sexta-feira, 24 de março de 2023

Gal Costa - Discografia.

Maria da Graça Costa Penna Burgos

*26/9/1945 Salvador, BA 
+ 9/11/2022 São Paulo, SP

Filha de Dona Mariah Costa, sua grande incentivadora que, em entrevistas, conta que passou toda a gestação de Gracinha - nome como era conhecida antes da fama - ouvindo rádio.

Cresceu no Bairro da Graça, em Salvador. 

Na adolescência, trabalhou na loja de discos do jornalista Roni que, coincidentemente, foi, em 1972, promotor do show "Caetano & Chico", realizado em Salvador. 

Estreou como cantora em junho de 1964, no show “Nós, por exemplo”, que marcou a inauguração do Teatro Vila Velha, em Salvador, atuando ao lado de Caetano Veloso, Tom Zé, Maria Bethânia, Djalma Correa, Alcivando Luz, Pitti, Fernando Lona e Gilberto Gil. Nesse ano, o grupo ainda apresentou, no mesmo teatro, o show “Nova bossa velha, velha bossa nova”.

Em 1965, acompanhou Caetano Veloso e Maria Bethânia na viagem dos amigos ao Rio de Janeiro, onde Bethânia substituiu a cantora Nara Leão no elenco da peça “Opinião”. Nesse mesmo ano, participou, ao lado dos baianos (nome com que o grupo inicialmente ficou conhecido), dos espetáculos “Arena canta Bahia” e “Em tempo de guerra”, ambos dirigidos por Augusto Boal e apresentados no T.B.C. (antigo Teatro Brasileiro de Comédia), em São Paulo. Sua primeira participação fonográfica foi no LP “Maria Bethânia” (RCA), cantando ao lado da amiga, que também estreava em disco LP (já havia gravado alguns compactos), a composição de Caetano Veloso “Sol negro”. Ainda em 1965, gravou seu primeiro compacto, pela gravadora RCA, contendo as músicas “Eu vim da Bahia”, de Gilberto Gil, e “Sim, foi você”, de Caetano Veloso. No ano seguinte, em 1966, participou do “I Festival Internacional da Canção” (FIC), promovido pela TV Rio, interpretando a música “Minha Senhora”, de Gilberto Gil e Torquato Neto. Participou do III Festival da Música Popular Brasileira, defendendo a canção “Dada Maria”, de Renato Teixeira.

Em 1967, gravou seu primeiro LP, “Domingo”, lançado no mesmo ano, pela Philips, que dividiu com o também estreante Caetano Veloso. A produção desse disco ficou por conta de Dori Caymmi. Uma vez inserida no meio artístico carioca, foi apresentada, por Chico Buarque, ao produtor Marcos Lázaro, que acertou sua participação nos programas de televisão de grande sucesso na época: “Fino da Bossa” e “Agnaldo Rayol Show”.

A partir de 1968, o produtor Guilherme Araúj começou a empresariar a cantora, além de Caetano, Gil e Tom Zé, sugerindo a mudança de seu nome artístico de Maria das Graças para Gal Costa. Seguindo uma tendência do movimento tropicalista liderado por Caetano Veloso e Gilberto Gil, deixou o cabelo crescer e adotou um estilo mais agressivo no seu modo de cantar, contrário ao estilo bossa-novista que adotava, anteriormente. Foi assim que, nesse mesmo ano, defendeu a composição de Gilberto Gil e Caetano Veloso, “Divino Maravilhoso”, no IV Festival de Música Popular Brasileira, recebendo a terceira colocação. Foi considerada, pela crítica da época, a musa do Tropicalismo, alcançando grande popularidade. No emblemático LP “Tropicália”, também lançado em 1968, participou das faixas “Parque Industrial”, “Hino do Senhor do Bonfim”, “Mamãe coragem” e “Baby”. Essa última faixa havia sido composta por Caetano Veloso para Maria Bethânia gravar – inclusive foi ela que pediu ao irmão que fizesse uma música com esse nome, mas, como preferiu não participar do movimento tropicalista, deixou a gravação por conta da amiga. “Baby”, que teve arranjo de Rogério Duprat, foi um marco em sua carreira.

Em 1969, gravou seu primeiro LP individual, “Gal Costa”, lançado pela Philips. O sucesso foi imediato, ficando as faixas “Não identificado”, de Caetano Veloso, e “Que pena”, de Jorge Bem (hoje Jorge Benjor), mais de três meses nas paradas de sucesso. Seu empresário, Guilherme Araújo, produziu, nesse ano, uma série de shows em várias cidades brasileiras. Ainda em 1969, gravou seu segundo LP, também intitulado “Gal Costa”. O disco continha a antológica gravação de “Meu nome é Gal”, música de Roberto Carlos e Erasmo Carlos, feita em sua homenagem. Com o exílio de Caetano e Gil, viajou, por diversas vezes, para visitá-los em Londres.

Em 1970, gravou “London, London” e “Deixa sangrar” (Caetano Veloso) em seu LP “LeGal”, lançado no fim do ano. Estreou, ainda, o show “Deixa sangrar”, no Teatro Opinião (RJ), com direção de Jards Macalé. Um ano depois, lançou o álbum duplo “Gal a todo vapor” e o show homônimo, com direção de Roberto Menescal, que incluia os sucessos “Pérola Negra”, de Luís Melodia, “Como dois e dois”, de Caetano Veloso, e “Sua estupidez”, de Roberto e Erasmo.

Participou, no ano seguinte, ao lado de João Gilberto e Caetano Veloso, de um programa da TV Tupi de São Paulo.

Em 1972, estreou, sob a direção de Waly Salomão, o show “Fatal”, considerado um marco na sua carreira, e, em seguida, “Índia”. Com esse espetáculo, que viria a confirmar seu sucesso, percorreu o circuito universitário, que compreendeu a maioria das cidades do interior de São Paulo e Paraná.

Em 1973, a Phonogram realizou, em São Paulo, o show “Phono 73”, que reuniu mais de 35 artistas do cast da gravadora. Nesse evento, cantou, ao lado de Maria Bethânia, “Oração de Mãe Menininha”, de Dorival Caymmi, registrada no LP homônimo. Nesse ano, ainda, apresentou-se, ao lado de Gilberto Gil, no MIDEM, em Cannes, França.

anou, no ano seguinte, ao lado de Gil e Caetano, o show e LP “Temporada de verão”, apresentado na Bahia e São Paulo. Também nesse ano, gravou o LP “Cantar”, com direção de Caetano Veloso. Esse disco não obteve o mesmo sucesso dos anteriores, sendo o menos vendido desde o início de sua carreira.

Em 1975, sua gravação para a música “Modinha para Gabriela”, de Dorival Caymmi, foi tema da novela “Gabriela”, apresentada no horário nobre da TV Globo. O grande sucesso que a música alcançou gerou o LP “Gal canta Caymmi”, contendo, exclusivamente, composições do mestre baiano. O disco, produzido por Perinho Albuquerque, foi lançado em 1976.

Apresentou-se, em 1976, ao lado de Caymmi, em show produzido por Guilherme Araújo. A música “Só louco”, contida no LP, foi escalada para compor a trilha de uma nova novela da Globo. Apresentou-se, ainda, no programa “Globo de Ouro” da mesma emissora. Também em 1976, reuniu-se com Maria Bethânia, Gilberto Gil e Caetano Veloso para formar Os Doces Bárbaros. O show estreou no Anhembi, em São Paulo, e, posteriormente, ficou por dois meses em cartaz no Canecão (RJ), batendo o recorde de bilheteria da época.

Em 1977, mais um sucesso de crítica e público marcou sua carreira: o LP “Caras e bocas”, que incluiu a canção “Tigresa”, de Caetano Veloso.

No ano seguinte, recebeu, da Associação Brasileira de Produtores de Discos, o Prêmio Villa-Lobos, na categoria Melhor Cantora. Ainda em 1978, viajou para a Europa com Caetano Veloso, com quem realizou uma série de shows e gravou especiais para as televisões italiana e francesa. Em setembro desse ano, lançou o LP “Água viva”, com o qual ganhou seu primeiro Disco de Ouro. Nesse disco gravou, pela primeira vez, músicas de Chico Buarque, compositor que, a partir daí, sempre freqüentaria o seu repertório. No final de 1978, realizou três apresentações no Bauen Hotel, em Buenos Aires, e participou, ainda, da faixa “Sonho meu” (Dona Ivone Lara e Délcio Carvalho) do LP “Álibi”, de Maria Bethânia.

No dia 11 de janeiro de 1979, estreou, no Teatro dos Quatro (RJ), um dos shows mais marcantes de toda a sua carreira: “Gal Tropical”. O show ficou em cartaz durante todo o ano, sempre com casa lotada, sendo apresentado, posteriormente, em São Paulo, no Norte e Nordeste do país e no exterior: Montreux, Portugal, Japão e Argentina. Com o LP homônimo ganhou seu segundo Disco de Ouro. Ainda em 1979, gravou para o LP “Ópera do Malandro”, de Chico Buarque, a faixa “Pedaço de mim”.

Em 1980, ganhou seu terceiro Disco de Ouro, com o LP “Aquarela do Brasil”, no qual gravou somente músicas de Ary Barroso.

No ano seguinte, participou do especial para a televisão “Grandes Nomes” (Rede Globo), com direção de Daniel Filho. Nesse programa, teve como convidada a cantora Elis Regina, na interpretação inesquecível de “Amor até o fim”, de Gilberto Gil, que cantaram juntas. Além disso, realizou temporada de quatro meses no Canecão com o show “Fantasia”. O LP homônimo foi lançado no mesmo ano e lhe valeu o Prêmio de Melhor Cantora, concedido pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), mais um Disco de Ouro e o primeiro Disco de Platina de sua carreira.

Em 1982, estreou o show “Festa do Interior” no Maracanãzinho (RJ), para um público de mais de 25 mil pessoas. O show, dirigido por Waly Salomão, excursionou pelo Brasil e encerrou sua temporada nacional na comemoração do XXII Aniversário de Brasília, para um público de mais de 300 mil pessoas. O compacto com a música “Festa do Interior” (Moraes Moreira e Abel Silva), com arranjo de Lincoln Olivetti, também foi contemplado com o Disco de Ouro.

No decorrer da década de 1980, outros discos e shows foram lançados. No LP “Profana”, destacou-se a faixa “Chuva de prata”, bolero de Ed Wilson e Ronaldo Bastos, bastante executado nas Rádios em 1985.

Em 1990, lançou, pela BMG, o disco “Plural”, no qual incluiu músicas de Carlinhos Brown, compositor, então, pouco conhecido (havia sido gravado um ano antes por Caetano Veloso no LP “Estrangeiro”).

A partir da segunda metade dos anos 1990, Gal Costa passou a reler suas antigas gravações.

Em 1994, reuniu-se com Gilberto Gil, Caetano Veloso e Maria Bethânia, na quadra da escola de samba Mangueira, para o show “Doces Bárbaros na Mangueira”, que comemorou os 18 anos dos Doces Bárbaros. Nesse mesmo ano, a escola os homenageou com o samba enredo “Atrás da verde e rosa só não vai quem já morreu”, parafraseando o sucesso “Atrás do trio elétrico”, de Caetano Veloso. No dia primeiro de junho daquele ano, os Doces Bárbaros voltaram a se reunir no Royal Albert Hall, em Londres, com a participação da bateria da Mangueira. Ainda em 1994, lançou o disco e o show “O sorriso do gato de Alice”, com direção de Gerald Thomas. O espetáculo causou polêmica com a encenação da cantora, que entrava no palco quase se arrastando no chão e, ao cantar “Brasil”, de Cazuza, mostrava os seios nus à platéia. Com esse trabalho, ganhou os prêmios Sharp e APCA do ano.

Em 1995, lançou “Mina dágua do meu canto”, trazendo apenas composições de Chico Buarque e Caetano Veloso, com arranjos de Jacques Morelenbaum.

Em 1997, gravou o CD e o vídeo “Acústico MTV”, cantando ao lado de diversos convidados como Herbert Vianna e Zeca Baleiro.

No ano seguinte, lançou o CD “Aquele frevo axé”.

Em 1999, gravou um disco em homenagem a Tom Jobim, com arranjos de Cristovão Bastos, cujo show de lançamento percorreu o Brasil, depois de estrear no Metropolitan (atual ATL Hall), na Barra da Tijuca (RJ).

Em 2000, participou dos shows comemorativos da virada do milênio, apresentando-se ao lado de Maria Bethânia, em show no Metropolitan (ATL Hall), no Rio de Janeiro, e participou do evento “Rio Bossa Nova 2000”, realizado em um palco montado na praia de Ipanema (RJ), ao lado de diversos artistas, como Leny Andrade e o grupo Os Cariocas.

Em 2001, gravou o CD “De tantos amores”, contendo as músicas “Outra vez” (Isolda), “A última estrofe” (Cândido das Neves “Índio”), “Que pena (Ela já não gosta mais de mim)” (Jorge Benjor), “Que maravilha” (Jorge Benjor e Toquinho) “Folhetim” (Chico Buarque), “Apaixonada” (Ed Motta e Nélson Motta) e “Caminhos do mar” (Dorival Caymmi, Danilo Caymmi e Dudu Falcão), além de canções de Caetano Veloso, “Abandono”, “O amor” (c/ Ney Costa Santos) e “Força estranha”, e versões de Geraldo Carneiro, “Dama sofisticada” (Irving Mills, Duke Ellington e Mitchell Parish), “Contigo aprendi” (Armando Manzanero), e de José Fortuna, “Índia” (M. O. Guerrero e J. A. Flores). Nesse mesmo ano, foi incluída no Hall of Fame do Carnegie Hall, sendo a única cantora brasileira a entrar no Hall, após participar do show “40 anos de Bossa Nova”, em homenagem a Tom Jobim, ao lado de César Camargo Mariano, Filó Machado e outros artistas.

Em 2002, lançou o CD “Bossa tropical”, no qual registrou as faixas “Socorro” (Alice Ruiz e Arnaldo Antunes), “The fool on the hill” (John Lennon e Paul McCartney), “Onde Deus possa me ouvir” (Vander Lee), “Mulher (sexo frágil)” (Narinha e Erasmo Carlos), “Quando eu fecho os olhos” (Carlos Rennó e Chico César), “Desde que o samba é samba” (Caetano Veloso), “Epitáfio” (Sérgio Britto), “As time goes by” (Herman Hupfeld), “Ovelha negra” (Rita Lee), “Marcianita” (José Imperatore Marcone e Galvarino Villota Alderete, versão de Fernando César), “O amor em paz” (Tom Jobim e Vinicius de Moraes) e “Cada macaco no seu galho”. No dia 8 de dezembro desse mesmo ano, apresentou-se para 100.000 pessoas na Praia de Copacabana (RJ), ao lado de Gilberto Gil, Caetano Veloso e Maria Bethania, no show “Doces Bárbaros”, que encerrou o projeto “Pão Music”.

Em 2003, apresentou-se no Carnegie Hall, em Nova York, comandando um show tributo a Tom Jobim e Stan Getz, acompanhada por Hélio Alves (piano), Sérgio Brandão (baixo), Adriano Santos (bateria) e David Silliman (percussão). O espetáculo contou com a participação de Cesar Camargo Mariano, Romero Lubambo, Jaques e Paula Morelenbaum, do pianista Ryuichi Sakamoto e do saxofonista Tom Scott, além de Michael Feinstein e John Pizzarelli, chamados inesperadamente ao palco pela cantora. Nesse mesmo ano, lançou o CD “Todas as coisas e eu”, contendo canções que, segundo a própria cantora, fazem parte da sua formação musical, como “Folhas secas” (Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito), “Copacabana” (Alberto Ribeiro e João de Barro) e “Ave Maria no morro” (Herivelto Martins), entre outras.

Em 2004, apresentou-se no Canecão (RJ).

Lançou, em 2005, o CD “Hoje”, contendo exclusivamente canções inéditas: “Mar e sol”, “Te adorar” e “Sexo e luz”, todas de Lokua Kanza e Carlos Rennó, “Pra que cantar” e “Jurei”, ambas de Nuno Ramoso, “Voyeur” (Péri), “Santana” (Junio Barreto e João Carlos), “Um passo à frente” (Moreno Veloso e Quito Ribeiro), “Logus-Pé” (Tito Bahiense), “Nada a ver” (Hilton Raw, Lenora de Barros e Marcos Augusto Gonçalves), “Os dois” (Moisés Santana), “Luto” (Caetano Veloso), “Embebedado” (Chico Buarque e Caetano Veloso) e a faixa-título (Moreno Veloso). O disco contou com produção musical e arranjos de César Camargo Mariano.

Com som e imagem restaurados, foi lançado, em 2006, o DVD “Gal Costa – Programa Ensaio – 1994”, registro do programa gravado naquele ano. Também em 2006, estreou, no Canecão (RJ), a turnê do show “Hoje”.

Lançou, em 2011, o CD “Recanto”, produzido por Caetano Veloso, autor de todas as canções incluídas no repertório: “Recanto escuro”, “Cara do mundo”, “Autotune autoerótico”, “Tudo dói”, “Neguinho”, “O menino”, “Madre Deus” e “Mansidão”. O disco contou com a participação de Caetano Veloso (violão), Pedro Sá (guitarra), Eduardo Manso (guitarra), Bartolo (guitarra e sintetizadores analógicos), Kassin (baixo, bateria eletrônica, sintetizador e programação), Bruno di Lullo (baixo), Alberto Continentino (Rhodes), Donatinho (Rhodes e dintetizador), Zeca Veloso (programação e sintetizadores), Rafael Rocha (bateria), Estevão Casé (caetron, melotron e delays), Léo Monteiro (bateria, percussão eletrônica, ruídos, sintetizador e electribre), Jaques Morelenbaum (violoncelo) e Daniel Jobim (piano).

Em 2012, inaugurando o novo espaço carioca, Miranda, na Lagoa, apresentou o show “Recanto”, centrado em algumas canções do disco homônimo, além de outras do seu repertório, como “Vapor barato” (Jards Macalé e Waly Salomão) traduzidas com a estética do CD lançado ao final do ano anterior. A seu lado, Pedro Baby (guitarra e violão), Bruno Di Lullo (baixo e violão) e Domenico Lancellotti (bateria e MPC). O show, com direção de Caetano Veloso, teve concepção de Caetano Veloso, Moreno Veloso (assistente de direção) e da própria cantora. O espetáculo “Recanto” figurou na relação “Os Melhores Shows de 2012” – assinada pelos jornalistas Bernardo Araújo, Carlos Albuquerque, Leonardo Lichote e Sílvio Essinger -, publicada na edição de 30 de dezembro desse mesmo ano do Jornal “O Globo”.

Em 2013, apresentou-se no espaço Miranda, no Rio, com o show “Recanto”, produzido por Caetano Veloso. Nesse mesmo ano, lançou o DVD e CD duplo “Recanto ao vivo”, registro do show realizado no antigo Teatro Tereza Raquel (hoje Net Rio), dirigido por Caetano Veloso. Também no DVD, imagens e fala da cantora com direção de Dora Jobim e Gabriela Gastal, que também assinam os extras, ao lado de Clara Cavour. Ainda em 2013, apresentou-se no Vivo Rio (RJ), com o show “Recanto”, dirigido por Caetano Veloso.

O disco “Gilberto Gil & Gal Costa – Live in London”, lançado em 2014, foi fruto de uma gravação descoberta de um show realizado no Centro Estudantil da City University, em Londres. O ano era 1971 e Gil vivia no exílio.

Gal havia decidido visitar os amigos e juntos improvisaram um show. As dezoito faixas do disco trazem músicas conhecidas, mas temperos e arranjos diferentes, além de Gal que, nas primeiras nove faixas, sustenta no violão os vocais de Gil.

Em 2015, lançou “Estratosférica”. As 15 músicas do disco são composições, em sua maioria, de compositores os quais jamais havia gravado: Marisa Monte (que em parceria com Arnaldo Antunes e Cezar Mendes compôs “Amor se acalme”), Marcelo Camelo (que com o irmão Thiago Camelo compôs “Espelho d´água”), Céu (que uniu-se a Pupillo e Junio Barreto na composição de “Estratosférica”), Lincoln Olivetti ( que compôs “Muita sorte” com Rogê), Thalma de Freitas (que sobre um arranjo de João Donato compôs “Ecstasy”), Junio Barreto (que voltou ao disco com a sua “Jabitacá, em parceria com Lira), Jonas Sá (musicado por Alberto Continentino em “Casca”), Malu Magalhães (com “Quando você olha pra ela”), Milton Nascimento (em inédita parceria com Criolo na faixa “Dez anjos”), Tom Zé (que compôs “Por baixo), Moreno Velloso e Domenico Lancellotti (que compuseram “Anuviar”), Caetano Veloso (inaugurando em “Você me deu” a parceria com o filho Zeca Veloso), Antônio Cícero (ao lado de Arthur Nogueira em “Sem medo nem esperança) e Johny Alf (com “Ilusão à toa).

A versão digital do disco, disponibilizada no Itunes, trouxe ainda “Vou buscar você pra mim”, de Guilherme Arantes, e “Átimo de som”, de Arnaldo Antunes e José Miguel Wisnik.

Com produção musical de Moreno Veloso e Kassin, o disco foi gravado em São Paulo.

Paralelamente à turnê de Estratosférica, apresentou dois outros shows: “Espelho d´água”, no qual aparece acompanhada apenas pela guitarra ou pelo violão de Guilherme Monteiro, e “Ela disse-me assim”,  com canções de Lupicinio Rodrigues.

Esse último foi incluído na lista de melhores shows do ano divulgada pelo jornal O Globo. Segundo o jornal: “A beleza e a força do show estava aí, na forma como cantora e banda afirmavam as canções no presente, fosse na gravidade dos sintetizadores de “Pobres moços” ou na explosão tropicalista de “Vingança”.

Apresentou-se no Circo Voador, no RJ, em março de 2016, com o show da turnê “Estratosférica”, por duas noites seguidas.

No mesmo ano, fez show no Rio de Janeiro, convidada pela Arquidiocese, aos pés do Cristo Redentor, em palco montado na frente do monumento. Na apresentação, para apenas 60 convidados, cantou sucessos de sua carreira.

Foi indicada, pela sua performance em “Estratosférica”, ao 27º Prêmio da Música Brasileira, na categoria melhor cantora de pop, consagrando-se vencedora mesmo com a concorrência de Elza Soares (A mulher do fim do mundo) e Simone Mazzer (Férias em videotape).

No fim do mesmo ano, subiu ao palco para um show em homenagem ao centenário de Ulisses Guimarães, morto em 1992. Ao seu lado, Nando Reis e Gilberto Gil.

Dirigido por Rafael Dragaud, produzido por Flora Gil e idealizado pelo jornalista Jorge Bastos Moreno, o show marcou o primeiro encontro musical do trio, que já admitiu a possibilidade de um projeto futuro, extensão do sucesso do show.

Misto de show e homenagem política, a noite teve a apresentação da jornalista Leilane Neubarth e contou com muitos políticos convidados na plateia.

Gilberto Gil abriu o show, seguido por Nando Reis. Gal chegou no fim, interpretando clássicos como “Barato Total”, e algumas músicas de Nando Reis, inéditas na sua voz: “Segundo sol” e “Dois rios”. No bis, voltou para “Esotérico”.  E depois o trio encerrou o show com “Do seu lado”.

Em 2017 apresentou o show “Trinca de Ases”, com Gilberto Gil e Nando Reis, no Citibank Hall, em São Paulo, e no KM de Vantagens Hall, no Rio de Janeiro. O espetáculo contou com alguns sucessos do repertório dos três artistas e música inédita de Gilberto Gil, “Trinca de Ases”, que deu nome ao trabalho. O trio foi acompanhado pelos músicos Magno Brito (baixo) e Kainan do Jêjê (percussão).

O show “Trinca de Ases” ficou o segundo semestre de 2017 em turnê nacional, e também lançou o DVD deste show no mesmo ano. Em 2018 teve temporada na Europa.

Em 2018 o poeta e artista plástico Omar Salomão escreveu a letra “Palavras ao corpo” inspirada na canção “Sua estupidez”. A letra ganhou melodia de Silva e foi lançada como o primeiro single de seu álbum lançado pela Biscoito Fino neste mesmo ano. No mesmo ano o Selo SESC lançou o CD Fruta gogoia – Uma homenagem a Gal Costa que abrangeu os 50 anos de carreira com arranjos de Dori Caymmi e produção artística de Luiz Nogueira. O projeto foi lançado nas plataformas digitais de streaming, e posteriormente também lançado em CD, com encarte especial da gravura de Regina Silveira com a obra “Bicho Gal”, criado especialmente para este projeto. Foram selecionadas 18 canções das mais de 500 registradas pela Gal ao longo de seus 50 anos de carreira. Canções como “Tigresa”, “Meu bem, meu mal”, “Baby”, “Não identificado”, e “Força estranha” compõem o álbum, além de “Estrada do sol”, de Tom Jobim e Dolores Duran; “Vapor barato”, de Jards Macalé e Waly Salomão; “Folhetim”, de Chico Buarque; “Volta”, de Lupicínio Rodrigues; “Pérola negra”, de Luiz Melodia; “Sorte”, de Celso Fonseca e Ronaldo Bastos; “Só louco”, de Dorival Caymmi, dentro outras.

Em 2018, o Selo SESC lançou o disco, “Fruta Gogoia – Uma homenagem a Gal Costa”, inspirado em seus 50 anos de sua carreira, com arranjos de Dori Caymmi e produção artística de Luiz Nogueira. O projeto foi lançado nas plataformas digitais de streaming, e posteriormente também lançado em CD, com encarte especial da gravura “Bicho Gal”, da artista Regina Silveira, criado especialmente para este projeto. Foram selecionadas 18 canções das 500 registradas ao longo de seus 50 anos de carreira. Músicas como “Tigresa”, “Meu bem, meu mal”, “Baby”, “Não identificado”, e “Força estranha” compõem o disco, além de “Estrada do sol”, de Tom Jobim e Dolores Duran, “Vapor barato”, de Jards Macalé e Waly Salomão, “Folhetim”, de Chico Buarque, “Volta”, de Lupicínio Rodrigues, “Pérola negra”, de Luiz Melodia, “Sorte”, de Celso Fonseca e Ronaldo Bastos, “Só louco”, de Dorival Caymmi, dentro outras.

Ainda em 2018, lançou o disco “A Pele do Futuro”, com participações das cantoras Maria Bethânia e Marília Mendonça, e composições de Gilberto Gil, Adriana Calcanhotto, Dani Black, Emicida, Djavan, Guilherme Arantes, Hyldon, Nando Reis, Tim Bernardes, Paulinho Moska, Breno Góes, Erasmo Carlos, Silva e Jorge Mautner. O disco foi lançado pela Biscoito Fino, com produção de Pupillo e direção artística de Marcus Preto. Segundo Marcus Preto, o nome do disco teria sido inspirado a partir de um verso da música “Viagem Passageira”de Gilberto Gil, e composta especialmente para a voz de Gal. A primeira música do disco, “Sublime” de Dani Black, segundo Marcus Preto, foi escutada a primeira vez em uma roda de violão na casa da cantora Maria Gadú. “Era um samba lento, algo como um Gilberto Gil cantado por João Gilberto. Fiquei fascinado com a beleza imediata daquela canção e, quando Dani confirmou que estava inédita, pedi para que ele guardasse para Gal”, explicou Marcus em declaração ao Jornal O Globo. O arranjo do trio de sopros foi criado por Tiquinho, e o de cordas, pelo carioca Felipe Pacheco Ventura, da banda Baleia. A segunda música, “Cuidando de Longe”, foi enviada pela cantora sertaneja Marília Mendonça. “A idéia de procurar a diva do sertanejo foi da própria Gal, inspirada por Gloria Gaynor e pelo clássico “I Will Survive” que ela tanto adora. Gal queria uma canção que não fosse exatamente alegre, mas que tivesse uma mensagem de superação, de volta por cima, que seria potencializada pelo arranjo dançante”, declarou Marcus Preto na festa de lançamento do disco. A cantora Marília Mendonça gravou a música em dueto, e as duas cantoras ficaram amigas. O trio de backing-vocalistas foi formado por Céu, Filipe Catto e Maria Gadú. “Puro Sangue (Libelo do Perdão)” contou com os teclados e sintetizadores arranjados e tocados por Guilherme Arantes, que também assinou a composição ao lado de Caetano Veloso. Já “Palavras no Corpo” nasceu em uma conversa de bar com o poeta e artista plástico carioca Omar Salomão, filho de Waly Salomão. O compositor Hyldon assinou a faixa “Vida que Segue”. O arranjo de “Mãe de Todas as Vozes” foi inspirado na fase “Fa-Tal”. Originalmente uma bossa nova, a música foi um presente de Nando Reis e estava no pré-repertório do show coletivo “Trinca de Ases” (2017), onde apresentou-se ao lado Gilberto Gil e Nando. A cantora Céu fez o backing-vocal. “Abre-Alas do Verão”, foi uma parceria de Erasmo Carlos e Emicida. “Erasmo me mandou a melodia por WhatsApp, acompanhando-se ao violão. Enviei ao Emicida, que logo fez a letra”, contou Marcus Preto no lançamento do disco. O cantor e compositor Djavan enviou o samba “Dentro da Lei”, “Realmente Lindo” foi escrita pelo compositor paulista Tim Bernardes, líder da banda O Terno, e seu arranjo contou com a participação especial do músico francês Hervé Salters, do projeto General Elektriks, tocando teclados e synths. “Livre do Amor” composição da cantora Adriana Calcanhotto, que não entrou em seu último álbum, “Estratosférica”, integrou “A Pele do Futuro”. Os arranjos de trompete foram de Paulinho Viveiro. A música “Cabelos e Unhas”, foi criada a partir do poema do carioca Breno Góes, e musicada por Paulinho Moska. “Minha Mãe” teria sido a última música a entrar no disco. “Quando todas as bases já estavam gravadas, Jorge Mautner enviou a letra. Amigo próximo de dona Mariah, mãe de Gal, Jorge costura a imagem da figura materna à de Nossa Senhora de Aparecida. A relação com a religiosidade de dona Canô, mãe de Maria Bethânia, aconteceu de imediato. E “Minha Mãe” seria o veículo ideal para um novo dueto entre Gal e Bethânia. Encaminhei a letra de Jorge ao compositor mineiro César Lacerda. A gravação se deu como uma oração em duas vozes, acompanhadas pela sanfona de Mestrinho”, explicou o diretor do disco Marcus Preto. O Produtor musical do disco, Pupillo, tocou todas as baterias e percussões. A banda base contou com Guilherme Monteiro nas guitarras e violões, Bruno Di Lullo nos baixos e Maurício Fleury nos teclados, e participações dos guitarristas Pedro Baby e Guri Assis Brasil, do tecladista Carlos Trilha, do baixista Lucas Martins e Tiquinho e Hugo Hori, nos metais. O disco “A Pele do Futuro” foi editado em formato de LP, e lançado gravadora Biscoito Fino, com 11 das 13 músicas apresentadas no CD. Por decisão de Marcus Preto, diretor artístico do disco, as músicas que não entraram na edição LP foram, “O Samba dentro da Lei” e “Abre-alas do Verão”.

Em 2019 apresentou-se ao lado de Pedro Miranda no camarote Folia Tropical na Marquês de Sapucaí durante o desfile das escolas campeãs do Grupo Especial do Rio de Janeiro. Foi a primeira vez que se apresentou em camarotes de luxo no Sambódromo. Durante a apresentação interpretou “Balancê” (Braguinha), “Bloco do Prazer” (Moraes Moreira), “Massa Real” (c Caetano Veloso), “Festa do Interior” (Abel Ferreira da Silva), dentre outras. Ainda em 2019 lançou os singles de “O que há o que há” (Fábio Jr. E Sérgio Sá) e “Motor” (Teago Oliveira), faixas do seu CD “A Pele do Futuro ao Vivo” (Biscoito Fino) lançado nesse mesmo ano, também editado em formato DVD.  O disco foi gravado na Casa Natura Musical na cidade de São Paulo (SP), dirigido por Rafael Gomes e mixado por Duda Mello.

Em fevereiro de 2021 foi lançado o álbum “Nenhuma Dor”, com dez duetos da cantora com artistas de gerações mais novas.  Muitos dos arranjos de base foram feitos pelos parceiros de interpretação de Gal em cada música. Os arranjos de cordas foram feitos por Felipe Pacheco Ventura. O nome do álbum foi inspirado em parceria de Torquato Neto e Caetano Veloso na canção “Nenhuma Dor”, uma das dez músicas do trabalho.

As músicas gravadas foram “Avarandado”, com Rodrigo Amarante; “Só Louco”, com Silva; “Paula e Bebeto” com Criolo; “Pois É”, com o português Zambujo; “Meu Bem, Meu Mal”, com Zé Ibarra; “Juventude Transviada”, com Seu Jorge; “Baby”, com Tim Bernardes; “Coração Vagabundo”, com Rubel; “Negro Amor”, com o uruguaio Jorge Drexler e “Nenhuma Dor”, com Zeca Veloso. O disco foi idealizado por Marcus Preto e produzido por Felipe Pacheco Ventura.

Em outubro de 2021 estreou a turnê “As várias pontas de uma estrela” acompanhada pela banda com André Lima (teclados), Fábio Sá (baixo elétrico e acústico) e Victor Cabral (bateria e percussão). O repertório teve como base músicas de Milton Nascimento.

Gal morreu aos 77 anos em São Paulo.


Maria da Graça Costa Penna Burgos 

* 26/09/1945 Salvador, BA 
+ 9/11/2022 São Paulo, SP

Daughter of Mrs. Mariah Costa, its great promoter that in interviews, he had spent the entire pregnancy Gracinha - name as it was known before the fame - listening to the radio. 
Grew up in the neighborhood of Grace in Salvador. 

As a teenager he worked at the record store journalist Roni who, coincidentally, was, in 1972, promoter of the show "Chico & Caetano", held in Salvador. 

She debuted as a singer in June 1964, in the show “We, for example”, which marked the opening of the Vila Velha Theater, in Salvador, performing alongside Caetano Veloso, Tom Zé, Maria Bethânia, Djalma Correa, Alcivando Luz, Pitti, Fernando Lona and Gilberto Gil. That year, the group also presented, in the same theater, the show “Nova bossa Velha, Velha bossa nova”.

In 1965, she accompanied Caetano Veloso and Maria Bethânia on their friends' trip to Rio de Janeiro, where Bethânia replaced the singer Nara Leão in the cast of the play “Opinião”. That same year, she participated, alongside the Bahians (the name by which the group was initially known), in the shows “Arena canta Bahia” and “Em tempo de Guerra”, both directed by Augusto Boal and presented at T.B.C. (former Teatro Brasileiro de Comédia), in São Paulo. Her first phonographic participation was on the LP “Maria Bethânia” (RCA), singing alongside her friend, who also debuted on an LP disc (she had already recorded some singles), the composition of Caetano Veloso “Sol Negro”. Still in 1965, she recorded her first single, on the RCA label, containing the songs “Eu vim da Bahia”, by Gilberto Gil, and “Sim, foi você”, by Caetano Veloso. The following year, in 1966, she participated in the “I Festival Internacional da Canção” (FIC), promoted by TV Rio, performing the song “Minha Senhora”, by Gilberto Gil and Torquato Neto. She participated in the III Festival of Brazilian Popular Music, defending the song “Dada Maria”, by Renato Teixeira.

In 1967, she recorded her first LP, “Domingo”, released in the same year, by Philips, which she shared with fellow debutant Caetano Veloso. The production of this record was done by Dori Caymmi. Once inserted in the artistic milieu of Rio de Janeiro, she was presented by Chico Buarque to producer Marcos Lázaro, who agreed to participate in the highly successful television shows at the time: “Fino da Bossa” and “Agnaldo Rayol Show”.

In 1968, producer Guilherme Araúj began to manage the singer, in addition to Caetano, Gil and Tom Zé, suggesting the change of her stage name from Maria das Graças to Gal Costa. Following a trend from the tropicalist movement led by Caetano Veloso and Gilberto Gil, she let her hair grow and adopted a more aggressive style in her singing, contrary to the bossa-novista style she had previously adopted. That's how, that same year, she defended the composition by Gilberto Gil and Caetano Veloso, “Divino Maravilhoso”, at the IV Festival de Música Popular Brasileira, receiving third place. She was considered, by the critics of the time, the muse of Tropicalismo, achieving great popularity. In the emblematic LP “Tropicália”, also released in 1968, she participated in the tracks “Parque Industrial”, “Hino do Senhor do Bonfim”, “Mamãe Courage” and “Baby”. This last track had been composed by Caetano Veloso for Maria Bethânia to record – she was even the one who asked her brother to write a song with that name, but, as she preferred not to participate in the Tropicalista movement, she left the recording to her friend. “Baby”, which was arranged by Rogério Duprat, was a milestone in his career.

In 1969, she recorded her first solo LP, “Gal Costa”, released by Philips. The success was immediate, with the tracks “Unidentified”, by Caetano Veloso, and “Que pena”, by Jorge Bem (now Jorge Benjor), for more than three months on the charts. Her manager, Guilherme Araújo, produced, that year, a series of shows in several Brazilian cities. Still in 1969, she recorded her second LP, also titled “Gal Costa”. The disc contained the anthological recording of “Meu nome é Gal”, music by Roberto Carlos and Erasmo Carlos, made in her honor. With Caetano and Gil exiled, she traveled several times to visit them in London.

In 1970, she recorded “London, London” and “Deixa sangrar” (Caetano Veloso) on her LP “LeGal”, released at the end of the year. She also premiered the show “Deixa sangrar”, at Teatro Opinião (RJ), directed by Jards Macalé. A year later, he released the double album “Gal a todo vapor” and the eponymous show, directed by Roberto Menescal, which included the hits “Pérola Negra”, by Luís Melodia, “Como Dois e Dois”, by Caetano Veloso, and “Your stupidity”, by Roberto and Erasmo.

The following year, she participated, alongside João Gilberto and Caetano Veloso, in a program on TV Tupi in São Paulo.

In 1972, she debuted, under the direction of Waly Salomão, the show “Fatal”, considered a milestone in her career, and then “India”. With this show, which would confirm his success, he toured the university circuit, which included most of the cities in the interior of São Paulo and Paraná.

In 1973, Phonogram held, in São Paulo, the show “Phono 73”, which brought together more than 35 artists from the label's cast. In this event, he sang, alongside Maria Bethânia, “Oração de Mãe Menininha”, by Dorival Caymmi, recorded on the LP of the same name. That year, he performed, alongside Gilberto Gil, at MIDEM, in Cannes, France.

The following year, alongside Gil and Caetano, he launched the show and LP “Temporada de Verão”, presented in Bahia and São Paulo. Also in that year, he recorded the LP “Cantar”, directed by Caetano Veloso. This album did not have the same success as the previous ones, being the least sold since the beginning of his career.

In 1975, his recording for the song “Modinha para Gabriela”, by Dorival Caymmi, was the theme of the soap opera “Gabriela”, presented in prime time on TV Globo. The great success that the song achieved generated the LP “Gal canta Caymmi”, containing exclusively compositions by the Bahian master. The record, produced by Perinho Albuquerque, was released in 1976.

He performed, in 1976, alongside Caymmi, in a show produced by Guilherme Araújo. The song “Só Crazy”, contained in the LP, was chosen to compose the soundtrack of a new Globo soap opera. He also appeared on the “Globo de Ouro” program on the same broadcaster. Also in 1976, he teamed up with Maria Bethânia, Gilberto Gil and Caetano Veloso to form Os Doces Bárbaros. The show premiered at Anhembi, in São Paulo, and, later, was on for two months at Canecão (RJ), breaking the box office record at the time.

In 1977, another critical and public success marked his career: the LP “Caras e bocas”, which included the song “Tigresa”, by Caetano Veloso.

The following year, she received, from the Brazilian Association of Record Producers, the Villa-Lobos Award, in the Best Singer category. Also in 1978, she traveled to Europe with Caetano Veloso, with whom she performed a series of shows and recorded specials for Italian and French television. In September of that year, she released the LP “Água viva”, with which she won her first Gold Record. On this album she recorded, for the first time, songs by Chico Buarque, a composer who, from then on, would always be a part of her repertoire. At the end of 1978, she performed three performances at the Bauen Hotel, in Buenos Aires, and also participated in the track “Sonho meu” (Dona Ivone Lara and Délcio Carvalho) on the LP “Alibi”, by Maria Bethânia.

On January 11, 1979, she debuted, at Teatro dos Quatro (RJ), one of the most outstanding shows of her entire career: “Gal Tropical”. The show was on show throughout the year, always with a full house, being presented later in São Paulo, in the North and Northeast of the country and abroad: Montreux, Portugal, Japan and Argentina. With the LP of the same name, he won his second Gold Record. Still in 1979, she recorded for the LP “Ópera do Malandro”, by Chico Buarque, the track “Pedaço de mim”.

In 1980, she won her third Gold Record, with the LP “Aquarela do Brasil”, in which she recorded only songs by Ary Barroso.

The following year, she participated in the television special “Grandes Nomes” (Rede Globo), directed by Daniel Filho. In this program, she had as a guest singer Elis Regina, in the unforgettable interpretation of “Amor até o fim”, by Gilberto Gil, which they sang together. In addition, she performed a four-month season at Canecão with the show “Fantasia”. The homonymous LP was released in the same year and earned her the Best Singer Award, granted by the São Paulo Association of Art Critics (APCA), another Gold Record and the first Platinum Record of her career.

In 1982, she premiered the show “Festa do Interior” at Maracanãzinho (RJ), to an audience of more than 25 thousand people. The show, directed by Waly Salomão, toured Brazil and ended its national season in commemoration of the XXII Anniversary of Brasília, for an audience of over 300,000 people. The single with the song “Festa do Interior” (Moraes Moreira and Abel Silva), arranged by Lincoln Olivetti, was also awarded the Gold Record.

In the course of the 1980s, other records and shows were released. On the LP “Profana”, the track “Chuva de Prata” stood out, a bolero by Ed Wilson and Ronaldo Bastos, widely played on Radios in 1985.

In 1990, she released the album “Plural” on BMG, which included songs by Carlinhos Brown, a then little-known composer (it had been recorded a year earlier by Caetano Veloso on the LP “Estrangeiro”).

From the second half of the 1990s onwards, Gal Costa began to reread her old recordings.

In 1994, she got together with Gilberto Gil, Caetano Veloso and Maria Bethânia, on the court of the Mangueira samba school, for the show “Doces Bárbaros na Mangueira”, which celebrated the 18th anniversary of Doces Bárbaros. That same year, the school paid tribute to them with the samba theme “Atrás da verde e rosa só não vai que você already died”, paraphrasing the success “Atrás do trio Eléctrico”, by Caetano Veloso. On June 1 of that year, the Doces Bárbaros met again at the Royal Albert Hall, in London, with the participation of the Mangueira drums. Still in 1994, he released the album and the show “Alice's Cat Smile”, directed by Gerald Thomas. The show caused controversy with the staging of the singer, who entered the stage almost dragging on the floor and, when singing “Brasil”, by Cazuza, showed her bare breasts to the audience. With this work, he won the Sharp and APCA awards of the year.

In 1995, he released “Mina dagua do meu canto”, featuring only compositions by Chico Buarque and Caetano Veloso, with arrangements by Jacques Morelenbaum.

In 1997, she recorded the CD and the video “Acústico MTV”, singing alongside several guests such as Herbert Vianna and Zeca Baleiro.

The following year, she released the CD “Aquele frevo axé”.

In 1999, she recorded an album in honor of Tom Jobim, with arrangements by Cristovão Bastos, whose launch show toured Brazil, after debuting at the Metropolitan (now ATL Hall), in Barra da Tijuca (RJ).

In 2000, he participated in the shows commemorating the turn of the millennium, performing alongside Maria Bethânia, in a show at the Metropolitan (ATL Hall), in Rio de Janeiro, and participated in the event “Rio Bossa Nova 2000”, held on a stage mounted on Ipanema beach (RJ), alongside several artists, such as Leny Andrade and the group Os Cariocas.

In 2001, he recorded the CD “De so many amores”, containing the songs “Outra vez” (Isolda), “The last stanza” (Cândido das Neves “Índio”), “What a pity (She doesn’t like me anymore)” (Jorge Benjor), “How wonderful” (Jorge Benjor and Toquinho) “Folhetim” (Chico Buarque), “Apaixonada” (Ed Motta and Nélson Motta) and “Caminhos do mar” (Dorival Caymmi, Danilo Caymmi and Dudu Falcão), in addition to songs by Caetano Veloso, “Abandono”, “O amor” (w/ Ney Costa Santos) and “Força Estranged”, and versions by Geraldo Carneiro, “Sophisticated Lady” (Irving Mills, Duke Ellington and Mitchell Parish), “ With you I learned” (Armando Manzanero), and by José Fortuna, “India” (M. O. Guerrero and J. A. Flores). That same year, she was included in the Carnegie Hall Hall of Fame, being the only Brazilian singer to enter the Hall, after participating in the show “40 years of Bossa Nova”, in honor of Tom Jobim, alongside César Camargo Mariano, Filó Machado and other artists.

In 2002, he released the CD “Bossa tropical”, in which he recorded the tracks “Socorro” (Alice Ruiz and Arnaldo Antunes), “The fool on the hill” (John Lennon and Paul McCartney), “Onde Deus can hear me” (Onde Deus can hear me). Vander Lee), “Woman (weaker sex)” (Narinha and Erasmo Carlos), “When I close my eyes” (Carlos Rennó and Chico César), “Since samba is samba” (Caetano Veloso), “Epitafio” ( Sérgio Britto), “As time goes by” (Herman Hupfeld), “Ovelha negra” (Rita Lee), “Marcianita” (José Imperatore Marcone and Galvarino Villota Alderete, version by Fernando César), “O amor em paz” (Tom Jobim and Vinicius de Moraes) and “Each monkey on its branch”. On December 8 of that same year, she performed for 100,000 people at Copacabana Beach (RJ), alongside Gilberto Gil, Caetano Veloso and Maria Bethania, in the show “Doces Bárbaros”, which ended the project “Pão Music ”.

In 2003, she performed at Carnegie Hall, in New York, leading a tribute show to Tom Jobim and Stan Getz, accompanied by Hélio Alves (piano), Sérgio Brandão (bass), Adriano Santos (drums) and David Silliman (percussion). . The show had the participation of Cesar Camargo Mariano, Romero Lubambo, Jaques and Paula Morelenbaum, pianist Ryuichi Sakamoto and saxophonist Tom Scott, in addition to Michael Feinstein and John Pizzarelli, unexpectedly called to the stage by the singer. That same year, she released the CD “All things and me”, containing songs that, according to the singer herself, are part of her musical training, such as “Folhas secas” (Nelson Cavaquinho and Guilherme de Brito), “Copacabana” (Alberto Ribeiro and João de Barro) and “Ave Maria no morro” (Herivelto Martins), among others.

In 2004, she performed at Canecão (RJ).

In 2005, he released the CD “Hoje”, containing exclusively unreleased songs: “Mar e sol”, “Te adora” and “Sexo e Luz”, all by Lokua Kanza and Carlos Rennó, “Pra que canto” and “Jurei”. , both by Nuno Ramoso, “Voyeur” (Peri), “Santana” (Junio ​​Barreto and João Carlos), “Um step ahead” (Moreno Veloso and Quito Ribeiro), “Logus-Pé” (Tito Bahiense), “Nada to see” (Hilton Raw, Lenora de Barros and Marcos Augusto Gonçalves), “Os Dois” (Moisés Santana), “Luto” (Caetano Veloso), “Embebedado” (Chico Buarque and Caetano Veloso) and the title track (Moreno Veloso). The album featured musical production and arrangements by César Camargo Mariano.

With sound and image restored, the DVD “Gal Costa – Programa Ensaio – 1994” was released in 2006, a record of the program recorded that year. Also in 2006, the tour of the show “Hoje” debuted in Canecão (RJ).

In 2011, he released the CD “Recanto”, produced by Caetano Veloso, author of all the songs included in the repertoire: “Recanto Dark”, “Cara do Mundo”, “Autotune Autoerótico”, “Tudo Do Do”, “Neguinho”, “The Child”, “Mother God” and “Meekness”. The album had the participation of Caetano Veloso (guitar), Pedro Sá (guitar), Eduardo Manso (guitar), Bartolo (guitar and analog synthesizers), Kassin (bass, electronic drums, synthesizer and programming), Bruno di Lullo (bass ), Alberto Continentino (Rhodes), Donatinho (Rhodes and synthesizer), Zeca Veloso (programming and synthesizers), Rafael Rocha (drums), Estevão Casé (caetron, melotron and delays), Léo Monteiro (drums, electronic percussion, noise, synthesizer and electribre), Jaques Morelenbaum (cello) and Daniel Jobim (piano).

In 2012, opening the new carioca space, Miranda, in Lagoa, presented the show “Recanto”, centered on some songs from the homonymous album, in addition to others from her repertoire, such as “Vapor barro” (Jards Macalé and Waly Salomão) translated with the aesthetics of the CD released at the end of the previous year. At his side, Pedro Baby (guitar and guitar), Bruno Di Lullo (bass and guitar) and Domenico Lancellotti (drums and MPC). The show, directed by Caetano Veloso, was conceived by Caetano Veloso, Moreno Veloso (assistant director) and the singer herself. The show “Recanto” was included in the list “Os Melhors Shows de 2012” – signed by journalists Bernardo Araújo, Carlos Albuquerque, Leonardo Lichote and Sílvio Essinger -, published in the December 30 edition of the same year of the newspaper “O Globo”.

In 2013, she performed at the Miranda space, in Rio, with the show “Recanto”, produced by Caetano Veloso. That same year, he released the DVD and double CD “Recanto ao vivo”, a record of the show performed at the former Tereza Raquel Theater (now Net Rio), directed by Caetano Veloso. Also on the DVD, images and speech of the singer directed by Dora Jobim and Gabriela Gastal, who also sign the extras, alongside Clara Cavour. Also in 2013, she performed at Vivo Rio (RJ), with the show “Recanto”, directed by Caetano Veloso.

The album “Gilberto Gil & Gal Costa – Live in London”, released in 2014, was the result of a discovered recording of a show held at the City University Student Center in London. The year was 1971 and Gil was living in exile.

Gal had decided to visit friends and together they improvised a show. The 18 tracks on the album feature well-known songs, but different seasonings and arrangements, in addition to Gal who, in the first nine tracks, sustains Gil's vocals on the guitar.

In 2015, he released “Estratospheric”. The 15 songs on the disc are compositions, mostly by composers who had never recorded before: Marisa Monte (who in partnership with Arnaldo Antunes and Cezar Mendes composed “Amor se acalme”), Marcelo Camelo (who with his brother Thiago Camelo composed “Espelho d´água”), Céu (who joined Pupillo and Junio ​​Barreto in the composition of “Estratosférica”), Lincoln Olivetti (who composed “Muita sorte” with Rogê), Thalma de Freitas (who on an arrangement by João Donato composed “Ecstasy”), Junio ​​Barreto (who returned to the album with his “Jabitacá, in partnership with Lira), Jonas Sá (musicized by Alberto Continentino in “Casca”), Malu Magalhães (with “When you look at her” ), Milton Nascimento (in an unprecedented partnership with Criolo on the track “Dez Anjos”), Tom Zé (who composed “Por Baixo), Moreno Velloso and Domenico Lancellotti (who composed “Anuviar”), Caetano Veloso (opening in “Você me deuviar”). ” the partnership with his son Zeca Veloso), Antônio Cícero (alongside Arthur Nogueira in “Sem fear nor hope) and Johny Alf (with “Illusion for nothing).

The digital version of the album, available on Itunes, also featured “Vou fetch you pra mim”, by Guilherme Arantes, and “Átimo de som”, by Arnaldo Antunes and José Miguel Wisnik.

With musical production by Moreno Veloso and Kassin, the album was recorded in São Paulo.

Parallel to the Stratosférica tour, she presented two other shows: “Espelho d´água”, in which she appears accompanied only by Guilherme Monteiro’s guitar, and “Ela disse-me Assim”, with songs by Lupicinio Rodrigues.

The latter was included in the list of the best shows of the year published by the newspaper O Globo. According to the newspaper: “The beauty and strength of the show was there, in the way the singer and band affirmed the songs in the present, whether in the gravity of the synthesizers of “Pobres moços” or in the tropicalist explosion of “Vingança”.

He performed at Circo Voador, in RJ, in March 2016, with the show of the “Estratoférica” tour, for two consecutive nights.

In the same year, she performed in Rio de Janeiro, invited by the Archdiocese, at the feet of Christ the Redeemer, on a stage set up in front of the monument. In the presentation, for only 60 guests, she sang hits from her career.

She was nominated, for her performance in “Estratosférica”, for the 27th Brazilian Music Award, in the category of best pop singer, winning even with the competition of Elza Soares (A Mulher do Fim do Mundo) and Simone Mazzer (Holidays in videotape).

At the end of the same year, she took the stage for a show in honor of the centenary of Ulisses Guimarães, who died in 1992. Next to her, Nando Reis and Gilberto Gil.

Directed by Rafael Dragaud, produced by Flora Gil and conceived by journalist Jorge Bastos Moreno, the show marked the first musical meeting of the trio, which has already admitted the possibility of a future project, an extension of the show's success.

A mix of show and political tribute, the night featured a presentation by journalist Leilane Neubarth and featured many invited politicians in the audience.

Gilberto Gil opened the show, followed by Nando Reis. Gal arrived at the end, interpreting classics like “Barato Total”, and some songs by Nando Reis, unpublished in his voice: “Segundo sol” and “Dois rios”. For the encore, he returned to “Esoteric”. And then the trio ended the show with “On your side”.

In 2017, he presented the show “Trinca de Aces”, with Gilberto Gil and Nando Reis, at Citibank Hall, in São Paulo, and at KM de Vantagens Hall, in Rio de Janeiro. The show featured some hits from the repertoire of the three artists and new music by Gilberto Gil, “Trinca de Ases”, which gave the work its name. The trio was accompanied by musicians Magno Brito (bass) and Kainan do Jêjê (percussion).

The show “Trinca de Aces” spent the second half of 2017 on a national tour, and also released the DVD of this show in the same year. In 2018 he had a season in Europe.

In 2018 the poet and artist Omar Salomão wrote the lyrics “Palavras ao corpo” inspired by the song “Sua estupidez”. The lyrics gained melody from Silva and was released as the first single from his album released by Biscoito Fino that same year. In the same year, Selo SESC released the CD Fruta gogoia – A tribute to Gal Costa that covered her 50-year career with arrangements by Dori Caymmi and artistic production by Luiz Nogueira. The project was released on digital streaming platforms, and later also released on CD, with a special booklet of Regina Silveira's engraving with the work “Bicho Gal”, created especially for this project. Eighteen songs were selected from more than 500 songs recorded by Gal over her 50-year career. Songs like “Tigresa”, “Meu bem, meu mal”, “Baby”, “Unidentified”, and “Força Estrada” make up the album, in addition to “Estrada do sol”, by Tom Jobim and Dolores Duran; “Cheap steam”, by Jards Macalé and Waly Salomão; “Folhetim”, by Chico Buarque; “Volta”, by Lupicínio Rodrigues; “Black Pearl”, by Luiz Melodia; “Luck”, by Celso Fonseca and Ronaldo Bastos; “Só Crazy”, by Dorival Caymmi, among others.

In 2018, Selo SESC released the album, “Fruta Gogoia – A tribute to Gal Costa”, inspired by her 50 years of her career, with arrangements by Dori Caymmi and artistic production by Luiz Nogueira. The project was launched on digital streaming platforms, and later also released on CD, with a special booklet of the engraving “Bicho Gal”, by artist Regina Silveira, created especially for this project. Eighteen songs were selected from the 500 recorded over his 50-year career. Songs such as “Tigresa”, “Meu bem, meu mal”, “Baby”, “Unidentified”, and “Força Estrada” make up the album, in addition to “Estrada do sol”, by Tom Jobim and Dolores Duran, “Vapor bebe ”, by Jards Macalé and Waly Salomão, “Folhetim”, by Chico Buarque, “Volta”, by Lupicínio Rodrigues, “Black Pearl”, by Luiz Melodia, “Sorte”, by Celso Fonseca and Ronaldo Bastos, “Só Crazy”, by Dorival Caymmi, among others.

Also in 2018, he released the album “A Pele do Futuro”, featuring singers Maria Bethânia and Marília Mendonça, and compositions by Gilberto Gil, Adriana Calcanhoto, Dani Black, Emicida, Djavan, Guilherme Arantes, Hyldon, Nando Reis, Tim Bernardes , Paulinho Moska, Breno Góes, Erasmo Carlos, Silva and Jorge Mautner. The album was released by Biscoito Fino, with production by Pupillo and artistic direction by Marcus Preto. According to Marcus Preto, the album's name was inspired by a verse from the song “Viagem Passageira” by Gilberto Gil, and composed especially for Gal's voice. The first song on the album, “Sublime” by Dani Black, according to Marcus Preto, was heard for the first time in a guitar circle at the house of singer Maria Gadú. “It was a slow samba, something like a Gilberto Gil sung by João Gilberto. I was fascinated by the immediate beauty of that song and, when Dani confirmed that it was unreleased, I asked him to save it for Gal”, explained Marcus in a statement to Jornal O Globo. The wind trio arrangement was created by Tiquinho, and the string arrangement by Felipe Pacheco Ventura, from the band Baleia, from Rio de Janeiro. The second song, “Cuidando de Longe”, was sent by country singer Marília Mendonça. “The idea of ​​looking for the country diva was from Gal herself, inspired by Gloria Gaynor and the classic “I Will Survive” that she loves so much. Gal wanted a song that wasn't exactly happy, but that had a message of overcoming, getting back on top, which would be enhanced by the dancing arrangement”, declared Marcus Preto at the album's release party. The singer Marília Mendonça recorded the song as a duet, and the two singers became friends. The trio of backing vocalists was formed by Céu, Filipe Catto and Maria Gadú. “Puro Sangue (Libelo do Perdão)” featured keyboards and synthesizers arranged and played by Guilherme Arantes, who also signed the composition alongside Caetano Veloso. “Palavras no Corpo” was born in a bar conversation with the poet and artist from Rio de Janeiro, Omar Salomão, son of Waly Salomão. Composer Hyldon signed the track “Vida que Segui”. The arrangement of “Mãe de Todas as Vozes” was inspired by the “Fa-Tal” phase. Originally a bossa nova, the song was a gift from Nando Reis and was in the pre-repertoire of the collective show “Trinca de Ases” (2017), where he performed alongside Gilberto Gil and Nando. The singer Céu did the backing vocals. “Abre-Alas do Verão” was a partnership between Erasmo Carlos and Emicida. “Erasmo sent me the melody via WhatsApp, accompanying himself on the guitar. I sent it to Emicida, who soon wrote the lyrics”, said Marcus Preto at the release of the album. The singer and songwriter Djavan sent the samba “Dentro da Lei”, “Realmente Lindo” was written by the São Paulo composer Tim Bernardes, leader of the band O Terno, and its arrangement had the special participation of the French musician Hervé Salters, from the General Elektriks project. , playing keyboards and synths. “Livre do Amor”, composed by singer Adriana Calcanhotto, who did not appear on her last album, “Estratosférica”, was part of “A Pele do Futuro”. The trumpet arrangements were by Paulinho Viveiro. The song “Cabelos e Nanhas” was created from a poem by carioca Breno Góes, and set to music by Paulinho Moska. “Minha Mãe” would have been the last song to appear on the record. “When all the bases were already recorded, Jorge Mautner sent the lyrics. A close friend of Mariah, Gal's mother, Jorge sews the image of the mother figure to that of Our Lady of Aparecida. The relationship with the religiosity of Dona Canô, mother of Maria Bethânia, happened immediately. And “Minha Mãe” would be the ideal vehicle for a new duet between Gal and Bethânia. I forwarded Jorge's lyrics to the composer César Lacerda from Minas Gerais. The recording took place as a prayer in two voices, accompanied by Mestrinho's accordion”, explained the director of the album Marcus Preto. The record's Music Producer, Pupillo, played all the drums and percussions. The base band had Guilherme Monteiro on guitars and guitars, Bruno Di Lullo on bass and Maurício Fleury on keyboards, and guitarists Pedro Baby and Guri Assis Brasil, keyboardist Carlos Trilha, bassist Lucas Martins and Tiquinho and Hugo Hori, on metals. The album “A Pele do Futuro” was edited in LP format, and released by the Biscoito Fino label, with 11 of the 13 songs featured on the CD. By decision of Marcus Preto, artistic director of the album, the songs that did not make it into the LP edition were “O Samba Dentro da Lei” and “Abre-alas do Verão”.

In 2019, he performed alongside Pedro Miranda in the Folia Tropical box at Marquês de Sapucaí during the parade of the champion schools of the Special Group in Rio de Janeiro. It was the first time he performed in luxury boxes at the Sambadrome. During the presentation he performed “Balancê” (Braguinha), “Bloco do Prazer” (Moraes Moreira), “Massa Real” (c Caetano Veloso), “Festa do Interior” (Abel Ferreira da Silva), among others. Also in 2019, he released the singles of “O que há o que há” (Fábio Jr. and Sérgio Sá) and “Motor” (Teago Oliveira), tracks from his CD “A Pele do Futuro ao Vivo” (Biscoito Fino) released that year. same year, also edited in DVD format. The album was recorded at Casa Natura Musical in the city of São Paulo (SP), directed by Rafael Gomes and mixed by Duda Mello.

In February 2021, the album “Nenhuma Dor” was released, with ten duets by the singer with artists from younger generations. Many of the backing arrangements were done by Gal's singing partners on each song. The string arrangements were made by Felipe Pacheco Ventura. The name of the album was inspired by a partnership between Torquato Neto and Caetano Veloso in the song “Nenhuma Dor”, one of the ten songs on the work.

The songs recorded were “Avarandado”, with Rodrigo Amarante; “Só Louco”, with Silva; “Paula e Bebeto” with Criolo; “Pois É”, with the Portuguese Zambujo; “Meu Bem, Meu Mal”, with Zé Ibarra; “Juventude Transviada”, with Seu Jorge; “Baby”, with Tim Bernardes; “Coração Vagabundo”, with Rubel; “Negro Amor”, with the Uruguayan Jorge Drexler and “Nenhuma Dor”, with Zeca Veloso. The album was conceived by Marcus Preto and produced by Felipe Pacheco Ventura.

In October 2021, the tour “As several ends of a star” debuted, accompanied by the band with André Lima (keyboards), Fábio Sá (electric and acoustic bass) and Victor Cabral (drums and percussion). The repertoire was based on songs by Milton Nascimento.

Gal died at age 77 in São Paulo.

10 comentários:

  1. torrent ficó ruim, porfavor post de novo!

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  2. Muito obrigada por este blog, perfeito. Consegui Chico, Gal, e Betânia.

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  3. Respostas
    1. Eu que agradeço por acessar e baixar nossos post´s Jo Reis!

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  4. Na discografia da Gal faltou o disco ''meu bem,meu mal'',eu o possuo e poderia disponibilizá-lo,só não sei como fazer,obrigado pela discografia,muito boa.

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  5. O link para o arquivo que você solicitou não é válido.

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