sexta-feira, 10 de março de 2023

Carmen Miranda - Discografia

Maria do Carmo Miranda da Cunha (Carmem Miranda)
* Marco de Canaveses, 9 de fevereiro de 1909 
+ Beverly Hills, 5 de agosto de 1955

Maria do Carmo Miranda da Cunha, mais conhecida como Carmen Miranda, foi uma cantora e atriz brasileira, de nacionalidade portuguesa, mas radicada no Brasil desde os dez meses de idade. Sua carreira artística transcorreu no Brasil e Estados Unidos entre as décadas de 1930 e 1950. Trabalhou no rádio, no teatro de revista, no cinema e na televisão. Foi considerada pela revista Rolling Stone como a 15ª maior voz da música brasileira, sendo um ícone e símbolo internacional do Brasil no exterior. É irmã da atriz e cantora Aurora Miranda.

Apelidada de "Brazilian Bombshell", Miranda é conhecida por seus exóticos figurinos e chapéu com frutas que ela costumava usar em seus filmes estadunidenses, que fez deles sua marca registrada. Ainda jovem, ela aprendeu a fazer chapéus em uma boutique antes de gravar seu primeiro álbum com o compositor Josué de Barros em 1929. A gravação de Ta-hí (Pra Você Gostar De Mim), escrita por Joubert de Carvalho, a levou ao estrelato no Brasil como a principal intérprete do samba na década de 1930. Na época ela se tornou a primeira artista a assinar um contrato de trabalho com uma emissora de rádio no país.

Seu crescente sucesso na indústria fonográfica lhe garantiu um lugar nos primeiros filmes sonoros lançados nos anos 1930. Carmen Miranda participou de cinco musicais carnavalescos lançados nesse período como Alô, Alô, Brasil (1935) e Alô, Alô, Carnaval (1936). Em 1939, ela apareceu pela primeira vez caracterizada de baiana, personagem que a lançou internacionalmente, no filme Banana da Terra, dirigido por Ruy Costa. O musical apresentava clássicos como O que é que a baiana tem?, que lançou Dorival Caymmi no cinema.

Em 1939, o produtor da Broadway, Lee Shubert, ofereceu a Miranda um contrato de oito semanas para se apresentar em The Streets of Paris depois de vê-la no Cassino da Urca, no Rio de Janeiro. No ano seguinte, ela fez sua estreia no cinema estadunidense no filme Serenata Tropical, ao lado de Don Ameche e Betty Grable. Naquele ano, Miranda foi eleita a terceira personalidade mais popular nos Estados Unidos, e foi convidada para se apresentar junto com seu grupo, o Bando da Lua, para o presidente Franklin Roosevelt na Casa Branca. Carmen Miranda chegou a ser a mulher mais bem paga dos Estados Unidos segundo o Departamento do Tesouro Americano.

Ela fez um total de catorze filmes nos EUA entre a década de 1940 e década de 1950, nove deles somente na 20th Century Fox. Embora aclamada como uma artista talentosa, sua popularidade diminuiu até o final da Segunda Guerra Mundial. O seu talento como cantora e performer, porém, muitas vezes foi ofuscado pelo caráter exótico de suas apresentações. Miranda tentou reconstruir sua identidade e fugir do enquadramento que seus produtores e a indústria tentavam lhe impor, mas sem conseguir grandes avanços. Sua imagem se tornou a personificação de um exotismo latino-americano genérico que foi abraçado como singular e peculiar pelo público dos EUA e rejeitado como inautêntico e paternalista por brasileiros. De fato, por todos os estereótipos que enfrentou ao longo de sua carreira, suas apresentações fizeram grandes avanços na popularização da música brasileira, ao mesmo tempo, abrindo o caminho para o aumento da consciência de toda a cultura Latina.

Carmen Miranda foi a primeira artista latino-americana a ser convidada a imprimir suas mãos e pés no pátio do Grauman's Chinese Theatre, em 1941. Ela também se tornou a primeira sul-americana a ser homenageada com uma estrela na Calçada da Fama. A sua figura, para muito além da música, seria uma influência permanente na cultura brasileira, da Tropicália ao cinema.

Em 20 anos de carreira ela deixou sua voz registrada em 279 gravações somente no Brasil e mais 34 nos EUA, num total de 313 canções. Um museu foi construído mais tarde no Rio de Janeiro, em sua homenagem. Em 1995, ela foi tema do aclamado documentário Carmen Miranda: Bananas is my Business, dirigido por Helena Solberg, e uma interseção no cruzamento da Hollywood Boulevard e Orange Drive em frente ao Teatro Chinês em Hollywood foi oficialmente nomeada "Carmen Miranda Square", em setembro de 1998. Até hoje, nenhum artista brasileiro teve tanta projeção internacional como ela.

Maria do Carmo Miranda da Cunha (Carmem Miranda)
* Marco de Canaveses, 9 de fevereiro de 1909 
+ Beverly Hills, 5 de agosto de 1955

Maria do Carmo Miranda da Cunha, better known as Carmen Miranda, was a Brazilian singer and actress, of Portuguese nationality, but living in Brazil since she was ten months old. His artistic career took place in Brazil and the United States between the 1930s and 1950s. He worked on radio, magazine theater, cinema and television. It was considered by Rolling Stone magazine as the 15th largest voice in Brazilian music, being an international icon and symbol of Brazil abroad. She is the sister of actress and singer Aurora Miranda.

Nicknamed "Brazilian Bombshell", Miranda is known for her exotic costumes and hat with fruits that she used to wear in her American films, which made them her trademark. Still young, she learned to make hats in a boutique before recording her first album with the composer Josué de Barros in 1929. The recording of Ta-hí (Pra Você Gostar De Mim), written by Joubert de Carvalho, led to her stardom. in Brazil as the main interpreter of samba in the 1930s. At the time she became the first artist to sign a work contract with a radio station in the country.

His growing success in the music industry guaranteed him a place in the first sound films released in the 1930s. Carmen Miranda participated in five carnival musicals launched in that period, such as Alô, Alô, Brazil (1935) and Alô, Alô, Carnaval (1936). In 1939, she appeared for the first time characterized as a Bahian, a character who launched her internationally, in the film Banana da Terra, directed by Ruy Costa. The musical featured classics such as What does the Bahian woman have ?, which launched Dorival Caymmi in the cinema.

In 1939, Broadway producer Lee Shubert offered Miranda an eight-week contract to perform at The Streets of Paris after seeing her at Cassino da Urca in Rio de Janeiro. The following year, she made her American film debut in the film Serenata Tropical, alongside Don Ameche and Betty Grable. That year, Miranda was voted the third most popular personality in the United States, and was invited to perform with her group, Bando da Lua, for President Franklin Roosevelt at the White House. Carmen Miranda became the highest paid woman in the United States according to the US Treasury Department.

She made a total of fourteen films in the US between the 1940s and 1950s, nine of them only on the 20th Century Fox. Although acclaimed as a talented artist, her popularity waned until the end of World War II. Her talent as a singer and performer, however, was often overshadowed by the exotic character of her performances. Miranda tried to reconstruct her identity and escape the framework that her producers and the industry were trying to impose on her, but without making great progress. His image became the embodiment of a generic Latin American exoticism that was embraced as singular and peculiar by the US public and rejected as inauthentic and paternalistic by Brazilians. In fact, due to all the stereotypes that he faced throughout his career, his presentations made great advances in the popularization of Brazilian music, at the same time, opening the way for the increase of awareness of the entire Latin culture.

Carmen Miranda was the first Latin American artist to be invited to print her hands and feet in the courtyard of Grauman's Chinese Theater, in 1941. She also became the first South American artist to be honored with a star on the Walk of Fame. His figure, far beyond music, would be a permanent influence on Brazilian culture, from Tropicália to cinema.

In 20 years of career she left her voice recorded in 279 recordings in Brazil alone and another 34 in the USA, for a total of 313 songs. A museum was later built in Rio de Janeiro, in his honor. In 1995, it was the subject of the acclaimed documentary Carmen Miranda: Bananas is my Business, directed by Helena Solberg, and an intersection at the intersection of Hollywood Boulevard and Orange Drive in front of the Chinese Theater in Hollywood was officially named "Carmen Miranda Square" in September 1998. To date, no Brazilian artist has had as much international prominence as she.


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