Aos nove anos tocava zabumba e cantava coco.
Aos 15 anos, foi para o Rio de Janeiro como clandestino em um navio, indo morar no Morro do Cantagalo. Por essa época, começou a trabalhar na construção civil como ajudante de pedreiro e pintor.
No ano de 1950, conheceu Doca (José Alcides), um dos autores da música “General da banda” (José Alcides, Tancredo Silva e Sátiro de Melo), também morador do Morro do Cantagalo, que o convidou para participar do “Programa da Rádio Clube do Brasil”.
Começou sua carreira como músico profissional acompanhando vários artistas de renome.
Como instrumentista, tocava pistão e vários instrumentos de percussão.
Ingressou na bateria do Bloco Carnavalesco Unidos do Cantagalo, tocando tamborim.
Integrou a Orquestra da Copacabana Discos em 1960.
Em 1965, teve sua primeira música, “Nunca mais” (c/ Norival Reis), cantada por Marlene, pela Continental.
Gravou o primeiro LP pela Copacabana Discos em 1969, um compacto simples com as músicas “Mana, cadê meu boi?” e “Viola testemunha”.
No ano de 1974 Zuzuca gravou de sua autoria “Decadência”, em parceria com Baianinho.
Em 1975, pela Tapecar, lançou o primeiro LP, “Bezerra da Silva – o rei do coco volume 1”, fazendo sucesso com a música “O rei do coco”. No ano seguinte, pela mesma gravadora, lançou o LP, “Bezerra da Silva – o rei do coco volume 2”, destacando-se a música “Cara de boi”.
Gravou pela CID, em 1977, um LP só de sambas, “Partido alto nota 10 volume 1”, ingressando, também, na Orquestra da TV Globo, na qual permaneceu até 1985.
No ano de 1978, participou do disco “Partido-alto nota 10 volume 2”, do qual despontou com o sucesso nacional “Pega eu que sou ladrão”, de autoria do compositor Criolo Doido. No ano posterior, foi contratado pela gravadora RCA Victor, na qual permaneceu por 14 anos.
Em 1980, lançou, em parceria com Ney Jordão, o LP “Partido-alto nota 10”, pela gravadora CID.
Em 1983 casou-se com Regina de Oliveira, conhecida como compositora e produtora pelo pesedônimo de Regina do Bezerra. Ainda em 1983, lançou, pela RCA Victor, o LP “Produto do morro”, com destaque para a música “Minha sogra”. Dois anos depois, lançou, pela mesma gravadora, o disco “Malandro rifle”.
Em 1986, com o lançamento do disco “Alô malandragem, maloca o flagrante”, chegou a vender 300 mil cópias devido ao sucesso da música “Malandragem dá um tempo” (Adelzonilton, Popular P e Moacir Bombeiro), cujo refrão ficou sobejamente conhecido: “Vô apertar, mas não vou acender agora, se segura malandro, pra fazer a cabeça tem hora”.
Em 1988, ainda pela mesma gravadora, lançou o LP “Violência gera violência”.
O disco “Eu não sou santo”, foi lançado em 1990. Dois anos depois, gravou, pela RCA Victor, o CD “Presidente caô, caô”.
Em 1995, transferiu-se para a gravadora RGE, pela qual lançou o CD “Bezerra da Silva contra o verdadeiro canalha”. Ainda nesse ano, fez o show de lançamento do disco “Moreira da Silva, Bezerra da Silva e Dicró: os três malandros in concert”. No ano seguinte, pela RGE, lançou o CD “Meu samba é duro na queda”. Neste mesmo ano, o grupo Barão Vermelho regravou “Malandragem dá um tempo”. No ano seguinte, a BMG do Brasil relançou em CD “Presidente caô, caô”. Em seguida, mudou-se para a gravadora Rhythm and Blues, que produziu o 23º disco de sua carreira “Bezerra da Silva comprovando a sua versatilidade”.
No ano de 1999, a gravadora MCA Internacional lançou o CD “Eu tô de pé”, do qual mereceu destaque a música “Cuidado com o bicho”, de autoria de Luizinho e Neném do Chama.
No ano 2000, lançou seu 25º disco, o primeiro ao vivo de sua carreira, pela gravadora CID, que já saiu com 150 mil cópias vendidas. Nesse mesmo ano, pela gravadora Atração, lançou o CD “Bezerra da Silva”. Também em 2000 lançou o CD “Malandro é malandro e mané é mané”, pela gravadora Atração Fonográfica, no qual interpretou, entre outras, “Os DPs de São Paulo (capital)”, “Tem coca aí na geladeira” e “Respeito às favelas”.
Com a regravação de um sucesso seu pelo grupo Barão Vermelho, Bezerra da Silva tornou-se “cult” e passou a ser admirado por várias gerações e diversos artistas, como Paulo Ricardo, Marcelo D2, Os Virgulóides e O Rappa. Constam entre seus sucessos as músicas “Pega eu que sou ladrão” e “Overdose de cocada” (Dinho e Ivan Mendonça). Ainda no ano 2000, a gravadora BMG Ariola lançou cinco de seus LPs em versão remasterizada em CD: “Produto do morro”, “Malandro rifle”, “Alô malandragem, maloca o flagrante”, “Violência gera violência” e “Eu não sou santo”.
Em 2001, a Rio Filme financiou o curta-metragem “Onde a coruja dorme”, de Márcia Derraik e Simplício Neto, que contou a história de Bezerra da Silva e os personagens reais de suas composições, com cenas e depoimentos recolhidos no bairro da Chatuba, em Belford Roxo, no Rio de Janeiro. O documentário foi premiado em festivais de Miami, Curitiba e Gramado. No ano de 2002, lançou o CD “A gíria é a cultura do povo”, disco no qual incluiu “Mulher sem alma” (Batatinha), entre outras.
Em 2003, recebeu como convidados Frejat e Marcelo D2 em show no Olimpo, no Rio de Janeiro. Neste mesmo ano, lançou seu 28º disco: “Meu bom juiz”, no qual interpretou “Em seu lar” (Norival Reis), faixa que havia gravado anteriomente, quando trabalhava como percussinista, em 1967. Neste mesmo disco foi incluída a música “Pega eu”, seu primeiro sucesso do ano de 1978 e sucessos de sua carreira “Bem melhor que você” (Neguinho da Beija-Flor), “Defunto cagüete”, “A semente”, “Minha sogra parece sapatão”, “Notícia” , de Nélson Cavaquinho, Alcides Caminha e Lourival Bahia e ainda a faixa-título “Meu bom juiz”, de autoria de Beto Sem Braço. Ainda neste disco participou o rapper Marcelo D2 na faixa “Garrafada do norte”. Participou como convidado de Marcelo D2 em show no Canecão. Neste mesmo ano lançou o primeiro clipe de sua carreira “A semente”, dirigido por Gringo Cardia e com a participação especial de Dudu Nobre e Maria Padilha.
Em 2004, pela gravadora Som Livre, lançou o CD “Pega eu”. Neste mesmo ano lançou de forma independente o CD gospel “Caminho de luz”, no qual foram incluídas várias composições de amigos: “Me chamo Jesus” e “Filho do dono”, ambas de Adelzo Nilton (ex- Adelzonilton); “Acreditar na palavra” (Roxinho e Claúdio Inspiração) e “Chave do milagre” (Dicró) e ainda “Gente fina”, do Senador e Bispo Marcelo Crivella.
Em 28 de outubro de 2004, aos 77 anos, foi internado no CTI da Casa de Saúde Pinheiro Machado, em Laranjeira, Zona Sul do Rio de Janeiro com pneumonia e efisema pulmonar, sendo induzido ao coma, como parte do tratamento.
Posteriormente foi transferido para o Hospital dos Servidores do Estado, onde faleceu no dia 17 de janeiro de 2005 em decorrência de uma parada cardíaca. Foi sepultado no Memorial do Carmo, no Cemitério do Caju, onde aconteceu um encontro de vários sambistas e admiradores cantados alguns de seus maiores sucessos e ainda, um culto religioso de evangélicos da Igreja Universal do Reino de Deus, a que pertencia desde 2001.
No ano de 2005 Dudu Nobre lhe prestou homenagem no disco “Festa em meu coração”, quando regravou seu primeiro sucesso nacional, a música “Pega eu que sou ladrão”, de autoria de Criolo Doido. Bezerra da Silva iria participar da gravação, mas faleceu em janeiro do mesmo ano. Ainda em 2005 o pesquisador musical Rodrigo Faour organizou uma caixa com quatro discos do sambistas, destacando-se alguns sucessos de careira como “Eu sou favela” (Noca da Portela e Sergio Mosca), “Malandro rifle”, “Bicho feroz” e “Meu bom juiz” (Beto Sem Braço e Serginho Meriti).
Sobre a vida e obra do cantor a escritora e antropóloga Letícia C. R Vianna escreveu o livro “Bezerra da Silva – Produto do morro, trajetória e obra de um sambista que não é santo” e declarou ao Jornal do Brasil, por ocasião do falecimento do cantor: “Em minha pesquisa pude ver que ele fez uma verdadeira sociologia dos morros e mostrou sobretudo que as comunidades não são passivas. Seu repertório prova que os excluídos sabem muito bem quais são são os problemas sociais e não são massa de manobra.”.
Ao longo de sua carreira, acumulou 11 discos de ouro (100 mil cópias), três de platina (250 mil cópias) e um de platina duplo (500 mil cópias).
Entre seus muitos parceiros estão: Claudinho Inspiração, Pedro Butina, Tião Miranda e Regina do Bezerra (sua esposa).
He was born in the city of Recife, in the state of Pernambuco.
At the age of nine he played the zabumba and sang coco.
At the age of 15, he went to Rio de Janeiro as a stowaway on a ship, going to live in Morro do Cantagalo. Around that time, he started working in construction as a mason's helper and painter.
In 1950, he met Doca (José Alcides), one of the authors of the song “General da banda” (José Alcides, Tancredo Silva and Sátiro de Melo), also a resident of Morro do Cantagalo, who invited him to participate in the “Programa da Banda”. Rádio Clube do Brasil”.
He started his career as a professional musician accompanying several renowned artists.
As an instrumentalist, he played piston and various percussion instruments.
He joined the drums of the Bloco Carnavalesco Unidos do Cantagalo, playing tambourine.
He joined the Copacabana Discos Orchestra in 1960.
In 1965, he had his first song, “Nunca mais” (w/ Norival Reis), sung by Marlene, for Continental.
He recorded his first LP for Copacabana Discos in 1969, a simple compact with the songs “Mana, where is my boi?” and “Viola witness”.
In 1974, Zuzuca recorded “Decadência”, in partnership with Baianinho.
In 1975, through Tapecar, he released his first LP, “Bezerra da Silva – o rei do coco volume 1”, making success with the song “O rei do coco”. In the following year, through the same label, he released the LP, “Bezerra da Silva – o rei do coco volume 2”, highlighting the song “Cara de boi”.
He recorded for CID, in 1977, an LP full of sambas, “Partido alto nota 10 volume 1”, also joining the TV Globo Orchestra, where he remained until 1985.
In 1978, he participated in the album “Partido-Alto Nota 10 Volume 2”, from which he emerged with the national success “Pega eu que sou tarde”, written by the composer Criolo Doido. The following year, he was signed by the RCA Victor label, where he remained for 14 years.
In 1980, he released, in partnership with Ney Jordão, the LP “Partido-alto nota 10”, on the CID label.
In 1983 he married Regina de Oliveira, known as a composer and producer by the pseudonym Regina do Bezerra. Still in 1983, he released, through RCA Victor, the LP “Produto do morro”, with emphasis on the song “Minha sogra”. Two years later, he released, through the same label, the album “Malandro rifle”.
In 1986, with the release of the album “Alô malandragem, maloca o flagrante”, it sold 300,000 copies due to the success of the song “Malandragem da um tempo” (Adelzonilton, Popular P and Moacir Bombeiro), whose chorus became well known: "I'm going to press it, but I'm not going to light it now, if you hold on, there's time to do the head".
In 1988, still on the same record label, he released the LP “Violência Genera Violence”.
The album “Eu não sou santo” was released in 1990. Two years later, he recorded, for RCA Victor, the CD “Presidente caô, caô”.
In 1995, he transferred to the RGE label, through which he released the CD “Bezerra da Silva contra o Verdade Canalha”. Later that year, he performed at the launch show for the album “Moreira da Silva, Bezerra da Silva and Dicró: the three malandros in concert”. The following year, through RGE, he released the CD “Meu samba é dura na cair”. In the same year, the group Barão Vermelho re-recorded “Malandragem da a tempo”. The following year, BMG do Brasil re-released “Presidente caô, caô” on CD. Then he moved to the Rhythm and Blues label, which produced the 23rd album of his career “Bezerra da Silva proving his versatility”.
In 1999, the record label MCA Internacional released the CD “I'm standing up”, from which the song “Cuidado com o bicho”, by Luizinho and Neném do Chama, deserves special mention.
In the year 2000, he released his 25th album, the first live of his career, on the CID label, which already sold 150,000 copies. In that same year, through the Atração label, he released the CD “Bezerra da Silva”. Also in 2000, he released the CD “Malandro é malandro e mané é mané”, on the record label Atração Fonográfica, in which he performed, among others, “Os DPs de São Paulo (capital)”, “There is coke in the fridge” and “Respeito shanty towns".
With the re-recording of a hit by the group Barão Vermelho, Bezerra da Silva became a “cult” and started to be admired by several generations and several artists, such as Paulo Ricardo, Marcelo D2, Os Virguloides and O Rappa. Among his successes are the songs “Pega eu que sou tarde” and “Overdose de cocada” (Dinho and Ivan Mendonça). Also in 2000, the BMG Ariola label released five of their LPs in a remastered version on CD: “Produto do morro”, “Malandro rifle”, “Alô malandragem, maloca o flagrante”, “Violência generates violence” and “Eu não sou Holy".
In 2001, Rio Filme financed the short film “Where the Owl Sleeps”, by Márcia Derraik and Simplício Neto, which told the story of Bezerra da Silva and the real characters of his compositions, with scenes and testimonials collected in the Chatuba neighborhood , in Belford Roxo, in Rio de Janeiro. The documentary was awarded at festivals in Miami, Curitiba and Gramado. In 2002, he released the CD “A slang is the culture of the people”, an album that included “Mulher sem alma” (Batatinha), among others.
In 2003, he received Frejat and Marcelo D2 as guests in a show at Olimpo, in Rio de Janeiro. In the same year, he released his 28th album: “Meu bom Judge”, in which he played “Em seu lar” (Norival Reis), a track he had previously recorded, when he worked as a percussinist, in 1967. This same album included the song “ Pega eu”, his first hit of 1978 and hits of his career “Mem bem Melhor que você” (Neguinho da Beija-Flor), “Defunto cagüete”, “A semente”, “Minha-in-law looks like a sapatão”, “Notícia” , by Nélson Cavaquinho, Alcides Caminha and Lourival Bahia and also the title track “Meu bom Judge”, by Beto Sem Braço. The rapper Marcelo D2 also participated in this album on the track “Garrafada do Norte”. He participated as a guest of Marcelo D2 in a show at Canecão. In the same year, he released the first clip of his career, “A semente”, directed by Gringo Cardia and with the special participation of Dudu Nobre and Maria Padilha.
In 2004, through the label Som Livre, he released the CD “Pega eu”. That same year, he independently released the gospel CD “Caminho de luz”, which included several compositions by friends: “Me chamo Jesus” and “Filho do owner”, both by Adelzo Nilton (ex-Adelzonilton); “Believe in the Word” (Roxinho and Claúdio Inspiração) and “Key to the Miracle” (Dicró) and even “Fine People”, by Senator and Bishop Marcelo Crivella.
On October 28, 2004, aged 77, he was admitted to the CTI of Casa de Saúde Pinheiro Machado, in Laranjeira, South Zone of Rio de Janeiro with pneumonia and pulmonary emphysema, being induced into a coma, as part of the treatment.
He was later transferred to the State Servers Hospital, where he died on January 17, 2005 due to cardiac arrest. He was buried at the Carmo Memorial, in the Caju Cemetery, where several sambistas and admirers sang some of his greatest hits and also, a religious cult of evangelicals from the Universal Church of the Kingdom of God, to which he belonged since 2001.
In 2005, Dudu Nobre paid homage to him on the album “Festa em meu Coração”, when he re-recorded his first national success, the song “Pega eu que sou tarde”, written by Criolo Doido. Bezerra da Silva was going to participate in the recording, but died in January of the same year. Also in 2005, music researcher Rodrigo Faour organized a box set with four albums by the sambistas, highlighting some career successes such as “Eu sou favela” (Noca da Portela and Sergio Mosca), “Malandro rifle”, “Bicho fierce” and “ My good judge” (Beto Sem Braço and Serginho Meriti).
About the life and work of the singer, the writer and anthropologist Letícia C. R Vianna wrote the book “Bezerra da Silva – Product from the hill, trajectory and work of a sambista who is not a saint” and declared to Jornal do Brasil, on the occasion of his death of the singer: “In my research I could see that he did a true sociology of the hills and showed above all that communities are not passive. His repertoire proves that the excluded know very well what the social problems are and are not a mass of manoeuvres.”
Throughout his career, he has accumulated 11 gold records (100,000 copies), three platinum (250,000 copies) and one double platinum (500,000 copies).
Among many partners are: Claudinho Inspiração, Pedro Butina, Tião Miranda and Regina do Bezerra (his wife).
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bom dia. Chances de conseguir a discografia do Moreira da Silva?
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