quinta-feira, 21 de outubro de 2021

Trio Mocotó - Discografia


O Trio Mocotó foi formado em 1968 na Boate Jogral, onde Fritz Escovão, João Parahyba e Nereu Gargalo trabalhavam. Na época, a boate paulistana era o grande ponto de encontro da música brasileira e os três contratados da casa trabalhavam como banda de apoio para nomes como Clementina de Jesus, Nelson Cavaquinho, Cartola, Paulo Vanzolini, Manezinho da Flauta, além das históricas "canjas" com artistas brasileiros e outros visitantes estrangeiros como Tommy Flanagan, Duke Ellington, Oscar Peterson, Earl Hines, Jon Carter, Michel Legrand e Dizzie Gillespie.

O samba-rock

Uma dessas canjas começou a se tornar frequente: Jorge Ben no violão, Fritz na cuíca, Nereu no pandeiro e Joãozinho com sua mistura de timba e bateria. Nessa época Jorge Ben estava morando em São Paulo e estava sem gravadora. A batida que nasceu desse encontro, se transformou em marca registrada e levou Jorge Ben e o trio definitivamente ao estrelato. E foi essa batida que deu origem ao samba-rock. No próprio Jogral, Jorge e o trio assinaram com a Philips para a gravação de seu novo disco. O trio acompanhou Jorge em praticamente todas as faixas incluindo Que Pena, Domingas, Take it Easy my Brother Charles e País Tropical.

No final dos anos 1970, com a febre da música disco no Brasil, diminuiu muito a demanda por apresentações de bandas como o Trio Mocotó.

O nome

Jorge Ben e o Trio Mocotó no Teatro da Lagoa em 1969.

No ano de 1969 a moda havia, literalmente, descoberto a perna feminina, subindo as saias bem acima dos joelhos. Enquanto a minissaia escandalizava em seu sucesso, o joelho feminino ganhava um apelido: mocotó. Como o trio estava sempre brincando com a gíria nova e comentando as belas moças de "mocotós" expostos que frequentavam o Jogral, começaram a ser chamados informalmente de Trio Mocotó. A gíria "oficial" escondia também uma brincadeira de artistas como Wilson Simonal que frequentavam o Jogral. O mocotó, para eles, podia designar tanto o joelho, quanto partes íntimas femininas. A partir daí, Jorge Ben compôs "Eu também quero mocotó" com título de duplo sentido. No mesmo ano o nome do grupo teve de ser oficializado por causa da participação no Festival Internacional da Canção. Os três subiram ao palco ao lado de Jorge e defenderam "Charles, Anjo 45" debaixo das vaias de um Maracanãzinho lotado. O próprio Jorge já havia composto a música "Eu Também Quero Mocotó", que foi defendida no mesmo festival por Erlon Chaves e a Banda Veneno com Jorge e o Trio Mocotó como convidados. Além disso, o Trio Mocotó participou da antológica gravação de Toquinho e Vinicius de Moraes da música "A Tonga da Mironga do kabuletê", e de Chico Buarque em "Samba de Orly", do disco "Construção", de 1971.


The Trio Mocotó was formed in 1968 at the Jogral Nightclub, where Fritz Escovão, João Parahyba and Nereu Gargalo worked. At the time, the nightclub in São Paulo was the great meeting point for Brazilian music and the three hired by the house worked as a support band for names such as Clementina de Jesus, Nelson Cavaquinho, Cartola, Paulo Vanzolini, Manezinho da Flauta, in addition to the historical "canjas" " with Brazilian artists and other foreign visitors such as Tommy Flanagan, Duke Ellington, Oscar Peterson, Earl Hines, Jon Carter, Michel Legrand and Dizzie Gillespie.

The samba-rock

One of these songs started to become common: Jorge Ben on guitar, Fritz on cuíca, Nereu on pandeiro and Joãozinho with his mix of timba and drums. At that time Jorge Ben was living in São Paulo and had no record label. The beat that was born from that meeting, became a trademark and took Jorge Ben and the trio definitively to stardom. And it was this beat that gave rise to samba-rock. In Jogral itself, Jorge and the trio signed with Philips to record their new album. The trio accompanied Jorge on virtually every track including Que Pena, Domingas, Take it Easy my Brother Charles and País Tropical.

In the late 1970s, with the fever of disco music in Brazil, the demand for performances by bands such as Trio Mocotó decreased a lot.

The name

Jorge Ben and the Trio Mocotó at Teatro da Lagoa in 1969.

In 1969, fashion had literally discovered the female leg, raising skirts well above the knees. While the miniskirt was scandalized by its success, the female knee gained a nickname: mocotó. As the trio was always playing with the new slang and commenting on the beautiful girls from exposed "mocotós" who frequented the Jogral, they began to be informally called Trio Mocotó. The "official" slang also hid a joke from artists like Wilson Simonal who frequented the Jogral. The mocotó, for them, could designate both the knee and female private parts. From then on, Jorge Ben composed "Eu also Quero mocotó" with a double meaning title. In the same year the name of the group had to be made official because of the participation in the Festival Internacional da Canção. The three took the stage alongside Jorge and defended "Charles, Anjo 45" under the boos of a crowded Maracanãzinho. Jorge himself had already composed the song "Eu Also Quero Mocotó", which was defended at the same festival by Erlon Chaves and Banda Veneno with Jorge and Trio Mocotó as guests. In addition, the Trio Mocotó participated in the anthological recording by Toquinho and Vinicius de Moraes of the song "A Tonga da Mironga do kabuletê", and by Chico Buarque in "Samba de Orly", of the 1971 album "Construction".

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