terça-feira, 28 de novembro de 2023

Carlos Poyares - 2 Discos

Carlos Câncio Poyares

* 5/12/1928 Colatina, ES
+ 5/5/2004 Brasília, DF

Capixaba, foi para o Rio de Janeiro integrar o Regional do Canhoto ao lado de Abel Ferreira.

Durante anos foi considerado o principal chorão do histórico selo Discos Marcus Pereira.

Em 1947 tocou nas rádios Clube do Brasil, Mauá e Tupi.

No ano de 1957, substituiu Altamiro Carrilho no Regional do Canhoto, atuando na Rádio Mayrink Veiga até 1964, quando foi extinta.

Nas décadas de 1950 e 1960, atuou como flautista e ator em nove filmes.
No ano de 1965, trabalhou com o grupo Opinião no show "O samba pede passagem", além de apresentar-se em espetáculos no Rio e São Paulo. Neste mesmo ano ganhou o "Prêmio Estácio de Sá" na categoria "Melhor do Ano", oferecido pelo jornal Correio da Manhã, no Rio de Janeiro, pelo LP "Som de prata, flauta de lata".

Nos anos 70, participou do Regional do Evandro, apresentando-se em boates paulistas. Neste período, gravou três discos, sendo que o segundo "Som de prata, flauta de lata", destacou-se entre o conjunto de sua obra.

Em 1975, recebeu a chave de São Paulo quando compôs "Cidadão Paulistano", um de seus maiores sucessos.

No ano de 1979, gravou o LP "A real história do choro".

Na década de 1980 manteve constante atividade fonográfica e tocou muito pelo Brasil e exterior.

Na década de 1990, viveu vários anos em Brasília, atraído pelo cada vez mais ativo epicentro do choro em que se transformou a nova capital.

Foi um dos idealizadores da Escola de Choro de Brasília e partiu com apoio oficial para suas missões de "embaixador" musical pelo exterior. Nesta mesma década de 1990 apresentou com seu conjunto um show que contou evolução do choro desde os ecos portugueses até os fins dos anos 90.

Considerado um dos principais flautistas do choro, já apresentou-se em várias excursões nos EUA, Europa e Japão. Com 60 anos de carreira, lançou seu primeiro CD em 1997 "Uma chorada na casa do Six", pela gravadora Kuarup. Neste disco, alternou clássicos e novidades. Além de músicas suas, o disco apresentou três composições de Roberto Barbosa, o "Canhotinho", e clássicos de Ernesto Nazareth, Orlando Silveira, Carioca, Jacob do Bandolim, Zé Toledo e Dante Santoro. O disco também prestou uma homenagem às melhores rodas de choro do país, como as da Casa do Six, em Brasília - Francisco de Assis Carvalho da Silva, o Six, é o único cavaquinista do mundo com seis dedos em cada mão, suas rodas têm por volta de 300, 400 pessoas, o que culminou com a sua ação de fundador e ex-presidente do Clube do Choro de Brasília.

Com vários LPs gravados, alguns já reeditados em CD, lançou em duo com Altamiro Carrilho, o LP "Pixinguinha de novo", disco no qual apresentou algumas composições inéditas do compositor.

Durante alguns anos apresentou o programa "Brasil seresta" e gravou dezenas de choros com seu instrumento mais original - a flauta de lata.

No ano de 2006 foi lançado o disco "Encontro dos mestres do choro" reunindo atuações raras e ao vivo de Waldir Azevedo, Altamiro Carrilho, Raul de Barros, Abel Ferreira, Eudóxia de Barros, Carlos Poyares e Zimbo Trio. O encontro aconteceu em São Paulo no ano de 1977, nas comemorações dos 100 anos de nascimento do gênero choro. O show foi realizado no Palácio de Convenções do Anhembi com as participações do cavaquinho de Waldyr Azevedo; o trombone de Raul de Barros; o clarinete de Abel Ferreira; a flauta de Altamiro Carrilho e Carlos Poyares; o piano de Eudóxia de Barros e o grupo Zimbo Trio (Luiz Chaves, baixo; Hamilton Godoy, piano; e Rubens Barsotti, batera). Somente lançado em disco quase 30 anos após, a fita foi recuperada pelo produtor Decio Fischetti e traz a pianista Eudóxia de Barros e o flautista Carlos Poyares interpretando "Brejeiro" e "Apanhei-te cavaquinho", ambas de autoria de Ernesto Nazareth.


Capixaba, went to Rio de Janeiro to join Regional do Canhoto alongside Abel Ferreira.

For years he was considered the main crybaby of the historic Discos Marcus Pereira label.

In 1947 he played on Clube do Brasil, Mauá and Tupi radio stations.

In 1957, he replaced Altamiro Carrilho at Regional do Canhoto, working at Rádio Mayrink Veiga until 1964, when it was closed.

In the 1950s and 1960s, he performed as a flutist and actor in nine films.
In 1965, he worked with the group Opinião on the show "O samba pede passa", in addition to performing in shows in Rio and São Paulo. That same year he won the "Prêmio Estácio de Sá" in the "Best of the Year" category, offered by the newspaper Correio da Manhã, in Rio de Janeiro, for the LP "Som de Prata, Fluta de Tin".

In the 70s, he participated in the Evandro Regional, performing in nightclubs in São Paulo. During this period, he recorded three albums, the second of which, "Sound of silver, tin flute", stood out among his work as a whole.

In 1975, he received the key to São Paulo when he composed "Cidadão Paulistano", one of his biggest hits.

In 1979, he recorded the LP "A real História do Choro".

In the 1980s he maintained constant recording activity and played a lot throughout Brazil and abroad.

In the 1990s, he lived for several years in Brasília, attracted by the increasingly active epicenter of choro that the new capital became.

He was one of the creators of the Escola de Choro de Brasília and left with official support for his missions as a musical "ambassador" abroad. In the same decade of the 1990s, he presented a show with his group that chronicled the evolution of choro from its Portuguese echoes to the end of the 90s.

Considered one of the main choro flutists, he has performed on several tours in the USA, Europe and Japan. With a 60-year career, he released his first CD in 1997 "Uma chorada na casa do Six", on the Kuarup record label. On this album, he alternated classics and new releases. In addition to his songs, the album featured three compositions by Roberto Barbosa, "Canhotinho", and classics by Ernesto Nazareth, Orlando Silveira, Carioca, Jacob do Bandolim, Zé Toledo and Dante Santoro. The album also paid homage to the best choro circles in the country, such as those at Casa do Six, in Brasília - Francisco de Assis Carvalho da Silva, known as Six, is the only cavaquin player in the world with six fingers on each hand, his wheels have around 300, 400 people, which culminated in his action as founder and former president of the Clube do Choro de Brasília.

With several LPs recorded, some already reissued on CD, he released in duo with Altamiro Carrilho, the LP "Pixinguinha de novo", an album in which he presented some new compositions by the composer.

For a few years he presented the program "Brasil seresta" and recorded dozens of choros with his most original instrument - the tin flute.

In 2006, the album "Encontro dos Mestres do Choro" was released, bringing together rare and live performances by Waldir Azevedo, Altamiro Carrilho, Raul de Barros, Abel Ferreira, Eudóxia de Barros, Carlos Poyares and Zimbo Trio. The meeting took place in São Paulo in 1977, in celebration of the 100th anniversary of the birth of the choro genre. The show was held at the Anhembi Convention Palace with the participation of Waldyr Azevedo's cavaquinho; the trombone of Raul de Barros; Abel Ferreira’s clarinet; the flute of Altamiro Carrilho and Carlos Poyares; the piano of Eudóxia de Barros and the group Zimbo Trio (Luiz Chaves, bass; Hamilton Godoy, piano; and Rubens Barsotti, drums). Only released on record almost 30 years later, the tape was recovered by producer Decio Fischetti and features pianist Eudóxia de Barros and flautist Carlos Poyares performing "Brejeiro" and "Apanhei-te cavaquinho", both written by Ernesto Nazareth.

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