Surge então nesta época um dos primeiros expoentes violonistas paulistas: Américo Jacomino, o Canhoto. Realizou um de seus primeiros recitais na cidade de Ribeirão Preto em 1907.
Canhoto era considerado um bom violonista já em 1913 e seguia, pelos bairros de São Paulo, ganhando fama e prestígio em serenatas e desafios.
Atuou também como professor. Foi mestre da filha de Carlos de Campos, governador do Estado na época e também da esposa e da filha de Júlio Prestes.
Além de professor e instrumentista, Canhoto também era compositor. Compunha, além do violão, para piano e orquestra.
Em setembro de 1916, Canhoto realiza o seu primeiro grande recital para um grande público no salão nobre do Conservatório Dramático e Musical de São Paulo.
A importância desse recital é grande. Paulo Castagna considera, pela sua importância e repercussão, um evento comparado aos concertos dos violonistas Augustin Barrios e Josefina Robledo. Principalmente por ser realizado em um dos principais palcos da música erudita paulistana.
É através deste concerto que Américo Jacomino conquista a elite paulistana e assim, possibilitando o início da dissolução do preconceito que freava o desenvolvimento da música para violão.
Em junho de 1916, Manuel Leiroz escreve sobre o Canhoto:
“É preciso porém vê-lo, para se poder fazer uma idéia nítida do artista. Vê-lo com disposição de espirito, como nós o vimos. Não há a maçada da afinação, os mil altos e baixos, até acertar”.
Em 1918 acontece o seu primeiro grande sucesso: “Nhá Maruca foi s’embora”.
Com o sucesso crescente ele apresenta, em 4 de dezembro de 1919, um recital no teatro lírico do Rio de Janeiro.
Em 1922 outro grande sucesso: “Triste Carnaval” em parceria com Arlindo Real.
Mas seu maior sucesso (talvez o maior de todos os tempos) veio em 1925, a valsa “Abismo de Rosas”.
Segundo Jairo Severiano, Canhoto a compôs em 1905 quando tinha apenas 16 anos. Era fruto de uma decepção amorosa pois ele teria sido abandonado pela namorada.
Realizou uma gravação anterior, em 1916, com o nome de “Acordes do Violão”.
Realizou ainda em 1927 dois programas chamados “Noites Brasileiras”, um no teatro Boa Vista e outra no Municipal de São Paulo nos quais se apresentou também o conjunto denominado “Os Turunas Paulistas” - que seguia a mesma linha dos “Turunas da Mauricéia”, um grande sucesso de então. Este conjunto, que ele organizara, era formado por 4 violões, flauta, saxofone, 2 cavaquinhos, reco-reco, maracaxá e pandeiro.
Durante uma serenata no alto da Moóca em 1907, Canhoto conheceu o violonista e cantor Paraguassú.
At this time, one of the first exponents of São Paulo guitarists emerged: Américo Jacomino, the Canhoto. He performed one of his first recitals in the city of Ribeirão Preto in 1907.
Canhoto was considered a good guitarist as early as 1913 and continued through the neighborhoods of São Paulo, gaining fame and prestige in serenades and challenges.
He also worked as a teacher. He was the teacher of the daughter of Carlos de Campos, governor of the State at the time, and also of the wife and daughter of Júlio Prestes.
In addition to being a teacher and instrumentalist, Canhoto was also a composer. He composed, in addition to the guitar, for piano and orchestra.
In September 1916, Canhoto performed his first major recital for a large audience in the main hall of the Conservatório Dramático e Musical de São Paulo.
The importance of this recital is great. Paulo Castagna considers, due to its importance and repercussion, an event compared to the concerts of guitarists Augustin Barrios and Josefina Robledo. Mainly because it is held on one of the main stages of classical music in São Paulo.
It is through this concert that Américo Jacomino wins over the São Paulo elite and thus makes it possible to begin the dissolution of the prejudice that held back the development of guitar music.
In June 1916, Manuel Leiroz writes about Canhoto:
“However, you need to see him to be able to get a clear idea of the artist. See him in a good mood, as we saw him. There’s no hassle of tuning, the thousand ups and downs, until you get it right.”
His first big hit came in 1918: “Nhá Maruca foi s’although”.
With growing success, he presented, on December 4, 1919, a recital at the opera theater in Rio de Janeiro.
In 1922 another great success: “Triste Carnaval” in partnership with Arlindo Real.
But his biggest hit (perhaps the biggest of all time) came in 1925, the waltz “Abismo de Rosas”.
According to Jairo Severiano, Canhoto composed it in 1905 when he was just 16 years old. It was the result of a romantic disappointment as he had been abandoned by his girlfriend.
He made a previous recording, in 1916, called “Acordes do Violão”.
In 1927, he also performed two programs called “Noites Brasileiras”, one at the Boa Vista theater and another at the Municipal de São Paulo, in which the group called “Os Turunas Paulistas” also performed - which followed the same line as “Turunas da Mauricéia”, a huge success at the time. This ensemble, which he organized, consisted of 4 guitars, flute, saxophone, 2 cavaquinhos, reco-reco, maracaxá and tambourine.
During a serenade at the top of Moóca in 1907, Canhoto met the guitarist and singer Paraguassú.
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