segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

Paulinho da Viola - Discografia

Cantor e compositor brasileiro
Paulinho da Viola (1942) é um cantor, compositor e violonista brasileiro, um dos mais importantes representantes do samba e da Musica Popular Brasileira.

Paulinho da Viola, nome artístico de Paulo César Batista de Faria, nasceu no bairro do Botafogo, no Rio de Janeiro, no dia 12 de novembro de 1942. Era filho de Benedito César Ramos de Faria e de Paulina Batista dos Santos, uma família de classe média onde tudo era pretexto para uma festa.

Seu pai, violonista, era integrante da primeira formação do grupo de choro Época de Ouro. Desde pequeno, Paulinho conviveu com grandes nomes do choro, como Pixinguinha e Jacob do Bandolim.

Infância e juventude.

Enquanto estudava no colégio Joaquim Nabuco, Paulinho tratava de aprender a tocar violão por conta própria. Depois teve como professor Zé Maria, amigo de seu pai.

Ainda jovem, observando o pai tocando, decidiu que iria tocar o mesmo instrumento, mas seu pai não gostou da ideia e dizia que o filho teria que ser doutor (mais tarde ele contaria essa história no samba Quatorze Anos).

Paulinho passava os fins de semana na casa de uma tia, em Vila Valqueire onde participava das pelas do bairro e das primeiras noitadas de samba e boemia.

Com um grupo de amigos formou o bloco “Foliões da Amália Franco”, que depois de transformou em um pequeno conjunto.

Em 1959, conheceu o violonista Chico Soares, apelidado de Canhoto da Paraíba, e ficou impressionado ao vê-lo tocando com a mão esquerda sem precisar inverter as cordas.

Primeiras composições

Nessa época, entrou pela primeira vez em uma escola de samba, a União de Jacarepaguá, onde passou a ter contato com grandes sambistas e compôs seu primeiro samba para a escola, “Pode Ser Ilusão” (1962), que nunca chegou a ser gravado.

Em 1963, foi convidado para mudar de escola, por Oscar Bigode, diretor da bateria da Portela, e primo de Paulinho.

O primeiro encontro de Paulinho com a ala de compositores da Portela se deu no Bar do Nozinho, quando mostrou a música “Recado”, um samba do qual só havia feito a primeira parte.

Naquele momento, junto com Casquinha, fez a segunda parte e Paulinho estava aprovado como compositor e ganhara seu primeiro parceiro.

Começou a se enturmar na Portela, mas continuou seus estudos e concluiu o curso de técnico em contabilidade. Trabalhava em um banco e quando saia do trabalho ia para as noitadas de samba.

Depois de conhecer o poeta Hermínio Bello de Carvalho e colocar música em seus versos ele foi levado para participar dos shows no bar Zicartola, de Cartola e Zica, local que virou um reduto do samba e do chorinho.

Em 1964 passou a se dedicar exclusivamente à música. Em 1965 participou do musical “Rosa de Ouro”, que foi apresentado no Rio, em São Paulo e na Bahia, que resultou na gravação do disco, “Roda de Samba”.

Em 1965, a Musidisc pediu a Zé Kéti que levasse alguns sambistas ao estúdio para gravarem uma fita com sambas que serviriam de sugestão para outros intérpretes da gravadora.

Ze Kéti levou Paulinho, Élton Medeiros, Anescar, Jair do Cavaquinho e Zé Cruz. A gravação ficou tão boa que foi lançada no LP “Roda de Samba 2”.

A música de abertura foi “Recado”, feita por Paulinho em parceria com Casquinha. Ao mesmo tempo, nascia o conjunto “A Voz do Morro”, tirado do título do samba de Zé Kéti.

Nessa época, ele passou a adotar o nome “Paulinho da Viola”, sugerido por Zé Kéti e pelo jornalista Sérgio Cabral. Começava a ser conhecido não só como compositor, mas também como cantor.

Em 1966, além de ter gravado o terceiro disco com o grupo “A Voz do Morro”, participou da primeira vez de um festival da Record, com a música “Canção Para Maria”, em parceria com Capinam, que ficou em terceiro lugar.

Em 1968, Paulinho lançou seu primeiro disco solo, “Paulinho da Viola”. Com composições suas e outras com parceiros, e mais três de Cartola.

Em 1969, Paulinho lançou a música “Sinal Fechado”, no V Festival de Música Popular Brasileira na TV Record de São Paulo, alcançando o primeiro lugar.

Foi um Rio Que Passou em Minha Vida

Em 1970, Paulinho gravou seu segundo disco, que lançou a música “Foi Um Rio Que Passou em Minha Vida”, sucesso do carnaval da Portela, que se tornou um clássico de seu repertório.

Lançada no terreiro da escola a música de Paulinho conseguiu a preferência geral e durante os ensaios, apesar de ter uma letra bem comprida foi cantada por todos os presente.


Brazilian singer and songwriter

Paulinho da Viola (1942) is a Brazilian singer, songwriter and guitarist, one of the most important representatives of samba and Brazilian Popular Music.

Paulinho da Viola, stage name of Paulo César Batista de Faria, was born in the Botafogo neighborhood, in Rio de Janeiro, on November 12, 1942. He was the son of Benedito César Ramos de Faria and Paulina Batista dos Santos, a family of middle class where everything was a pretext for a party.

His father, a guitarist, was part of the first formation of the choro group Época de Ouro. Since he was a little boy, Paulinho lived with great choro names, like Pixinguinha and Jacob do Bandolim.

Childhood and youth.

While studying at Joaquim Nabuco school, Paulinho tried to learn to play the guitar on his own. Then he had Zé Maria, a friend of his father, as a teacher.

Still young, watching his father playing, he decided that he would play the same instrument, but his father did not like the idea and said that his son would have to be a doctor (later he would tell this story in the samba Quatorze Anos).

Paulinho spent the weekends at an aunt's house, in Vila Valqueire, where he participated in the neighborhood's hair and the first nights of samba and bohemia.

With a group of friends he formed the block “Foliões da Amália Franco”, which after transforming it into a small group.

In 1959, he met guitarist Chico Soares, nicknamed Canhoto da Paraíba, and was impressed to see him playing with his left hand without having to invert the strings.



First compositions

At that time, he first entered a samba school, União de Jacarepaguá, where he came into contact with great samba dancers and composed his first samba for the school, "Pode Ser Ilusão" (1962), which never came to be recorded.

In 1963, he was invited to change schools, by Oscar Bigode, director of the battery at Portela, and Paulinho's cousin.

Paulinho's first meeting with the Portela composers wing took place at Bar do Nozinho, when he showed the song “Recado”, a samba of which he had only done the first part.

At that time, along with Casquinha, he did the second part and Paulinho was approved as a composer and had won his first partner.

He started to fit in at Portela, but continued his studies and completed the accounting technician course. He worked at a bank and when he left work he went for samba nights.

After meeting the poet Hermínio Bello de Carvalho and putting music on his verses he was taken to participate in the shows at the bar Zicartola, by Cartola and Zica, a place that became a stronghold of samba and chorinho.

In 1964 he started to dedicate himself exclusively to music. In 1965 he participated in the musical “Rosa de Ouro”, which was performed in Rio, São Paulo and Bahia, which resulted in the recording of the album, “Roda de Samba”.

In 1965, Musidisc asked Zé Kéti to take some sambistas to the studio to record a tape with sambas that would serve as a suggestion for other interpreters of the label.

Ze Kéti took Paulinho, Élton Medeiros, Anescar, Jair do Cavaquinho and Zé Cruz. The recording was so good that it was released on the LP “Roda de Samba 2”.

The opening song was “Recado”, made by Paulinho in partnership with Casquinha. At the same time, the group “A Voz do Morro” was born, taken from the samba title of Zé Kéti.

At that time, he started to adopt the name “Paulinho da Viola”, suggested by Zé Kéti and journalist Sérgio Cabral. He was beginning to be known not only as a composer, but also as a singer.

In 1966, in addition to having recorded the third album with the group “A Voz do Morro”, he participated in the first time in a Record festival, with the song “Canção Para Maria”, in partnership with Capinam, which was in third place.

In 1968, Paulinho released his first solo album, "Paulinho da Viola". With his compositions and others with partners, and three more from Cartola.

In 1969, Paulinho released the song “Sinal Fechado”, at the V Festival of Popular Brazilian Music on TV Record in São Paulo, reaching the first place.

It Was a River That Passed Through My Life

In 1970, Paulinho recorded his second album, which released the song “Foi Um Rio Que Passou em Minha Vida”, a success of Portela's carnival, which became a classic in his repertoire.

Launched on the school grounds, Paulinho's music got the general preference and during rehearsals, despite having a very long lyrics, it was sung by everyone present.

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