robertinho Silva (bateria). No repertório, parcerias com Gabriel Moura, Nelson Motta, Moacyr Luz e Ronaldo Bastos, além de Tom Jobim ( “Quando a lembrança me vem”).

Em 2014 apresentou-se no Espaço Furnas, no Rio de Janeiro, em show que comemorava seus 80 anos de vida e 65 de carreira. Tocou acompanhado pelos músicos Luiz Alves (contrabaixo), Robertinho Silva (bateria) e Ricardo Pontes (sopros).

O show deu origem aos discos “Live Jazz in Rio”, volumes 1 e 2. O CDs tiveram como algumas das composições as já conhecidas “Nasci para bailar” e “Emoriô” e as novas “Por aí” (com Moacyr Luz) e “Bolero digital” (com Nelson Motta). O lançamento do trabalho contou com uma estratégia de marketing empregada pelo artista: apenas o volume 1 foi disponibilizado para venda no mercado; o volume 2 só pôde ser comprado em seus shows.

Em 2016, lançou o disco “Donato Elétrico” com, como o próprio título propõe, uma sonoridade elétrica trazida pelos músicos Fender Rhodes, Farfisa, Clavinet, Pro-One e Moog. Com produção de Ronaldo Evangelista, o álbum foi composto por 10 faixas: “Here´s J. D.”, “Urbano”, “Frequência de onda”, “Espalhado”, “Tartaruga”, “Soneca do marreco”, “Combustão espontânea”, “Resort”, “Xaxado de Hércules” e “G8”. Após 14 anos, o músico voltou a lançar um CD de inéditas e, segundo a crítica, saiu-se muito bem em todas as experimentações sonoras a que o trabalho se propôs.

Em dezembro, o CD ficou na lista dos melhores discos do ano selecionados pelo jornal O Globo. Segundo a crítica publicada na época do lançamento “é um álbum que Daft Punk e Kendrick Lamar ouviriam com um sorriso no rosto”.

Em 2017, estreou na Sala Baden Powell, no Rio de Janeiro, uma residência artística, projeto criado por Ivone Belem e batizado de “Toda essa bossa”. A proposta foi ocupar o espaço por todo o ano, variando os convidados e o estilo musical. Na estreia, Moacyr Luz, Tulipa Ruiz, Bnegão e Donatinho. O repertório, em suas próprias palavras, trazia apenas “música para balançar o quadril”.

Ainda em 2017, lançou o disco “Sintetizamor”, pela gravadora Deck Disc, em parceria com seu filho, Donatinho. O trabalho de 10 faixas inéditas contou com composições em parceria com Donatinho e outros autores, além de particpações especiais. As músicas incluídas no CD foram  “De toda a maneira” (c/ Donatinho e Davi Moraes), “Surreal” (c/ Donatinho, Domenico Lancelotti e Julia Bosco), “Quem é quem” (c/ Donatinho e Jean Kuperman), “Interstellar” (c/ Donatinho, Davi Moraes e Gabriela Riley), “Lei do amor” (c/ Donatinho e Rogê), “Clima de paquera” (c/ Donatinho), “Luz negra” (c/ Donatinho e Jonas Sá), “Vamos sair à francesa” (c/ Donatinho e Ronaldo Bastos), “Ilusão de nós” (c/ Donatinho e João Capdeville) e “Hao chi” (c/ Donatinho). Os arranjos e a produção musical do disco foram de Donatinho. Logo após, ainda em 2017, fez show do disco “Bluchanga” (2014), na Sala Baden Powell, em Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro. O espetáculo contou com versões de temas clássicos do jazz mundial como “Morning” (Clare Fisher) e “The mochican and the great spirit” (Horace Silver), além de músicas escritas ainda em 1960, quando era uma das atrações do clube de Jazz Trident, em Sausualito, na Califórnia, onde dividia palco com nomes como Chet Baker e Bud Shank. A noite também teve participação especial de Angela Ro Ro.

Em fevereiro de 2018, ao lado de seu filho, Donatinho, apresentou-se no Rio de Janeiro no Bar dos Descasados, no bairro de Santa Teresa. O repertório contou com as canções do álbum Sintetizamor, com as participações especiais de Domenico Lancellotii, Rogê e David Moraes. Ainda apresentaram as canções Lei do Amor, Luz Negra e Ilusão de Nós, além dos grandes clássicos de sua carreira e de músicas do álbum Zambê, o premiado trabalho autoral de Donatinho. Ainda neste ano, lançou mais três álbuns inéditos, que foram gravados no Brasil entre 1978 e 1989, mas nunca lançados. Com título que faz trocadilho com o nome do álbum norte-americano “A mad Donato” (1970), um dos discos mais cultuados de sua obra, a caixa “A mad Donato” apresentou álbuns gravados em período de menor visibilidade dele: “Gozando a existência” (1978), “Naquela base” (1988) e “Janela da Urca” (1989), e foi fruto da pesquisa iniciada pelo produtor Marcelo Fróes no acervo do artista. Além dos três álbuns, a caixa de CDs incluiu inédita coletânea com gravações raras com artistas como Alaíde Costa e Djavan.

Em 2018, seu primeiro disco de trabalho a ter letras, o “Quem é Quem” (1973), ganhou turnê nacional. O disco foi gravado e idealizado com orquestrações de Lindolpho Gaya, Dori Caymmi, Ian Guest e Laércio de Freitas. Na época, o disco não teve investimento da gravadora Odeon em distribuição e divulgação, e acabou ficando sem show de lançamento. O espetáculo integrou a série “Discos Históricos da MPB” na sala Baden Powell e foi idealizado e apresentado por Arnaldo De Souteiro, e contou com as participações de Wanda Sá, Arthur Verocai e Leny Andrade.

Em 2019, em comemoração aos seus 70 anos de carreira, apresentou-se em uma série de shows no Rio de Janeiro. Na ocasião, convidou o bloco carnavalesco do Cordão do Boitatá por se tratar de uma data pré-carnaval. A banda que o acompanhou foi formada por Robertinho Silva (bateria), Luiz Alves (contrabaixo), Ricardo Pontes (flauta e saxofone) e José Arimatéa (trompete). No repertório foram incluídas canções como “A rã” (c Caetano Veloso), “Nasci para bailar” (c Paulo Andre Barata), “Bananeira” (c Gilberto Gil), assim como canções de seu disco “Donato Elétrico” (2016) e “Sintetizador” (2017), que gravou com seu filho Donatinho. Ainda estiveram presentes canções de outros compositores como “Coisa nº4” (Moacir Santos) e “Xodó” (Dominguinhos). Ainda em 2019 se apresentou em show beneficente ao lado de Roberto Menescal, Carlos Lyra e Marcos Valle no Parque Lage (RJ). O repertório foi formado por canções inéditas além de grandes clássicos. Na ocasião também se apresentaram o DJ Marcelinho da Lua e Rodrigo Sha.

Em junho de 2021 João Donato lançou novo álbum com temas inéditos pela série Jazz is Dead com os produtores Adrian Younge e Ali Shaheed Muhammad. Com João Donato no Fender Rhodes, os temas foram compostos de forma colaborativa com os produtores e músicos Younge e Muhammad, que tocaram sintetizadores, um órgão Hammond B3, guitarra e baixo. O álbum ainda teve partcipações de Greg Paul e do cantor Loren Oden em”Nāo Negue Seu Coraçāo” e “Forever More”. Alé das músicas já citadas, respectivamente a primeira e a quarta do álbum, também foram incluídas no álbum “Aquarius (Bring Her Back Home To Me)”, “Desejo de Amor”, “Sua Beleza e Beleza”, “ Liasons”, “Adrian, Ali and Gregory”, “Vermelho Quente” e “Conexão Feat”. O projeto Jazz is Dead foi criado pelos músicos norte-americanos Adrian Younge e Ali Shaheed Muhammad voltado para shows deles. Depois tornou-se uma série de gravações em estúdio com nomes do jazz e da música brasileira com referência nos anos 1970. Os discos foram gravados em Los Angeles, no Linaer Labs Studios, em sistema analógico.

Em outubro de 2021 Lançou, com Jards Macalé, pela gravadora Rocinante, o álbum “Síntese do Lance”. A parceria entre os músicos teve Jards Macalé na voz e violão e João Donato na voz e piano. Os dois foram acompanhados por Guto Wirtti (baixo acústico), José Arimatéa(trompete), Kainã do Jêje (bateria), Luizinho do Jêje (percussão), Marlon Sette (trombone) e Neném da cuíca(percussão). As músicas gravadas no álbum foram Côco táxi (João Donato e Jards Macalé), Dona Castorina(João Donato), Ontem e hoje(Jards Macalé e Sylvio Fraga), Cururu (Marlon Sette e Sylvio Fraga), João Duke(Jards Macalé), Síntese do lance (João Donato e Marlon Sette / Adaptação de canção popular), Açafrão(João Donato, Marlon Sette e Sylvio Fraga), Um abraço do João(Jards Macalé e Joyce Moreno), O amor Vem da Paz(Jards Macalé e Ronaldo Bastos) e Lídice (Jards Macalé). O álbum foi produzido por Marlon Sette, Sylvio Fraga e Pepê Monnerat; gravado por Pepê Monnerat, Edu Costa e Bráulio Passos no Estúdio Rocinante; mixado por  Pepê Monnerat no Estúdio Rocinante e masterizado por Alexandre Rabaço.  O álbum gerou um show homônimo que foi apresentado em 2021 e 2022.

Em agosto de 2022 lançou “Serotonina”. O álbum teve como ponto de partida uma proposta do produtor musical Ronaldo Evangelista, que fez uma seleção de manuscritos musicais e fitas demo do músico chegando a dez músicas que receberam o acabamento de João Donato. Depois, Evangelista convidou alguns compositores par escreverem as letras como Rodrigo Amarante, Mauricio Pereira, Felipe Cordeiro, Jorge Andrade, Céu  e Arruda. Além de Donato no piano Fender Rhodes, tocaram no trabalho Allan Abbadia (trombone), Bruno Buarque (bateria e percussão), Fábio Buarque (contrabaixo acústico) e Will Bone (flauta e trompete). A mixagem foi feita por Gustavo Lenza, Alexandre Kassin e Bruno Buarque. Os arranjos foram de João Donato com produção de Ronaldo Evangelista. A masterização foi de Felipe Tichauer. Foram incluídas no álbum, além de “Serotonina” (João Donato), as canções “Floriu” (João Donato e Céu), “Azul Royal” (João Donato e Maurício Pereira), “Simbora” (Donato e Anastácia), “Doce de Amora” (João Donato e arrudA), “Órbita” (João Donato e Ronaldo Evangelista), “Bonsbons” (João Donato e Ronaldo Evangelista), “Estrela do Mar” (Donato e Rodrigo Amarante), “Eu Gosto de Você” (João Donato, Felipe Cordeiro e Jorge Andrade), “Prata”(João Donato e Ronaldo Evangelista).

João Donato viveu no bairro da Urca, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Ele foi casado com a jornalista Ivone Belem, desde 2001. É pai de Jodel, Joana e Donatinho.

Morreu em 17 de julho de 2023, aos 88 anos, no Rio de Janeiro. O artista enfrentava uma série de problemas de saúde e, recentemente, tratou uma infecção nos pulmões. Em junho, conforme publicado pelo filho Donatinho, ele esteve internado na Casa de Saúde São José no Rio de Janeiro.


He began his professional career in 1949, as a member of the group Altamiro Carrilho e Seu Regional, with which he recorded, that year, a 78 rpm containing the songs "Brejeiro" (Ernesto Nazareth) and "Feliz Birthday" (Altamiro Carrilho and Ari Duarte). . The seal omits its participation in the disc. He then replaced Chiquinho do Acordeon in Fafá Lemos's set in a presentation at the Monte Carlo nightclub (RJ). He later performed in other nightclubs, such as Plaza, Drink, Sacha's and Au Bon Gourmet, among others.

In 1953, he formed his own group, Donato e Seu Conjunto, with which he released two 78 rpm records that year: "Tenderly" (J. Lawrence and W..Gross)/"Invitation" (Bronislau Kaper) and " The time has come (Rubens Campos and Henricão)/"You Belong to Me" (Pee Wee King, Stewart and Price).

He was part of the group Os Namorados, with which he recorded three albums at 78 rpm: "I want a samba" (Haroldo Barbosa and Janet de Almeida) / "Três Ave-Marias" (Hanibal Cruz), in 1953; "Unhappy guess" (Noel Rosa)/"Pagode in Xerem (Sebastião Gomes and Alcebádes Barcelos), in 1953; and "You smiled" (Valdemar Gomes and José Rosa)/"I'm not silly" (Nanai, Ari Monteiro and L. Machado), in 1954.

Still in 1954, he formed the Trio Donato, with which he released a 78 rpm containing the songs "If you happen to arrive (Lupicínio Rodrigues and Felisberto Martins) and "There is a long time ago (J. Kern and I. Gershwin).

In 1956, he moved to São Paulo, where he worked as a pianist with the group Os Copacabanas and Orquestra de Luís Cesar. That same year, he released, with Donato and Seu Conjunto, a 78 rpm containing the songs "Farinhada" (Zé Dantas) and "Comigo é sim" (Luiz Bittencourt and José Menezes). Still in 1956, he recorded his first LP, "Chá Dançante", produced by Tom Jobim for the Odeon label. In the repertoire, the songs "Comigo é sim" (Luiz Bittencourt and Zé Menezes), "No Rancho Fundo" (Ary Barroso and Lamartine Babo), "If you happen to arrive" (Lupicínio Rodrigues and Felisberto Martins), "Carinhoso" (Pixinguinha and João de Barro), "Baião" (Luiz Gonzaga and Humberto Teixeira), "Peguei um Ita no Norte" (Dorival Caymmi), "Farinhada" (Zé Dantas) and "Baião da Garoa" (Luiz Gonzaga and Hervé Cordovil).

In 1958, he returned to Rio de Janeiro and dedicated himself exclusively to the piano. That year, he recorded two tracks on the LP "Dance Nós": "Minha saudade", his first hit, and "Mambinho", both in partnership with João Gilberto. At that time, he was part of the Maestro Copinha Orchestra, which performed at the Copacabana Palace (RJ).

In 1959 he traveled to Mexico with Nanai and Elizeth Cardoso. Then he moved to the United States, where he lived for three years. In that country, he performed with Carl Tjader, Johnny Martinez, Tito Puente and Mongo Santa Maria. He toured Europe with João Gilberto.

In 1962, he returned to Brazil, married to the American actress Patricia del Sasser.

In 1963, he recorded the LP “Very comfortable”, with Tião Neto (bass) and Milton Banana (drums). The album was released by Polydor, highlighting his compositions “Sambou… Sambou” (with João Melo) and “Caminho de casa”. Also in that year, he released the LP “A very modern bossa by João Donato and his Trio”.

He then returned to the United States, where he lived for another ten years. In that country, he recorded an LP with saxophonist Bud Shank and guitarist Rosinha de Valença, in addition to the albums “Piano of João Donato – The sound new sound of Brazil”, “A bad Donato”, which featured the participation of bassist Ron Carter, and “Donato Deodato – Featuring João Donato arranged and conducted by Deodato”, with arrangements by Eumir Deodato. He also performed with other artists, such as Astrud Gilberto, Caymmi, Tom Jobim, Eumir Deodato, Stan Kenton, Nelson Riddle, Herbie Mann and Wes Montgomery, among others. His songs “Amazonas”, recorded by Chris Montez, and “A rã” and “Caranguejo”, both recorded by Sérgio Mendes, were successful with the North American public.

In 1972, he returned to Brazil and recorded the LP “Quem é quem”, released by Odeon the following year. This album presents the novelty of having in its repertoire songs with lyrics sung by the composer himself, until then an instrumental music performer, with emphasis on “Até quem saber” (w/ Lysias Ênio) and “Chorou, cried” (w/ Paulo César Pinheiro ), among others.

In 1974, he signed the musical direction and participated in the show “Cantar”, performed by Gal Costa at Teatro da Praia (RJ). The show was recorded on disc, with a repertoire that included his songs “Até quem saber” and “A rã” (w/ Caetano Veloso).

In 1975, he recorded the LP “Lugar Comum”, released by Phonogram.

In 1986, he released the LP “Leilíadas”.

In 1997, he recorded, with drummer Eloir de Morais, the CD “Café com Pão”, for which he received two nominations for the Sharp Awards: Best Album and Best Arranger. That same year, he did a CD release show at the Mistura Fina nightclub (RJ). That same year, he released the CD “Coisastão simples”, by EMI/ Odeon, highlighting in the repertoire four original songs of his own: “Fonte de saudade” (w/ Lisias Ênio), “Everyday” (w/ Norman Gimbel ), “Summer of temptation” (w/ Toshiro Ono) and “Doralinda” (w/ Cazuza). The album had a launch show at the Mistura Fina nightclub (RJ).

In 1998, he performed again at Mistura Fina with the show “Café com Pão”, accompanied by drummer Eloir de Morais.

In 1999, he recorded the CD “Só danço samba”, exclusively interpreting works by Tom Jobim. That same year, Lumiar Discos & Editora launched the “Songbook João Donato” (book and three CDs), with the participation of Caetano Veloso, Gal Costa, Djavan and Daniela Mercury, among other artists. The launch show was held at Bar do Tom (RJ), with Bororó (acoustic bass), Victor Bertrami (drums), Ricardo Pontes (sax and flute), Jessé Sadoc (trumpet) and the composer himself on the piano, in addition to the participation by Nana Caymmi, Marcos Valle, Os Cariocas and Angela Rô Rô, among other performers.

In 2000, he performed in the project “Rio Sesc Instrumental”, at Sesc Copacabana (RJ), accompanied by Jessé Sadoc (trumpet), Ricardo Pontes (saxes and flute), Nei Conceição (bass) and Victor Bertrami (drums). That same year, he performed, on Copacabana Beach, the closing show of the “Rio-Bossa Nova 2000” project. Also in 2000, he recorded the CD “Amazonas”, accompanied by Cláudio Slon (drums) and Jorge Helder (acoustic bass), released by Vartan Tonoian's Elephant Records (Denver, Colorado, USA). The disc included in the repertoire own compositions, highlighting “Glass beads” and “Coisasdistantes”, both in partnership with João Gilberto. He performed at Memorial da América Latina, with the Orquestra Jazz Sinfônica de São Paulo (SP), and at Mistura Fina (RJ), for the release of the album, accompanied by bassist Luis Alves (bass) and Cláudio Slon (drums), following then on tour in Europe, Japan, Australia, New Zealand and the United States, highlighting a mini-season at the Blue Note in New York. Also in 2000, he was awarded the Shell Music Prize for his work as a whole and participated in the Free Jazz Festival (RJ), achieving public and critical success.

In June 2001, in the Amazon Rainforest, in partnership with pianist Everardo de Castro, he composed the theme for piano and orchestra “Amazonas: a symphonic poem”, sponsored by the Amazonian government and scripted by Ricardo Cravo Albin. In September of that same year, he presented the symphonic piece, alongside the Amazonas Philharmonic Orchestra, with arrangements by maestro Laércio de Freitas, conducting by maestro Luiz Fernando Malheiro and narration by Ricardo Cravo Albin, at Teatro Amazonas, in Manaus.

In 2002, he released the CDs “Brazilian time”, “Remando na raia” and “Ê Lalá Lay-Ê” (DeckDisc), in the latter registering exclusively partnerships with his brother, Lysias Ênio. Also that year, he performed alongside the Orquestra Jazz Sinfônica, at Sala São Paulo. The concert, recorded live, generated the CD “The Frog”, released by the Elephant Records label. Still in 2002, he traveled to Japan, where he made 10 presentations alongside the singer Joyce.

In 2003, he won the APCA Award (Paulista Association of Art Critics). He performed in Cuba, Russia and Japan, and in several Brazilian cities, releasing the CD “Managarroba”. The album had the participation of Marisa Monte, Marcelo D2, Joyce and João Bosco. That same year, he recorded, with Emílio Santiago, the CD “Emílio Santiago finds João Donato” and, with Wanda Sá, the CD “Wanda Sá com João Donato”.

In 2004, he was awarded the Tim Prize for the album “Emílio Santiago finds João Donato”. The two artists performed at Bar do Tom (RJ), with the show “Emílio Santiago & João Donato”. That same year, he traveled to Spain, recorded a bossa nova CD for the Russian market and, in Cuba, recorded the CD “Sexto Sentido”. Also in 2004, he took over the musical production of the CD “Tita e Edson” (Lumiar Discos). He performed alongside American saxophonist Bud Shank at the Chivas Jazz Festival (RJ). Also in 2004, he performed alongside Johnny Alf, Carlos Lyra, Roberto Menescal, Wanda Sá, Leny Andrade, Pery Ribeiro, Durval Ferreira, Eliane Elias, Marcos Valle, Os Cariocas and Bossacucanova, in the show “Bossa Nova in Concert ”, held in Canecão (RJ). The show was hosted by Miele and featured a backing band formed by Durval Ferreira (guitar), Adriano Giffoni (bass), Marcio Bahia (drums), Fernando Merlino (keyboards), Ricardo Pontes (sax and flute) and Jessé Sadoc ( trumpet), conception and artistic direction by Solange Kafuri, musical direction by Roberto Menescal, research and texts by Heloisa Tapajós, sets by Ney Madeira and Lídia Kosovski, and projections by Sílvio Braga.

In 2005, he released his first DVD, “Donatural – João Donato ao vivo”, with Leila Pinheiro, Joyce, Emílio Santiago, Angela Rô Rô and Gilberto Gil among his guests, and with a backing band formed by Robertinho Silva (drums). , Luiz Alves (acoustic and electric bass), Cidinho (percussion), Jessé Sadoc (trumpet and flugelhorn), Ricardo Pontes (sax and flute) and Donatinho (keyboards). That same year, he performed at the Songbook Café (RJ) and participated in the second presentation of the show “Bossa Nova in Concert”, at Parque dos Patins (RJ). Also in 2005, he performed at the launch of the DVD “Donatural” at Teatro Rival (RJ), with the participation of Leila Pinheiro and Marcelinho Da Lua.

In 2006, he launched, with Paulo Moura, the CD “Dois Panos para Manga”, conceived in a meeting at the home of TV director Mario Manga. On this occasion, the two artists were suggested to record an album that would record some of the themes enjoyed by the Sinatra-Farney Fan Club's visitors in the 1950s. In the repertoire, their song “Minha saudade” (with João Gilberto), in addition “On a Slow Boat to China” (Frank Loesser), “Swanee” (George and Ira Gershwin), “That Old Black Magic” (Harold Arlen and Johnny Mercer), “Tenderly” (Walter Gross and Jack Lawrence), “Saudade mata a nos” (Antonio Almeida and João de Barro), “Copacabana” (Alberto Ribeiro and João de Barro) and even “Pixinguinha no Arpoador” and “Sopapo”, two unpublished compositions signed by the two artists.

As an arranger, the CDs “O homem de Aquarius”, by Tom Jobim, and “Minha saudade”, by Lisa Ono, stand out among his works, in addition to records by Fagner, Gal Costa and Martinho da Vila.

In 2006, he performed with Bud Shank at Mistura Fina (RJ). The meeting was recorded by directors Renato Martins and Felipe Nepomuceno.

The following year, he released the CD “An afternoon with Bud Shank and João Donato”, recorded on May 8th and 2004 at Studio Verde (RJ). The disc marked the musical reunion of the two artists after 30 years (they played together in 1965, in the United States). Also participating in the album, in some tracks, Luis Alves (bass), Robertinho Silva (drums) and Eloir de Moraes (percussion). In the repertoire, songs by João Donato, “Open Gaiolas” (w/ Martinho da Vila), “Joana” (w/ Ronaldo Bastos) and “Minha saudade” (w/ João Gilberto), in addition to “Night and day”, “ Black orchid” (Cal Tjader), “But not for me (G. Gershwin and I. Gershwin), “There will never be another you” (M. Gordon and H. Warren) and “Yesterdays” (Jerome Kern and Otto Harbach ).

In 2008, he released the DVD “Ao vivo no Rio de Janeiro”, recording the musical encounter with Bud Shank at Mistura Fina two years earlier. In the repertoire, “Carousels' and “Lotus Bud”, both by Bud Shank and Linda Shank, “Wildflower's lullaby (Bud Shank), “Eager Beaver” and “Fascinating Rhythm”, both by Stan Kenton, “Lover Man – Oh, where can you be” (Jimmy Davis, Roger “Ram” Ramirez and James Sherman), “Summertime” (George Gershwin, Ira Gershwin, DuBose Heyward and Dorothy Heyward), “Night and Day” (Cole Porter) and “Manhã de Carnaval” (Antonio Maria and Luiz Bonfá), as well as “Minha saudade”, from his partnership with João Gilberto). In the extras, “Fascinating Rhythm”, “Summertime and “Night and Day”. That same year, he participated in the show “Bossa nova 50 anos”, held on Ipanema Beach, in Rio de Janeiro. Also in the cast, Carlos Lyra, Roberto Menescal, Oscar Castro Neves, Wanda Sá, Leila Pinheiro, Emílio Santiago, Zimbo Trio, Leny Andrade, Maria Rita, Fernanda Takai, Joyce, Marcos Valle and Patrícia Alvi, Bossacucanova and Cris Delanno. The show, in celebration of the 50th anniversary of bossa nova, and also celebrating the anniversary of the city of Rio de Janeiro, was conceived and directed by Solange Kafuri, musically directed by Roberto Menescal and Oscar Castro Neves, research and texts by Heloisa Tapajós, and presentation by Miele and Thalma de Freitas. Also in 2008, he recorded, with Raul de Souza, Luiz Alves and Robertinho Silva, the CD “Bossa Eternal”, which had a launch show at Mistura Fina (RJ). That same year, he performed again alongside Raul de Souza, Luiz Alves and Robertinho Silva, in the project “Sarau da Pedra”, carried out by Repsol at the Cravo Albin Cultural Institute, with production by Heloisa Tapajós and Andrea Noronha. Also in that year, he released, with Carlos Lyra, Roberto Menescal and Marcos Valle, the CD “Os Bossa Nova”, containing his songs “De um homem diferent” and “Até quem saber”, both with Lysias Ênio, “A cara do Rio ” (w/ Roberto Menescal) and “Entardecendo” (w/ Marcos Valle), as well as “Samba do Carioca” (Carlos Lyra and Vinicius de Moraes), “Until the end” (Carlos Lyra and Marcos Valle), “Sextante” (Carlos Lyra), “Gente” (Marcos Valle and Paulo Sérgio Valle), “Vagmente” (Roberto Menescal and Ronaldo Bôscoli), “Ciúme” (Carlos Lyra), “Balansamba” (Roberto Menescal and Ronaldo Bôscoli), “Bossa entre friends” (Roberto Menescal and Marcos Valle), “Tereza da praia” (Tom Jobim and Billy Blanco), is singing in a duet with Roberto Menescal, and the medley “Bewitched, bothered and bewildered” (Richard Rodgers and Lorenz Hart), ” This look of yours” (Tom Jobim), “Only in your arms” (Tom Jobim). The musicians Jorge Helder (bass), Paulo Braga (drums), Jessé Sadoc (trumpet), Dirceu Leite (sax and flute), Jaques Morelenbaum (cello) and Carlos Bala (drums) also participated in the album.

In 2009, he performed at Teatro Rival (RJ), with the repertoire of the album “A bad Donato”, recorded in 1972, in the United States. The show was included in the list “The Best Shows of 2009” by the newspaper “O Globo”, published at the end of the year.

In 2010, he released the CD “Sambolero”, with Luiz Alves (bass) and Robertinho Silva (drums) by his side. The album, which featured the participation of Zeca Pagodinho, on the track “Sambou, Sambou”, the only one with vocals, and also Sidinho (percussion on “Surpresa”) and Ricardo Pontes (flute on “Lugar Comum”), was awarded with the Latin Grammy, in the Best Latin Jazz Album category. That same year, he inaugurated, at Espaço Tom Jobim (RJ), the “Circuito Bossa Nova”, showing the album’s repertoire. In partnership with Paula Morelenbaum, he released, also in 2010, the CD “Água”, containing his songs “Flor de maracujá”, “Coffee with bread”, “Very comfortable”, “Mentiras” and “And much more”, all with Lysias Ênio, “Lugar comum”, “A paz” and “Tudo tem”, all with Gilberto Gil, “A rã” (w/ Caetano Veloso), “Ahiê” (w/ Paulo César Pinheiro), “Entre amigos” (w/ Mongo Santamaria) and “Everyday” (w/ Norman Gimbel). That same year, he shared the stage at Espaço Tom Jobim in Jardim Botânico (RJ) with João Donato, in a concert to launch the CD “Água”. The show featured the participation of the group Paraphernalia. Also in 2010, he received the Latin Academy Grammy Award for Musical Excellence.

The list of performers of his songs includes artists such as Gal Costa, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Tim Maia, Leny Andrade, Walter Wanderley, Nara Leão, Roberto Menescal, Luís Carlos Vinhas, Milton Banana, Luiz Eça, Tito Madi, Maysa, Dóris Monteiro, Raul de Souza, Tamba Trio, Victor Assis Brasil, Maogani, Joyce, Bebel Gilberto, Os Cariocas, Simone, Fafá de Belém, Miúcha, Fagner, Leila Pinheiro, Baden Powell, Ithamara Koorax, Lisa Ono, Zizi Possi, Adriana Calcanhoto , Angela Ro Ro and Nana Caymmi and Leo Gandelman, among others.

Sharing the stage with the singer Maíra Freitas, he performed in 2011 at the Oi Futuro space (RJ), through the project “A Bossa do Samba”, conceived and directed by Solange Kafuri, curated by Rildo Hora and Marco Antonio Bompet, arrangements and musical direction by Itamar Assiere, video presentation by Tárik de Souza, research by Heloisa Tapajós, general coordination and production direction by Giselle Kafuri, and executive production by Humberto Braga. The show featured Marcio Almeida (guitar), Jorge Helder (bass), Zé Canuto (sax and flute) and Robertinho Silva (drums).

In 2012, he performed at Studio RJ (RJ), within the series “Noite Jazzmania”, accompanied by Luiz Alves (bass), Ricardo Pontes (sax and flute) and Robertinho Silva (drums). That same year, he shared the stage at Teatro Sesc Ginástico with his son Donatinho. Also in 2012, he released, in partnership with Joyce, the CD “Aquarius”, with his songs “No Fundo do Mar”, “Luz da Canção” and “E Passa o Carrossel”, partnerships between both, and “Amazonas, Pt. 2” (with Arnaldo Antunes and Péricles Cavalcanti), as well as “Chama o Donato” (Jorge Helder and Joyce) and even “Caymmi visita Tom”, “Tardes cariocas” and “Guarulhos Cha Cha Cha”, all by Joyce, among others. Also in 2012, he released, in partnership with Joyce, the CD “Aquarius”, with his songs “No Fundo do Mar”, “Luz da Canção” and “E Passa o Carrossel”, partnerships between both, and “Amazonas, Pt. 2” (with Arnaldo Antunes and Péricles Cavalcanti), as well as “Chama o Donato” (Jorge Helder and Joyce) and even “Caymmi visita Tom”, “Tardes cariocas” and “Guarulhos Cha Cha Cha”, all by Joyce, among others.

In 2013, he was nominated for the Brazilian Music Award, in the Best Song category, with "I don't know your whole name", from his partnership with João Bosco and Francisco Bosco, included on the CD "40 years later", by João Bosco. That same year, he performed at Studio RJ, for the recording of a live CD, “Donato Jazz”, with the trio formed by Luiz Alves (bass), Ricardo Pontes (sax and flute) and Robertinho Silva (drums). In the repertoire, partnerships with Gabriel Moura, Nelson Motta, Moacyr Luz and Ronaldo Bastos, in addition to Tom Jobim (“When the memory comes to me”).

In 2014 he performed at Espaço Furnas, in Rio de Janeiro, in a show that celebrated his 80 years of life and 65 of his career. He played accompanied by musicians Luiz Alves (double bass), Robertinho Silva (drums) and Ricardo Pontes (wind instruments).

The concert gave rise to the albums “Live Jazz in Rio”, volumes 1 and 2. The CDs had as some of the compositions the already known “Nasci para bailar” and “Emoriô” and the new ones “Porai” (with Moacyr Luz) and “Digital Bolero” (with Nelson Motta). The release of the work relied on a marketing strategy employed by the artist: only volume 1 was made available for sale on the market; volume 2 could only be purchased at their concerts.

In 2016, he released the album “Donato Elétrico” with, as the title suggests, an electric sound brought by musicians Fender Rhodes, Farfisa, Clavinet, Pro-One and Moog. With production by Ronaldo Evangelista, the album was composed of 10 tracks: “Here´s J. D.”, “Urbano”, “Frequência de onda”, “Espalhado”, “Tartaruga”, “Soneca do marreco”, “Combustão spontaneous”, “Resort”, “Xaxado de Hércules” and “G8”. After 14 years, the musician released a CD of unpublished songs again and, according to critics, he did very well in all the sound experiments that the work proposed.

In December, the CD was on the list of the best albums of the year selected by the newspaper O Globo. According to the review published at the time of release "it is an album that Daft Punk and Kendrick Lamar would listen to with a smile on their face".

In 2017, he debuted at Sala Baden Powell, in Rio de Janeiro, an artistic residency, a project created by Ivone Belem and named “Toda esse bossa”. The proposal was to occupy the space throughout the year, varying the guests and the musical style. At the premiere, Moacyr Luz, Tulipa Ruiz, Bnegão and Donatinho. The repertoire, in his own words, brought only “music to shake the hips”.

Also in 2017, he released the album “Sintetizamor”, through the Deck Disc label, in partnership with his son, Donatinho. The work of 10 unreleased tracks featured compositions in partnership with Donatinho and other authors, in addition to special guest appearances. The songs included on the CD were “De all the way” (w/ Donatinho and Davi Moraes), “Surreal” (w/ Donatinho, Domenico Lancelotti and Julia Bosco), “Quem é quem” (w/ Donatinho and Jean Kuperman), “Interstellar” (w/ Donatinho, Davi Moraes and Gabriela Riley), “Lei do amor” (w/ Donatinho and Rogê), “Climate flirting” (w/ Donatinho), “Luz negra” (w/ Donatinho and Jonas Sá ), “Let's go out French style” (w/ Donatinho and Ronaldo Bastos), “Ilusion of us” (w/ Donatinho and João Capdeville) and “Hao chi” (w/ Donatinho). The arrangements and musical production of the record were by Donatinho. Soon after, still in 2017, he performed the album “Bluchanga” (2014), at Sala Baden Powell, in Copacabana, South Zone of Rio de Janeiro. The show featured versions of classic world jazz themes such as “Morning” (Clare Fisher) and “The Mochican and the great spirit” (Horace Silver), in addition to songs written in 1960, when it was one of the attractions of the Jazz club. Trident, in Sausualito, California, where he shared the stage with names like Chet Baker and Bud Shank. The night also had a special appearance by Angela Ro Ro.

In February 2018, alongside his son, Donatinho, he performed in Rio de Janeiro at Bar dos Descasados, in the Santa Teresa neighborhood. The repertoire included songs from the Sintetizamor album, with the special appearances of Domenico Lancellotii, Rogê and David Moraes. They also performed the songs Lei do Amor, Luz Negra and Idições de Nós, in addition to the great classics of their career and songs from the album Zambê, Donatinho's award-winning authorial work. Later that year, he released three more unpublished albums, which were recorded in Brazil between 1978 and 1989, but never released. With a title that plays on the name of the North American album “A mad Donato” (1970), one of the most revered albums of his work, the “A mad Donato” box presented albums recorded in a period of lesser visibility of his: “Enjoying a Existence” (1978), “Naquela Base” (1988) and “Janela da Urca” (1989), and was the result of research initiated by producer Marcelo Fróes in the artist’s collection. In addition to the three albums, the CD box included an unprecedented collection of rare recordings with artists such as Alaíde Costa and Djavan.

In 2018, his first work album to have lyrics, “Quem é Quem” (1973), won a national tour. The disc was recorded and conceived with orchestrations by Lindolpho Gaya, Dori Caymmi, Ian Guest and Laércio de Freitas. At the time, the record had no investment from the Odeon label in distribution and promotion, and ended up without a release show. The show was part of the series “Historical Discs of MPB” at the Baden Powell room and was conceived and presented by Arnaldo De Souteiro, with the participation of Wanda Sá, Arthur Verocai and Leny Andrade.

In 2019, in celebration of his 70 years of career, he performed in a series of shows in Rio de Janeiro. On the occasion, he invited the carnival block from Cordão do Boitatá because it was a pre-carnival date. The band that accompanied him was formed by Robertinho Silva (drums), Luiz Alves (double bass), Ricardo Pontes (flute and saxophone) and José Arimatéa (trumpet). The repertoire included songs such as “A rã” (with Caetano Veloso), “I was born to dance” (with Paulo Andre Barata), “Bananeira” (with Gilberto Gil), as well as songs from his album “Donato Elétrico” (2016) and “Sintetizador” (2017), which he recorded with his son Donatinho. There were also songs by other composers such as “Coisa nº4” (Moacir Santos) and “Xodó” (Dominguinhos). Also in 2019, he performed at a benefit show alongside Roberto Menescal, Carlos Lyra and Marcos Valle at Parque Lage (RJ). The repertoire was formed by unpublished songs in addition to great classics. DJ Marcelinho da Lua and Rodrigo Sha also performed on the occasion.

In October 2021, he released, with Jards Macalé, on the Rocinante label, the album “Síntese do Lance”. The partnership between the musicians had Jards Macalé on voice and guitar and João Donato on voice and piano. The two were accompanied by Guto Wirtti (acoustic bass), José Arimatéa (trumpet), Kainã do Jêje (drums), Luizinho do Jêje (percussion), Marlon Sette (trombone) and Neném da cuíca (percussion). The songs recorded on the album were Côco Taxi (João Donato and Jards Macalé), Dona Castorina (João Donato), Yesterday and Today (Jards Macalé and Sylvio Fraga), Cururu (Marlon Sette and Sylvio Fraga), João Duke (Jards Macalé), Synthesis of the move (João Donato and Marlon Sette / Adaptation of a popular song), Saffron (João Donato, Marlon Sette and Sylvio Fraga), A hug from João (Jards Macalé and Joyce Moreno), Love Comes from Peace (Jards Macalé and Ronaldo Bastos) and Lídice (Jards Macalé). The album was produced by Marlon Sette, Sylvio Fraga and Pepê Monnerat; recorded by Pepê Monnerat, Edu Costa and Bráulio Passos at Estúdio Rocinante; mixed by Pepê Monnerat at Estúdio Rocinante and mastered by Alexandre Rabaço. The album spawned an eponymous show that was performed in 2021 and 2022.

In August 2022, he released “Serotonina”. The starting point for the album was a proposal by music producer Ronaldo Evangelista, who made a selection of musical manuscripts and demo tapes by the musician, reaching ten songs that were finished by João Donato. Afterwards, Evangelista invited some composers to write the lyrics, such as Rodrigo Amarante, Mauricio Pereira, Felipe Cordeiro, Jorge Andrade, Céu and Arruda. In addition to Donato on the Fender Rhodes piano, Allan Abbadia (trombone), Bruno Buarque (drums and percussion), Fábio Buarque (acoustic bass) and Will Bone (flute and trumpet) played on the work. Mixing was done by Gustavo Lenza, Alexandre Kassin and Bruno Buarque. The arrangements were by João Donato with production by Ronaldo Evangelista. Mastering was by Felipe Tichauer. In addition to “Serotonina” (João Donato), the songs “Floriu” (João Donato and Céu), “Azul Royal” (João Donato and Maurício Pereira), “Simbora” (Donato and Anastácia), “Doce de Amora” (João Donato and arruda), “Órbita” (João Donato and Ronaldo Evangelista), “Bonsbons” (João Donato and Ronaldo Evangelista), “Estrela do Mar” (Donato and Rodrigo Amarante), “I Like You” (João Donato, Felipe Cordeiro and Jorge Andrade), “Prata” (João Donato and Ronaldo Evangelista).

João Donato lived in the Urca neighborhood, in the South Zone of Rio de Janeiro. He has been married to journalist Ivone Belem since 2001. He is the father of Jodel, Joana and Donatinho.

He died on July 17, 2023, aged 88, in Rio de Janeiro. The artist faced a series of health problems and recently treated a lung infection. In June, as published by his son Donatinho, he was hospitalized at Casa de Saúde São José in Rio de Janeiro.

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domingo, 4 de maio de 2025

Nana Caymmi - Discografia

Dinahir Tostes Caymmi (Nana Caymmi)
* 29/4/1941 Rio de Janeiro, RJ
+ 1/5/2025 Rio de Janeiro, RJ

Cantora. Compositora.

Filha de Dorival Caymmi (compositor, instrumentista e cantor) e de Stella Maris (cantora). Irmã de Dori Caymmi (instrumentista, arranjador, cantor e compositor) e de Danilo Caymmi (instrumentista, cantor e compositor).

Em 1960, registrou sua primeira atuação em estúdio, participando da faixa “Acalanto” (Dorival Caymmi), no LP de seu pai, que compôs a canção em sua homenagem, quando a cantora era ainda criança. Lançou, também, seu primeiro disco solo, um 78 rpm, contendo as músicas “Adeus” (Dorival Caymmi) e “Nossos beijos” (Hianto de Almeida e Macedo Norte). No dia 26 de abril desse mesmo ano, assinou contrato com a TV Tupi, apresentando-se no programa “Sucessos Musicais”, produzido por Fernando Confalonieri. Em seguida, passou a apresentar, acompanhada pelo irmão Dori, o programa “A Canção de Nana”, produzido por Eduardo Sidney.

Em 1961, casou-se com o médico Gilberto José Aponte Paoli e mudou-se para a Venezuela. Nesse país, nasceram suas filhas Stella Teresa, em 1962, e Denise Maria, em 1963. Gravou, nesse ano, seu primeiro LP, “Nana”, com arranjos de Oscar Castro Neves.

Em 1964, participou do disco “Caymmi visita Tom e leva seus filhos Nana, Dori e Danilo”, ao lado do pai e dos irmãos.

No ano seguinte, separou-se do marido e voltou grávida para o Brasil, com suas filhas pequenas.

Em 1966, nasceu seu filho, João Gilberto. Nesse mesmo ano, venceu o I Festival Internacional da Canção (TV Globo), interpretando a canção “Saveiros” (Dori Caymmi e Nelson Motta). Apresentou-se no programa “Ensaio Geral” (TV Excelsior), ao lado de artistas como Gilberto Gil, Caetano Veloso, Tuca, Toquinho e Maria Bethânia, entre outros. Ainda nesse ano, assinou contrato com a TV Record, de São Paulo, e casou-se com o cantor e compositor Gilberto Gil, com quem compôs “Bom dia”, canção apresentada pelos autores no III Festival de Música Brasileira (TV Record), em 1967.

No ano seguinte, terminou seu contrato com a TV Record. Estreou, no Rio de Janeiro, o show “Barroco” e separou-se de Gilberto Gil.

Em 1969, foi citada por Carlos Drummond de Andrade no poema “A festa (Recapitulação)”, publicado na edição do dia 23 de fevereiro do jornal “Correio da Manhã”.

Em 1970, fez uma temporada de shows com Dori Caymmi em Punta del Este (Uruguai). Participou do espetáculo “Mustang Cor de Sangue”, com Marcos Valle, Paulo Sérgio Valle e o conjunto Apolo 3, realizado no Teatro Castro Alves (Salvador) e no Teatro de Bolso (RJ).

No ano seguinte, cantou “Morena do mar” (Dorival Caymmi), na II Bienal do Samba (TV Record). Voltou a Punta del Este, para novas temporadas, em 1971 e em 1972, nesse último ano ao lado de Dori Caymmi, no Café del Puerto.

Em 1973, apresentou-se com sucesso em Buenos Aires (Argentina).

No ano seguinte, realizou um show, com o conjunto argentino Camerata, no Camerata Café Concert, em Punta Del Este (Uruguai). Lançou na Argentina, pela gravadora Trova, ainda em 1974, o LP “Nana Caymmi”, que vendeu 20 mil cópias. O disco, divulgado Rádio Jornal do Brasil por Simon Khoury, chamou a atenção das gravadoras brasileiras.

No ano seguinte, acompanhada pela Camerata, foi recebida pela mídia como Grande Show Woman, em sua temporada anual na Argentina.

Após um jejum de oito anos no mercado fonográfico brasileiro, lançou, em 18 de junho de 1975, na Sala Corpo e Som, do Museu de Arte Moderna (RJ), o LP “Nana Caymmi” (CID). O disco alcançou o 77º lugar no Hit Parade Carioca, uma semana após o lançamento. Fez, ainda, uma temporada, no mês de julho, na boate Igrejinha (SP), sendo citada por Tárik de Souza, no “Jornal do Brasil”, como a “Nina Simone brasileira” e provocando a admiração de Caetano Veloso, que considerou sua interpretação de “Medo de amar” (Vinícius de Moraes) uma das mais expressivas da música brasileira.

No dia 22 de outubro de 1976, foi contemplada com o Troféu Villa-Lobos de Melhor Cantora do Ano, oferecido pela Associação Brasileira de Produtores de Discos. Participou da trilha sonora de “Maria Maria”, espetáculo do Balé Corpo, com músicas de Milton Nascimento e Fernando Brant e coreografia de Oscar Ajaz. Apresentou-se, ao lado de Ivan Lins, no Teatro João Caetano (RJ), pelo projeto “Seis e Meia”. Ainda em 1976, lançou o LP “Renascer”, com show no Teatro Opinião”. A canção “Beijo partido” (Toninho Horta), na voz da cantora, foi incluída na trilha sonora da novela “Pecado Capital” (Rede Globo).

Em 1977, gravou novo LP, pela RCA-Victor. O disco contou com a participação de Dorival Caymmi na faixa “Milagre”, canção inédita do compositor, e teve show de lançamento no Teatro Ipanema (RJ). Ainda nesse ano, a gravadora CID lançou no mercado brasileiro o disco “Nana Caymmi”, gravado na Argentina em 1974, com o título “Atrás da porta”. Inaugurou, ao lado de Ivan Lins, o “Projeto Pixinguinha” (Funarte).

Em 1978, apresentou-se com Dori Caymmi pelo “Projeto Pixinguinha”. O show, dirigido por Arthur Laranjeiras, estreou no Teatro Dulcina (RJ) e prosseguiu em Vitória, Salvador, Maceió e Recife. Ainda nesse ano, lançou, pela Odeon, o LP “Nana Caymmi”, contendo a faixa “Cais” (Milton Nascimento e Ronaldo Bastos), incluída na trilha sonora da novela “Sinal de Alerta” (TV Globo).

Em 1979, apresentou-se, com Edu Lobo e o conjunto Boca Livre, no Teatro do Hotel Nacional e no Canecão, no Rio de Janeiro. Nesse mesmo ano, casou-se com o cantor e compositor Claudio Nucci.

Em 1980, comandou “Nana Caymmi e seus amigos muito especiais”, série de shows apresentados às segundas-feiras, no Teatro Villa-Lobos, com a participação de Isaurinha Garcia, Rosinha de Valença, Cláudio Nucci, Zezé Mota, Zé Luiz, Fátima Guedes, Sueli Costa, Jards Macalé e Claudio Cartier, entre outros. Fez temporada no Chico’s Bar, anexo do Castelo da Lagoa (RJ) e realizou espetáculo de lançamento do disco “Mudança dos ventos” (Odeon), viajando em turnê de shows pelo país. Participou, ao lado do Boca Livre, do “Projeto Pixinguinha”.

Em 1981, “Canção da manhã feliz” (Haroldo Barbosa e Luiz Reis), na voz da cantora, foi incluída na trilha sonora da novela “Brilhante” (TV Globo). Seu espetáculo, na Sala Funarte, foi apontado pelo “Jornal do Brasil” como um dos dez melhores do ano.

Em 1982, apresentou-se em Algarve (Portugal). Realizou uma participação na novela “Champagne” (TV Globo), representando a si mesma e cantando “Doce presença” (Ivan Lins e Victor Martins), ao lado do pianista Edson Frederico. A canção foi incluída na trilha sonora da novela.

No ano seguinte, gravou, com César Camargo Mariano, o LP “Voz e suor” (Odeon). Apresentou-se, ao lado do pianista, no 150 Night Club (SP), para lançamento do disco.

Em 1984, separou-se de Claudio Nucci. Participou do Festival de Nice (França), com Dorival Caymmi e Gilberto Gil, entre outros. No ano seguinte, sua gravação de “Flor da Bahia” (Dori Caymmi e Paulo César Pinheiro) foi incluída na trilha sonora de da minissérie “Tenda dos Milagres” (TV Globo), baseada no romance homônimo de Jorge Amado.

No final de 1986, em comemoração ao centenário de nascimento de Villa-Lobos, iniciou uma série de shows pelo país, que teve continuidade no ano seguinte, interpretando obras do compositor, ao lado de Wagner Tiso e do grupo Uakti.

Em 1987, fez temporada de shows em Madri (Espanha). Lançou o disco “Nana”, contando com a participação de seu filho, João Gilberto, na faixa “A lua e eu” (Cassiano e Paulo Zdanowski). No dia 3 de outubro desse mesmo ano, nasceu sua primeira neta, Marina, filha de Denise e Carlos Henrique de Meneses Silva.

Em 1988, fez show de lançamento do disco “Nana”, no L’Onoràbile Società (SP) e no People Jazz (RJ), seguindo em turnê pelo país.


Em 1989, participou da coletânea “Há sempre um nome de mulher”, LP duplo produzido por Ricardo Cravo Albin para a campanha do aleitamento materno, do Banco do Brasil, cantando as músicas “Dora” e “Rosa morena”, ambas de Dorival Caymmi. Nesse mesmo ano, ao lado de Wagner Tiso, excursionou por várias cidades da Espanha e participou do Festival Internacional de Jazz de Montreux (Suíça). A apresentação foi gravada ao vivo, gerando o LP “Só louco”, lançado, no mesmo ano, pela EMI-Odeon.

No dia 16 de dezembro, seu filho, João Gilberto, sofreu, no Rio de Janeiro, um grave acidente de motocicleta. A cantora passou o ano de 1990 dedicando-se exclusivamente ao filho acidentado.

Em 1991, voltou ao cenário artístico, participando, ao lado do irmão Danilo, de espetáculo realizado no Rio Show Festival (RJ), que reuniu Dorival Caymmi e Tom Jobim. Participou, com Dorival e Danilo Caymmi, do XXV Festival Internacional de Jazz de Montreux. O show foi gravado ao vivo e gerou o disco “Família Caymmi em Montreux”, lançado no Brasil, no ano seguinte, pela PolyGram.

Em 1992, participou, no Rio Centro (RJ), da segunda edição do “Rio Show Festival”, ao lado de Dorival Caymmi, Danilo Caymmi e Fagner. Lançou, pela Sony Music, o disco “O melhor da música brasileira”, apresentando-se em temporada de shows na casa noturna Jazzmania (RJ). No dia 24 de abril desse mesmo ano, nasceu Carolina, sua segunda neta, filha de Denise e Carlos Henrique de Meneses Silva. Participou do “SP Festival”, realizado no Anhembi (SP), ao lado de Dorival Caymmi, Danilo Caymmi e Gilberto Gil.

Em 1993, viajou a Portugal, para temporada de shows em Lisboa e no Porto, ao lado de Dorival e Danilo Caymmi. Gravou o disco “Bolero” (EMI), apresentando-se em longa temporada de shows no People Jazz (RJ) e seguindo em turnê pelo país. Esteve, também, em Nova York, onde se apresentou no Blue Note, em show que contou com a participação de Danilo Caymmi.

Em 1994, lançou o CD “A noite do meu bem – As canções de Dolores Duran” (EMI), que contou com a participação de sua filha Denise Caymmi na faixa “Castigo”. Fez show de lançamento do disco no Canecão, em seu primeiro espetáculo solo nessa casa, seguindo em turnê pelo país.

Em 1996, apresentou-se no Teatro Castro Alves (Salvador), ao lado de Daniela Mercury, do pai Dorival e dos irmãos Dori e Danilo, em dois espetáculos comemorativos dos 50 anos das empresas Odebrecht. Lançou, nesse mesmo ano, o disco “Alma serena” (EMI), no Canecão (RJ) e no Palace (SP), seguindo em turnê pelo país. Viajou, em seguida, para os Estados Unidos, onde se apresentou em Los Angeles e Nova York, ao lado de Dori Caymmi.

Em 1997, gravou, no Teatro Rival (RJ), seu primeiro disco solo ao vivo, “No coração do Rio” (EMI), seguindo em turnê pelo país.

Em 1998, lançou o CD “Resposta ao tempo” (EMI), contendo a canção homônima (Cristóvão Bastos e Aldir Blanc), escolhida como tema musical de abertura da minissérie “Hilda Furacão” (TV Globo). A música obteve bastante destaque, tendo sido muito executada nas rádios, nesse ano. Apresentou-se, novamente, no Canecão, em show de lançamento do disco, viajando, em seguida, em turnê pelo país.

Em 1999, foi contemplada com o primeiro Disco de Ouro de sua carreira, pelas cem mil cópias vendidas do CD “Resposta ao Tempo” (EMI), seguindo-se o convite da TV Globo para cantar “Suave veneno” (Cristóvão Bastos e Aldir Blanc), canção escolhida como tema da novela homônima. Lançou a coletânea “Nana Caymmi – Os maiores sucessos de novela” (EMI). Participou, ainda, do songbook de Chico Buarque (Lumiar Discos), interpretando a faixa “Olhos nos olhos”.

Em 2000, comemorando 40 anos de carreira em disco, lançou o CD “Sangre de mi alma” (EMI), cantando em espanhol uma seleção de boleros, como “Acércate más” (Osvaldo Farrés) e “Solamente una vez” (Agustin Lara), entre outros, com arranjos de Dori Caymmi e Cristóvão Bastos.

Em 2001, gravou o CD “Desejo”, produzido por José Milton, com a participação de Zeca Pagodinho, em dueto com a cantora em “Vou ver Juliana” (Dorival Caymmi), Ivan Lins, ao piano na faixa “Só prazer” (Ivan Lins e Celso Viáfora) e sua sobrinha Alice, filha de Danilo Caymmi, em dueto com a tia na música “Seus olhos”, de autoria da irmã, Juliana Caymmi. O disco registrou, com arranjos de Cristóvão Bastos, Dori Caymmi, Lincoln Olivetti e Paulão 7 Cordas, as canções “Saudade de amar” (Dori Caymmi e Paulo César Pinheiro), “Frases do silêncio” (Marcos Valle e Erasmo Carlos), “Fogueiras” (Ivan Lins e Vitor Martins), “Lero do bolero” (Kiko Furtado e Abel Silva), “Vinho guardado” (Danilo Caymmi e Paulinho Tapajós), “Desejo” (Fátima Guedes), “Naquela noite” (Claudio Cartier e Guto Marques), “Fumaça das horas” (Sueli Costa e Fausto Nilo), “Esse vazio” (Cristóvão Bastos e Dudu Falcão), “Marca da Paixão” (Marcio Proença e Marco Aurélio) e “Distância” (Dudu Falcão). Realizou show de lançamento do disco no Canecão (RJ), apresentando, além do repertório do CD, sucessos de sua carreira, como “Saudade de amar”, da trilha sonora da novela “Porto dos Milagres” (TV Globo) e Resposta ao tempo (Cristóvão Bastos e Aldir Blanc), acompanhada de uma banda formada por Cristóvão Bastos (piano), Itamar Assiere (teclados), Ricardo Silveira (guitarra), Jorjão (baixo), Ricardo Pontes (sax e flauta), Ricardo Costa (bateria) e Don Chacal (percussão).

Em 2002, lançou o CD “O mar e o tempo”, contendo exclusivamente obras de Dorival Caymmi, como “Saudade da Bahia” e “O bem do mar”, entre outras, além da inédita “Desde ontém”. O disco contou com a participação de seus irmãos Dori e Danilo, além de sua mãe, Stella, das netas e das sobrinhas.

Em 2003, foi lançado o songbook “O melhor de Nana Caymmi” (Editora Irmãos Vitale), produzido por Luciano Alves, contendo letras, cifras e partituras do repertório da cantora, além de um perfil biográfico assinado por sua filha, Stela Caymmi.

Em 2004, em comemoração ao 90º aniversário do pai, lançou, com os irmãos Dori e Danilo, o CD “Para Caymmi, de Nana, Dori e Danilo”, contendo exclusivamente canções de Dorival Caymmi: “Acontece que eu sou baiano”, “Severo do pão/O samba da minha terra”, “Vatapá”, “Você já foi à Bahia?”, “Requebre que eu dou um doce/Um vestido de bolero”, “Lá vem a baiana”, “A vizinha do lado/Eu cheguei lá”, “O que é que a baiana tem?”, “Dois de fevereiro/Trezentos e sessenta e cinco igrejas”, “Saudade da Bahia”, “O dengo que a nega tem”, “São Salvador”, “Eu não tenho onde morar/Maracangalha” e “Milagre”. Os arranjos do disco foram assinados por Dori Caymmi.

Em 2005, lançou, ao lado de Dori Caymmi, Danilo Caymmi, Paulo Jobim e Daniel Jobim, o CD “Falando de amor”, sobre a obra de Tom Jobim. Os músicos Jorge Hélder (baixo) e Paulinho Braga (bateria) participaram das gravações.

Lançou, em 2007, o CD “Quem inventou o amor”, com 14 sambas-canções de Dorival Caymmi, entre os quais “Não tem solução”, “Sábado em Copacabana”, “Só louco”, “Nunca mais”, “Nem eu”, “Tão Só”, “Adeus” e “Eu sem Maria”, com arrranjos de Dori Caymmi e Cristóvão Bastos.

Em 2008, foi contemplada com o Prêmio Tim de Música, na categoria Melhor Cantora/MPB, com o disco “Quem inventou o amor”. Nesse mesmo ano, participou do programa “Som Brasil – Dorival Caymmi”, com destaque para sua interpretação de “Só louco”.

Em 2009, gravou, com Erasmo Carlos, a canção “Não se esqueça de mim” (Roberto Carlos e Erasmo Carlos) para a trilha sonora da novela “Caminho das Índias” (Rede Globo), de Glória Perez. Nesse mesmo ano, gravou “Nossa canção” (Luiz Ayrão) para a trilha do filme “Lula, o filho do Brasil”, de Fábio Barreto. Também em 2009, lançou o CD “Sem poupar coração”, com as canções “Fora de hora” (Dori Caymmi e Chico Buarque), “Diamante rubi” (Alice Caymmi), “Esmeraldas” (Rosa Passos e Fernando de Oliveira), “Caju em flor” (joão Donato e Ronaldo Bastos), “Contradições” (Cristóvão astos e Aldir Blanc), “Senhorinha” (Guinga e Paulo César Pinheiro) e a faixa-título (Dori Caymmi e Paulo César Pinheiro), entre outras. Participaram do disco os músicos Dori Caymmi (violão e arranjos), Cristóvão Bastos (piano, acordeom e arranjos), Itamar Assière (piano e arranjos), Ricardo Silveira (guitarra), Gabriel Grossi (gaita), Jessé Sadoc e Vittor Santos (trompetes).

Em 2010, foi exibido no Festival do Rio o documentário “Rio Sonata – Nana Caymmi”, dirigido por Georges Gachot, com interpretações musicais e entrevistas com a cantora, imagens de arquivo, tomadas de estúdio e ainda depoimentos de Gilberto Gil, Erasmo Carlos, Martnália e Milton Nascimento, entre outros.

Em 2011, sua gravação de “Sem poupar coração” (Dori Caymmi e Paulo César Pinheiro) foi incluída na trilha sonora da novela “Insensato Coração” (Rede Globo). Também nesse ano, o documentário “Rio Sonata – Nana Caymmi” foi exibido no Instituto Cultural Cravo Albin, com a presença do diretor, Georges Gachot, e a filha da cantora, Stella Caymmi, além de outros convidados do meio cultural carioca.

Celebrando seu 70º aniversário, apresentou, em 2012, no Vivo Rio (RJ), o show “As canções de Nana. Nesse mesmo ano, chegou ao mercado a caixa “Nana Caymmi – A Dama da Canção”, organizada por Rodrigo Faour, com 18 CDs editados a partir de vários LPs gravados na então Odeon (hoje EMI), além de algumas raridades, como o disco de 1974, lançado pela gravadora Trova, e um CD duplo com 41 canções avulsas que não se encontram nos álbuns gravados pela cantora. Ainda em 2012, apresentou-se na casa Miranda (RJ).

Celebrando a obra do pai, lançou, em 2013, com os irmãos Danilo e Dori, o CD “Caymmi”, com as seguintes faixas: “Quando eu durmo/Balaio grande (c/ Osvaldo Santiago)”, “História pro Sinhozinho”, “Modinha para Tereza Batista/Vamos falar de Tereza”, “Sereia/Rainha do mar”, “Caminhos do mar”, “Dona Chica (Francisca Santos das Flores)”, “Retirantes”, “Araçá”, “Itapoã”, “Cantiga de cego” (c/ Jorge Amado), “Fiz uma viagem”, “Roda pião”, “A Mãe DÁgua e a menina”.

Em 2014, envolveu-se em mais um projeto em família, em homenagem ao centenário de Dorival Caymmi. O disco “Caymmi centenário”, com direção e arranjos de Dori Caymmi e Mário Adnet, reuniu nomes como Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil e Danilo Caymmi. Deu vida às músicas “Sargaço mar”, “A lenda do abaeté” e “Canção da partida”, com os irmãos Danilo e Dori.

Ainda em 2014 o CD “Caymmi” foi indicado ao Grammy Latino de “Melhor Álbum de Música Popular Brasileira”.

Em 2015, aos 74 anos, foi internada devido a problemas estomacais.

Em 2017 iniciou a gravação de CD com repertório do cantor, compositor e pianista paulista Tito Madi. O projeto do álbum foi oferecido à gravadora Biscoito Fino com produção de José Milton. No ano seguinte, com a morte do compositor Tito Madi, o projeto foi interrompido.

Em 2019 concluiu a gravação do CD “Nana Caymmi canta Tito Madi”, lançado no mesmo ano. O projeto teria sido criado por iniciativa do cantor e amigo Emílio Santiago, que faleceu em 2013.

A artista estava internada desde agosto de 2024, na Casa de Saúde São José, em Botafogo, onde deu entrada para tratar uma arritmia cardíaca, vindo a óbito no dia 1 de maio de 2025.


Dinahir Tostes Caymmi (Nana Caymmi)
* 4/29/1941 Rio de Janeiro, RJ
+ 5/1/2025 Rio de Janeiro, RJ

Singer. Composer.

Daughter of Dorival Caymmi (composer, instrumentalist and singer) and Stella Maris (singer). Sister of Dori Caymmi (instrumentalist, arranger, singer and composer) and Danilo Caymmi (instrumentalist, singer and composer).

In 1960, she recorded her first studio performance, participating in the track “Acalanto” (Dorival Caymmi), on her father's LP, who composed the song in her honor, when the singer was still a child. She also released her first solo album, a 78 rpm, containing the songs “Adeus” (Dorival Caymmi) and “Nossos beijos” (Hianto de Almeida e Macedo Norte). On April 26 of that same year, she signed a contract with TV Tupi, appearing on the program “Sucessos Musicais”, produced by Fernando Confalonieri. She then began hosting the program “A Canção de Nana”, produced by Eduardo Sidney, accompanied by her brother Dori.

In 1961, she married the doctor Gilberto José Aponte Paoli and moved to Venezuela. Her daughters Stella Teresa, in 1962, and Denise Maria, in 1963, were born in that country. That year, she recorded her first LP, “Nana”, with arrangements by Oscar Castro Neves.

In 1964, she participated in the album “Caymmi visita Tom e leva seus filhos Nana, Dori e Danilo”, alongside her father and brothers.

The following year, she separated from her husband and returned to Brazil, pregnant, with her young daughters.

In 1966, her son João Gilberto was born. That same year, she won the 1st International Song Festival (TV Globo), performing the song “Saveiros” (Dori Caymmi and Nelson Motta). She performed on the program “Ensaio Geral” (TV Excelsior), alongside artists such as Gilberto Gil, Caetano Veloso, Tuca, Toquinho and Maria Bethânia, among others. That same year, she signed a contract with TV Record, in São Paulo, and married the singer and composer Gilberto Gil, with whom she composed “Bom dia”, a song presented by the authors at the 3rd Brazilian Music Festival (TV Record), in 1967.

The following year, her contract with TV Record ended. She premiered the show “Barroco” in Rio de Janeiro and separated from Gilberto Gil.

In 1969, she was mentioned by Carlos Drummond de Andrade in the poem “A festa (Recapitulação)”, published in the February 23 edition of the newspaper “Correio da Manhã”.

In 1970, he performed with Dori Caymmi in Punta del Este (Uruguay). He participated in the show “Mustang Cor de Sangue”, with Marcos Valle, Paulo Sérgio Valle and the group Apolo 3, performed at the Teatro Castro Alves (Salvador) and Teatro de Bolso (RJ).

The following year, he sang “Morena do mar” (Dorival Caymmi) at the II Bienal do Samba (TV Record). He returned to Punta del Este for new seasons in 1971 and 1972, the latter year alongside Dori Caymmi at Café del Puerto.

In 1973, he performed successfully in Buenos Aires (Argentina).

The following year, he performed with the Argentine group Camerata at the Camerata Café Concert in Punta del Este (Uruguay). In 1974, she released the LP “Nana Caymmi” in Argentina, through the Trova label, which sold 20,000 copies. The album, released on Rádio Jornal do Brasil by Simon Khoury, caught the attention of Brazilian record labels.

The following year, accompanied by Camerata, she was received by the media as the Grande Show Woman, during her annual season in Argentina.

After an eight-year absence from the Brazilian music market, she released the LP “Nana Caymmi” (CID) on June 18, 1975, at Sala Corpo e Som, in the Museu de Arte Moderna (RJ). The album reached 77th place on the Hit Parade Carioca, one week after its release. She also performed at the Igrejinha nightclub (SP) in July, and was referred to by Tárik de Souza in the “Jornal do Brasil” as the “Brazilian Nina Simone” and aroused the admiration of Caetano Veloso, who considered her interpretation of “Medo de amar” (Medo de amar) (Vinícius de Moraes) to be one of the most expressive in Brazilian music.

On October 22, 1976, she was awarded the Villa-Lobos Trophy for Best Singer of the Year, offered by the Brazilian Association of Record Producers. She participated in the soundtrack of “Maria Maria”, a show by Balé Corpo, with music by Milton Nascimento and Fernando Brant and choreography by Oscar Ajaz. She performed alongside Ivan Lins at the João Caetano Theater (RJ) for the project “Seis e Meia”. In 1976, she released the LP “Renascer”, with a show at Teatro Opinião. The song “Beijo partido” (Toninho Horta), sung by the singer, was included in the soundtrack of the soap opera “Pecado Capital” (Rede Globo).

In 1977, she recorded a new LP for RCA-Victor. The album featured Dorival Caymmi on the track “Milagre”, an unreleased song by the composer, and had a launch show at Teatro Ipanema (RJ). In the same year, the record label CID released the album “Nana Caymmi”, recorded in Argentina in 1974, with the title “Atrás da porta”, on the Brazilian market. Along with Ivan Lins, she inaugurated the “Projeto Pixinguinha” (Funarte).

In 1978, she performed with Dori Caymmi for the “Projeto Pixinguinha”. The show, directed by Arthur Laranjeiras, premiered at Teatro Dulcina (RJ) and continued in Vitória, Salvador, Maceió and Recife. Later that year, she released the LP “Nana Caymmi” on Odeon, containing the track “Cais” (Milton Nascimento and Ronaldo Bastos), included in the soundtrack of the soap opera “Sinal de Alerta” (TV Globo).

In 1979, she performed with Edu Lobo and the group Boca Livre at the Teatro do Hotel Nacional and at Canecão, in Rio de Janeiro. That same year, she married the singer and composer Claudio Nucci.

In 1980, she led “Nana Caymmi and her very special friends”, a series of shows presented on Mondays at the Teatro Villa-Lobos, with the participation of Isaurinha Garcia, Rosinha de Valença, Cláudio Nucci, Zezé Mota, Zé Luiz, Fátima Guedes, Sueli Costa, Jards Macalé and Claudio Cartier, among others. He performed at Chico’s Bar, an annex of Castelo da Lagoa (RJ) and performed a show to launch the album “Mudança dos ventos” (Odeon), traveling on a concert tour around the country. He participated, alongside Boca Livre, in the “Projeto Pixinguinha”.

In 1981, “Canção da manhã feliz” (Haroldo Barbosa and Luiz Reis), sung by the singer, was included in the soundtrack of the soap opera “Brilhante” (TV Globo). Her show, at Sala Funarte, was named by “Jornal do Brasil” as one of the ten best of the year.

In 1982, she performed in Algarve (Portugal). She participated in the soap opera “Champagne” (TV Globo), playing herself and singing “Doce presença” (Ivan Lins and Victor Martins), alongside pianist Edson Frederico. The song was included in the soap opera’s soundtrack.

The following year, she recorded the LP “Voz e sucesso” (Odeon) with César Camargo Mariano. She performed with the pianist at 150 Night Club (SP), for the album’s release.

In 1984, she separated from Claudio Nucci. He participated in the Nice Festival (France), with Dorival Caymmi and Gilberto Gil, among others. The following year, his recording of “Flor da Bahia” (Dori Caymmi and Paulo César Pinheiro) was included in the soundtrack of the miniseries “Tenda dos Milagres” (TV Globo), based on the novel of the same name by Jorge Amado.

At the end of 1986, in celebration of the centenary of Villa-Lobos' birth, he began a series of shows throughout the country, which continued the following year, performing works by the composer, alongside Wagner Tiso and the group Uakti.

In 1987, he performed a season of shows in Madrid (Spain). He released the album “Nana”, with the participation of his son, João Gilberto, on the track “A lua e eu” (Cassiano and Paulo Zdanowski). On October 3 of that same year, his first granddaughter, Marina, was born, the daughter of Denise and Carlos Henrique de Meneses Silva.

In 1988, she performed a concert to launch her album “Nana” at L’Onoràbile Società (SP) and People Jazz (RJ), and then toured the country.

In 1989, she participated in the compilation “Há sempre um nome de mulher”, a double LP produced by Ricardo Cravo Albin for the Banco do Brasil breastfeeding campaign, singing the songs “Dora” and “Rosa morena”, both by Dorival Caymmi. That same year, alongside Wagner Tiso, she toured several cities in Spain and participated in the Montreux International Jazz Festival (Switzerland). The performance was recorded live, resulting in the LP “Só louco”, released that same year by EMI-Odeon.

On December 16, her son, João Gilberto, suffered a serious motorcycle accident in Rio de Janeiro. The singer spent 1990 dedicating herself exclusively to her injured son.

In 1991, he returned to the artistic scene, participating, alongside his brother Danilo, in a show held at the Rio Show Festival (RJ), which brought together Dorival Caymmi and Tom Jobim. He participated, with Dorival and Danilo Caymmi, in the XXV Montreux International Jazz Festival. The show was recorded live and generated the album “Família Caymmi em Montreux”, released in Brazil the following year by PolyGram.

In 1992, he participated in the second edition of the “Rio Show Festival” in Rio Centro (RJ), alongside Dorival Caymmi, Danilo Caymmi and Fagner. He released the album “O melhor da música brasileira” (The best of Brazilian music) through Sony Music, performing in a season of shows at the Jazzmania nightclub (RJ). On April 24 of that same year, Carolina, his second granddaughter, was born, daughter of Denise and Carlos Henrique de Meneses Silva. He participated in the “SP Festival”, held at Anhembi (SP), alongside Dorival Caymmi, Danilo Caymmi and Gilberto Gil.

In 1993, he traveled to Portugal for a season of shows in Lisbon and Porto, alongside Dorival and Danilo Caymmi. He recorded the album “Bolero” (EMI), performed in a long season of shows at People Jazz (RJ) and continued on a tour around the country. He was also in New York, where he performed at Blue Note, in a show that included the participation of Danilo Caymmi.

In 1994, he released the CD “A noite do meu bem – As canções de Dolores Duran” (EMI), which included the participation of his daughter Denise Caymmi on the track “Castigo”. He performed a show to launch the album at Canecão, in his first solo show there, and continued on a tour around the country.

In 1996, he performed at the Castro Alves Theater (Salvador), alongside Daniela Mercury, his father Dorival and his brothers Dori and Danilo, in two shows celebrating the 50th anniversary of the Odebrecht companies. That same year, he released the album “Alma serena” (EMI), at Canecão (RJ) and Palace (SP), and went on tour throughout the country. He then traveled to the United States, where he performed in Los Angeles and New York, alongside Dori Caymmi.

In 1997, he recorded his first solo live album, “No coração do Rio” (EMI), at the Rival Theater (RJ), and went on tour throughout the country.

In 1998, he released the CD “Resposta ao tempo” (EMI), containing the song of the same name (Cristóvão Bastos and Aldir Blanc), chosen as the opening theme song for the miniseries “Hilda Furacão” (TV Globo). The song gained a lot of attention, having been played a lot on the radio that year. It was performed again at Canecão, in a show to launch the album, and then traveled on tour around the country.

In 1999, she was awarded the first Gold Record of her career, for the one hundred thousand copies sold of the CD “Resposta ao Tempo” (EMI), followed by an invitation from TV Globo to sing “Suave veneno” (Cristóvão Bastos and Aldir Blanc), a song chosen as the theme song for the soap opera of the same name. She released the compilation “Nana Caymmi – Os maior sucessos de soap opera” (EMI). She also participated in the songbook of Chico Buarque (Lumiar Discos), performing the track “Olhos nos olhos”. In 2000, celebrating 40 years of her recording career, she released the CD “Sangre de mi alma” (EMI), singing in Spanish a selection of boleros, such as “Acércate más” (Osvaldo Farrés) and “Solamente una vez” (Agustin Lara), among others, with arrangements by Dori Caymmi and Cristóvão Bastos. In 2001, he recorded the CD “Desejo”, produced by José Milton, with the participation of Zeca Pagodinho, in a duet with the singer in “Vou ver Juliana” (Dorival Caymmi), Ivan Lins, on the piano in the track “Só prazer” (Ivan Lins and Celso Viáfora) and his niece Alice, daughter of Danilo Caymmi, in a duet with her aunt in the song “Seus olhos”, written by his sister, Juliana Caymmi. The album recorded, with arrangements by Cristóvão Bastos, Dori Caymmi, Lincoln Olivetti and Paulão 7 Cordas, the songs “Longing to Love” (Dori Caymmi and Paulo César Pinheiro), “Phrases of Silence” (Marcos Valle and Erasmo Carlos), “Bonfires” (Ivan Lins and Vitor Martins), “Lero do Bolero” (Kiko Furtado and Abel Silva), “Saved Wine” (Danilo Caymmi and Paulinho Tapajós), “Desire” (Fátima Guedes), “That Night” (Claudio Cartier and Guto Marques), “Smoke of the Hours” (Sueli Costa and Fausto Nilo), “This Emptiness” (Cristóvão Bastos and Dudu Falcão), “Mark of Passion” (Marcio Proença and Marco Aurélio) and “Distance” (Dudu Falcão). He held a concert to launch the album at Canecão (RJ), presenting, in addition to the CD's repertoire, hits from his career, such as “Saudade de amar”, from the soundtrack of the soap opera “Porto dos Milagres” (TV Globo) and Resposta ao tempo (Cristóvão Bastos and Aldir Blanc), accompanied by a band formed by Cristóvão Bastos (piano), Itamar Assiere (keyboards), Ricardo Silveira (guitar), Jorjão (bass), Ricardo Pontes (sax and flute), Ricardo Costa (drums) and Don Chacal (percussion).

In 2002, he released the CD “O mar e o tempo”, containing exclusively works by Dorival Caymmi, such as “Saudade da Bahia” and “O bem do mar”, among others, in addition to the previously unreleased “Desde ontém”. The album featured the participation of his brothers Dori and Danilo, as well as his mother, Stella, his granddaughters and his nieces.

In 2003, the songbook “O melhor de Nana Caymmi” (Editora Irmãos Vitale) was released, produced by Luciano Alves, containing lyrics, chords and sheet music from the singer's repertoire, as well as a biographical profile written by her daughter, Stela Caymmi.

In 2004, in celebration of his father's 90th birthday, he released, with his brothers Dori and Danilo, the CD “Para Caymmi, de Nana, Dori e Danilo”, containing exclusively songs by Dorival Caymmi: “It turns out that I am from Bahia”, “Severo do pão/O samba da minha terra”, “Vatapá”, “Have you ever been to Bahia?”, “Shake it and I'll give you a sweet/A bolero dress”, “Here comes the Bahian woman”, “The neighbor next door/I got there”, “What does the Bahian woman have?”, “February 2nd/Three hundred and sixty-five churches”, “Saudade da Bahia”, “O delove que a nega tem”, “São Salvador”, “I don't have a place to live/Maracangalha” and “Milagre”. The arrangements for the album were written by Dori Caymmi.

In 2005, she released, together with Dori Caymmi, Danilo Caymmi, Paulo Jobim and Daniel Jobim, the CD “Falando de amor” (Talking about Love), about the work of Tom Jobim. The musicians Jorge Hélder (bass) and Paulinho Braga (drums) participated in the recordings. In 2007, she released the CD “Quem inventou o amor” (Who invented love), with 14 samba songs by Dorival Caymmi, including “Não tem solução” (There’s no solution), “Sábado em Copacabana” (Só louco) (Only crazy), “Nunca mais” (Nem eu) (Not me), “Tão Só” (So long), “Adeus” (Goodbye) and “Eu sem Maria” (I without Maria), with arrangements by Dori Caymmi and Cristóvão Bastos. In 2008, she was awarded the Tim Music Award in the Best Female Singer/MPB category for the album “Quem inventou o amor” (Who invented love). That same year, he participated in the program “Som Brasil – Dorival Caymmi”, highlighting his interpretation of “Só louco”.

In 2009, he recorded, with Erasmo Carlos, the song “Don’t Forget Me” (Roberto Carlos and Erasmo Carlos) for the soundtrack of the soap opera “Caminho das Índias” (Rede Globo), by Glória Perez. That same year, he recorded “Nossa canção” (Luiz Ayrão) for the soundtrack of the film “Lula, o filho do Brasil” (Lula, the son of Brazil), by Fábio Barreto. Also in 2009, he released the CD “Sem poupa coração” (Without sparing your heart), with the songs “Fora de hora” (Fora de hora) (Dori Caymmi and Chico Buarque), “Diamante rubi” (Alice Caymmi), “Esmeraldas” (Rosa Passos and Fernando de Oliveira), “Caju em flor” (João Donato and Ronaldo Bastos), “Contradições” (Cristóvão Astos and Aldir Blanc), “Senhorinha” (Guinga and Paulo César Pinheiro) and the title track (Dori Caymmi and Paulo César Pinheiro), among others. The following musicians participated in the album: Dori Caymmi (guitar and arrangements), Cristóvão Bastos (piano, accordion and arrangements), Itamar Assière (piano and arrangements), Ricardo Silveira (guitar), Gabriel Grossi (harmonica), Jessé Sadoc and Vittor Santos (trumpet).

In 2010, the documentary “Rio Sonata – Nana Caymmi”, directed by Georges Gachot, was shown at the Rio Festival, featuring musical interpretations and interviews with the singer, archive footage, studio shots and testimonies from Gilberto Gil, Erasmo Carlos, Martnália and Milton Nascimento, among others.

In 2011, her recording of “Sem poupa coração” (Sem poupa coração) (Dori Caymmi and Paulo César Pinheiro) was included in the soundtrack of the soap opera “Insensato Coração” (Rede Globo). Also that year, the documentary “Rio Sonata – Nana Caymmi” was shown at the Cravo Albin Cultural Institute, with the presence of the director, Georges Gachot, and the singer's daughter, Stella Caymmi, as well as other guests from Rio's cultural scene.

Celebrating her 70th birthday, in 2012, she presented the show “As canções de Nana” at Vivo Rio (RJ). That same year, the box set “Nana Caymmi – A Dama da Canção” was released, organized by Rodrigo Faour, with 18 CDs edited from several LPs recorded at the then Odeon (now EMI), in addition to some rarities, such as the 1974 album, released by the Trova label, and a double CD with 41 individual songs that are not found on the albums recorded by the singer. Also in 2012, she performed at Casa Miranda (RJ). Celebrating her father's work, in 2013, she released the CD “Caymmi” with her brothers Danilo and Dori, with the following tracks: “Quando eu durmo/Balaio grande (c/ Osvaldo Santiago)”, “História pro Sinhozinho”, “Modinha para Tereza Batista/Vamos falar de Tereza”, “Mermaid/Queen of the Sea”, “Caminhos do mar”, “Dona Chica (Francisca Santos das Flores)”, “Retirantes”, “Araçá”, “Itapoã”, “Cantiga de cego” (with Jorge Amado), “I made a trip”, “Roda pião”, “A Mãe DÁgua e a menina”.

In 2014, he became involved in another family project, in honor of Dorival Caymmi’s centenary. The album “Caymmi centenário”, directed and arranged by Dori Caymmi and Mário Adnet, brought together names such as Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil and Danilo Caymmi. He gave life to the songs “Sargaço mar”, “A lenda do abaeté” and “Canção da partida”, with the brothers Danilo and Dori.

Also in 2014, the CD “Caymmi” was nominated for the Latin Grammy for “Best Brazilian Popular Music Album”.

In 2015, at the age of 74, she was hospitalized due to stomach problems.

In 2017, she began recording a CD with repertoire by the singer, composer and pianist from São Paulo, Tito Madi. The album project was offered to the record label Biscoito Fino and produced by José Milton. The following year, with the death of the composer Tito Madi, the project was interrupted.

In 2019, she completed recording the CD “Nana Caymmi canta Tito Madi”, released in the same year. The project was reportedly created on the initiative of the singer and friend Emílio Santiago, who passed away in 2013.

The artist had been hospitalized since August 2024, at Casa de Saúde São José, in Botafogo, where she was admitted to treat a cardiac arrhythmia, and died on May 1, 2025.

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