quarta-feira, 2 de agosto de 2023

Doris Monteiro - 12 Discos

Adelina Dóris Monteiro
* 21/10/1934
+ 24/07/2023

Começou a cantar ainda adolescente, participando, em 1947, do programa “Papel carbono”, de Renato Murce, levado ao ar pela Rádio Nacional. No ano seguinte, foi apresentada a Almirante, diretor da Rádio Tupi, pelo cantor Alcides Gerardi. Submetida a um teste para cantora, foi aprovada e começou a participar dos programas musicais da rádio.

Começou sua carreira profissional em 1951, aos 17 anos de idade, como cantora da Rádio Tupi, tendo trabalhado na emissora durante oito anos. Ainda em 1951, gravou seu primeiro disco, em 78 rpm, pela gravadora Todamérica, com os sambas “Se você se importasse”, de Peterpan, que ficou em primeiro lugar nas paradas de sucesso durante três meses, e “Fecho meus olhos…vejo você”, de José Maria de Abreu. Em 1952, gravou os sambas “Quantas vezes?”, de Peterpan; “Bate um sino além”, de Alberto Ribeiro e José Maria de Abreu, e “Sou tão feliz”, de Roberto Mário e Maurício de Lima, e o bolero “Nunca te direi”, de José Maria de Abreu e Jair Amorim. No mesmo ano, foi eleita “Rainha dos Cadetes”. Em 1953, gravou os sambas “Você não sabe”, de Antônio Almeida e Frazão, e “Linguagem dos olhos”, de José Maria de Abreu e Alberto Ribeiro, e o beguine “Ruínas”, de Haroldo Eiras e Vitor Berbara. Ainda em 1953, foi levada para o cinema. Estrelou “Agulha no palheiro”, de Alex Viany, cantando a música homônima, sendo  eleita a melhor atriz do ano por sua atuação no filme. Vieram, em seguida, “Rua sem sol”, “Tudo é música”, “Carnaval em Caxias”, “De vento em popa”, “A carrocinha”, “O espetáculo continua” e “Copacabana Palace”, uma produção italiana dirigida por J. Teno, com participação de Tom Jobim (como ator), além de João Gilberto e Luiz Bonfá. Em 1954, gravou os sambas “Basta dizer adeus”, de Hilton Simões, Luiz Lemos e Humberto Pinheiro e “Desejo”, de Wilson Batista e Jorge de Castro. No ano seguinte, transferiu-se para a gravadora Continental, e estreou com os sambas “Por que razão”, de José Maria de Abreu e Luiz Peixoto, e “Quando tu passas por mim”, de Antônio Maria e Vinícius de Moraes. No mesmo ano, gravou os sambas-canção “Se é por falta de adeus”, de Tom Jobim e Dolores Duran, e “Dó-ré-mi”, de Fernando César, que fez bastante sucesso, com arranjos de Antônio Carlos Jobim. Ainda em 1955, fez uma temporada no Cassino de Punta del Este no Uruguai. Em 1956, gravou o samba-cançao “Engano”, de Luiz Bonfá e Tom Jobim, e a toada “Gosto da vida”, de Hianto de Almeida e Francisco Anísio. No mesmo ano, lançou o LP “Confidências de Dóris Monteiro com música de Fernando César” no qual interpretou músicas do compositor, entre as quais, “Vento soprando”; “Graças a Deus”, um de seus grandes sucessos; “O amor é isso”  e “Cigarro sem baton”. Em 1957, ingressou na gravadora Columbia, e lançou o LP “Dóris Monteiro”, que tinha na contra capa texto do compositor Fernando César. Este LP tinha entre outras, “Faça de conta”, de Fernando César; “Mocinho bonito”, de Billy Blanco, outro de seus sucessos; “Meu tempo”, de Edson Borges, e “Marcada”, de Maysa. No mesmo ano, fez apresentações com Dorival Caymmi, em Lisboa e Coimbra, em Portugal. Em 1958, gravou a toada “Real conclusão”, de Edgardo Luiz e Amado Régis, o bolero “Faça de conta”, de Fernando César, e o samba canção “Eu não existo sem você”, de Tom Jobim e Vinícius de Moraes. No ano seguinte, gravou os sambas “Argumentação”, de Afonso Chiodi, Lomonaco e Nanai, e “Uma só vez”, de Caco Velho. Ainda em 1959, lançou o LP “Doris”, com as composições “Cartão de Visita”, de Edgardo Luis e Nilton Pereira de Castro, “Sonhar”, de José Maria de Abreu e Jair Amorim, “Prelúdio Op 32”, de Eduardo Dutra e Victor Dagô, “Argumentação”, de Afonso Chiodi, Lomonaco e Nanai, “Domingo Próximo”, de Alfredo Borba e Édson Borges, “Depois de Tanto Esperar”, de Armando Nunes e Othon Russo, “Vem Me Beijar”, de Erlon Chaves, “Uma Só Vez”, de Caco Velho, “Sempre Teu”, de Fernando César e Britinho, “A Saudade e Você”, de Fernando César, “O Maior Problema”, de Billy Blanco, e “Sou Toda Tua”, de Dolores Duran e Fernando César. 

Em 1960, lançou mais um LP, pela Continental, “Vento soprando”, que trazia antigas gravações, e, ainda, “Joga a rede no mar”, de Fernando César e Nazareno de Brito, um de seus maiores sucessos, e “Sempre teu” e “Paraíso perdido”, da dupla Fernando César e Britinho. Em 1961, foi para a gravadora Philips, e lançou os sambas “Palhaçada”, que fez bastante sucesso, e “Fiz o bobão”, de Haroldo Barbosa e Luiz Reis, “Sei lá”, de James Levi, e “Coração só faz bater”, de João Melo. Em 1963 lançou, pela Philips, o LP “Gostoso é sambar”, com destaque para as músicas “Nós e o mar”, “Você e eu”, “Parti” e “Olhou pra mim”, com arranjos de Walter Wanderley e Ed Lincoln. No ano seguinte, lançou o LP “Doris Monteiro”, com arranjos do maestro Lindolpho Gaya, lançando a música “Diz que fui por aí”, que seria depois consagrada na voz de Nara Leão. Em 1966, gravou o LP “Simplesmente”, com o qual estreou na gravadora Odeon, com arranjos de Meirelles e Lyrio Panicali, com destaque para “Muito à vontade”, de João Donato e João Mello, “Meu refrão”, de Chico Buarque, e “Sem mais adeus”, de Francis Hime. Em 1969, lançou o LP “Mudando de conversa”, pela Odeon, com destaque para a música título, de Maurício Tapajós e Hermínio Bello de Carvalho, um de seus grandes sucessos, “Vou te contar”, de Tom Jobim, “Canção da volta”, de Ismael Netto e Antônio Maria, e “Chamego”, de Jair Amorim e Evaldo Gouveia. 

No ano seguinte, gravou, com o cantor Miltinho, o LP “Dóris, Miltinho e charme”, que apresentou diversos pot-pourris. Ainda em 1970, lançou LP solo onde se destacaram as músicas “A feira”, de Nonato Buzar, “Garota do Pasquim”, de Carlos Imperial, “Brasil, brasa, braseiro”, de Antonio Adolfo, “Glória, Glorinha”, de Erasmo Carlos, e “Vou deitar e rolar”, de Baden Powell. No ano seguinte, gravou outro LP com Miltinho, com destaque para “A pedida é samba”, de Julinho de Castro, “Fim de caso”, de Dolores Duran, “Quero-te assim”, de Tito Madi, e “Nunca”, de Lupicínio Rodrigues. Ainda em 1971, lançou o LP “Doris”, no qual interpretou “É isso aí”, de Sidney Miller; “Mas que doidice”, de Antônio Carlos e Jocafi; “Mundo pequeno”, “Eu quero, eu quero, eu quero” e “Hey você”, de Elizabeth; “De pilantra e de poeta”, de Alberto Land; “Ao amigo Tom”, de Marcos Valle, Paulo Sérgio Valle e Osmar Milioto; “De noite na cama”, de Caetano Veloso; “Conversa de botequim”, de Noel Rosa; “Coco verde”, de Sérgio Sampaio; “Vamos partir pro mundo”, de Tibério Gaspar e Antônio Adolfo, e “Mais um adeus”, de Toquinho e Vinícius de Moraes. Em 1972, gravou o terceiro LP com Miltinho, com destaque para “Diz que sim”, de Luiz Antônio, “Doce lembrança”, de Waldemar Gomes, “O amor e a rosa”, de Pernambuco e “Deixa”, de Vinícius de Moraes e Baden Powell. No mesmo ano, gravou sozinha “Dose pra leão”, de César Costa Filho e Walter Queiroz, “Essa menina”, de Sidney Miller, “Moço”, de Roberto Carlos e Erasmo Carlos, e “Regra três”, de Toquinho e Vinícius de Moraes. Em 1973, lançou LP solo, pela Odeon, no qual interpretou “Eu só quero um xodó”, de Dominguinhos e Anastácia, “Jogo duro”, de Tom e Dito, “Viagem”, de Paulo César Pinheiro e João de Aquino, e “Água na fonte”, de Nenéo. No mesmo ano, gravou o quarto LP da série com Miltinho no qual a dupla interpretou “Quando eu vim de Minas”, de Xangô da Mangueira, “Se Deus quiser”, de Jair Rodrigues e Wando, “Minhas razões”, de Antônio Carlos e Jocafi, e “Lendas do Abaeté”, de Jajá, Manoel e Preto Rico. Em 1974, partcicipou da série radiofônica, em cadeia nacional de emissoras, “MPB 100, ao vivo”, de que resultaram oito elepês nos quais ela interpretou Billy Blanco e os compositores da bossa ao lado de Lúcio Alves e Alaíde Costa, com roteiro, direção e apresentação de R. C. Albin. No mesmo ano, lançou LP no qual interpretou clássicos como “Nem eu”, de Dorival caymmi, “Fiz a cama na varanda”, de Dilú Melo e Ovídio Chaves, “Vingança”, de Lupicínio Rodrigues, e “Dor de recordar”, de Olegário Mariano e Joubert de Carvalho. Em 1976, lançou o LP “Agora Dóris Monteiro” no qual gravou “Flauta de lata”, de Cacaso e Sueli Costa, “Lugar comum”, de Gilberto Gil e João Donato, “Dia de feira”, de João de Aquino e Jesus Rocha; “Eu hein, Rosa!”, de Paulo César Pinheiro e João Nogueira, e “Tema de Dóris”, de Ricardo. Em 1978, gravou um LP com Lúcio Alves, a partir de repertório de apresentações no Projeto Pixinguinha, com destaque para “Mudando de conversa”, de Maurício Tapajós e Hermínio Bello de Carvalho , “Pra dizer adeus”, de Edu Lobo e Torquato Neto; “Sábado em Copacabana”, de Dorival Caymmi, e “De conversa em conversa”, de Lúcio Alves e Haroldo Barbosa.

Em sua carreira, destacam-se as gravações de “Joga a rede no mar” e “Dó ré mi”, de Fernando César e Nazareno de Brito,  “O que eu gosto em você”, de Sílvio César, “Olhou pra mim”, de Ed Lincoln e Sílvio César,  “Apelo”, de Baden Powell e Vinicius de Moraes, e “Coqueiro verde”, de Roberto e Erasmo Carlos, entre outras. Foi uma das cantoras de maior prestígio dentro da TV Tupi, onde chegou a ter programa com seu próprio nome, e onde chegou a ser bastante admirada pelo dono da emissora, Assis Chateaubriand. Em 1986, participou do disco “Essas mulheres: Dóris, Elizeth, Helena e Ângela Maria”, lançado pela Continental. 

Em 1990, esteve no Japão, a convite de Lisa Ono, e se apresentou em teatros de Osaka, Nagoya e Tóquio. Nessa ocasião, gravou a música “Praia nova”, de Lisa Ono e Paulo César Pinheiro, no disco “Bossa nova underground”. No ano seguinte, participou, ao lado de Emilinha Borba, Ivon Curi e Zezé Gonzaga, de espetáculo comemorativo dos 70 anos do rádio no Brasil, escrito e dirigido por Ricardo Cravo Albin, e encenado no Teatro do BNDES, com grande sucesso, interpretando o início de sua carreira, famosa na época por usar uma única trança no cabelo, quando estava sempre acompanhanda por sua mãe, que não a deixava sozinha um momento sequer. Em 1992, gravou pela Sony Music o CD “Samba canção”, da série Academia Brasileira de música, com estaque para “Chove lá fora”, de Tito Madi, “Ronda”, de Paulo Vanzolini, “Jura secreta”, de Sueli Costa e Abel Silva, “Manhã de carnaval”, de Antônio Maria e Luiz Bonfá, e “Pra você”, de Sílvio César. Em 2002, fez show na Sala Baden Powell, em Copacabana dentro da série “Na hora do chá”, da RioArte. Em 2003, apresentou-se com Miltinho em show no Centro Cultural Banco do Brasil cantando antigos sucessos dos anos 1950 como “Palhaçada”, de Luiz Reis e Haroldo Barbosa.

Em 2004, em comemoração aos seus 70 anos, foi presenteada pelas gravadoras Universal e EMI com o relançamento em CD de doze de seus melhores discos. Na ocasião, realizou dois shows de lançamento no Bar do Tom, em Ipanema. Em 2008, abriu a temporada de shows do projeto “Adoniran – Oito e meia” no Memorial da América Latina, em São Paulo. Na ocasião, acompanhada pelo tecladista Ricardo Júnior, interpretou diversas canções da fase de ouro do rádio brasileiro, entre as quais, “Mocinho Bonito”, de Billy Blanco, “Valsa de uma Cidade”, de Antonio Maria, “Copacabana”, de Braguinha e Alberto Ribeiro, “Conversa de Botequim”, de Noel Rosa, e “Se Todos Fossem Iguais a Você”, de Tom Jobim e Vinícius de Moraes. 

Em 2010, juntamente com o saxofonista Aurino Ferreira, foi homenageada na Calçada da Fama de Ipanema,em frente à Toca do Vinícius. Em 2011, apresentou-se no Teatro SESI, no centro do Rio de Janeiro, dentro do projeto “Samba e outras coisas” comandado por Haroldo Costa. Na ocasião interpretou sucessos como “Gostoso é sambar”, de João Mello, e “O que eu gosto de você”, de Sílvio César. Ainda em 2011, foi lançado pelo selo Discobertas, em convênio com o ICCA – Instituto Cultural Cravo Albin, a caixa “100 anos de música popular brasileira” com a reedição em 4 CDs duplos dos oito LPs lançados com as gravações dos programas realizados pelo radialista e produtor Ricardo Cravo Albin na Rádio MEC em 1974 e 1975. No volume 5 estão incluídas suas interpratações para as músicas “Eu e a brisa”, de Johnny Alf; “Ninguém me ama”, de Antonio Maria e Fernando Lobo; “Se eu morresse amnhã”, de Antonio Maria; “Castigo”, de Dolores Duran; “Se é por falta de adeus”, de Dolores Duran e Tom Jobim, e “A banca do distinto”, de Billy Blanco, sendo que nessa última, fez dueto com Johnny Alf. No mesmo ano, participou da série “MPB 12:30 em ponto” no Centro Cultural Light no centro do Rio de Janeiro com direção de Haroldo Costa e roteiro e apresentação do historiador Ricardo Cravo Albin. Em 2012, sua interpretação para a marcha “Boas festas”, de Assis Valente, foi incluída no CD duplo “Assis Valente não fez bobagem – 100 anos de alegria” lançado pela EMI em homenagem ao centenário de nascimento do compositor. No mesmo ano, passou a integrar o grupo As Cantoras do Rádio, em sua nova formação, que estreou no show “MPB pela ABL – A volta das cantoras do Rádio”, récita única no auditório Raimundo Magalhães Jr., todas acompanhadas por Fernando Merlino,  com apresentação, criação e roteiro de Ricardo Cravo Albin. Ainda em 2012, participou, juntamente com as cantoras Sonia Delfino e Ellen de Lima, da homenagem prestada no Instituto Cultural Cravo Albin à cantora Marlene, por ocasião do 90º aniversário natalício da mesma com a exposição “Marlene – 90 anos de glórias”. Na ocasião, foi realizado um espetáculo com o grupo Cantoras do Rádio. Nesse espetáculo, interpretou solo os sambas “Nasci para bailar”, de Joel de Almeida, “Morana filosofia”,  de Monsueto e Marcléo, e “Saudosa maloca”, de Adoniran Barbosa. Em conjunto com Ellen de Lima e Sonia Delfino cantou os sambas “Zé Marmita”, de Luiz Antônio e Brasinha, e “Se é pecado sambar”, de Manoel Santana, e as marchas “Sapato de pobre”, de Luiz Antônio e Jota Júnior, e “Lata dágua”, de Luiz Antônio e Jota Júnior. Em 2013, apresentou-se na casa de espetáculos Miranda, zona sul do Rio de Janeiro, no show “Uma noite para Dolores Duran” – com Rodrigo Faour convidados. Em 2017, apresentou-se no popular baile carnavalesco da Cinelândia cantando no sábado e no domingo. No mesmo ano, foi homenageada na casa de show Cariocando, por Leny Andrade, sua colega e amiga.

Em 2019 foi homenageada, com Leny Andrade, ganhando o Troféu Feira de Vinil do Rio de Janeiro, no evento Clube do Vinil, realizado no Instituto Dos Arquitetos do Brasil, no Rio de Janeiro (RJ).  Neste mesmo ano, se apresentou no espetáculo As Divas do Sambalanço com Claudette Soares e Eliana Pittman. No mesmo ano participou do programa “Um Café Lá em Casa”, do canal no Youtube do guitarrista Nelson Faria, que gerou um EP nas redes de streaming.

Em 2020 o show “Divas do sambalanço” foi lançado como álbum ao vivo, também em CD, pelo selo Discobertas.

Em novembro de 2022 “Divas do sambalanço” foi lançado também em vinil, com apresentação no programa do Faustão, na Rede Bandeirantes.

No dia 24 de julho de 2023, Doris Monteiro morreu aos 88 anos em sua residência no Rio de Janeiro. De acordo com a família, a artista faleceu de causas naturais.


He began to sing as a teenager, participating, in 1947, in the program “Papel carbono”, by Renato Murce, aired by Rádio Nacional. The following year, she was introduced to Almirante, director of Rádio Tupi, by singer Alcides Gerardi. Subjected to a singer test, she was approved and began to participate in radio music programs.

She began her professional career in 1951, at the age of 17, as a singer for Rádio Tupi, having worked at the station for eight years. Still in 1951, he recorded his first album, in 78 rpm, for the Todamérica label, with the sambas “Se você se importasse”, by Peterpan, which was number one in the charts for three months, and “I close my eyes… you”, by José Maria de Abreu. In 1952, she recorded the sambas “How many times?”, by Peterpan; “Beat a bell beyond”, by Alberto Ribeiro and José Maria de Abreu, and “I am so happy”, by Roberto Mário and Maurício de Lima, and the bolero “I will never tell you”, by José Maria de Abreu and Jair Amorim. In the same year, she was elected “Queen of Cadets”. In 1953, he recorded the sambas “Você não Sabe”, by Antônio Almeida and Frazão, and “Linguagem dos Olhos”, by José Maria de Abreu and Alberto Ribeiro, and the beguine “Ruínas”, by Haroldo Eiras and Vitor Berbara. Still in 1953, she was taken to the cinema. She starred in “Agulha no palheiro”, by Alex Viany, singing the homonymous song, being elected the best actress of the year for her performance in the film. Then came “Rua sem sol”, “Everything is music”, “Carnival in Caxias”, “De vento em popa”, “A carrocinha”, “The spectacle continues” and “Copacabana Palace”, an Italian production directed by by J. Teno, with the participation of Tom Jobim (as an actor), in addition to João Gilberto and Luiz Bonfá. In 1954, she recorded the sambas “Basta diz adeus”, by Hilton Simões, Luiz Lemos and Humberto Pinheiro and “Desejo”, by Wilson Batista and Jorge de Castro. The following year, she transferred to the Continental label, and debuted with the sambas “Por que Reason”, by José Maria de Abreu and Luiz Peixoto, and “Como tu passas por mim”, by Antônio Maria and Vinícius de Moraes. In the same year, she recorded the sambas-canção “Se é por saudade de adeus”, by Tom Jobim and Dolores Duran, and “Dó-ré-mi”, by Fernando César, which was quite successful, with arrangements by Antônio Carlos Jobim. . Still in 1955, she spent a season at the Casino of Punta del Este in Uruguay. In 1956, she recorded the samba-cançao “Engano”, by Luiz Bonfá and Tom Jobim, and the tune “Gosto da vida”, by Hianto de Almeida and Francisco Anísio. In the same year, she released the LP “Confidências de Dóris Monteiro with music by Fernando César” in which she performed songs by the composer, including “Vento soprando”; “Thanks to God”, one of her greatest hits; “That's what love is” and “Cigarette without lipstick”. In 1957, she joined the Columbia label, and released the LP “Dóris Monteiro”, which had a text by composer Fernando César on the back cover. This LP had, among others, “Faça de conta”, by Fernando César; “Mocinho bonito”, by Billy Blanco, another one of her successes; “Meu tempo”, by Edson Borges, and “Marcada”, by Maysa. In the same year, she made presentations with Dorival Caymmi, in Lisbon and Coimbra, in Portugal. In 1958, he recorded the tune “Real conclusion”, by Edgardo Luiz and Amado Régis, the bolero “Faça de conta”, by Fernando César, and the samba song “Eu não existent sem você”, by Tom Jobim and Vinícius de Moraes. The following year, he recorded the sambas “Argumentação”, by Afonso Chiodi, Lomonaco and Nanai, and “Uma só vez”, by Caco Velho. Still in 1959, he released the LP “Doris”, with the compositions “Cartão de Visita”, by Edgardo Luis and Nilton Pereira de Castro, “Sonhar”, by José Maria de Abreu and Jair Amorim, “Prelúdio Op 32”, by Eduardo Dutra and Victor Dagô, “Argumentation”, by Afonso Chiodi, Lomonaco and Nanai, “Sunday Next”, by Alfredo Borba and Édson Borges, “After Both Waiting”, by Armando Nunes and Othon Russo, “Vem Me Beijar”, by Erlon Chaves, “Uma Só Vez”, by Caco Velho, “Sempre Teu”, by Fernando César and Britinho, “A Saudade e Você”, by Fernando César, “O Maior Problema”, by Billy Blanco, and “Sou Toda Tua ”, by Dolores Duran and Fernando César.

In 1960, he released another LP, through Continental, “Vento soprando”, which featured old recordings, and also “Joga a rede no mar”, by Fernando César and Nazareno de Brito, one of his greatest hits, and “Sempre yours” and “Paradise lost”, by the duo Fernando César and Britinho. In 1961, he went to the Philips label, and released the sambas “Palhaçada”, which was quite successful, and “Fiz o bobão”, by Haroldo Barbosa and Luiz Reis, “Sei lá”, by James Levi, and “Coração só faz hit”, by João Melo. In 1963, he released, through Philips, the LP “Gostoso é sambar”, with highlights for the songs “Nós e o mar”, “Você e eu”, “Parti” and “Olhou pra mim”, with arrangements by Walter Wanderley and Ed Lincoln. The following year, he released the LP “Doris Monteiro”, with arrangements by maestro Lindolpho Gaya, releasing the song “Diz que foi por lá”, which would later be enshrined in the voice of Nara Leão. In 1966, he recorded the LP “Simplesmente”, with which he made his debut on the Odeon label, with arrangements by Meirelles and Lyrio Panicali, with emphasis on “Melhor à estar”, by João Donato and João Mello, “Meu refrão”, by Chico Buarque , and “No More Goodbyes” by Francis Hime. In 1969, he released the LP “Mudando de conversation”, by Odeon, highlighting the title song, by Maurício Tapajós and Hermínio Bello de Carvalho, one of his great successes, “Vou te conta”, by Tom Jobim, “Canção da Volta”, by Ismael Netto and Antônio Maria, and “Chamego”, by Jair Amorim and Evaldo Gouveia.

The following year, he recorded, with singer Miltinho, the LP “Dóris, Miltinho e charme”, which featured several potpourris. Still in 1970, he released a solo LP featuring the songs “A Feira”, by Nonato Buzar, “Garota do Pasquim”, by Carlos Imperial, “Brasil, brasa, braseiro”, by Antonio Adolfo, “Glória, Glorinha”, by Erasmo Carlos, and “I'm going to lie down and roll”, by Baden Powell. The following year, he recorded another LP with Miltinho, with highlights for “A requested é samba”, by Julinho de Castro, “Fim de caso”, by Dolores Duran, “Quero-te Assim”, by Tito Madi, and “Nunca” , by Lupicínio Rodrigues. Still in 1971, he released the LP “Doris”, in which he interpreted “É isto lá”, by Sidney Miller; “Mas que doidice”, by Antônio Carlos and Jocafi; “Small World”, “I Want, I Want, I Want” and “Hey You”, by Elizabeth; “Of rogue and poet”, by Alberto Land; “Ao amigo Tom”, by Marcos Valle, Paulo Sérgio Valle and Osmar Milioto; “At night in bed”, by Caetano Veloso; “Conversa de botequim”, by Noel Rosa; “Coco verde”, by Sérgio Sampaio; “Let's go to the world”, by Tibério Gaspar and Antônio Adolfo, and “More a goodbye”, by Toquinho and Vinícius de Moraes. In 1972, he recorded his third LP with Miltinho, with emphasis on “Diz que sim”, by Luiz Antônio, “Doce souvenir”, by Waldemar Gomes, “O amor e a rosa”, from Pernambuco and “Deixa”, by Vinícius de Moraes and Baden Powell. In the same year, she recorded alone “Dose pra Leão”, by César Costa Filho and Walter Queiroz, “This girl”, by Sidney Miller, “Moço”, by Roberto Carlos and Erasmo Carlos, and “Regra Três”, by Toquinho and Vinícius. by Moraes. In 1973, he released a solo LP, through Odeon, in which he performed “Eu só Quero um xodó”, by Dominguinhos and Anastácia, “Jogo Hard”, by Tom and Dito, “Viagem”, by Paulo César Pinheiro and João de Aquino, and “Water at the source”, by Nenéo. In the same year, he recorded the fourth LP of the series with Miltinho, in which the duo performed “Quem eu Vim de Minas”, by Xangô da Mangueira, “Se Deus Quero”, by Jair Rodrigues and Wando, “Minhas Graças”, by Antônio Carlos and Jocafi, and “Lendas do Abaeté”, by Jajá, Manoel and Preto Rico. In 1974, she participated in the radio series, on a national network of stations, “MPB 100, ao vivo”, which resulted in eight elepes in which she played Billy Blanco and the bossa composers alongside Lúcio Alves and Alaíde Costa, with a script, directed and presented by R. C. Albin. In the same year, he released an LP in which he performed classics such as “Nem eu”, by Dorival caymmi, “I made the bed on the balcony”, by Dilú Melo and Ovídio Chaves, “Vingança”, by Lupicínio Rodrigues, and “Dor de recordar”, by Olegário Mariano and Joubert de Carvalho. In 1976, he released the LP “Agora Dóris Monteiro” in which he recorded “Flauta de lata”, by Cacaso and Sueli Costa, “Lugar common”, by Gilberto Gil and João Donato, “Dia de Feira”, by João de Aquino and Jesus Rock; “Eu ein, Rosa!”, by Paulo César Pinheiro and João Nogueira, and “Tema de Dóris”, by Ricardo. In 1978, he recorded an LP with Lúcio Alves, based on the repertoire of performances at the Pixinguinha Project, with emphasis on “Mudando de conversa”, by Maurício Tapajós and Hermínio Bello de Carvalho, “To say goodbye”, by Edu Lobo and Torquato Neto ; “Saturday in Copacabana”, by Dorival Caymmi, and “From conversation to conversation”, by Lúcio Alves and Haroldo Barbosa.

In his career, the recordings of “Joga a rede no mar” and “Dó ré mi”, by Fernando César and Nazareno de Brito, “What I like about you”, by Sílvio César, “Olhou pra mim” stand out. , by Ed Lincoln and Sílvio César, “Apelo”, by Baden Powell and Vinicius de Moraes, and “Coqueiro verde”, by Roberto and Erasmo Carlos, among others. She was one of the most prestigious singers on TV Tupi, where she even had a program with her own name, and where she was greatly admired by the station's owner, Assis Chateaubriand. In 1986, she participated in the album “Essas Mulheres: Dóris, Elizeth, Helena e Ângela Maria”, released by Continental.

In 1990, she was in Japan, invited by Lisa Ono, and performed in theaters in Osaka, Nagoya and Tokyo. On that occasion, she recorded the song “Praia Nova”, by Lisa Ono and Paulo César Pinheiro, on the album “Bossa Nova Underground”. The following year, he participated, alongside Emilinha Borba, Ivon Curi and Zezé Gonzaga, in a show commemorating the 70 years of radio in Brazil, written and directed by Ricardo Cravo Albin, and staged at the BNDES Theater, with great success, interpreting the beginning of her career, famous at the time for wearing a single braid in her hair, when she was always accompanied by her mother, who never left her alone for a moment. In 1992, he recorded for Sony Music the CD "Samba song", from the Brazilian Academy of music series, with emphasis on "Chove lá fora", by Tito Madi, "Ronda", by Paulo Vanzolini, "Jura secreta", by Sueli Costa and Abel Silva, “Manhã de carnaval”, by Antônio Maria and Luiz Bonfá, and “For you”, by Sílvio César. In 2002, she performed at Sala Baden Powell, in Copacabana, as part of the series “Na hora do Chá”, by RioArte. In 2003, she performed with Miltinho in a show at the Centro Cultural Banco do Brasil singing old hits from the 1950s such as “Palhaçada”, by Luiz Reis and Haroldo Barbosa.

In 2004, in celebration of her 70th birthday, Universal and EMI gave her a CD re-release of twelve of her best albums. On the occasion, she held two launch shows at Bar do Tom, in Ipanema. In 2008, she opened the concert season of the project “Adoniran – Oito e meio” at the Memorial da América Latina, in São Paulo. On the occasion, accompanied by keyboardist Ricardo Júnior, she performed several songs from the golden age of Brazilian radio, including “Mocinho Bonito”, by Billy Blanco, “Valsa de uma Cidade”, by Antonio Maria, “Copacabana”, by Braguinha. and Alberto Ribeiro, “Conversa de Botequim”, by Noel Rosa, and “Se Todos Fossem Iguais a Você”, by Tom Jobim and Vinícius de Moraes.

In 2010, together with saxophonist Aurino Ferreira, she was honored on the Walk of Fame in Ipanema, in front of Toca do Vinícius. In 2011, she performed at Teatro SESI, in the center of Rio de Janeiro, within the project “Samba and other things” led by Haroldo Costa. On the occasion, she performed hits such as “Gostoso é sambar”, by João Mello, and “What I like about you”, by Sílvio César. Also in 2011, the Discoveries label, in partnership with the ICCA – Instituto Cultural Cravo Albin, launched the box set “100 years of Brazilian popular music” with the reissue in 4 double CDs of the eight LPs released with the recordings of the programs performed by the broadcaster and producer Ricardo Cravo Albin on Rádio MEC in 1974 and 1975. Volume 5 includes his interpretations of the songs “Eu e a brisa”, by Johnny Alf; “Nobody loves me”, by Antonio Maria and Fernando Lobo; “If I died tomorrow”, by Antonio Maria; “Punishment”, by Dolores Duran; “If it's for lack of goodbye”, by Dolores Duran and Tom Jobim, and “A Banquet of Distinction”, by Billy Blanco, and in the latter, she made a duet with Johnny Alf. In the same year, she participated in the series “MPB 12:30 em ponto” at the Centro Cultural Light in downtown Rio de Janeiro, directed by Haroldo Costa and scripted and presented by historian Ricardo Cravo Albin. In 2012, his interpretation for the march “Boas festa”, by Assis Valente, was included on the double CD “Assis Valente não fez bobagem – 100 anos de alegre” released by EMI in honor of the centenary of the composer's birth. In the same year, he joined the group As Cantoras do Rádio, in its new line-up, which debuted in the show “MPB pela ABL – A volta das cantors do Rádio”, a single performance at the Raimundo Magalhães Jr. auditorium, all accompanied by Fernando Merlino , with presentation, creation and script by Ricardo Cravo Albin. Also in 2012, she participated, along with singers Sonia Delfino and Ellen de Lima, in the tribute paid at the Cravo Albin Cultural Institute to singer Marlene, on the occasion of her 90th birthday with the exhibition “Marlene – 90 years of glories”. On the occasion, a show was held with the group Cantoras do Rádio. In this show, he sang solo the sambas “Nasci para bailar”, by Joel de Almeida, “Morana philosophy”, by Monsueto and Marcléo, and “Saudosa maloca”, by Adoniran Barbosa. Together with Ellen de Lima and Sonia Delfino, he sang the sambas “Zé Marmita”, by Luiz Antônio and Brasinha, and “Se é peca sambar”, by Manoel Santana, and the marches “Sapato depoor”, by Luiz Antônio and Jota Júnior , and “Lata dágua”, by Luiz Antônio and Jota Júnior. In 2013, she performed at the Miranda concert hall, in the south zone of Rio de Janeiro, in the show “A night for Dolores Duran” – with guest Rodrigo Faour. In 2017, she performed at the popular Cinelândia Carnival Ball singing on Saturday and Sunday. In the same year, she was honored at the Cariocando concert hall by Leny Andrade, her colleague and friend.

In 2019 she was honored, with Leny Andrade, winning the Rio de Janeiro Vinyl Fair Trophy, at the Clube do Vinil event, held at Instituto Dos Arquitetos do Brasil, in Rio de Janeiro (RJ). That same year, she performed in the show As Divas do Sambalanço with Claudette Soares and Eliana Pittman. In the same year, she participated in the program “Um Café Lá em Casa”, on the YouTube channel of guitarist Nelson Faria, which generated an EP on streaming networks.

In 2020, the show “Divas do sambalanço” was released as a live album, also on CD, by the Discoveries label.

In November 2022 “Divas do sambalanço” was also released on vinyl, with a presentation on the Faustão program, on Rede Bandeirantes.

On July 24, 2023, Doris Monteiro died at the age of 88 at her residence in Rio de Janeiro. According to the family, the artist died of natural causes.

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11 comentários:

  1. Bom dia. O link 2 do mediafire dá erro de 'Permission denied', dizendo que uma música do Pixinguinha está disponível para download na Amazon.
    Mesmo assim, muito obrigado!

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  2. Continua não funcionando, infelizmente!

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    1. Valeu gora sim, consegui baixar essas preciosidades! Aproveito para agradecer a especial atenção, e pelas exceletnes postagens, que acompanho com muito admiração. Valeu!!!

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