segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

Erasmo Carlos - Discografia

Cantor. Compositor.

Criado no bairro carioca da Tijuca, estudou nos tradicionais colégios Batista e Lafayette.

Começou a se interessar por música em 1957, quando o rock começou a penetrar no Brasil.

Na Rua do Matoso, conheceu Roberto Carlos, Jorge Ben e Tim Maia, que lhe ensinou os primeiros acordes de violão. Fundou com eles o grupo amador The Sputiniks.

Com a saída de Tim Maia, o grupo The Sputniks passou a se chamar The Snakes. Em 1961, gravou no vocal do grupo The Snakes, em 78 rpm, o beguine “Para sempre”, de Marcucci, Di Angelis e Paulo Murilo e o fox-rock “Namorando”, de Carlos Imperial, selo Mocambo. Ainda com o grupo, lançou, no ano seguinte, pela Columbia, o LP “Só twist”, apresentando-se, empresariado por Carlos Imperial, em programas de rádio e TV. Fez aparições nos programas “Os brotos comandam”, que ia ao ar na Rádio Guanabara e na TV Continental. No mesmo período cantou no programa “Festival de brotos”, na Rádio Tupi. Em 1962 teve sua primeira composição gravada, “Eu quero twist”, parceria com Carlos Imperial e registrada por Agnaldo Rayol na Copacabana. Nesse mesmo ano, por curto período, chegou a cantar também para o grupo Renato e Seus Blue Caps, chegando a gravar um LP com o conjunto no qual interpretou entre outras, “Estrelinha”, uma versão de Paulo Murilo para “Little star”, de Venosa e Picone e “O lobo mau, versão de Hamilton di Giorgio para “The wanderer”, de Earnest Maresca. Partiu para a carreira solo em 1964. Pela RGE, gravadora em que permaneceria até 1968, lançou grandes sucessos no período da Jovem Guarda. Uma das parcerias mais profícuas e duradouras da música brasileira, a sua com Roberto Carlos, começou já no seu primeiro disco, um compacto simples, com a música “Terror dos namorados”. Ainda em 1964 obteve o primeiro grande sucesso com “Festa de arromba”, também parceria com Roberto Carlos. Em 1965 estreou na TV Record de São Paulo, juntamente com Roberto Carlos e Wanderléia, aquele que se tornou um dos programas musicais de maior sucesso da televisão brasileira, “Jovem Guarda”. Durante quatro anos o programa alcançou popularidade máxima nas tardes de domingo. Nessa época ganhou o apelido de Tremendão. Com Roberto Carlos compôs “Quero que vá tudo pro inferno”, um dos hinos do movimento. No mesmo ano, lançou seu primeiro LP, “A pescaria”, que contava com o já sucesso “Festa de arromba”, além da música título, também em parceria com Roberto Carlos. No ano seguinte, gravou o LP “Você me acende”, cujos destaques foram a música título, sua versão para “You turn me on”, de Ian Whitcomb, “A carta”, de Raul Sampaio e Benil Santos e outro sucesso em parceria com o Rei, “Gatinha manhosa”.

Em 1967, lançou dois LPs, “O Tremendão” e “Erasmo Carlos”, emplacando nas paradas de sucesso “Vem quente que eu estou fervendo”, de Carlos Imperial e Eduardo Araújo, e “O Tremendão”, composição de Marcos Roberto e Dóri Edson, em sua homenagem.

O ano seguinte marcou sua estréia como ator no filme “Roberto Carlos em ritmo de aventura”. No mesmo ano lançou LP pela RGE, com destaque para a canção “Para os diabos os conselhos de vocês”, de Nenéo e Carlos Imperial e “Não quero nem saber”, de Tim Maia.

Ainda como ator atuou também nos filmes “Roberto Carlos e o diamante cor-de rosa” (1969), “A 300 quilômetros por hora” (1970), dirigidos por Roberto Faria, e “Os machões” (1971), com direção de Reginaldo Farias. Sua atuação em “Os machões” lhe valeu o Troféu Coruja de Ouro de melhor ator coadjuvante. A partir de 1970 passou a gravar pela Philips, na qual permaneceria por dez anos.

Nessa década fundou a Companhia Paulista do Rock, que contava, entre outros, com os ex-Mutantes Sérgio Dias e Liminha. No mesmo ano obteve grande sucesso em seu último disco pela RGE com as músicas “Sentado à beira do caminho”, “Preciso ficar nu para chamar sua atenção” e “Coqueiro verde”, parcerias com Roberto Carlos. “Sentado à beira do caminho” foi um dos maiores êxitos de sua carreira. Em 1971 gravou o primeiro LP na Philips, com destaque para o grande sucesso “De noite na cama”, de Caetano Veloso.

Em 1973, teve a música “Nasci para chorar” (de Dion Dimucci), vertida por ele, e que já fora sucesso na voz de Roberto Carlos, do LP “E proibido fumar”, de 1964, gravada por Raimundo Fagner no histórico LP “Manera Frufru Manera”, lançado pela Philips. Em 1974 lançou com sucesso o LP “Projeto salva Terra”, em que se destacaram as músicas “Cachaça mecânica” e “Sou uma criança não entendo nada”, ambas em parceria com Roberto Carlos. Em 1976 lançou com sucesso “A banda dos contentes”, música título em parceria com Roberto Carlos, assim como “Filho único”, dois grandes hits daquele ano. O disco apresentou também as gravações de “Paralelas”, de Belchior e “Queremos saber”, de Gilberto Gil. Em 1980 gravou o LP “Erasmo Carlos convida”, que contou com a participação de inúmeros nomes da música popular brasileira cantando em dueto com ele. Estiveram presentes, entre outros, Gal Costa, em “Detalhes”, Nara Leão em “Café da manhã”, Maria Bethânia em “Cavalgada”, e Rita Lee em “Minha fama de mau”, todas em parceira com Roberto Carlos. Em 1981 assinou com a Polydor e lançou “Mulher”, disco que traria dois sucessos: a música título, parceria com sua mulher, Narinha, e “Pega na mentira”, parceria com Roberto Carlos. Em 1989 lançou o disco “Sou uma criança – Erasmo ao vivo”, com regravações de antigos sucessos.

Na década de 1990 participou do CD “Casa da bossa”, com Nana Caymmi, e dos “Songbooks” de Marcos Vale e de Sérgio Sampaio. Em 1997, foi homenageado, juntamente com Roberto Carlos, pelo conjunto de sua obra no XVII Prêmio Shell para MPB. Na ocasião, realizou show no Teatro João Caetano. Em 1999, suas composições “Os Seus Botões”, “Amada Amante”, “Desabafo”, “Cavalgada”, “A Distância”, “As Flores do Jardim de Nossa Casa”, “Um Grande Amor”, “Proposta”, “Recordações e Mais Nada”, “A Guerra dos Meninos” e “Jesus Cristo”, todas em dupla com Roberto Carlos, foram gravadas pelo cantor Roberto Leal, inicialmente de forma independente, e, depois, pela EMI, no CD “Roberto Leal canta Roberto Carlos” que acabaria se tornando um dos mais vendidos da gravadora em todos os tempos.

Em agosto de 2000 foi internado com problemas cardíacos, ficando três dias na UTI. Em 2001, depois de quase dez anos longe das gravações, lançou o CD “Pra falar de amor”, o primeiro pelo selo Abril Music. Do disco destacaram-se as seguintes canções: “Mais um na multidão”, parceria com Carlinhos Brown e Marisa Monte, que gravou a música com ele; “O impossível”, de Kiko Zambianchi e a música título, autoria de Marcelo Camelo, do grupo de rock “Los Hermanos”, além de “Vida blues”, de sua autoria e que fora escolhida para fazer parte da trilha sonora da novela “Roque Santeiro” da TV Globo, em 1975, censurada pelo regime militar. No mesmo ano apresentou show de lançamento do CD no Canecão no Rio de Janeiro. Em 2002, em comemoração aos seus 40 anos de carreira, lançou pela Abril Music o CD duplo “Erasmo Carlos ao vivo”. O disco, gravado em setembro do ano anterior em São Paulo, traz sucessos como “O terror dos namorados”, de seu primeiro disco, “É proibido fumar”, “Festa de arromba”, “Cachaça mecânica”, “Meu mar”, “Vida blue” e “O impossível”, que contou com a participação de Kiko Zambianchi, entre outras. No mesmo ano, participou do Plaza Summer Festival em Niterói, apresentando-se ao lado de Léo Maia, filho adotivo de Tim Maia. Ainda em 2002 apresentou-se no Canecão, no Rio de Janeiro, no projeto Concertos MP-BR, ao lado de Wanderléia e Zélia Duncan, interpretando, entre outras, “Mais um na multidão”, “Minha fama de mau” e “Mesmo que seja eu”.

Em 2003, juntamente com Dado Villa-Lobos, ex-Legião Urbana, foi convidado por Frejat a se apresentar em seu show no Canecão, cantando com o roqueiro a música “Paz, nunca mais”. Em dezembro do mesmo ano, foi calorosamente aplaudido de pé ao apresentar-se no Maracanãzinho durante a gravação do programa especial de fim de ano de Roberto Carlos, com quem cantou a música “É preciso saber viver”, além de interpretar sozinho seu sucesso “Pega na mentira”. Também no mesmo ano, foi o homenageado na décima edição do Prêmio Multishow de Música. Em 2004, lançou o CD “Santa música”, com 12 composições inéditas e apenas suas, sem a tradicional parceria com Roberto Carlos. Em seu primeiro disco na gravadora Indie Records contou com as participações de Marcelo Sussekind e Rick Ferreira nas guitarras, Liminha no baixo e Renato Massa na bateria. O disco teve como destaque as músicas “Dois em um”, “Tim”, uma homenagem a Tim Maia, “Lero lero”, “Calma baby”, “Santamúsica” e “Fantasias”. Nesse ano, lançou na casa de shows Canecão, o CD “Santa música”, depois de três anos sem fazer apresentações nesse local. Esse show mistura antigos sucessos com novas composições, com destaque para a música título, “Tim”, composta em homenagem ao cantor Tim Maia e “No olho do furacão”, que fala da guerra do Iraque, todas de sua autoria. Acontece também uma homenagem a Cássia Eller na canção “Born to cry”, com versão sua. Entre seus sucesso, estão presentes “Gatinha manhosa”, “Sentao à beira o caminho”, “Mesmo que seja eu”, “Parei na contramão”, “Minha fama de mau” e “Mais um na multidão”. Em 2005, participou de diversos eventos e shows comemorativos dos 40 anos da Jovem Guarda, o projeto “Festa de arromba- 40 anos da Jovem Guarda”, apresentado durante todo o mês de agosto, noTeatro II do CCBB (Centro Cultural do Banco do Brasil), no Rio de Janeiro, passando também por Brasília e São Paulo, no qual fez dupla com Wanderléa, em temporada de 3 dias, alternada com outros expoentes da Jovem Guarda, que também se apresentaram em duplas, como Jerry Adriani e Waldirene, Golden Boys e Vanusa,Wanderley Cardoso e Martinha. Nesse ano, Erasmo participou, em São Paulo, das gravações de CD e DVD ao vivo, ao lado de Wanderléa, The Fevers, Golden Boys e outros expoentes da Jovem Guarda. Em setembro do mesmo ano, lançou a caixa “Erasmo Carlos – O Tremendão”, que resgata os seis discos que gravou entre 1964 a 1969, no auge da Jovem Guarda e que são os primeiros álbuns lançados em sua carreira. Entre eles, “A pescaria” (1965), “Você me acende” (1966), “O Tremendão”(1967), “Erasmo”(1968) e “Erasmo Carlos e os Tremendões”(1970). O lançamento foi realizado no palco da loja de discos Modern Sound, em Copacabana, no Rio de Janeiro, com um pocket-show que antecedeu a uma coletiva de imprensa. No show, Erasmo foi acompanhado pelo ex-guitarrista de Raul Seixas, Rick Ferreira, o ex-baixista da banda Black Rio Jamil Jones, o ex-pianista de Bethânia, José Lourenço e Rui Mota, ex-baterista dos Mutantes. A caixa traz raridades como “Johnny Furacão”, o outro lado do compacto simples de “Sentado à beira do caminho”, de 1969 e que não saiu em nenhum outro disco de Ersmo. Também raridade, pela primeira vez em CD, é “Amor doente”, cujo tema era o sucesso alcançado, na época, junto ao público feminino, pelas séries Bem Casey e Dr. Kildare. Na ocasião, Erasmo, que se manteve compondo desde o início de sua carreira, e com duas músicas inéditas, uma em homenagem a Fernanda Montenegro e outra “As mulheres da Mangueira”, para um CD em andamento de produção pela cantora Rosemary, com Chico Buarque, Caetano Veloso e outros, tendo a escola como tema, declarou: “Olho para trás e vejo minha obra com orgulho. Eram músicas espontâneas, retratam bem a época e vão ficar. As novas gravações do Skank, Titãs e Kid Abelha vão mantendo o frescor delas.” Também em 2005, a banda de rock Jota Quest gravou e lançou o clip “Além do horizonte” composição de Roberto e Erasmo de 1975. Em 2006, integrou a caixa “Jovem Guarda”, lançada pela EMI, que registrou diversos expoentes que atuaram naquele movimento. No mesmo ano, apresentou, juntamente com Wanderléa e o conjunto The Fevers, o show, rememorando o movimento, no Canecão(Rio de Janeiro). Em 2007, lançou pela Indie Records o CD “Erasmo Carlos convida II”, uma espécie de continuação 27 anos depois, do projeto lançado em 1980, “Erasmo Carlos convida”. Nesse CD, produzido por Um Carvalho, estão presentes Chico Buarque, em “Olha”, Zeca Pagodinho, em “Cama e mesa”, Milton Nascimento em “Emoções”, Marisa Monte com “Tema de não quero ver você triste”, Adriana Calcanhoto, com “Ilegal, imoral ou engorda”, Lulu Santos, com Coqueiro verde”, Djavan com “De tanto amor”, Simone com “Vou ficar nu pra chamar sua atenção”, Kid Abelha com “O portão”, Skank com “A banda dos contentes”, Os Cariocas com “Pão de açúcar”, e Los Hermanos com “Sábado morto”. Tendo em 2008, clássicos gravados por bandas e cantores jovens, em junho de 2009, marcando 50 anos de carreira, lançou o CD “Rock` n`roll”, pela gravadora Coqueiro Verde, criada por ele. Com produção e direção assinadas por Liminha, e com 12 faixas inéditas que retomam o humor e a irreverência, marcantes na carreira do “Tremendão”, o CD revive o clima clássico do rock, onde Erasmo encontra suas raizes. No repertório cinco músicas são de sua autoria e as outras em parcerias, entre elas, com Nando Reis, Nelson Motta, Chico Amaral e Liminha. Participam do disco músicos ligados ao gênero, como, além do próprio Liminha (guitarras, violões, ukelele), Dadi (guitarra e baixo), Cesinha (bateria) e Alex Veley (teclados). Pedro Dias e Luiz Lopez, da banda Filhos de Judith, fazem os vocais. Além dessa formação básica, o disco traz convidados em algumas faixas, como na faixa “Uma Farra no Tempo” que tem na bateria Gil Eduardo, filho de Erasmo, “A guitarra é uma mulher”, em que os solos de guitarra são de Billy Brandão e “Celebridade”, na qual João Barone toca bateria e comparecem os sopros de Monteiro Jr. (sax tenor) e Bidu (trombone) mais Jéferson Vistor (trumpete). Para o repertório de “Rock`n`roll”, Erasmo chegou a compor 25 músicas. As escolhidas foram: “Cover”; “Chuva Ácida”, com Nelson Motta; “Olhar De Mangá”; “Noite Perfeita” (Uma Farra no Tempo),com Chico Amaral; “A Guitarra É Uma Mulher”, com Chico Amaral; “Um Beijo É Um Tiro”, com Nando Reis; “Vozes Da Solidão”; “Mar Vermelho”, com Nando Reis); “Noturno Carioca”, com Nelson Motta; “Encontro Às Escuras”; “Celebridade”, com Liminha e Patrícia Travassos. Para o lançamento de Rock`n`roll, Erasmo realizou uma turnê, passando em diversas cidades e apresentou, em setembro, grande show na casa de espetáculos VIVA Rio, no Rio de Janeiro, O disco chamou a atenção da crítica especializada, provocando elogios de diversos especialistas. Nesse período, deu entrevista em diversos programas de TV, como o “Programa do Jô” e o “Altas horas”, na TV Globo e na Band, além de vários canais na internet. No mesmo ano, foi convidado especial de Roberto Carlos, no show de comemoração dos 50 anos do parceiro, apresentado no Maracanã RJ. Tendo formado com Roberto, seguramente, a dupla de compositores mais famosa e fértil da música popular brasileira, com mais de 500 parcerias, todas com grande sucesso, no evento, diversos clássicos da parceria foram interpretadas por Roberto e, em momento especial, os dois cantaram a parceria “Sentado à beira do caminho”. Ainda em 2009, lançou, pela editora Objetiva, o livro “Minha fama de mau”, sua auto biografia contando episódios de sua vida pessoal e da carreira artística. Em 2010, aos 69 anos, em excelente forma, entre diversas apresentações pelo país e comemorando 50 anos de carreira, fez show no Circo Voador, na Lapa, Rio de Janeiro, em cuja abertura, registrou declaração de amor ao rockroll. Em pleno vigor criativo e atraindo um público numeroso e heterogênio, que cantou emocionado seus clássicos, Erasmo mostrou seu conhecido bom humor e o antigo carisma que lhe valeu o epíteto de Tremendão. Assim como na platéia, seus músicos de variadas faixas etárias, entre eles, veteranos como Dadi Carvalho, (contrabaixo), os jovens músicos da banda Filhos de Judith, Pedro Dias e Luiz Lopez, (vocais e guitarras). Além de Billy Brandão (guitarra), Alex Veley (teclados) e Gil Eduardo, seu filho, (bateria). No repertório, inéditas do CD “Rockroll”, como “Jogo sujo”, “Chuva ácida”, “A guitarra é uma mulher”, “Noturno carioca” e “Cover”, entre outras, além de clássicos como “Mulher”, com Narinha, além de parcerias com Roberto Carlos, como “É preciso saber viver”, “Lobo mau”, “É proibido fumar” e “Sentado à beira do caminho”, entre outras, que arrebataram o público com novas roupagens, na fidelidade ao rockroll. Comprovando sua permanência, em fevereiro de 2011, foi o convidado principal no show de Sílvia Machete, que encerrou a série “Sonoridades”, realizada no espaço Oi Futuro Ipanema, no Rio de Janeiro. No evento, acompanhado de músicos como Marcelo Lobato, tecladista e baterista do grupo Rappa e do Áfrika Gumbe e também de Domenico Lancelloti, na bateria, interpretou sucessos como “Superstar”, “Feminino frágil” e canções menos conhecidas, como “Em busca das canções perdidas”, do disco “Carlos, Erasmo”, de 1971. Também em 2011, teve a capa de seu álbum, lançado em 1982, “Amar para viver ou morrer de amor” plagiada na Alemanha. A capa, de autoria original do ilustrador José Luiz Benício, foi aproveitada no CD “Circus Maximus”, do cantor alemão Marlockk Dilemma. A arte original foi totalmente aproveitada e copiada, sendo trocada apenas a face de um cantor pela do outro. O ilustrador José Luiz Benício entrou, na época com um processo de plágio contra o artista alemão.

Em julho de 2011, aos 70 anos, celebrou 50 anos de carreira com um disputado show no palco do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. O evento que esgotou ingressos uma semana antes, teve renda dirigida para o projeto “Criança Esperança” e foi gravado para lançamento em DVD, contando com a participação do amigo e parceiro Roberto Carlos e da Cantora Marisa Monte, amiga e musa de Erasmo. O “Tremendão” apresentou-se fiel ao seu estilo, acompanhado de sua banda. Na ocasião, Erasmo, parodiando o clássico dístico consagrado nos anos 1960 – “sexo, drogas e rockand roll”, anunciou o próximo álbum – “Sexo”. O último, lançado em 2009, foi o elogiado “Rock and roll.” Em 2011, lançou por seu selo Coqueiro Verde o CD “Sexo”, no qual interpretou as músicas “Amorticídio”; “Apaixocólico”; “Sentimento Exposto”; “Santas Mulheres Santas” e “Sexo É Vida”, todas de sua autoria, além de “Kamasutra” e “Roupa Suja”, parcerias com Arnaldo Antunes; “Seu Homem Mulher”, com Adriana Calcanhotto; “Vênus E Marte” e “E Nem Me Disse Adeus”, com Nelson Motta; “O Rosto do Rei”, com Liminha, e “Sexo E Humor”, com Chico Amaral.

Em 2014, fez no HSBC Brasil, em São Paulo, show de lançamento de sue novo CD, intitulado “Gigante gentil”, no qual interpretou, além da música título de sua autoria, a parceria inédita com Caetano Veloso “Sentimentos complicados”, “Manhãs de love” e “Teoria do óbvio”, com Arnaldo Antunes, “Amor na rede”, com Nelson Motta, e “Moça” e “Caçador de deusas”, de sua autoria, além de uma releitura do sucesso “Além do horizonte”, com Roberto Carlos. O CD, assim como o show, contou com as participações de Luiz Carlini e Smokey Hormel, nas guitarras, e Marcelo Jeneci, nos teclados e acordeom. Sobre o CD assim escreveu o crítico Silvio Essinger, para o jornal O Globo: “Desde que recuperou o respeito que lhe era devido e voltou a gravar com mais regularidade, Erasmo carlos pôde abandonar os discos-padrão que a indústria lhe impunha, ao sabor das modas, e se deu o direito de ousar aqui e ali. Não apenas um álbum com canções inéditas de alta qualidade, “Gigante Gentil” é um extravagante exercício de reconexão”. O álbum rendeu um prêmio no Grammy latino na categoria Melhor Álbum de Rock Brasileiro.

Em 2015, apresentou-se na casa de shows “Miranda”, no bairro carioca da Lagoa, cantando músicas do CD “Gigante gentil”, entre as quais, “Teoria do óbvio”, “Amor na rede” e “Caçador de deusas”. Em 2017, foi convidado pela Casa Levis, em Botafogo, para fazer um show comemorativo do lançamento do primeiro modelo de calça jeans no mundo, uma vez que ele foi um dos pioneiros do rock no Brasil. No mesmo ano, assinou contrato com a gravadora Som Livre com previsão de gravar um CD acústico. Teve ainda as músicas “Você em minha vida”, “Sua estupidez”, “Sentado à beira do caminho”, “Desabafo”, “Não se esqueça de mim”, “Despedida”, “Eu disse adeus”, “Jovens tardes de domingo” e “O show já terminou”, todas com Roberto Carlos gravadas por Angela Maria no CD “Angela Maria e as canções de Roberto & Erasmo” do selo Biscoito Fino. Ainda em 2017, estrelou o filme “Paraíso perdido”, de Monique Gardenberg, no qual interpretou o personagem principal, um dono de uma boate brega.

Em 2018, lançou pela Som Livre seu 31º disco, o CD “Amor é isso” interpretando as composições “Convite Para Nascer De Novo”, com Marisa Monte e Dadi, “Sol Da Barra”, “Termos E Condições”, com Emicida, “Minha Âncora”, “Novo Sentido”, com Samuel Rosa, “Amor É Isso”, “Seu Sim”, com Adriana Calcanhoto, “Acareação Existencial (Vem, Vida Minha)”, “Novo Love (New Love)”, “Parece Que Foi Hoje”, com Arnaldo Antunes, “Não Existe Saudade No Cosmos” e “Pagar Para Viver”. O CD foi lançado em show no Circo Voador, na Lapa, Rio de Janeiro. No mesmo ano, foi escolhido como representante do Brasil para ser homenageado na entrega do Prênio Grammy Lattino, no Four Seasons Hotel, em Las Vegas.

Em 2019, estreou nos cinemas sua cinebiografia “Minha fama de mau”, com Chay Suede, no papel principal, Gabriel Leone, como Roberto Carlos e Malu Rodrigues no papel de Wanderléa. O longa dirigido por Lui Farias retrata a trajetória do artista desde seus primeiros passos na música ainda adolescente no bairro carioca da Tijuca, ao lado de amigos músicos como Tim Maia, passando pela ascensão da Jovem Guarda e o fim do movimento.

Ainda em 2019, lançou em show no Teatro Riachuelo o EP com oito composições “Quem foi que disse que eu não faço samba?”. Acompanhado pelos músicos José Lourenço, no teclado, Luiz Lopes, na guitarra, Pedro Dias, no baixo, Rique Frainer, na bateria, Billy Brandão, na guitarra e Ronaldinho Silva e Vanderlei Silva, na percussão, o artista apresentou um repertório composto de sambas-rock, incluindo a inédita “Maria e o samba”, o primeiro samba que compôs e que era interpretado por Roberto Carlos na Boate Plaza.

Também no mesmo ano, suas composições “Alô”, “Amada amante”, “A guerra dos meninos”, “De tanto amor”, “Nossa história”, “Nossa Senhora”, “Vivendo por viver” e “Todos estão surdos”, todas com Roberto Carlos, foram gravadas pelo cantor Nando Reis que lançou o CD “Não Sou Nenhum Roberto, Mas às Vezes Chego Perto”.

Em fevereiro de 2022 lançou o álbum “O futuro pertence à … Jovem guarda”, que reuniu oito canções do movimento lançadas entre 1964 e 1966 inéditas na voz de Erasmo. O trabalho foi produzido por Pupillo Oliveira. As canções incluídas no trabalho foram “Nasci para Chorar”(Dion Di Mucci/ Versão Erasmo Carlos), “Ritmo da Chuva” (John Gummoe/Versão de Demétrius), “Alguém na Multidão” (Rossini Pinto), “O Tijolinho” (Wagner Benatti), “Esqueça” (Mark Anthony/versão de Roberto Corte Real), “A Volta” (Roberto Carlos/Erasmo Carlos), “Devolva-me” (Renato Barros/Lilian Knapp) e “O Bom” (Eduardo Araújo). Cinco dias antes de Erasmo falecer, o álbum venceu o Grammy latino na categoria Melhor Álbum de Rock ou de Música Alternativa em Língua Portuguesa.

No dia 2 de novembro, teve alta após duas semanas internado para tratar uma síndrome edemigênica. Voltou a ser internado no dia 21 de novembro no hospital Barra D’Or, falecendo um dia depois.

Diversos artistas renderam homenagens a Erasmo na sua morte por meio de declarações nas redes sociais. Entre eles Roberto Carlos, Wanderléa, Milton Nascimento e Nando Reis.

Roberto Caros declarou: “Nem sei como dizer tudo o que penso desse meu grande irmão. Meu ídolo por tudo, por sua lealdade, inteligência, bondade. Um privilégio ter um amigo, um irmão assim por todos esses anos. Ele viverá sempre em meu coração’.

Wanderléa declarou que “vocês podem imaginar o que estou sentindo, pelo que ele representa em nossos corações, na história da música brasileira. Um homem elegante, que nos deixa um legado de exemplo de vida. Amado Erasmo, que sua luz, assim como brilhou aqui na Terra, brilhe no céu”.

Para Milton Nascimento “Erasmo era coração puro, fiquei emocionado quando o encontrei na minha última temporada no Rio, em agosto, quando dediquei o show para ele. Te amo meu amigo!”.

Nando Reis disse que “nosso mundo está desmoronando. Sem Erasmo nada teria acontecido. Ele é parte da espinha dorsal do nosso cancioneiro, astro da constelação estelar da música brasileira”.


Singer. Composer.

Raised in the Rio neighborhood of Tijuca, he studied at the traditional Batista and Lafayette schools.

He began to be interested in music in 1957, when rock began to penetrate Brazil.

On Rua do Matoso, he met Roberto Carlos, Jorge Ben and Tim Maia, who taught him the first guitar chords. He founded with them the amateur group The Sputiniks.

With the departure of Tim Maia, the group The Sputniks was renamed The Snakes. In 1961, he recorded the vocals of The Snakes, in 78 rpm, the beguine “Para semper”, by Marcucci, Di Angelis and Paulo Murilo and the fox-rock “Namorando”, by Carlos Imperial, Mocambo label. Still with the group, he released, the following year, through Columbia, the LP “Só twist”, presenting himself, managed by Carlos Imperial, in radio and TV programs. He made appearances on the programs “Os brotos comandom”, which aired on Rádio Guanabara and TV Continental. In the same period he sang on the program “Festival de brotos”, on Radio Tupi. In 1962 he recorded his first composition, “Eu Quero Twist”, in partnership with Carlos Imperial and recorded by Agnaldo Rayol at Copacabana. That same year, for a short period, he also sang for the group Renato e Seus Blue Caps, even recording an LP with the group in which he performed, among others, “Estrelinha”, a version by Paulo Murilo for “Little star”, by Venosa and Picone and “The Bad Wolf, Hamilton di Giorgio's version of “The wanderer”, by Earnest Maresca. He embarked on a solo career in 1964. Through RGE, the label where he remained until 1968, he released great hits during the Jovem Guarda period. One of the most fruitful and lasting partnerships in Brazilian music, that of him with Roberto Carlos, began with his first album, a simple compact, with the song “Terror dos Namorados”. Still in 1964, he had his first big hit with “Festa de arromba”, also a partnership with Roberto Carlos. In 1965 he debuted on TV Record in São Paulo, together with Roberto Carlos and Wanderléia, which became one of the most successful musical programs on Brazilian television, “Jovem Guarda”. For four years, the show reached peak popularity on Sunday afternoons. At that time he gained the nickname Tremendão. With Roberto Carlos, he composed “Quero que tudo vai pro inferno”, one of the anthems of the movement. In the same year, he released his first LP, “A pescaria”, which featured the already successful “Festa de arromba”, in addition to the title song, also in partnership with Roberto Carlos. The following year, he recorded the LP “Você me Ace”, whose highlights were the title song, his version of “You turn me on”, by Ian Whitcomb, “A carta”, by Raul Sampaio and Benil Santos and another success in partnership with the King, "Sly Kitty".

In 1967, he released two LPs, “O Tremendão” and “Erasmo Carlos”, making the charts successful “Vem warm que eu esto fevendo”, by Carlos Imperial and Eduardo Araújo, and “O Tremendão”, composition by Marcos Roberto and Dóri Edson, in his honor.

The following year marked his debut as an actor in the film “Roberto Carlos in the rhythm of adventure”. In the same year, he released an LP on RGE, highlighting the song “For the devils, your advice”, by Nenéo and Carlos Imperial and “Don't want to know”, by Tim Maia.

Still as an actor, he also acted in the films “Roberto Carlos and the pink diamond” (1969), “A 300 kilometers per hour” (1970), directed by Roberto Faria, and “Os machões” (1971), directed by Reginaldo Farias. His performance in Os Machões earned him the Golden Owl Trophy for best supporting actor. From 1970 he began to record for Philips, where he would remain for ten years.

In that decade he founded the Companhia Paulista do Rock, which included, among others, ex-Mutantes Sérgio Dias and Liminha. In the same year, he had great success in his last album for RGE with the songs “Sentado by the way”, “I need to be naked to call your attention” and “Coqueiro verde”, partnerships with Roberto Carlos. “Sitting by the Wayside” was one of the biggest hits of his career. In 1971 he recorded his first LP at Philips, highlighting the great success “De Noite na Cama”, by Caetano Veloso.

In 1973, he had the song “Nasci para choro” (by Dion Dimucci), sung by him, and which had already been a success in the voice of Roberto Carlos, from the LP “E forbidden to smoke”, from 1964, recorded by Raimundo Fagner on the historic LP “Manera Frufru Manera”, launched by Philips. In 1974 he successfully launched the LP “Projeto salva Terra”, in which the songs “Cachaça Mechanical” and “I'm a child don't understand anything”, both in partnership with Roberto Carlos, stood out. In 1976 he successfully released “A banda doscontentes”, title song in partnership with Roberto Carlos, as well as “Filho Único”, two great hits of that year. The disc also featured the recordings of “Paralelas”, by Belchior and “Queremos saber”, by Gilberto Gil. In 1980 he recorded the LP “Erasmo Carlos Convinta”, which featured the participation of numerous names in Brazilian popular music singing in a duet with him. There were, among others, Gal Costa, in “Detalhes”, Nara Leão in “Café da Morning”, Maria Bethânia in “Cavalgada”, and Rita Lee in “My fame of bad”, all in partnership with Roberto Carlos. In 1981 he signed with Polydor and released “Mulher”, an album that would bring two hits: the title song, in partnership with his wife, Narinha, and “Pega na mente”, in partnership with Roberto Carlos. In 1989 he released the album “Sou uma Criança – Erasmo ao vivo”, with re-recordings of old hits.

In the 1990s he participated in the CD “Casa da bossa”, with Nana Caymmi, and in the “Songbooks” by Marcos Vale and Sérgio Sampaio. In 1997, he was honored, along with Roberto Carlos, for his body of work at the XVII Shell MPB Award. On the occasion, he performed at Teatro João Caetano. In 1999, his compositions “Os Seus Botões”, “Amada Amante”, “Outburst”, “Cavalgada”, “A Distance”, “As Flores do Jardim de Nossa Casa”, “Um Grande Amor”, “Proposta”, “ Recordações e Mais Nada”, “A Guerra dos Meninos” and “Jesus Cristo”, all in duo with Roberto Carlos, were recorded by singer Roberto Leal, initially independently, and later by EMI, on the CD “Roberto Leal sings Roberto Carlos” that would end up becoming one of the label’s best sellers of all time.

In August 2000 he was hospitalized with heart problems, spending three days in the ICU. In 2001, after almost ten years away from recording, he released the CD “Pra fala de amor”, his first on the Abril Music label. The following songs stand out from the album: “Mais um na multitude”, a partnership with Carlinhos Brown and Marisa Monte, who recorded the song with him; “The impossible”, by Kiko Zambianchi and the title song, written by Marcelo Camelo, from the rock group “Los Hermanos”, in addition to “Vida blues”, written by him and chosen to be part of the soundtrack of the telenovela “ Roque Santeiro” on TV Globo, in 1975, censored by the military regime. In the same year he presented a CD release show at Canecão in Rio de Janeiro. In 2002, in celebration of his 40-year career, he released the double CD “Erasmo Carlos ao vivo” through Abril Music. The album, recorded in September of the previous year in São Paulo, features hits such as “O terror dos Namorados”, from his first album, “É forbidden to smoke”, “Festa de arromba”, “Cachaça mechanic”, “Meu mar”, “Vida blue” and “The impossible”, with the participation of Kiko Zambianchi, among others. In the same year, he participated in the Plaza Summer Festival in Niterói, performing alongside Léo Maia, Tim Maia's adopted son. Still in 2002, he performed at Canecão, in Rio de Janeiro, in the Concertos MP-BR project, alongside Wanderléia and Zélia Duncan, interpreting, among others, “Mais um na multitude”, “My fame of bad” and “Even let it be me”.

In 2003, together with Dado Villa-Lobos, ex-Legião Urbana, he was invited by Frejat to perform at his show at Canecão, singing the song “Paz, Nunca Mais” with the rocker. In December of the same year, he received a standing ovation when he performed at Maracanãzinho during the recording of Roberto Carlos' end-of-the-year special program, with whom he sang the song "It's necessary to know how to live", in addition to interpreting his hit single " Take the lie”. Also in the same year, he was honored at the tenth edition of the Multishow Music Award. In 2004, he released the CD “Santa Música”, with 12 original compositions and his alone, without the traditional partnership with Roberto Carlos. In his first album on the Indie Records label, he had the participation of Marcelo Sussekind and Rick Ferreira on guitars, Liminha on bass and Renato Massa on drums. The album featured the songs “Dois em um”, “Tim”, a tribute to Tim Maia, “Lero lero”, “Calma baby”, “Santamúsica” and “Fantasias”. That year, he released the CD “Santa Música” at the Canecão concert hall, after three years without performing there. This show mixes old hits with new compositions, with emphasis on the title song, “Tim”, composed in homage to singer Tim Maia and “No Olho do Hurricane”, which talks about the war in Iraq, all of his authorship. There is also a tribute to Cássia Eller in the song “Born to cry”, with her version. Among his successes, there are “Katinha manhosa”, “Sentao à a camino”, “Even if it’s me”, “I stopped against the grain”, “My reputation as a bad guy” and “Another one in the crowd”. In 2005, he participated in several events and concerts commemorating the 40th anniversary of the Jovem Guarda, the project “Festa de arromba- 40 anos da Jovem Guarda”, presented throughout the month of August, at Teatro II of the CCBB (Centro Cultural do Banco do Brasil ), in Rio de Janeiro, also passing through Brasília and São Paulo, where he partnered with Wanderléa, in a 3-day season, alternating with other exponents of the Jovem Guarda, who also performed in pairs, such as Jerry Adriani and Waldirene, Golden Boys and Vanusa, Wanderley Cardoso and Martinha. That year, Erasmo participated in live CD and DVD recordings in São Paulo, alongside Wanderléa, The Fevers, Golden Boys and other exponents of Jovem Guarda. In September of the same year, he released the box set “Erasmo Carlos – O Tremendão”, which rescues the six albums he recorded between 1964 and 1969, at the height of Jovem Guarda and which are the first albums released in his career. Among them, “A pescaria” (1965), “You light me up” (1966), “O Tremendão” (1967), “Erasmo” (1968) and “Erasmo Carlos e os Tremendões” (1970). The release took place on the stage of the Modern Sound record store, in Copacabana, Rio de Janeiro, with a pocket-show that preceded a press conference. At the show, Erasmo was accompanied by former Raul Seixas guitarist Rick Ferreira, former Black Rio bassist Jamil Jones, former Bethânia pianist José Lourenço and Rui Mota, former drummer for Mutantes. The box brings rarities like “Johnny Furacão”, the other side of the simple single of “Sentado à edge of the way”, from 1969 and which did not appear on any other Ersmo album. Also a rarity, for the first time on CD, is “Sick Love”, whose theme was the success achieved, at the time, with the female audience, by the series Bem Casey and Dr. Kildare. On the occasion, Erasmo, who kept composing since the beginning of his career, and with two new songs, one in homage to Fernanda Montenegro and the other “As Mulheres da Mangueira”, for a CD being produced by the singer Rosemary, with Chico Buarque, Caetano Veloso and others, with school as their theme, declared: “I look back and see my work with pride. They were spontaneous songs, they portray the time well and they will stay. The new recordings by Skank, Titãs and Kid Abelha maintain their freshness.” Also in 2005, the rock band Jota Quest recorded and released the clip “Além do Horizonte”, a 1975 composition by Roberto and Erasmo. movement. In the same year, he presented, together with Wanderléa and The Fevers, the show, recalling the movement, in Canecão (Rio de Janeiro). In 2007, he released the CD “Erasmo Carlos Convinta II” through Indie Records, a kind of continuation 27 years later, of the project launched in 1980, “Erasmo Carlos Convinta”. This CD, produced by Um Carvalho, features Chico Buarque, in “Olha”, Zeca Pagodinho, in “Cama e mesa”, Milton Nascimento in “Emoções”, Marisa Monte with “Theme of I don't want to see you sad”, Adriana Calcanhoto , with “Ilegal, immoral ou engorda”, Lulu Santos, with Coqueiro verde”, Djavan with “So much love”, Simone with “I'm going to be naked to call your attention”, Kid Abelha with “O gate”, Skank with “A band of content”, Os Cariocas with “Sugarloaf”, and Los Hermanos with “Sábado morta”. Having, in 2008, classics recorded by young bands and singers, in June 2009, marking 50 years of career, he released the CD “Rock` n` roll”, by the Coqueiro Verde label, created by him. With production and direction signed by Liminha, and with 12 unreleased tracks that resume the humor and irreverence, remarkable in the career of “Tremendão”, the CD revives the classic rock atmosphere, where Erasmo found his roots. In the repertoire, five songs are written by him and the others in partnerships, among them, with Nando Reis, Nelson Motta, Chico Amaral and Liminha. Musicians linked to the genre participate in the album, such as, in addition to Liminha himself (guitars, guitars, ukelele), Dadi (guitar and bass), Cesinha (drums) and Alex Veley (keyboards). Pedro Dias and Luiz Lopez, from the band Filhos de Judith, do the vocals. In addition to this basic line-up, the album features guests on some tracks, such as the track “Uma Farra no Tempo” which features Gil Eduardo, son of Erasmo on drums, “The guitar is a woman”, in which the guitar solos are by Billy Brandão and “Celebridade”, in which João Barone plays the drums and Monteiro Jr. (tenor sax) and Bidu (trombone) plus Jéferson Vistor (trumpet). For the “Rock`n`roll” repertoire, Erasmo even composed 25 songs. The chosen ones were: “Cover”; “Acid Rain”, with Nelson Motta; “Manga Look”; “Perfect Night” (Uma Farra no Tempo), with Chico Amaral; “The Guitar is a Woman”, with Chico Amaral; “Um Beijo É Um Tiro”, with Nando Reis; “Voices of Solitude”; “Red Sea”, with Nando Reis); “Noturno Carioca”, with Nelson Motta; “Dark Encounter”; “Celebridade”, with Liminha and Patrícia Travassos. For the release of Rock`n`roll, Erasmo toured several cities and presented, in September, a great show at the VIVA Rio concert hall, in Rio de Janeiro. from various experts. During this period, he gave interviews on several TV programs, such as “Programa do Jô” and “Altas Horas”, on TV Globo and Band, in addition to several channels on the internet. In the same year, he was a special guest of Roberto Carlos, at the partner's 50th anniversary celebration show, presented at Maracanã RJ. Having formed with Roberto, surely, the most famous and fertile duo of composers in Brazilian popular music, with more than 500 partnerships, all with great success, at the event, several classics of the partnership were interpreted by Roberto and, in a special moment, the two sang the partnership “Sentado by the wayside”. Also in 2009, he launched, through Objetiva, the book “My fame of bad”, his autobiography recounting episodes of his personal life and artistic career. In 2010, aged 69, in excellent shape, among several performances across the country and celebrating 50 years of career, he performed at Circo Voador, in Lapa, Rio de Janeiro, at the opening of which he recorded a declaration of love for rockroll. In full creative vigor and attracting a large and heterogeneous audience, who sang his classics with emotion, Erasmo showed his well-known good humor and the old charisma that earned him the epithet of Tremendão. As well as in the audience, its musicians from different age groups, among them, veterans like Dadi Carvalho, (double bass), the young musicians of the band Filhos de Judith, Pedro Dias and Luiz Lopez, (vocals and guitars). In addition to Billy Brandão (guitar), Alex Veley (keyboards) and Gil Eduardo, his son, (drums). In the repertoire, unpublished songs from the “Rockroll” CD, such as “Jogo Dirty”, “Chuva Ácida”, “A Guitar is a Woman”, “Noturno Carioca” and “Cover”, among others, in addition to classics such as “Mulher”, with Narinha, in addition to partnerships with Roberto Carlos, such as "It's necessary to know how to live", "Bad Wolf", "It's forbidden to smoke" and "Sentado by the wayside", among others, which enthralled the public with new clothes, in fidelity to the rockroll. Proving his permanence, in February 2011, he was the main guest at Sílvia Machete's show, which ended the “Sonoridades” series, held at the Oi Futuro Ipanema space, in Rio de Janeiro. At the event, accompanied by musicians such as Marcelo Lobato, keyboardist and drummer of the group Rappa and Áfrika Gumbe, and also by Domenico Lancelloti, on drums, he performed hits such as “Superstar”, “Feminino Fragile” and lesser-known songs, such as “Em Busca das songs lost”, from the 1971 album “Carlos, Erasmo”. The cover, originally created by the illustrator José Luiz Benício, was used on the CD “Circus Maximus”, by the German singer Marlockk Dilemma. The original art was fully used and copied, with only the face of one singer being replaced by the other. The illustrator José Luiz Benício filed a plagiarism lawsuit against the German artist at the time.

In July 2011, at the age of 70, he celebrated 50 years of career with a disputed show on the stage of the Municipal Theater of Rio de Janeiro. The event, which sold out a week earlier, had proceeds directed towards the “Criança Esperança” project and was recorded for release on DVD, with the participation of friend and partner Roberto Carlos and singer Marisa Monte, friend and muse of Erasmo. “Tremendão” was faithful to his style, accompanied by his band. On the occasion, Erasmo, parodying the classic couplet enshrined in the 1960s – “sex, drugs and rock and roll”, announced the next album – “Sex”. The last one, released in 2009, was the praised “Rock and roll.” In 2011, he released the CD “Sexo” on his Coqueiro Verde label, in which he performed the songs “Amorticídio”; “Apaixocolico”; “Exposed Feeling”; “Santas Mulheres Santas” and “Sexo É Vida”, all of his authorship, in addition to “Kamasutra” and “Roupa Suja”, partnerships with Arnaldo Antunes; “Seu Homem Mulher”, with Adriana Calcanhotto; “Vênus E Marte” and “E Nem Me Disse Adeus”, with Nelson Motta; “O Rosto do Rei”, with Liminha, and “Sexo E Humor”, with Chico Amaral.

In 2014, he performed at HSBC Brasil, in São Paulo, a concert to launch his new CD, entitled “Gigante gentil”, in which he performed, in addition to the title song of his authorship, the unprecedented partnership with Caetano Veloso “Sentimentos complicados”, “ Manhãs de love” and “Theory of the obvious”, with Arnaldo Antunes, “Amor na hammock”, with Nelson Motta, and “Moça” and “Hunter of goddesses”, of his authorship, in addition to a reinterpretation of the success “Beyond the horizon ”, with Roberto Carlos. The CD, as well as the show, featured Luiz Carlini and Smokey Hormel, on guitars, and Marcelo Jeneci, on keyboards and accordion. The critic Silvio Essinger wrote this about the CD for the newspaper O Globo: “Since he regained the respect he was due and went back to recording more regularly, Erasmo Carlos was able to abandon the standard discs that the industry imposed on him, at will. of fashions, and gave himself the right to dare here and there. Not just an album of high-quality new songs, “Gigante Gentil” is an extravagant exercise in reconnection.” The album earned an award at the Latin Grammy in the Best Brazilian Rock Album category.

In 2015, he performed at the concert hall “Miranda”, in the Carioca neighborhood of Lagoa, singing songs from the CD “Gigante gentil”, including “Teoria do obvious”, “Amor na rede” and “Caçador de goddesses”. . In 2017, he was invited by Casa Levis, in Botafogo, to do a concert commemorating the launch of the first model of jeans in the world, since he was one of the pioneers of rock music in Brazil. In the same year, he signed a contract with the label Som Livre with the intention of recording an acoustic CD. There were also the songs “You in my life”, “Your stupidity”, “Sitting by the wayside”, “Outburst”, “Don't forget me”, “Farewell”, “I said goodbye”, “Young afternoons of Domingo” and “The show is over”, all with Roberto Carlos, recorded by Angela Maria on the CD “Angela Maria e as casas de Roberto & Erasmo” on the Biscoito Fino label. Still in 2017, he starred in the film “Paradise Lost”, by Monique Gardenberg, in which he played the main character, a tacky nightclub owner.

In 2018, he released his 31st album through Som Livre, the CD “Amor é isto” interpreting the compositions “Convite Para Nascer De Novo”, with Marisa Monte and Dadi, “Sol Da Barra”, “Termos E Escolhas”, with Emicida, “Minha Âncora”, “Novo Sentido”, with Samuel Rosa, “Amor É Isso”, “Seu Sim”, with Adriana Calcanhoto, “Acareação Existencial (Vem, Vida Minha)”, “Novo Love (New Love)”, “ It Seems Like It Was Today”, with Arnaldo Antunes, “No Saudade No Cosmos” and “Pagar Para Viver”. The CD was released in a show at Circo Voador, in Lapa, Rio de Janeiro. In the same year, he was chosen as a representative of Brazil to be honored at the Lattino Grammy Award, at the Four Seasons Hotel, in Las Vegas.

In 2019, his biopic “My fame of bad” premiered in theaters, with Chay Suede, in the lead role, Gabriel Leone, as Roberto Carlos and Malu Rodrigues in the role of Wanderléa. The feature film directed by Lui Farias portrays the artist's trajectory from his first steps in music as a teenager in the Rio neighborhood of Tijuca, alongside musician friends like Tim Maia, through the rise of Jovem Guarda and the end of the movement.

Also in 2019, he released the EP with eight compositions “Quem foi que disse que eu não do samba?”. Accompanied by musicians José Lourenço, on keyboard, Luiz Lopes, on guitar, Pedro Dias, on bass, Rique Frainer, on drums, Billy Brandão, on guitar and Ronaldinho Silva and Vanderlei Silva, on percussion, the artist presented a repertoire composed of sambas -rock, including the unpublished “Maria e o samba”, the first samba he composed and which was performed by Roberto Carlos at Boate Plaza.

Also in the same year, his compositions “Alô”, “Amadamante”, “A Guerra dos Meninos”, “So much love”, “Nossa História”, “Nossa Senhora”, “Vivendo por vive” and “Todos está deaf” , all with Roberto Carlos, were recorded by the singer Nando Reis who released the CD “Não Sou Não Roberto, Mas à Vezes Chego Perto”.

In February 2022, he released the album “The future belongs to … Jovem Guarda”, which brought together eight songs from the movement released between 1964 and 1966, previously unpublished by Erasmo. The work was produced by Pupillo Oliveira. The songs included in the work were “Nasci para Chorar” (Dion Di Mucci / Erasmo Carlos Version), “Ritmo da Chuva” (John Gummoe / Demétrius Version), “Alguém na Multidão” (Rossini Pinto), “O Tijolinho” ( Wagner Benatti), “Esqueça” (Mark Anthony/version by Roberto Corte Real), “A Volta” (Roberto Carlos/Erasmo Carlos), “Devolva-me” (Renato Barros/Lilian Knapp) and “O Bom” (Eduardo Araújo ). Five days before Erasmo died, the album won the Latin Grammy in the category Best Rock or Alternative Music Album in Portuguese Language.

On November 2, he was discharged after two weeks hospitalized to treat an edemigenic syndrome. He was hospitalized again on November 21 at the Barra D'Or hospital, dying a day later.

Several artists paid tribute to Erasmo on his death through statements on social networks. Among them Roberto Carlos, Wanderléa, Milton Nascimento and Nando Reis.

Roberto Caros declared: “I don't even know how to say everything I think about my big brother. My idol for everything, for his loyalty, intelligence, kindness. A privilege to have a friend, a brother like that for all these years. He will always live in my heart.

Wanderléa declared that “you can imagine what I'm feeling, because of what he represents in our hearts, in the history of Brazilian music. An elegant man, who leaves us a legacy of life example. Beloved Erasmus, may his light, as it shone here on Earth, so shine in heaven ”.

For Milton Nascimento “Erasmo was pure hearted, I was thrilled when I met him in my last season in Rio, in August, when I dedicated the show to him. I love you my friend!".

Nando Reis said that “our world is falling apart. Without Erasmus nothing would have happened. He is part of the backbone of our songbook, star of the stellar constellation of Brazilian music”.

Leia mais em / Read more at:

Nenhum comentário:

Postar um comentário