quarta-feira, 2 de novembro de 2022

Jair Rodrigues - Discografia

Iniciou sua carreira em 1957, atuando como crooner em casas noturnas do interior de São Paulo.

A partir de 1960, passou a cantar na capital paulista, participando de programas de calouros, entre os quais o “Programa de Cláudio de Luna” (Rádio Cultura), no qual obteve a primeira colocação.

Gravou seu primeiro disco (78 rpm) em 1962, com duas músicas para a Copa do Mundo do mesmo ano: “Brasil sensacional” e “Marechal da vitória”, essa última muito executada pela Rádio Record. Lançou em seguida um compacto simples contendo as canções “Balada do homem sem Deus” (Fernando César e Agostinho dos Santos) e “Coincidência” (Venâncio e Corumba).

Seus primeiros LPs foram “Vou de samba com você” e “O samba como ele é”, lançados em 1964. Nessa época, atingiu grande popularidade com sua interpretação da música “Deixa isso pra lá” (Alberto Paz e Edson Meneses), marcada pela gesticulação que fazia com a palma da mão. Essa canção, considerada precursora do rap brasileiro por seu refrão “falado”, foi regravada em 1999 com a participação do grupo paulistano de rap Camorra.

Em 1965, substituiu Baden Powell no show realizado no Teatro Paramount, em São Paulo. Foi nesta ocasião que cantou pela primeira vez ao lado daquela que seria sua parceira, a estreante Elis Regina, com quem lançou em seguida o LP “Dois na bossa”, gravado ao vivo. Devido ao enorme sucesso alcançado pelo disco, formou com a jovem cantora a dupla Jair e Elis, no comando do programa “O fino da bossa”, produzido pela TV Record (SP), que teve estréia dia 19 de maio de 1965, marcando definitivamente seu lugar entre as grandes estrelas da MPB. Nesse ano, registrou um de seus grandes sucessos, “Tristeza” (Niltinho e Haroldo Lobo). A música, gravada anteriormente por Ari Cordovil, obteve grande destaque no carnaval de 1966 na voz do cantor.

Em 1966, gravou o LP “O sorriso do Jair”. Participou, nesse ano, do II Festival de Música Popular Brasileira (TV Record), defendendo a canção “Disparada” (Geraldo Vandré e Teo de Barros), dividindo o primeiro lugar com “A banda” (Chico Buarque), defendida por Nara Leão. Ao lado de Elis lançou mais dois volumes da série “Dois na bossa”, em 1966 e 1967, ano em que gravou o LP “Jair”.

Em 1968, participou do IV Festival de Música Popular Brasileira (TV Record), obtendo a terceira colocação do júri popular com a música “A família” (Chico Anysio e Ari Toledo). Também nesse ano, participou da Bienal do Samba (TV Record), em São Paulo, com “O que dá pra rir, dá pra chorar” (Billy Blanco), classificada em quinto lugar no evento vencido por Elis Regina com “Lapinha” (Baden Powell e Paulo César Pinheiro). Ainda em 1968, lançou o LP “Menino rei da alegria”.

No ano seguinte, fez o show de entrega dos prêmios Golfinhos de Ouro e Troféus Estácio de Sá, do Museu da Imagem e do Som, na Sala Cecília Meireles, quando atuou ao lado de Clementina de Jesus. Também em 1969, lançou os LPs “Jair de todos os sambas” e “Jair de todos os sambas nº2”

Sua popularidade não se restringiu somente ao Brasil, tendo-se apresentado com freqüência no exterior, em países como Portugal, Alemanha, França, Suíça, Itália, Estados Unidos e Japão. Apresentou-se com Elis Regina e o Zimbo Trio no Cassino Estoril, em Portugal, no Teatro Famoso, na Argentina, e no Cine Ávis, em Angola, entre outros espaços.

Em 1970. Gravou o LP “Talento e bossa de Jair Rodrigues”

No ano seguinte, apresentou-se, ao lado do grupo Os Originais do Samba, no Midem, em Cannes, e lançou o LP “É isso aí”. Ainda em 1971, gravou o LP “Festa para um rei negro”, contendo o samba-enredo homônimo da escola de samba carioca Acadêmicos do Salgueiro, do compositor Zuzuca (Adil de Paula), um de seus grandes sucessos e um dos mais conhecidos refrões da história do carnaval brasileiro: “Ô lê lê, ô lá lá/ pega no ganzê/ pega no ganzá”.

Ainda nos anos 1970, gravou os LPs “Com a corda toda” (1972), “Orgulho de um sambista” (1973), “Abra um sorriso novamente” (1974), “Jair Rodrigues dez anos depois” (1974), “Ao vivo no Olympia de Paris” (1975), “Eu sou o samba” ( 1975), “Minha hora e vez” (1976), “Estou com o samba e não abro” (1977), “Pisei chão” (1978), “Antologia da seresta” (1979) e “Couro comendo” (1979).

Na década de 1980, lançou os LPs “Estou lhe devendo um sorriso” (1980), “Antologia da seresta nº 2” (1981), “Alegria de um povo” (1981), “Jair Rodrigues de Oliveira” (1982), “Carinhoso” (1983), “Luzes do prazer” (1984), “Jair Rodrigues” (1985) e “Jair Rodrigues” (1988).

Nos anos 1990, gravou o LP “Lamento sertanejo” (1991) e os CDs “Viva meu samba” (1994), “Eu sou… Jair Rodrigues” (1996), “De todas as bossas” (1998) e “500 anos de folia – 100% ao vivo” (1999).

Em 2000, lançou o CD “500 anos de folia vol. 2”. Nesse mesmo ano, participou da trilha sonora da novela “O cravo e a rosa” (Rede Globo), interpretando a canção título da novela da TV Globo.

Gravou, em 2002, o CD “Intérprete”. O disco abre com um medley dos sambas “É preciso muito amor” (Noca da Portela e Tião de Miracema), “Vou festejar” (Jorge Aragão, Dida e Neoci) e “Se Deus quiser”, de sua parceria com Wando. Constam ainda do repertório “Incompatibilidade de gênios” (João Bosco e Aldir Blanc), com a participação de Lobão, “Zelão” (Sérgio Ricardo), “Retrato da vida” (Djavan e Dominguinhos), com a participação de Dominguinhos, “Ziguezague” (Alberto Paz e Edson Menezes), com a participação de Wilson Simoninha, Jair Oliveira e Rappin Hood, “Arrastão” (Edu Lobo e Vinicius de Moraes), em duo com o pianista César Camargo Mariano, e “A banca do distinto” (Billy Blanco), com a participação de Cido Bianchi (piano), Sabá (contrabaixo) e Toninho Pinheiro (bateria), integrantes do o Jongo Trio.

Lançou, em 2004, o CD “A nova bossa”, contendo principalmente regravações do repertório da Bossa Nova, além de “Falso amor/Fake love” (Jair Oliveira). Participaram do disco os músicos Paulinho Dáfilin (guitarras) e Marcelo Maita (piano).

Em 2005, gravou o CD “Alma negra”, contendo canções de Paulo Dafilin, Monsueto, Zé da Zilda, Haroldo Lobo, Evaldo Gouveia e Carlos Cola, Martinho da Vila e Hermínio Belo de Carvalho, entre outras. O disco contou com a participação especial da filha Luciana Mello na faixa-título, composição de Lula Barbosa.

Em 2006, foi lançado o DVD “Jair Rodrigues – Programa Ensaio – Brasil 1991”, mais um título da série de programas apresentados por Fernando Faro, no qual o cantor, além de longo depoimento, interpreta canções de seu repertório, acompanhado pelos músicos Cesar Barriga (teclados), Luiz Carlos de Paula (surdo), Luiz Carlos Xuxu (cavaquinho) e Jacaré (pandeiro).

Em 2007, participou da gravação ao vivo do projeto “Cidade do Samba” (CD e DVD), de Zeca Pagodinho e Max Pierre, apresentado por Ricardo Cravo Albin,interpretando em dupla com Claudia Leite “Deixa isso pra lá” (Alberto Paz e Edson Menezes).

Em 2019 completaria 80 anos. Na ocasião foi homenageado por seus filhos, Luciana Mello e Jair Oliveira, em espetáculo “Tributo a Jair Rodrigues” no Theatro Net de São Paulo. Foram incluídas no repertório as canções, “Disparada”, “Tristeza”, “Majestade e o Sabiá”, “Deixa Isso Pra Lá”, dentre outras. Na ocasião Luciana e Jair foram acompanhados por banda formada de violões, cavaco, bateria, percussão, baixo e teclado. No mesmo ano se iniciaram as filmagens de “Jairzão – O Documentário”, uma co-produção da Santa Rita Filme e Cantarolar Produções, com produção executiva de Marcelo Braga e direção de Alexandre Sorriso.


He began his career in 1957, working as a crooner in nightclubs in the interior of São Paulo.

From 1960, he began to sing in the capital of São Paulo, participating in programs for freshmen, including the “Programa de Cláudio de Luna” (Rádio Cultura), in which he won first place.

He recorded his first album (78 rpm) in 1962, with two songs for the World Cup in the same year: “Brasil sensational” and “Marechal da Vitória”, the latter much played by Rádio Record. He then released a simple single containing the songs “Balada do homem sem Deus” (Fernando César and Agostinho dos Santos) and “Coincidence” (Venâncio and Corumba).

His first LPs were “Vou de samba com você” and “O samba como ele é”, released in 1964. At that time, he achieved great popularity with his interpretation of the song “Deixa isto pra lá” (Alberto Paz and Edson Meneses), marked by by the gesticulation he made with the palm of his hand. This song, considered a precursor of Brazilian rap for its “spoken” chorus, was re-recorded in 1999 with the participation of the São Paulo rap group Camorra.

In 1965, he replaced Baden Powell in the show held at the Paramount Theater in São Paulo. It was on this occasion that he sang for the first time alongside his partner, the debutant Elis Regina, with whom he later released the LP “Dois na bossa”, recorded live. Due to the enormous success achieved by the record, he formed the duo Jair and Elis with the young singer, in charge of the program “O fino da bossa”, produced by TV Record (SP), which premiered on May 19, 1965, definitively marking its place among the great stars of MPB. That year, he recorded one of his greatest hits, “Tristeza” (Niltinho and Haroldo Lobo). The song, previously recorded by Ari Cordovil, gained great prominence at the 1966 carnival in the singer's voice.

In 1966, he recorded the LP “O Sorri do Jair”. In that year, he participated in the II Festival de Música Popular Brasileira (TV Record), defending the song “Disparada” (Geraldo Vandré and Teo de Barros), sharing first place with “A banda” (Chico Buarque), defended by Nara Leão. . Alongside Elis, he released two more volumes of the “Dois na bossa” series, in 1966 and 1967, the year he recorded the LP “Jair”.

In 1968, he participated in the IV Festival de Música Popular Brasileira (TV Record), obtaining third place in the popular jury with the song “A Família” (Chico Anysio and Ari Toledo). Also in that year, she participated in the Samba Biennial (TV Record), in São Paulo, with “Oque Dá pra Ris, Dá Pra Cry” (Billy Blanco), ranked fifth in the event won by Elis Regina with “Lapinha” ( Baden Powell and Paulo César Pinheiro). Still in 1968, he released the LP “Menino Rei da Joy”.

The following year, he gave the presentation of the Golden Dolphins and Estácio de Sá Trophies awards, from the Image and Sound Museum, at Sala Cecília Meireles, when he performed alongside Clementina de Jesus. Also in 1969, he released the LPs “Jair de todos os sambas” and “Jair de todos os sambas nº2”

His popularity was not restricted only to Brazil, having performed frequently abroad, in countries such as Portugal, Germany, France, Switzerland, Italy, the United States and Japan. He performed with Elis Regina and the Zimbo Trio at Cassino Estoril, in Portugal, at Teatro Famoso, in Argentina, and at Cine Ávis, in Angola, among other venues.

In 1970. He recorded the LP “Talento e Bossa de Jair Rodrigues”

The following year, he performed, alongside the group Os Originais do Samba, at Midem, in Cannes, and released the LP “É Isso Aí”. Also in 1971, he recorded the LP “Festa para um rei negro”, containing the homonymous samba-plot by the carioca samba school Acadêmicos do Salgueiro, by the composer Zuzuca (Adil de Paula), one of his greatest hits and one of the best-known refrains. from the history of Brazilian carnival: “Hey, read, hey there/ take the ganzê/ take the ganzá”.

Still in the 1970s, he recorded the LPs “Com a corda toda” (1972), “Orgulho de um sambista” (1973), “Abra um Sorrisor” (1974), “Jair Rodrigues ten years later” (1974), “ Live at the Olympia de Paris” (1975), “Eu sou o samba” (1975), “Minha hora e vez” (1976), “I’m with the samba and I don’t open” (1977), “I stepped on the floor” (1978) ), “Antologia da seresta” (1979) and “Leather eating” (1979).

In the 1980s, he released the LPs “I owe you a smile” (1980), “Antologia da seresta nº 2” (1981), “Alegria de um povo” (1981), “Jair Rodrigues de Oliveira” (1982), “Carinhoso” (1983), “Lights of pleasure” (1984), “Jair Rodrigues” (1985) and “Jair Rodrigues” (1988).

In the 1990s, he recorded the LP “Lamento sertanejo” (1991) and the CDs “Viva meu samba” (1994), “Eu sou… Jair Rodrigues” (1996), “De all bossas” (1998) and “500 anos revelry – 100% live” (1999).

In 2000, he released the CD “500 anos de folia vol. two". That same year, he participated in the soundtrack of the soap opera “O clove e a rosa” (Rede Globo), interpreting the title song of the TV Globo soap opera.

He recorded, in 2002, the CD “Intérprete”. The album opens with a medley of the sambas “É need muito amor” (Noca da Portela and Tião de Miracema), “Vou festejar” (Jorge Aragão, Dida and Neoci) and “Se Deus Quero”, from his partnership with Wando. The repertoire also includes “Incompatibilidade de genios” (João Bosco and Aldir Blanc), with the participation of Lobão, “Zelão” (Sérgio Ricardo), “Retrato da vida” (Djavan and Dominguinhos), with the participation of Dominguinhos, “Ziguzague ” (Alberto Paz and Edson Menezes), with the participation of Wilson Simoninha, Jair Oliveira and Rappin Hood, “Arrastão” (Edu Lobo and Vinicius de Moraes), in duo with pianist César Camargo Mariano, and “A banca do distinguished” (Billy Blanco), with the participation of Cido Bianchi (piano), Sabá (double bass) and Toninho Pinheiro (drums), members of the Jongo Trio.

In 2004, he released the CD “A nova bossa”, containing mainly re-recordings of the Bossa Nova repertoire, in addition to “Falso amor / Fake love” (Jair Oliveira). The musicians Paulinho Dáfilin (guitars) and Marcelo Maita (piano) participated in the album.

In 2005, he recorded the CD “Alma negra”, containing songs by Paulo Dafilin, Monsueto, Zé da Zilda, Haroldo Lobo, Evaldo Gouveia and Carlos Cola, Martinho da Vila and Hermínio Belo de Carvalho, among others. The album had the special participation of daughter Luciana Mello in the title track, composed by Lula Barbosa.

In 2006, the DVD “Jair Rodrigues – Programa Ensaio – Brasil 1991” was released, another title in the series of programs presented by Fernando Faro, in which the singer, in addition to a long testimony, interprets songs from his repertoire, accompanied by musicians Cesar Barriga (keyboards), Luiz Carlos de Paula (deaf), Luiz Carlos Xuxu (cavaquinho) and Jacaré (tambourine).

In 2007, he participated in the live recording of the project “Cidade do Samba” (CD and DVD), by Zeca Pagodinho and Max Pierre, presented by Ricardo Cravo Albin, performing in a duo with Claudia Leite “Deixa isto pra lá” (Alberto Paz and Edson Menezes).

In 2019 he would be 80 years old. On the occasion, he was honored by his children, Luciana Mello and Jair Oliveira, in a show “Tributo a Jair Rodrigues” at Theatro Net in São Paulo. The songs “Disparada”, “Tristeza”, “Majestade e o Sabiá”, “Deixa Isso Pra Lá”, among others, were included in the repertoire. On that occasion Luciana and Jair were accompanied by a band made up of guitars, cavaco, drums, percussion, bass and keyboard. In the same year, the filming of “Jairzão – O Documentário” began, a co-production by Santa Rita Filme and Cantarolar Produções, with executive production by Marcelo Braga and direction by Alexandre Sorriso.

FONTE/SOURCE:

https://dicionariompb.com.br/artista/jair-rodrigues/

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