segunda-feira, 10 de abril de 2023

Johnny Alf - 9 Discos

Johnny Alf, nome artístico de Alfredo José da Silva.

Foi um compositor, cantor e pianista brasileiro.

Nasceu no dia  19 de maio de 1929 no Rio de Janeiro-RJ.

Considerado um dos pais da Bossa Nova, influenciou nomes como João Gilberto, Tom Jobim e Luiz Bonfá.

Perdeu o pai, cabo do Exército, aos três anos de idade. Sua mãe trabalhava em casa de uma família na Tijuca e o criou sozinha. Seus estudos de piano começaram aos nove anos, com Geni Borges, amiga da família para a qual sua mãe trabalhava. Os empregadores de sua mãe pagaram as aulas de piano, mas desaprovaram sua posterior carreira nas boates.

Após o início na música erudita, começou a se interessar pela música popular, principalmente trilhas sonoras do cinema norte-americano e por compositores como George Gershwin e Cole Porter. Aos catorze anos, formou um conjunto musical com seus amigos de Vila Isabel, que tocavam na praça Sete (atual praça Barão de Drummond). Estudou no Colégio Pedro II. Entrando em contato com o Instituto Brasil-Estados Unidos, foi convidado para participar de um grupo artístico. Uma amiga norte-americana sugeriu o nome de Johnny Alf.

Em 1949, ingressou no Sinatra-Farney Fan Club, voltado para a música de Frank Sinatra e Dick Farney. Em 1952, Dick Farney e Nora Ney o contratam como pianista da nova Cantina do César, de propriedade do radialista César de Alencar, iniciando assim sua carreira profissional. Mary Gonçalves, atriz e Rainha do Rádio, estava sendo lançada como cantora, e escolheu três canções de Johnny: Estamos sós, O que é amar e Escuta para fazerem parte do seu longplay Convite ao Romance.

Foi gravado seu primeiro disco em 78 rpm, com a canção Falsete de sua autoria, e De cigarro em cigarro (Luís Bonfá). Tocou nas boates Monte Carlo, Mandarim, Clube da Chave, Beco das Garrafas, Drink e Plaza. Duas canções se destacaram neste período: Céu e mar e Rapaz de bem (1953), ambas de melodia e harmonia consideradas revolucionárias, precursoras da bossa nova.

Em 1955 foi para São Paulo, tocando na boate Baiuca e no bar Michel, com os iniciantes Paulinho Nogueira, Sabá e Luís Chaves. Em 1962 voltou ao Rio de Janeiro, se apresentando no Bottle's Bar, junto com o conjunto musical Tamba Trio, Sérgio Mendes, Luís Carlos Vinhas e Sylvia Telles. Apresentava-se no Litlle Club e Top, o conjunto formado por Tião Neto (baixista) e Edison Machado (baterista).

Em 1965 realizou uma turnê pelo interior paulista. Tornou-se professor de música no Conservatório Meireles, de São Paulo. Participou do III Festival da Música Popular Brasileira em 1967, da TV Record - Canal 7, de São Paulo, com a canção Eu e a brisa, tendo como intérprete a cantora Márcia (esposa de Silvio Luiz). A canção foi desclassificada, porém se tornando um dos maiores sucessos de sua carreira.

Em seus últimos anos de vida Johnny raramente se apresentava, em razão de problemas de saúde. Esteve apenas na abertura das exposições dedicadas aos 50 anos da bossa nova na Oca, em 2008 e em janeiro de 2009, no Auditório do SESC Vila Mariana, em São Paulo. Na mostra sobre os 50 anos da bossa nova, Alf teve um encontro virtual com nomes como Tom Jobim, Frank Sinatra, Ella Fitzgerald e Stan Getz. O artista tocava piano com as projeções dos colegas, já mortos, para um filme que foi exibido ao longo do evento. Segundo o curador da mostra, Marcello Dantas, Johnny Alf foi "o caso clássico do artista que não teve o reconhecimento a altura de seu talento. Alf foi um gênio e teve participação na história da nossa música".

O compositor não tinha parentes e vivia em um asilo em Santo André. Seu último show foi em agosto de 2009, no Teatro do Sesi, em São Paulo, ao lado da cantora Alaíde Costa.

Morreu aos 80 anos, no dia 4 de março de 2010 no Hospital Estadual Mário Covas na cidade de Santo André (SP), onde, durante três anos, se tratou de um câncer de próstata.

Segundo o jornalista Ruy Castro, Johnny Alf foi o "verdadeiro pai da Bossa Nova". Tom Jobim, outro dos primeiros artistas da Bossa Nova, admirava Johnny Alf a ponto de dar-lhe a alcunha de de "Genialf" Johnny Alf, artistic name of Alfredo José da Silva.


He was a Brazilian composer, singer and pianist.

He was born on May 19, 1929 in Rio de Janeiro-RJ.

Considered one of the fathers of Bossa Nova, he influenced names like João Gilberto, Tom Jobim and Luiz Bonfá.

He lost his father, an Army corporal, at the age of three. His mother worked at a family home in Tijuca and raised him alone. His piano studies began at the age of nine, with Geni Borges, a friend of the family where his mother worked. His mother's employers paid for piano lessons, but disapproved of his later club career.

After starting out in classical music, he became interested in popular music, particularly American film scores and composers such as George Gershwin and Cole Porter. At the age of fourteen, he formed a musical group with his friends from Vila Isabel, who played in Praça Sete (now Praça Barão de Drummond). He studied at Colégio Pedro II. Contacting the Instituto Brasil-Estados Estados Unidos, he was invited to join an artistic group. An American friend suggested the name Johnny Alf.

In 1949, he joined the Sinatra-Farney Fan Club, devoted to the music of Frank Sinatra and Dick Farney. In 1952, Dick Farney and Nora Ney hired him as a pianist at the new Cantina do César, owned by radio broadcaster César de Alencar, thus starting his professional career. Mary Gonçalves, actress and Queen of Radio, was being launched as a singer, and chose three of Johnny's songs: We are alone, What is to love and Listen to be part of her longplay Invitation to Romance.

His first album was recorded in 78 rpm, with the song Falsete of his own, and De Cigarette in Cigarette (Luís Bonfá). He played at Monte Carlo, Mandarim, Clube da Chave, Beco das Garrafas, Drink and Plaza nightclubs. Two songs stood out in this period: Céu e mar and Rapaz de bem (1953), both of melody and harmony considered revolutionary, precursors of bossa nova.

In 1955 he went to São Paulo, playing at the Baiuca nightclub and the Michel bar, with beginners Paulinho Nogueira, Sabá and Luís Chaves. In 1962 he returned to Rio de Janeiro, performing at Bottle's Bar, along with the musical group Tamba Trio, Sérgio Mendes, Luís Carlos Vinhas and Sylvia Telles. He performed at Little Club and Top, the group formed by Tião Neto (bassist) and Edison Machado (drummer).

In 1965, he toured the interior of São Paulo. He became a professor of music at the Meireles Conservatory in São Paulo. He participated in the III Festival of Brazilian Popular Music in 1967, on TV Record-Canal 7, from São Paulo, with the song Eu e a brisa, performed by singer Márcia (wife of Silvio Luiz). The song was disqualified, but became one of the biggest hits of his career.

In the last years of his life Johnny rarely performed, due to health problems. He was only at the opening of the exhibitions dedicated to the 50 years of bossa nova at Oca, in 2008 and in January 2009, at the Auditorium of SESC Vila Mariana, in São Paulo. In the show about the 50 years of bossa nova, Alf had a virtual meeting with names like Tom Jobim, Frank Sinatra, Ella Fitzgerald and Stan Getz. The artist played the piano with the projections of his colleagues, who were already dead, for a film that was shown during the event. According to the show's curator, Marcello Dantas, Johnny Alf was "the classic case of the artist who was not recognized at the height of his talent. Alf was a genius and played a part in the history of our music."

The composer had no relatives and lived in an asylum in Santo André. His last show was in August 2009, at Teatro do Sesi, in São Paulo, alongside singer Alaíde Costa.

He died at age 80, on March 4, 2010 at the State Hospital Mário Covas in the city of Santo André (SP), where, for three years, he was treated for prostate cancer.

According to journalist Ruy Castro, Johnny Alf was the "true father of Bossa Nova". Tom Jobim, another of the first Bossa Nova artists, admired Johnny Alf to the point of giving him the nickname "Genialf" Johnny Alf, artistic name of Alfredo José da Silva.

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