quinta-feira, 17 de agosto de 2023

Cauby Peixoto - Discografia

Cauby Peixoto Barros
* 10/2/1931 Niterói, RJ
+ 15/5/2016 São Paulo, SP

Nascido no bairro de Santa Rosa, em Niterói (RJ), em uma família que legou à MPB vários músicos e cantores. Filho de um violonista conhecido como Cadete, sobrinho do famoso Nonô (Romualdo Peixoto), grande pianista, que popularizou o samba naquele instrumento, além de primo de Ciro Monteiro, grande cantor brasileiro que se imortalizou com o apelido de “Formigão”, cantando sambas sincopados com o acompanhamento de caixinhas-de-fósforos. Seus irmãos também se destacaram na área artística: Moacyr Peixoto como pianista, Arakén Peixoto como trompetista e Andyara como cantora. Estudou em um colégio de padres salesianos em Niterói, onde chegou a cantar no coro da igreja. Trabalhou no comércio até resolver participar de programas de calouros no rádio, em 1949, no Rio.

Iniciou a carreira no início da década de 1950 apresentando-se em programas de calouros como a “Hoar dos comerciários”, na Rádio Tupi. Atuou em seguida como crooner em diversas boates do Rio de Janeiro. Gravou o primeiro disco pelo selo Carnaval em 1951 com o samba “Saia branca”, de Geraldo Medeiros e a marcha “Ai, que carestia!”, de Victor Simon e Liz Monteiro. Em 1952, transferiu-se para São Paulo onde cantou como “crooner” nas boates Oásis e Arpége, além de apresentar-se na Rádio Excelsior. Sua capacidade de interpretar canções em inglês impressionou o futuro empresário Di Veras, que lhe criou aos poucos uma estratégia de marketing da qual fazia parte a maneira de se trajar, o repertório e atitudes nos palcos. Em 1953, gravou dois discos pelo selo Todamérica com os sambas-canção “Tudo lembra você”, de Marvel, Strachey, Link e Mário Donato; “O teu beijo”, de Sílvio Donato e “Ando sozinho”, de R. G. de Melo Pinto e Hélio Ramos e a toada-baião “Aula de amor”, de Poly e José Caravaggi, com acompanhamento de Poly e seu conjunto. Ainda nesse ano, assinou contrato com a gravadora Columbia na qual estreou no ano seguinte com o samba “Palácio de pobre”, de Alfredo Borba e José Saccomani e a marcha “Criado mudo”, de Alfredo Borba. Em seguida, fez sucesso com o slow-fox “Blue gardênia”, de B. Russel e L. Lee com versão de Antônio Carlos, música tema do filme de Hollywood de igual título, que lhe abriu as portas para o estrelato. Em pouco tempo o cantor se transformou em ídolo do rádio. Entrou para o cast da Rádio Nacional no mesmo ano. Dois anos depois, já era o cantor mais famoso do rádio, substituindo o fenômeno Orlando Silva de 20 anos antes, passando a ser perseguido pelas fãs em qualquer lugar onde estivesse. Muitas vezes, chegava a ter suas roupas rasgadas pelas admiradoras mais veementes, fenômeno inicialmente muito bem planejado pelo empresário Di Veras, como estratégia de marketing. Ainda em 1954, gravou também os sambas-canção “Só desejo você”, de Di Veras e Osmar Campos Filho e “Triste melodia”, de Chocolate e Di Veras e a marcha “Daqui para a eternidade”, de R. Wells, F. Karger e Lourival Faissal. Em 1955, lançou “Blue gardênia”, seu primeiro LP no qual interpretou entre outras, a música título; “Triste melodia”, de Di Veras e Chocolate; “Um sorriso e um olhar”, de Di Veras e Carlos Lima; “Sem porém nem porque”, de Renato César e Nazareno de Brito e “Final de amor”, de Cidinho e Haroldo Barbosa. Ainda em 1955, foi escolhido pelo crítico Silvio Túlio Cardoso através da coluna “Discos populares” escrita por ele para o jornal O Globo como o “melhor cantor do ano” recebendo como prêmio um “disco de ouro” entregue em cerimônia no Goldem Room do Copacabana Palace. Em meados dos anos 1950, fez excursões aos Estados Unidos, onde gravou várias faixas com o nome Ron Coby, tentando uma carreira internacional que acabou não acontecendo, apesar de ter gravado com um dos grandes maestros da época, Percy Faith. Em 1955, o cronista Louis Serrano do jornal O Globo em sua coluna “Cartas de Hollywood” escreveu sobre ele: “Quem tem recebido elogios rasgados por aqui, é o jovem e modesto Cauby Peixoto. Não posso deixar de trazê-lo muitas vezes à minha coluna, sabendo como por aí devem estar seguindo os passos deste cantor que veio aqui gravar e está despertando tanto interesse que agora mesmo um caçador de talentos do Arthur Godfrey Show, de Nova York, anda procurando-o por toda a parte. É que Cauby veio para um hotel de Hollywood, o Knicherbocker, para ficar mais perto dos estúdios de gravação da Columbia! Se Cauby tivesse vindo para ficar, estou certo de que depois das apresentações iniciais que tive o gosto de lhe fazer e os contactos que lhe proporcionei, já teria um bom contrato. Mas o tempo limitado o tem feito perder boas propostas. “Too bad”. Em 1956, gravou três LPs. Em “Você, a música e Cauby” lançou o grande sucesso do ano e sua interpretação mais famosa, o samba-canção “Conceição”, de Jair Amorim e Dunga. Do mesmo LP faziam parte ainda “Siga”, de Hélio Guimares e Fernando Lobo e “Molambo”, de Jayme Florence e Augusto Mesquita. No LP “O show vaI começar” interpretou “Volta ao passado”, de Fernando César; “Acaso”, de Othon Russo e Nazareno de Brito; “Amor não é brinquedo”, de Ibraim Sued e Mário Jardim e “Se adormeço” e “Piano velho”, de Herivelto Martins e David Nasser. Ainda nesse ano, participou do filme “Com água na boca” no qual interpretou seu grande sucesso “Conceição”. Gravou em 1957, pela RCA Victor, o LP “Ouvindo Cauby” no qual interpretou canções clássicas: “Nada além”, de Custódio Mesquita e Mário Lago; “Chora cavaquinho”, de Dunga; “Deusa da minha rua”, de Jorge Faraj e Newton Teixeira; “Serenata”, de Sílvio Caldas e Orestes Barbosa; “As três lágrimas”, de Ary Barroso; “Flor do asfalto”, de J. Thomaz e Orestes Barbosa; “Na aldeia”, de De Chocolat, Carusinho e Sílvio Caldas e “As pastorinhas”, de João de Barro e Noel Rosa. No mesmo ano, saiu da Rádio Nacional, transferindo-se para a Rádio Tupi. Ainda nesse ano gravou em disco de 78 rpm o samba “Nono mandamento”, de René Bittencourt e Raul Sampaio que se constituiu em novo sucesso de sua carreira. Participou também dos filmes “Com jeito vai”, cantando “Melodia do céu”; “Chico Fumaça”, cantando “Onde ela mora” e “Metido a bacana”, interpretando “O teu cabelo não nega”. Em 1958, lançou dois LPs, um pela gravadora RCA Victor e outro pela Columbia. No LP “Música e romance”, da RCA Victor cantou entre outras “Não fale de mim”, de Fernando César; “Onde ela mora”, de Lourival Faissal; “Melodia do céu”, de Di Veras e Haroldo Eiras e “Você e eu”, de Ibrahim Sued e Mário Jardim. Já em “Nosso amigo Cauby”, lançado pela Columbia, gravou “Quero você”, de Paulo Tito e Ricardo Galeno; “Bela Napoli”, de Bruno Marnet; “Insônia”, de Mário Albanese e Heitor Carrilho; “Viver sem você”, de Fernando César e “Foi a noite”, de Newton Mendonça e Tom Jobim. Ainda nesse ano, atuou nos filmes “De pernas pro ar”, cantando “Nono mandamento”; “Minha sogra é da polícia”, cantando “Thats rock” e “Jamboreé”, cantando “El toreador” e obteve novo êxito com o samba-canção “Prece de amor”, de René Bittencourt. Nos Estados Unidos, onde foi tema de reportagens nas revistas “Time” e “Life” como o “Elvis Presley Brasileiro”, em 1959, fez temporada de 14 meses, onde gravou em inglês “Maracangalha”, de Dorival Caymmi, com o título de “I Go”. No mesmo ano, lançou o LP “Seu amigo Cauby cantando pra você” no qual gravou “Tará-tá-tá”, de Geraldo Medeiros; “Maldição”, de Fernando César e Britinho; “Noite”, de Raul Sampaio; “Carioca 58”, de Bruno Marnet e Ari Monteiro e “Inveja”, de Zé da Zilda e Zilda do Zé.

Gravou em 1960 o LP “O sucesso na voz de Cauby Peixoto” que marcou seu retorno para a RCA Victor. Nesse LP cantou entre outras, “Conversa”, “Alguém me disse” e “Só Deus”, de Jair Amorim e Evaldo Gouveia; “A felicidade”, de Tom Jobim e Vinícius de Moraes e “Covarde”, de Lourival Faissal. Lançou dois LPs pela RCA Victor em 1961. No primeiro, “Perdão para dois” cantou músicas como a que dá título ao disco de Alfredo Corleto e Palmeira; “Palavra que faltou” e “Eterno sono”, de Adelino Moreira; “Minhas namoradas”, de Oto Borges e Paulo Borges; “Ela disse-me assim”, de Lupicínio Rodrigues e “Granada”, de Agustin Lara. No outro LP, “Cauby canta novos sucessos”, interpretou “Perdoa-me pelo bem que te quero”, de Waldir Machado; “Exemplo”, de Lupicínio Rodrigues; “Alma de boêmio”, de Benedito Seviero e Tião Carreiro; “Brigas”, de Toso Gomes e Umberto Silva; “Amar foi minha ruína”, de Jayme Florence e Augusto Mesquita e “O nosso olhar”, de Sérgio Ricardo. Ainda em 1961, foi agraciado juntamente com a cantora Elizeth Cardoso com a faixa de “Soberanos do Disco de 1961. Na ocasião, assim reportou o jornal O Globo: “Entre as muitas festas juninas que se realizaram na note de ontem, a mais concorrida foi, sem dúvida, o Baile do Palito de Fósforo, no Maracanãzinho. A festa teve os auspícios do Departamento de Turismo e Certames do estado e foi organizada pelo Clube dos Comentaristas de Discos da cidade, com o apoio da indústria de fósforos de segurança. Muitos caipiras compareceram e foram animados pelas orquestras de Valdir Calmon e Gentil Guedes e pelos cantores Cauby Peixoto e Elizeth Cardoso. Ali mesmo os cantores receberam as faixas de Soberanos do Disco de 1961, enquanto as dos príncipes e princesas eram entregues a Severino Araújo, Poli, Inezita Barroso e Marisa Barroso.” No ano seguinte gravou “Canção que inspirou você”, de Toso Gomes e Antônio Correia que deu nome ao LP lançado por ele naquele ano e que tinha ainda “Samba do avião”, de Tom Jobim; “A vida continua”, de Jair Amorim e Evaldo Gouveia; “Poema da luz”, de Maria Helena Toledo e Nelsinho e “Vou brigar com ela”, de Lupicínio Rodrigues. Gravou o LP “Tudo lembra você”, com a música título sendo uma versão de “These foolish things”. No mesmo disco gravou “Tamanco no samba”, de Orlandivo e Hélton Menezes; “Canção que nasceu do amor”, de Clóvis Melo e Rildo Hora; “Meu amor, minha maldade”, de Clóvis Melo e Rildo Hora e “Ave Maria dos namorados”, de Jair Amorim e Evaldo Gouveia. Em 1964, abriu a famosa boate Drink, no Leme, em Copacabana, ao lado dos irmãos Moacyr, pianista, Arakén, trompetista e Andyara, cantora, apresentando-se em seu palco por quatro anos. Nesse ano, gravou o LP “Cauby interpreta” no qual cantou “Berimbau”, de Baden Powell e Vinícius de Moraes; “Só quis você”, de Roberto Menescau e Ronaldo Bóscoli; “Desilusão”, de Ted Moreno; “Nosso cantinho”, de Jair Amorim e Evaldo Gouveia; “Amor demais”, de Ed Lincoln e Sílvio César e “Lamento negro”, de Orlandivo e Roberto Jorge. Em 1965, gravou o LP “Porque só penso em ti”, música título, que assim como as outras 11 do disco eram de autoria da dupla Jair Amorim e Evaldo Gouveia, entre as quais, “Existe alguém”; “Minha serenata” e “Que queres tu de mim”. Logo em seguida lançou o LP “Cauby canta para ouvir e dançar”, com destaque para “Samba de verão”, de Paulo Sérgio Valle e Marcos Valle; “Balançafro”, de Luiz Bandeira e “Garota de Ipanema”, de Tom Jobim e Vinícius de Moraes, uma das primeiras gravações desse clássico da MPB. Em 1968, gravou ao vivo na Boate Drink o LP “Um Drink com Cauby e Leny”, com a amiga e cantora Leny Eversong no qual cantaram entre outras, “Samba do avião”, de Tom Jobim; “Lady be good”, de Cole Porter; “Viola enluarada”, de Paulo Sérgio Valle e Marcos Valle; “É de manhã”, de Caetano Veloso e “Devagar com a louça”, de Haroldo Barbosa e Luiz Reis. No ano seguinte, lançou pelo selo Fermata o LP “O explosivo Cauby”, no qual interpretou “O que será de mim”, de sua autoria; “Stella”, de Fábio e Paulo Imperial; “Dalila”, de Mason e Reed; “História comum”, de Michel Butnariu e Juvenal Fernandes e “Zíngara”.

Nos anos 1970 continuou fazendo shows em boates, mas viveu certo ostracismo na mídia, apesar de ter vencido, em 1970, o Festival de San Remo na Itália com a canção “Zíngara”, de R. Alberteli, com versão de Nazareno de Brito. Nesse mesmo ano, atuou no filme “O donzelo”, cantando a música “Vagador”. Em 1971, participou do VI FIC da TV Globo, defendendo a canção “Verão vermelho”, de Sérgio Ferreira da Cruz. Gravou pela Odeon em 1972 o LP “Superstar”, com destaque para “Valsinha”, de Chico Buarque e Vinícius de Moraes; “Detalhes”, de Roberto Carlos e Erasmo Carlos; “Prá você”, de Sílvio César; “Os argonautas”, de Caetano Veloso e “Se todos fossem iguais a você”, de Tom Jobim e Vinícius de Moraes. Em 1974, participou, ao lado da cantora Marlene, da série radiofônica “MPB-100 ao vivo”, transmitida em cadeia nacional pelo Projeto Minerva, da qual resultaram oito elepês, produzidos pelo apresentador da série, R. C. Albin. Dois anos depois gravou pelo selo Som Livre o LP “Cauby” no qual cantou “Duas contas”, de Garoto; “Cansei”, de Raul Sampaio e Celso Castro; “A volta do boêmio”, de Adelino Moreira; “O que foi que eu fiz”, de Augusto Vasseur e Luiz Peixoto; “Perdão Mangueira”, de Rutinaldo e Adelino Moreira e “Onde anda você”, de Hermano Silva e Vinícius de Moraes. Em 1979, participou do Projeto Pixinguinha da Funarte, ao lado de Zezé Gonzaga, apresentando-se em Vitória, ES, e Recife, PE. Nesse ano, lançou também pela Som Livre outro LP intitulado apenas “Cauby” no qual interpretou canções como “Outra vez”, de Isolda; “Velas ao vento”, de Benito di Paula; Pode chegar”, de Piska; “Medo de amar”, de Tite Lemos e Sueli Costa; “Gosto de maçã”, de Wando e “Amor dividido”, de Sidney da Conceição e Luiz Ayrão. Em 1980, sua carreira foi revitalizada com a gravação de “Bastidores”, de Chico Buarque e “Loucura”, de Joanna e Sarah Benchimol, ambas faixas do elepê “Cauby! Cauby!”, que comemorou seus 25 anos de carreira. A música título desse disco foi composta especialmente para ele por Caetano Veloso. Também constaram desse LP as músicas “Dona culpa”, de Jorge Bem; “Oficina”, de Tom Jobim; “Brigas de amor”, de Erasmo Carlos e Roberto Carlos e “Não explique”, de Eduardo Dusek. A partir de então, voltou a receber convites para se apresentar em palcos de maior prestígio.

Ao lado da cantora, e também amiga, Ângela Maria, gravou dois discos nos anos de 1982 e 1992, quando se apresentaram juntos várias vezes em shows montados no Teatro Casa Grande. O primeiro deles foi sugerido por R. C. Albin e dirigido por Augusto César Vanucci. Em 1982, lançou com Ângela Maria o LP “Ângela e Cauby” no qual interpretaram “Começaria outra vez”, de Gonzaguinha; “Eu não existo sem você”, de Tom Jobim e Vinícius de Moraes; “Matriz ou filial”, de Lúcio Cardim; “Como vai você”, de Mário Marcos e Antônio Marcos, entre outras. Ainda nesse ano, lançou o LP “Estrelas solitárias”, que trazia além da música título, de Gonzaguinha, obras como “Tortura”, de Florbela Espanca e Fagner; “Gosto final”, de Johnny Alf; “História de amor”, de Ivan Lins; “Luiza”, de Tom Jobim e “Tua presença”, de Mauricio Duboc e Carlos Colla.

Gravou dois LPs pela Top Tape em 1986, “Cauby”, interpretando “Spot light”, de Maurício Duboc e Carlos Colla; “Polaróide”, de Abel Silva e Cláudio Nucci; “O ébrio”, de Vicente Celestino; “Ternura”, de Lyrio Panicalli e Amaral Gurgel e “Eterno rouxinol”, de Abel Silva e Sueli Costa. Já no LP “Cauby Peixoto – Só sucessos”, cantou hits como “Conceição”, de Dunga e Evaldo Gouveia; “Solidão”, de Dolores Duran; “Folha morta”, de Ary Barroso; “Força estranha”, de Caetano Veloso e “Flor de lis”, de Djavan. Em 1988 participou do LP duplo “Há sempre um nome de mulher”, também produzido por R. C. Albin para a Campanha do Aleitamento Materno premiado pelo Banco do Brasil, e do qual se venderam 600 mil cópias, apenas no Banco do Brasil. No ano seguinte, lançou pelo selo Fama/CID o LP “Cauby é show” cantando, entre outras, “A noite do meu bem”, de Dolores Duran; “Ilusão à toa”, de Jonny Alf; “Pianista”, de Ari Monteiro e Irany de Oliveira; “Cabelos brancos”, de Herivelto Martins e Marino Pinto; “Último desejo”, de Noel Rosa e “Negue”, de Enzo Passo e Adelino Moreira.

Em 1991, gravou o LP “Grandes emoções” pela Polydisc no qual cantou “New York, New York”, de Ebbe Kander; “Vida de bailarina”, de Américo Seixas e Chocolate; “Faz parte do meu show”, de Ladeira e Cazuza e um pot-pourri com “Cavalgada”, “Detalhes” e “Emoções”, de Roberto Carlos e Erasmo Carlos. No ano seguinte, gravou com Ângela Maria pela BMG Ariola o CD “Ângela e Cauby ao vivo”, no qual cantaram músicas como “Nem eu”, de Dorival Caymmi; “Carinhoso”, de Pixinguinha e João de Barro; “Ave Maria no morro”, de Herivelto Martins; “Canta Brasil”, de David Nasser e Alcyr Pires Vermelho e “Lábios de mel”, de Waldir Rocha. Em 1992, participou do filme “O corpo”, cantando a música “Blue gardenia”. Em 1993, foi homenageado juntamente com Ângela Maria na festa de entrega do Prêmio Sharp, para os melhores da MPB. Em 1995, gravou pela Som Livre o CD “Cauby canta Sinatra” ao lado de grandes nomes da MPB como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, Zizi Possi, e de uma estrela internacional, Dionne Warwick, interpretando clássicos da carreira do cantor norte americano. Fez uma particpação no filme “ED Mort” em 1997 cantando “Bastidores”. Em 1998, a Polydisco lançou o CD “20 super sucessos – O professor da MPB – Cauby Peixoto”, com seu sgrandes sucessos. Em 1999, gravou o CD “Cauby canta as mulheres”, só de canções cujos títulos são nomes de mulheres, tais como: “Izabella”, de Billy Blanco; “Lígia”, de Tom Jobim; “Doralice”, de Antônio Almeida e Dorival Caymmi; “Dindi”, de Tom Jobim e Aloysio de Oliveira e “Laura”, de João de Barro e Alcyr Pires Vermelho. Seus grandes sucessos continuam a ser: “Conceição”, de Jair Amorim e Dunga; “Blue gardenia”, de B. Russel e L. Lee, com versão de Antônio Carlos; “A pérola e o rubi” (The ruby and the pearl), de Jay Livingston e R. Evans, com versão de Haroldo Barbosa; “Molambo” de Jayme Florence e Augusto Mesquita, “Nono mandamento”, de René Bittencourt e Raul Sampaio; Tarde fria”, de Angelo Apolônio e Henrique Lobo, “Ninguém é de ninguém”, de Umberto Silva e Toso Gomes, com versão de Luiz Mergulhão, “Bastidores” de Chico Buarque e “New York, New York”, de John Kander e Fred Ebb.

Em 2000, lançou o CD “Meu coração é um pandeiro”, pela Som Livre interpretando “Eu canto samba”, de Paulinho da Viola; “Quem te viu, quem te vê”, de Chico Buarque; “Acreditar”, de Ivone Lara e Délcio Carvalho; “Festa da vinda”, de Nuno Veloso e Cartola; “Morena boca de ouro”, de Ary Barroso e “Kizomba (A festa da raça), de Jonas, Rodolfo e Luiz Carlos da Vila.

No ano 2000, sofreu uma intervenção cirúrgica para a colocação de seis pontes de safena no coração. Considerado um dos mais populares cantores do Brasil e um dos mais bem sucedidos remanescentes da Era do Rádio.

Ao longo de sua carreira, recebeu homenagens de muitos compositores que fizeram músicas especialmente para ele cantar, entre eles: Benito Di Paula com “Velas ao vento”, Joanna com “Loucura”, Tom Jobim com “Oficina”, Jorge Benjor, “Dona culpa”, Roberto e Erasmo Carlos, “Brigas de amor”, Eduardo Dusek, “Não explique”, Caetano Veloso; “Cauby! Cauby!”, Carlos Dafé, “Onde foi que eu errei” e João Roberto Kelly, “Mistura”. “Bastidores”, seu grande sucesso nos anos 1980 e uma das canções que ele mesmo diz mais gostar, foi composta por Chico Buarque originalmente para ser gravada por sua irmã, Cristina Buarque. No entanto, devido ao enorme sucesso dessa música em sua voz, poucos são os que acreditam que esse samba com tons de bolero não tenha sido feito especialmente para ele. Gravou, desde 1951, 61 discos de 78 rpm, seis elepês 33 1/2 rpm de 10 polegadas, 51 elepês 33 1/2 rpm de 12 polegadas, 25 compactos simples de 33 1/2 e 45 rpm, 19 compactos duplos de 33 1/2 e 45 rpm, 32 K7s e mais de 20 CDs. Em 2002, foi lançada uma biografia autorizada, “O astro da canção”, escrita pelo jornalista Rodrigo Faour. Nesse ano, apresentou-se com Ângela Maria no Teatro Rival BR em temporada que durou duas semanas. Na ocasião, interpretou sucessos seus como “Blue gardênia”, “Conceição” e “Bastidores”.

Em 2003, aos 73 anos, estreou na casa de shows “Canecão”, no Rio de Janeiro onde nunca havia cantado. Na ocasião, lançou também o CD “Cauby Peixoto graças a Deus”, com direção e produção de João de Aquino interpretando “Noite de paz”, de Dolores Duran, “O menino de braçanã”, de Luiz Vieira, “Deus me perdoe”, de Humberto Teixeira e Lauro Maia e “Se eu quiser falar com Deus”, de Gilberto Gil, além do seu grande hit “Conceição”, ovacionado pelo público. Nesse mesmo ano, apresentou no teatro Rival BR o show “Vozes” com a cantora Selma Reis. Em 2004, foi indicado para o Prêmio Tim em cinco categorias. Nesse ano, fez show no Bar do Tom, em Ipanema mostrando seus últimos trabalhos. Em 2006, foi homenageado com o espetáculo musical “Cauby”, uma superprodução com dez atores, cinco músicos, cenários de Daniela Thomas e 120 figurinos, escrito e dirigido pelo dramaturgo Flávio Marinho, no qual cantor foi interpretado pelo ator Diogo Vilela, estreou em julho no Teatro Ginástico no centro da cidade do Rio de Janeiro. Ainda nesse ano, lançou o CD “Cauby canta Baden” no qual interpretou onze composições de Baden Powell, entre as quais, “Apelo”, “Lapinha”, “Pra que chorar”, “Samba triste”, “Violão vadio”, “Canção do amor um só”, “Mistério”, e “Samba em prelúdio”. Em abril de 2007, o texto do musical “Cauby, Cauby”, de Flávio Marinho foi lançado em livro resultando em celebração ao cantor. Nesse ano, recebeu dois prêmios Tim. Melhor cantor na categoria “Canção popular” pelo CD “Eternamente Cauby Peixoto – 55 anos de carreira” da Atração Fonográfica, e melhor cantor na categoria MPB com o CD “Cauby canta Baden” da Editora Entrelinhas. Ainda em 2007, venceu o Grammy Latino na categoria “Melhor Álbum de Música Romântica” com o CD “Eternamente Cauby Peixoto – 55 anos de carreira”. Em 2009, lançou o CD “Cauby interpreta Roberto”, disco idealizado e produzido por Thiago Marques Luiz para o selo Lua Nova no qual ele interpretou 12 composições de Roberto Carlos e Erasmos Carlos. Em reportagem do jornal O Globo sobre o disco, assim escreveu o crítico Antônio Carlos Miguel: “As interpretações de Cauby e os arranjos reaproximam essas composições de suas fontes originais, pré bossa nova. “Música suave” tem seu andamento de fox acentuado pelos metais; “Desabafo” ganhou tituras de tango, realçadas por cordas e bandoneon; “Não se esqueça de mim” vira uma seresta; “A volta”, um samba-canção; “O show já terminou”, um standard”. Também fizeram parte do repertório do CD músicas como “Olha”, “Sentado à beira do caminho”, “Proposta” e “Seus botões”. O CD foi em São Paulo no programa “Metrópolis” exibido pela TV Cultura, e em show no Sesc Vila Mariana com ingressos esgotados. No show o cantor foi acompanhado por Hanilton Messias, no piano, Eric Budney, no baixo acústico, Ronaldo Rayol, no violão e guitarra, Nahame Casseb, na bateria, e Marcelo Monteiro, no sax e flauta, e violoncelo. Em 2010, sua vida estava sendo objeto de um filme de longa metragem, para o qual foram colhidos depoimentos de artistas, críticos e jornalistas. Em 2010, fez no Teatro Fecap, no bairo da Liberdade, em São Paulo o show “Cauby canta Sinatra” no qualinterpretou canções imortalizadas na voz do cantor norte americano Frank Sinatra. Foram dois shows sendo que no segundo foi feita a gravação do Cd e DVD, além do primeiro blue-ray da carreira do cantor. Nosshows, o cantor foi acompanhado por oito músicos que realizaram umasérie de treze sessões de ensaios com ele. No mesmo período foi gravado um especial para a TV Cultura de São Paulo. Em 2011, para celebrar os seus 80 anos de nascimento foi lançada uma caixa com três CDs intitulada “Cauby, o mito” que incluiu a composição inédita “Minha voz, minha vida” de Caetano Veloso. Nesses CDs, interpretou músicas como “Guerreiro Menino (Um Homem Também Chora)”, de Gonzaguinha; “As Vitrines”, de Chico Buarque; “Fracasso”, de Fagner; “Minha Voz, Minha Vida”, de Caetano Veloso; “Modinha”, de Sergio Bittencourt; “Eu Sonhei Que Tu Estavas Tão Linda”, de Lamartine Babo e Francisco Mattoso; “Todo O Sentimento”, de Cristóvão Bastos e Chico Buarque; “O Que Tinha De Ser”, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes; “Hoje”, de Taiguara; “Pra Dizer Adeus (Adieu)”, de Edu Lobo e Torquato Neto, em versão sua para o francês; “Lembra De Mim”, de Ivan Lins e Vitor Martins; “Viola Enluarada”, de Marcos Valle e Paulo Sergio Valle, e “A Voz Do Violão”, de Francisco Alves e Horácio Campos, entre outras. O segundo CD da série, incluiu apenas gravações de músicas do conjunto inglês The Beatles sendo intitulado como “Caubeatles”. Ainda em 2011, foi lançado pelo selo Discobertas em convênio com o ICCA – Instituto Cultural Cravo Albin a caixa “100 anos de música popular brasileira” com a reedição em 4 CDs duplos dos oito LPs lançados com as gravações dos programas realizados pelo radialista e produtor Ricardo Cravo Albin na Rádio MEC em 1974 e 1975. No volume 3 estão incluídas suas interpretações para os sambas “Ave Maria no morro” e “Lapa”, de Herivelto Martins, e para os sambas-canção “Vingança”, de Lupicínio Rodrigues, e “Lábios que eu beijei”, de J. Cascata e Leonel Azevedo. Ainda por conta das comemorações dos seus 80 anos de nascimento foi homenagem na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro recebendo a Medalha Tiradentes, de que foi orador o musicólogo Ricardo Cravo Albin; foi lançado no Festival do Rio o filme “Cauby – Começaria tudo outra vez”, de Nelson Hoineff, e realizou no Teatro Oi Casagrande seu primeiro show no Rio de Janeiro em oito anos, com casa lotada. Em 2012, foram lançadas pelo selo Discobertas duas caixas com seis CDs cada uma reunindo gravações do cantor realizadas entre 1968 e 1995. Estão presentes nas caixas os LPs “O explosivo”, de 1969, “El explosivo”, também de 1969, voltado para o mercado latino, “Superstar”, de 1972, “Cauby”, de 1976, “Cauby”, de 1979, “Cauby, Cauby”, de 1980, “Um drink com Cauby e Leny”, de 1968, “Cauby”, de 1968, além de dois CDs que foram batizados de “Raridades” com gravações inéditas de compactos e registros esparsos. No mesmo ano, comemorou dez anos de apresentações ininterruptas, todas as segundas-feiras no Bar Brahma, na esquina entre as avenidas Ipiranga e São João, tendo sido foco de reportagem na Revista de Domingo do jornal O Globo. Em 2013, lançou pela Lua Music o CD “Minha serenata”, gravado ao vivo no Teatro Fecap, em São Paulo, no qual cantou clássicos da seresta como o “Rosa”, de Pixinguinha, “Três lágrimas”, de Ary Barroso, “Velho realejo”, de Custódio Mesquita E Sadi Cabral; “Quase que eu disse”, de Silvio Caldas e Orestes Barbosa, e “Lábios que eu beijei”, de J. Cascata e Leonel Azevedo; além de músicas mais recentes como “A Flor e o cais”, de Wagner Tiso e Geraldo Carneiro; “Eterno rouxinol”, de Sueli Costa e Abel Silva, e “De volta pro aconchego”, de Dominguinhos e Nando Cordel. No mesmo ano, apresentou-se, juntamente com Agnaldo Rayol, no Teatro NET Rio, interpretando sucessos como “Eu sonhei que tu estavas tão linda”, de Lamartine Babo, “Granada”, de Agustín Lara, “Guerreiro Menino”, de Gonzaguinha, e “A voz do violão”, de Francisco Alves e Horácio Campos, entre outras. Ainda em 2013, foi duplamente premiado no 24º Prêmio da Música Brasileira recebendo os troféus de “Melhor cantor” e de “Melhor disco popular”, pelo CD “Minha serenata”. No mesmo ano, lançou o CD “Cauby Sings Nat King Cole”, no qual interpretou músicas consagradas na voz do cantor norte americano, entre as quais, “Unforgettable”, de Irving Gordon. O CD, que foi produzido por Thiago Marques e contou com direção musical do pianista Daniel Bondaczuk, reproduziu na capa um foto do cantor ao lado de Nat King Cole da época em que, com o nome de Ron Coby, tentou carreira artística nos Estados Unidos. Em 2015, foi homenageado com o lançamento do filme “Cauby – Começaria Tudo Outra Vez”, de Nelson Hoineff, uma cinebiografia do ídolo com entrevistas e registros de shows raros, inclusive realizados nos Estados Unidos no final dos anos 1950. No mesmo ano, lançou o CD “A bossa de Cauby Peixoto”, produzido por Thiago Marques Luiz para o selo Biscoito Fino, no qual interpretou “Dindi”, de Tom Jobim e Aloysio de Oliveira;; “Até quem sabe”, de João Donato e Lysias Ênio; “Este se olhar”, de Tom Jobim; “O amor e a paz”, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes; “Preciso aprender a ser só”, de Marcos Valle e Paulo Sérgio Vale; “Wave”, de Tom Jobim; “Razão de viver”, de Eumir Deodato e Paulo Sergio Valle; “Samba do avião”, de Tom Jobim, e “Eu e a brisa”, de Johnny Alf, faixas em que foi acompanhado por Alexandre Vianna, no piano, Deco Telles, no baixo, e Humberto Zigler, na bateria, além de “Ilusão à toa”, faixa na qual teve o acompanhamento de Ronaldo Rayol ao violão. Em 2016, retornou ao Teatro Bradesco, em São Paulo, ao lado da cantora Angela Maria no show “120 Anos”, no qual comemoram os respectivos 60 anos de carreira. Acompanhados pelos músicos Alexandre Vianna, piano, Eric Budney, baixo, Ronaldo Rayol, violão, Jabes Felipe, bateria, Michel Machado, percussão e Marcelo Monteiro, sopros , interpretaram sucessos como “Vida da Bailarina”, “Cinderela”, “Gente Humilde”, “Bastidores”, “Babalú” e “Conceição”.

Um dos maiores cantores brasileiros de todos os tempos, ícone da Era do Rádio, faleceu aos 85 anos de pneumonia, em São Paulo, pouco antes da realização de um show com a cantora Ângela Maria, comemorativo aos 60 anos de carreira de cada um.

Em 2016, em decreto da Prefeitura do Rio de Janeiro, ficou nomeado “Túnel Cantor Cauby Peixoto”, o túnel com 190 m de extensão, integrando o Sistema BRT Transolímpica, ligando os bairros de Jacarepaguá e Sulacap.

Em 2017, um ano após sua morte, foi homenageado pelo cantor Agnaldo Timóteo que lançou no Teatro Net Rio o CD “Obrigado Cauby”, no qual interpretou clássicos do cantor, entre os quais, “Conceição”, “Bastidores” e “Ninguém é de ninguém”.


Born in the neighborhood of Santa Rosa, in Niterói (RJ), into a family that bequeathed several musicians and singers to MPB. Son of a guitarist known as Cadete, nephew of the famous Nonô (Romualdo Peixoto), a great pianist who popularized samba on that instrument, as well as cousin of Ciro Monteiro, a great Brazilian singer who immortalized himself with the nickname “Formigão”, singing sambas syncopated with the accompaniment of matchboxes. His brothers also stood out in the artistic field: Moacyr Peixoto as a pianist, Arakén Peixoto as a trumpeter and Andyara as a singer. He studied at a college run by Salesian priests in Niterói, where he even sang in the church choir. He worked in commerce until he decided to participate in radio freshman programs in 1949 in Rio.

He began his career in the early 1950s, performing on freshman programs such as “Hoar dos comerciários”, on Rádio Tupi. He then worked as a crooner in several nightclubs in Rio de Janeiro. He recorded his first album for the Carnaval label in 1951 with the samba “Saia Branca”, by Geraldo Medeiros and the march “Ai, que carestia!”, by Victor Simon and Liz Monteiro. In 1952, he moved to São Paulo where he sang as a “crooner” at the Oásis and Arpége nightclubs, in addition to performing on Rádio Excelsior. His ability to interpret songs in English impressed future manager Di Veras, who gradually created a marketing strategy for him, which included the way he dressed, the repertoire and attitudes on stage. In 1953, he recorded two albums for the Todamérica label with the sambas-canção “Tudo reminds you”, by Marvel, Strachey, Link and Mário Donato; “Your kiss”, by Sílvio Donato and “I walk alone”, by R. G. de Melo Pinto and Hélio Ramos and the toada-baião “Aula de amor”, by Poly and José Caravaggi, accompanied by Poly and his group. That same year, he signed a contract with the Columbia label, where he debuted the following year with the samba “Palácio de Pobre”, by Alfredo Borba and José Saccomani and the march “Criado Mudo”, by Alfredo Borba. He then had success with the slow-fox “Blue gardenia”, by B. Russel and L. Lee with a version by Antônio Carlos, the theme song for the Hollywood film of the same title, which opened the doors to stardom for him. In a short time, the singer became a radio idol. He joined the cast of Rádio Nacional in the same year. Two years later, he was already the most famous singer on the radio, replacing the Orlando Silva phenomenon of 20 years before, starting to be pursued by fans wherever he was. Many times, he even had his clothes torn by the most vehement admirers, a phenomenon initially very well planned by businessman Di Veras, as a marketing strategy. Still in 1954, he also recorded the sambas-canção “Só Quero Você”, by Di Veras and Osmar Campos Filho and “Triste Melody”, by Chocolate and Di Veras and the march “From here to eternity”, by R. Wells, F. .Karger and Lourival Faissal. In 1955, he released “Blue gardenia”, his first LP in which he performed, among others, the title song; “Triste Melody”, by Di Veras and Chocolate; “A smile and a look”, by Di Veras and Carlos Lima; “Without however or because”, by Renato César and Nazareno de Brito and “Final de amor”, by Cidinho and Haroldo Barbosa. Still in 1955, he was chosen by the critic Silvio Túlio Cardoso through the column “Discos Popular” written by him for the newspaper O Globo as the “best singer of the year” receiving a “gold record” as a prize, delivered at a ceremony in the Goldem Room of the Copacabana Palace. In the mid-1950s, he toured the United States, where he recorded several tracks under the name Ron Coby, trying an international career that ended up not happening, despite having recorded with one of the great maestros of the time, Percy Faith. In 1955, the columnist Louis Serrano of the newspaper O Globo, in his column “Cartas de Hollywood” wrote about him: “Who has received torn praise around here is the young and modest Cauby Peixoto. I can't stop bringing him to my column many times, knowing how they must be following in the footsteps of this singer who came here to record and is arousing so much interest that right now a talent scout from the Arthur Godfrey Show, in New York, is walking looking for him everywhere. It's just that Cauby came to a Hollywood hotel, the Knicherbocker, to be closer to Columbia's recording studios! If Cauby had come to stay, I'm sure that after the initial introductions I had the pleasure of making to him and the contacts I provided him with, he would already have a good contract. But limited time has made him miss out on good offers. “Too bad”. In 1956 he recorded three LPs. In “Você, a música e Cauby” he launched the great success of the year and his most famous interpretation, the samba-canção “Conceição”, by Jair Amorim and Dunga. The same LP also featured “Siga”, by Hélio Guimares and Fernando Lobo and “Molambo”, by Jayme Florence and Augusto Mesquita. On the LP “O show vaIestar” he performed “Volta ao tarde”, by Fernando César; “Acaso”, by Othon Russo and Nazareno de Brito; “Love is not a toy”, by Ibraim Sued and Mário Jardim and “If I fall asleep” and “Old piano”, by Herivelto Martins and David Nasser. Later that year, he participated in the film “Com Água na Mouta” in which he played his great success “Conceição”. In 1957, for RCA Victor, he recorded the LP “Ouvindo Cauby” in which he performed classic songs: “Nada Além”, by Custódio Mesquita and Mário Lago; “Chora cavaquinho”, by Dunga; “Goddess of my street”, by Jorge Faraj and Newton Teixeira; “Serenata”, by Sílvio Caldas and Orestes Barbosa; “The three tears”, by Ary Barroso; “Asphalt Flower”, by J. Thomaz and Orestes Barbosa; “In the village”, by De Chocolat, Carusinho and Sílvio Caldas and “As shepherdinhas”, by João de Barro and Noel Rosa. In the same year, he left Rádio Nacional, transferring to Rádio Tupi. That same year, he recorded the samba “Nono Mensagem” by René Bittencourt and Raul Sampaio on a 78 rpm disc, which became the new success of his career. He also participated in the films “Com Fácil Vai”, singing “Melodia do Céu”; “Chico Fumaça”, singing “Where she lives” and “Metido a cool”, interpreting “Your hair does not deny”. In 1958, he released two LPs, one on the RCA Victor label and the other on Columbia. On the LP “Música e romance”, by RCA Victor, he sang, among others, “Do not speak of me”, by Fernando César; “Where she lives”, by Lourival Faissal; “Melodia do Céu”, by Di Veras and Haroldo Eiras and “You and I”, by Ibrahim Sued and Mário Jardim. In “Nosso amigo Cauby”, released by Columbia, he recorded “Quero Você”, by Paulo Tito and Ricardo Galeno; “Bela Napoli”, by Bruno Marnet; “Insônia”, by Mário Albanese and Heitor Carrilho; “Living without you”, by Fernando César and “It was the night”, by Newton Mendonça and Tom Jobim. In that same year, he acted in the films “De Legs Pro Air”, singing “Nono Mandamento”; “My mother-in-law is from the police”, singing “Thats rock” and “Jamboreé”, singing “El toreador” and obtained a new success with the samba-canção “Prece de amor”, by René Bittencourt. In the United States, where he was the subject of reports in the magazines “Time” and “Life” as the “Brazilian Elvis Presley”, in 1959, he spent 14 months, where he recorded “Maracangalha”, by Dorival Caymmi, with the title of "I Go". In the same year, he released the LP “Your friend Cauby singing for you” in which he recorded “Tará-tá-tá”, by Geraldo Medeiros; “Curse”, by Fernando César and Britinho; “Noite”, by Raul Sampaio; “Carioca 58”, by Bruno Marnet and Ari Monteiro and “Inveja”, by Zé da Zilda and Zilda do Zé.

In 1960, he recorded the LP “O Sucesso na voz de Cauby Peixoto” which marked his return to RCA Victor. In this LP he sang, among others, “Conversa”, “Alguém me disse” and “Só Deus”, by Jair Amorim and Evaldo Gouveia; “Happiness”, by Tom Jobim and Vinícius de Moraes and “Coward”, by Lourival Faissal. He released two LPs on RCA Victor in 1961. On the first, “Perdão para dois” he sang songs like the one that gives the title to the album by Alfredo Corleto e Palmeira; “Word that was missing” and “Eternal sleep”, by Adelino Moreira; “My girlfriends”, by Oto Borges and Paulo Borges; “She told me like that”, by Lupicínio Rodrigues and “Granada”, by Agustin Lara. On the other LP, “Cauby sings new hits”, he interpreted “Forgive me for the good I love you”, by Waldir Machado; “Example”, by Lupicínio Rodrigues; “Alma de bohemio”, by Benedito Seviero and Tião Carreiro; “Brigas”, by Toso Gomes and Umberto Silva; “Love was my ruin”, by Jayme Florence and Augusto Mesquita and “Our look”, by Sérgio Ricardo. Still in 1961, he was honored together with the singer Elizeth Cardoso with the track of “Soberanos do Disco de 1961. it was, without a doubt, the Matchstick Ball, at Maracanãzinho. The party was sponsored by the state's Department of Tourism and Events and was organized by the city's Disco Commentators Club, with the support of the safety match industry. Many caipiras attended and were animated by the orchestras of Valdir Calmon and Gentil Guedes and by the singers Cauby Peixoto and Elizeth Cardoso. Right there, the singers received the tracks from Soberanos do Disco from 1961, while those from the princes and princesses were delivered to Severino Araújo, Poli, Inezita Barroso and Marisa Barroso.” In the following year he recorded “Canção that inspired you”, by Toso Gomes and Antônio Correia, which gave the name to the LP released by him that year and which also had “Samba do airplane”, by Tom Jobim; “Life goes on”, by Jair Amorim and Evaldo Gouveia; “Poema da luz”, by Maria Helena Toledo and Nelsinho and “I'm going to fight with her”, by Lupicínio Rodrigues. He recorded the LP “Everything reminds you”, with the title song being a version of “These foolish things”. On the same disc he recorded “Tamanco no samba”, by Orlandivo and Hélton Menezes; “Song that was born of love”, by Clóvis Melo and Rildo Hora; “My love, my badness”, by Clóvis Melo and Rildo Hora and “Ave Maria dos Namorados”, by Jair Amorim and Evaldo Gouveia. In 1964, he opened the famous Drink nightclub, in Leme, in Copacabana, alongside the brothers Moacyr, pianist, Arakén, trumpeter and Andyara, singer, performing on its stage for four years. That year, he recorded the LP “Cauby interpreta” in which he sang “Berimbau”, by Baden Powell and Vinícius de Moraes; “I just wanted you”, by Roberto Menescau and Ronaldo Bóscoli; “Disillusionment”, by Ted Moreno; “Nosso cantinho”, by Jair Amorim and Evaldo Gouveia; “Love too much”, by Ed Lincoln and Sílvio César and “Lamento negro”, by Orlandivo and Roberto Jorge. In 1965, she recorded the LP “Because I only think about you”, the title track, which, like the other 11 on the album, was written by the duo Jair Amorim and Evaldo Gouveia, including “Existe Someone”; “My serenade” and “What do you want from me”. Soon after, he released the LP “Cauby sings to listen and dance”, with emphasis on “Samba de Verão”, by Paulo Sérgio Valle and Marcos Valle; “Balançafro”, by Luiz Bandeira and “Girl from Ipanema”, by Tom Jobim and Vinícius de Moraes, one of the first recordings of this MPB classic. In 1968, she recorded live at Boate Drink the LP “Um Drink com Cauby e Leny”, with her friend and singer Leny Eversong in which they sang, among others, “Samba do airplane”, by Tom Jobim; Cole Porter's “Lady Be Good”; “Viola enluarada”, by Paulo Sérgio Valle and Marcos Valle; “It's in the morning”, by Caetano Veloso and “Slow with the dishes”, by Haroldo Barbosa and Luiz Reis. The following year, she released the LP “O explosive Cauby” on the Fermata label, in which she interpreted “O que ser de mim”, written by her; “Stella”, by Fábio and Paulo Imperial; “Delila,” by Mason and Reed; “Common History”, by Michel Butnariu and Juvenal Fernandes and “Zingara”.

In the 1970s, she continued to perform in nightclubs, but experienced a certain ostracism in the media, despite having won, in 1970, the San Remo Festival in Italy with the song “Zíngara”, by R. Alberteli, with a version by Nazareno de Brito . That same year, she acted in the movie “O Donzelo”, singing the song “Vagador”. In 1971, she participated in the VI FIC on TV Globo, defending the song “Verão Vermelho”, by Sérgio Ferreira da Cruz. He recorded the LP “Superstar” for Odeon in 1972, highlighting “Valsinha”, by Chico Buarque and Vinícius de Moraes; “Detalhes”, by Roberto Carlos and Erasmo Carlos; “For you”, by Sílvio César; “The argonauts”, by Caetano Veloso and “If everyone were like you”, by Tom Jobim and Vinícius de Moraes. In 1974, he participated, alongside singer Marlene, in the radio series “MPB-100 ao vivo”, broadcast nationally by Projeto Minerva, which resulted in eight elepes, produced by the presenter of the series, R. C. Albin. Two years later, she recorded the LP “Cauby” for the Som Livre label, in which she sang “Duas conta”, by Garoto; “Cansei”, by Raul Sampaio and Celso Castro; “A volta do bohemio”, by Adelino Moreira; “What did I do”, by Augusto Vasseur and Luiz Peixoto; “Perdão Mangueira”, by Rutinaldo and Adelino Moreira and “Where are you”, by Hermano Silva and Vinícius de Moraes. In 1979, he participated in Funarte's Projeto Pixinguinha, alongside Zezé Gonzaga, performing in Vitória, ES, and Recife, PE. That year, she also released another LP called “Cauby” through Som Livre, in which she performed songs such as “Outra vez”, by Isolda; “Sails in the wind”, by Benito di Paula; It may arrive”, by Piska; “Fear of loving”, by Tite Lemos and Sueli Costa; “I like apples”, by Wando and “Divided love”, by Sidney da Conceição and Luiz Ayrão. In 1980, his career was revitalized with the recording of “Bastidores”, by Chico Buarque and “Loucura”, by Joanna and Sarah Benchimol, both tracks from the “Cauby! Cauby!”, which celebrated its 25 years of career. The title song of this album was composed especially for him by Caetano Veloso. The songs “Dona culpa”, by Jorge Bem; “Oficina”, by Tom Jobim; “Brigas de amor”, by Erasmo Carlos and Roberto Carlos and “Don't explain”, by Eduardo Dusek. From then on, he began to receive invitations to perform on more prestigious stages.

Alongside the singer, and also a friend, Ângela Maria, he recorded two albums in 1982 and 1992, when they performed together several times in shows set up at Teatro Casa Grande. The first one was suggested by R. C. Albin and directed by Augusto César Vanucci. In 1982, he released the LP “Ângela e Cauby” with Ângela Maria, in which they interpreted “Começaria another time”, by Gonzaguinha; “I don't exist without you”, by Tom Jobim and Vinícius de Moraes; “Matrix or subsidiary”, by Lúcio Cardim; “Como vai você”, by Mário Marcos and Antônio Marcos, among others. That same year, he released the LP “Estrelas solitas”, which featured, in addition to the title track, by Gonzaguinha, works such as “Tortura”, by Florbela Espanca and Fagner; “Final Taste”, by Johnny Alf; “Love Story”, by Ivan Lins; “Luiza”, by Tom Jobim and “Your Presence”, by Mauricio Duboc and Carlos Colla.

She recorded two LPs for Top Tape in 1986, “Cauby”, interpreting “Spot light”, by Maurício Duboc and Carlos Colla; “Polaroid”, by Abel Silva and Cláudio Nucci; “The Drunk”, by Vicente Celestino; “Tenderness”, by Lyrio Panicalli and Amaral Gurgel and “Eternal Rouxinol”, by Abel Silva and Sueli Costa. On the LP “Cauby Peixoto – Só Sucessos”, she sang hits like “Conceição”, by Dunga and Evaldo Gouveia; “Loneliness”, by Dolores Duran; “Dead Leaf”, by Ary Barroso; “Stranger Force”, by Caetano Veloso and “Flor de Lis”, by Djavan. In 1988, she participated in the double LP “Há semper um nome de mulher”, also produced by R. C. Albin for the Breastfeeding Campaign, awarded by Banco do Brasil, and of which 600,000 copies were sold at Banco do Brasil alone. The following year, she released the LP “Cauby é show” on the Fama / CID label, singing, among others, “A Noite do Meu Bem”, by Dolores Duran; “Illusion for nothing”, by Jonny Alf; “Pianista”, by Ari Monteiro and Irany de Oliveira; “White Hair”, by Herivelto Martins and Marino Pinto; “Último Wish”, by Noel Rosa and “Negue”, by Enzo Passo and Adelino Moreira.

In 1991, he recorded the LP “Great emotions” for Polydisc in which he sang “New York, New York”, by Ebbe Kander; “Ballerina's life”, by Américo Seixas and Chocolate; “It's part of my show”, by Ladeira and Cazuza and a potpourri with “Cavalgada”, “Detalhes” and “Emoções”, by Roberto Carlos and Erasmo Carlos. The following year, he recorded with Ângela Maria for BMG Ariola the CD “Ângela e Cauby ao vivo”, in which they sang songs like “Nem eu”, by Dorival Caymmi; “Carinhoso”, by Pixinguinha and João de Barro; “Ave Maria on the hill”, by Herivelto Martins; “Canta Brasil”, by David Nasser and Alcyr Pires Vermelho and “Lábios de mel”, by Waldir Rocha. In 1992, she participated in the film “O corpo”, singing the song “Blue gardenia”. In 1993, he was honored along with Ângela Maria at the Sharp Award delivery party, for the best in MPB. In 1995, he recorded the CD “Cauby canta Sinatra” for Som Livre, alongside great names in MPB such as Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, Zizi Possi, and an international star, Dionne Warwick, interpreting classics from the singer’s career. American. He made a cameo in the movie “ED Mort” in 1997 singing “Backstage”. In 1998, Polydisco released the CD “20 super hits – The MPB teacher – Cauby Peixoto”, with his greatest hits. In 1999, he recorded the CD “Cauby sings women”, only with songs whose titles are names of women, such as: “Izabella”, by Billy Blanco; “Lígia”, by Tom Jobim; “Doralice”, by Antônio Almeida and Dorival Caymmi; “Dindi”, by Tom Jobim and Aloysio de Oliveira and “Laura”, by João de Barro and Alcyr Pires Vermelho. His greatest hits continue to be: “Conceição”, by Jair Amorim and Dunga; “Blue gardenia”, by B. Russel and L. Lee, with a version by Antônio Carlos; “The ruby and the pearl”, by Jay Livingston and R. Evans, with version by Haroldo Barbosa; “Molambo” by Jayme Florence and Augusto Mesquita, “Ninth Commandment”, by René Bittencourt and Raul Sampaio; Tarde Frio", by Angelo Apolônio and Henrique Lobo, "Ninguém é de Nobody", by Umberto Silva and Toso Gomes, with a version by Luiz Mergulhão, "Backstage" by Chico Buarque and "New York, New York", by John Kander and Fred Ebb.

In 2000, he released the CD “Meu Coração é um pandeiro”, by Som Livre, interpreting “Eu Canto Samba”, by Paulinho da Viola; “Who saw you, who saw you”, by Chico Buarque; “Acreditar”, by Ivone Lara and Délcio Carvalho; “Festa da Coming”, by Nuno Veloso and Cartola; “Morena Mouth of Gold”, by Ary Barroso and “Kizomba (A Festa da Raça), by Jonas, Rodolfo and Luiz Carlos da Vila.

In the year 2000, he underwent surgery to place six saphenous vein bypasses in his heart. Considered one of the most popular singers in Brazil and one of the most successful remnants of the Radio Era.

Throughout his career, he received tributes from many composers who made songs especially for him to sing, including: Benito Di Paula with “Velas ao vento”, Joanna with “Loucura”, Tom Jobim with “Oficina”, Jorge Benjor, “Dona guilt”, Roberto and Erasmo Carlos, “Fights of love”, Eduardo Dusek, “Don't explain”, Caetano Veloso; “Cuby! Cauby!”, Carlos Dafé, “Where did I go wrong” and João Roberto Kelly, “Mistura”. “Bastidores”, his great success in the 1980s and one of the songs he says he likes the most, was composed by Chico Buarque originally to be recorded by his sister, Cristina Buarque. However, due to the huge success of this song in his voice, there are few who believe that this samba with bolero tones was not made especially for him. Since 1951, he has recorded 61 78 rpm records, six 10-inch 33 1/2 rpm albums, 51 12-inch 33 1/2 rpm albums, 25 single 33 1/2 and 45 rpm singles, 19 33-inch double compacts, 1/2 and 45 rpm, 32 K7s and more than 20 CDs. In 2002, an authorized biography was released, “O astro da canção”, written by journalist Rodrigo Faour. That year, he performed with Ângela Maria at Teatro Rival BR in a season that lasted two weeks. On the occasion, he performed his hits such as “Blue gardenia”, “Conceição” and “Bastidores”.

In 2003, aged 73, he debuted at the Canecão concert hall, in Rio de Janeiro, where he had never sung before. On the occasion, he also released the CD “Cauby Peixoto thanks to God”, with direction and production by João de Aquino interpreting “Noite de paz”, by Dolores Duran, “O Menino de braçanã”, by Luiz Vieira, “Deus me pardoe” , by Humberto Teixeira and Lauro Maia and “If I want to talk to God”, by Gilberto Gil, in addition to his great hit “Conceição”, applauded by the public. That same year, he presented at the Rival BR theater the show “Vozes” with the singer Selma Reis. In 2004, he was nominated for the Tim Award in five categories. That year, he performed at Bar do Tom, in Ipanema, showing his latest works. In 2006, he was honored with the musical show “Cauby”, a super production with ten actors, five musicians, sets by Daniela Thomas and 120 costumes, written and directed by playwright Flávio Marinho, in which the singer was played by actor Diogo Vilela, premiered in July at Teatro Ginástico in downtown Rio de Janeiro. That same year, he released the CD “Cauby canta Baden” in which he performed eleven compositions by Baden Powell, including “Apelo”, “Lapinha”, “Pra que choro”, “Samba triste”, “Violão vadio”, “ Canção do amor um só”, “Mistério”, and “Samba em prelude”. In April 2007, the text of the musical “Cauby, Cauby”, by Flávio Marinho was released in a book resulting in celebration of the singer. That year, he received two Tim awards. Best singer in the “Popular song” category for the CD “Eternamente Cauby Peixoto – 55 years of career” by Atração Fonográfica, and best singer in the MPB category with the CD “Cauby canta Baden” by Editora Entrelinhas. Also in 2007, he won the Latin Grammy in the category “Best Romantic Music Album” with the CD “Eternamente Cauby Peixoto – 55 years of career”. In 2009, he released the CD “Cauby interpreta Roberto”, an album idealized and produced by Thiago Marques Luiz for the Lua Nova label, in which he performed 12 compositions by Roberto Carlos and Erasmos Carlos. In an article in the newspaper O Globo about the album, critic Antônio Carlos Miguel wrote: “Cauby's interpretations and arrangements bring these compositions closer to their original sources, pre-bossa nova. “Soft music” has its fox tempo accentuated by horns; “Desabafo” took on tango tones, enhanced by strings and bandoneon; “Don't forget me” becomes a serenade; “A volta”, a samba-canção; “The show is over”, a standard”. Also part of the repertoire of the CD were songs like “Olha”, “Sentado by the wayside”, “Proposta” and “Your buttons”. The CD was in São Paulo on the program “Metrópolis” shown by TV Cultura, and in a show at Sesc Vila Mariana with sold out tickets. At the show, the singer was accompanied by Hanilton Messias, on piano, Eric Budney, on acoustic bass, Ronaldo Rayol, on guitar and guitar, Nahame Casseb, on drums, and Marcelo Monteiro, on sax and flute, and cello. In 2010, his life was being the subject of a feature film, for which testimonials from artists, critics and journalists were collected. In 2010, he performed at Teatro Fecap, in the neighborhood of Liberdade, in São Paulo, the show “Cauby canta Sinatra” in which he interpreted songs immortalized in the voice of the North American singer Frank Sinatra. There were two concerts, the second recording of the CD and DVD, in addition to the first blue-ray of the singer's career. At the shows, the singer was accompanied by eight musicians who performed a series of thirteen rehearsal sessions with him. In the same period, a special was recorded for TV Cultura in São Paulo. In 2011, to celebrate his 80 years of birth, a box set with three CDs entitled “Cauby, o mito” was released, which included the unpublished composition “My voice, my life” by Caetano Veloso. On these CDs, he performed songs such as “Guerreiro Menino (Um Homem Also Chora)”, by Gonzaguinha; “As Vitrines”, by Chico Buarque; “Fracasso”, by Fagner; “My Voice, My Life”, by Caetano Veloso; “Modinha”, by Sergio Bittencourt; “I Dreamed That You Were So Beautiful”, by Lamartine Babo and Francisco Mattoso; “Todo O Sentimento”, by Cristóvão Bastos and Chico Buarque; “What Had to Be”, by Tom Jobim and Vinicius de Moraes; “Today”, by Taiguara; “Pra Dizer Adeus (Adieu)”, by Edu Lobo and Torquato Neto, in his French version; “Lembra De Mim”, by Ivan Lins and Vitor Martins; “Viola Enluarada”, by Marcos Valle and Paulo Sergio Valle, and “A Voz Do Violão”, by Francisco Alves and Horácio Campos, among others. The second CD in the series, included only recordings of songs by the English band The Beatles and was titled “Caubeatles”. Also in 2011, the Discoveries label, in partnership with the ICCA – Instituto Cultural Cravo Albin, launched the box set “100 years of Brazilian popular music” with the reissue in 4 double CDs of the eight LPs released with the recordings of the programs performed by the broadcaster and producer Ricardo Cravo Albin on Rádio MEC in 1974 and 1975. Volume 3 includes his interpretations for the sambas “Ave Maria no morro” and “Lapa”, by Herivelto Martins, and for the sambas-canção “Vingança”, by Lupicínio Rodrigues, and “Lábios que eu beijei”, by J. Cascata and Leonel Azevedo. Still due to the celebrations of his 80 years of birth, he was honored at the Legislative Assembly of Rio de Janeiro, receiving the Tiradentes Medal, which the musicologist Ricardo Cravo Albin was a speaker; Nelson Hoineff's film “Cauby – Beginning Everything Again” was released at the Rio Festival, and his first show in Rio de Janeiro in eight years was held at Teatro Oi Casagrande, with a packed house. In 2012, the Discoveries label released two boxes with six CDs each, bringing together recordings by the singer made between 1968 and 1995. the Latin market, “Superstar”, from 1972, “Cauby”, from 1976, “Cauby”, from 1979, “Cauby, Cauby”, from 1980, “A drink with Cauby and Leny”, from 1968, “Cauby”, from 1968, in addition to two CDs that were baptized “Raridades” with unpublished recordings of compacts and scattered records. In the same year, he celebrated ten years of uninterrupted performances, every Monday at Bar Brahma, on the corner of Ipiranga and São João avenues, having been the focus of a report in the Sunday Magazine of the newspaper O Globo. In 2013, he released the CD “Minha serenata” through Lua Music, recorded live at Teatro Fecap, in São Paulo, in which he sang seresta classics such as “Rosa”, by Pixinguinha, “Três tears”, by Ary Barroso, “ Old barrel organ”, by Custódio Mesquita and Sadi Cabral; “Almost I said”, by Silvio Caldas and Orestes Barbosa, and “Lips I kissed”, by J. Cascata and Leonel Azevedo; in addition to more recent songs such as “A Flor e o cais”, by Wagner Tiso and Geraldo Carneiro; “Eterno rouxinol”, by Sueli Costa and Abel Silva, and “De volta pro aconchego”, by Dominguinhos and Nando Cordel. In the same year, he performed, together with Agnaldo Rayol, at Teatro NET Rio, performing hits such as “I dreamed that you were so beautiful”, by Lamartine Babo, “Granada”, by Agustín Lara, “Guerreiro Menino”, by Gonzaguinha , and “The voice of the guitar”, by Francisco Alves and Horácio Campos, among others. Also in 2013, he was twice awarded at the 24th Brazilian Music Award, receiving the trophies for “Best singer” and “Best popular album”, for the CD “Minha serenata”. In the same year, he released the CD “Cauby Sings Nat King Cole”, in which he performed consecrated songs in the voice of the American singer, including “Unforgettable”, by Irving Gordon. The CD, which was produced by Thiago Marques and had the musical direction of pianist Daniel Bondaczuk, reproduced on the cover a photo of the singer next to Nat King Cole from the time when, under the name of Ron Coby, he attempted an artistic career in the United States . In 2015, he was honored with the release of Nelson Hoineff's film “Cauby – Begins Everything Again”, a biopic of the idol with interviews and recordings of rare concerts, including those performed in the United States in the late 1950s. released the CD “A bossa de Cauby Peixoto”, produced by Thiago Marques Luiz for the Biscoito Fino label, in which he performed “Dindi”, by Tom Jobim and Aloysio de Oliveira;; “Até quem saber”, by João Donato and Lysias Ênio; “This look”, by Tom Jobim; “Love and peace”, by Tom Jobim and Vinicius de Moraes; “I need to learn to be alone”, by Marcos Valle and Paulo Sérgio Vale; “Wave”, by Tom Jobim; “Reason for living”, by Eumir Deodato and Paulo Sergio Valle; “Samba do airplane”, by Tom Jobim, and “Eu e a brisa”, by Johnny Alf, tracks in which he was accompanied by Alexandre Vianna, on piano, Deco Telles, on bass, and Humberto Zigler, on drums, in addition to “ Illusion à toa”, track in which Ronaldo Rayol accompanies him on the guitar. In 2016, he returned to Teatro Bradesco, in São Paulo, alongside singer Angela Maria in the show “120 Anos”, in which they celebrate their respective 60 years of career. Accompanied by musicians Alexandre Vianna, piano, Eric Budney, bass, Ronaldo Rayol, guitar, Jabes Felipe, drums, Michel Machado, percussion and Marcelo Monteiro, woodwinds, they performed hits such as “Vida da Bailarina”, “Cinderela”, “Gente Humilde” , “Backstage”, “Babalú” and “Conceição”.

One of the greatest Brazilian singers of all time, an icon of the Radio Era, died at the age of 85 of pneumonia, in São Paulo, shortly before a concert with singer Ângela Maria, commemorating the 60th anniversary of their careers.

In 2016, by decree of the Rio de Janeiro City Hall, the 190 m long tunnel was named “Túnel Cantor Cauby Peixoto”, integrating the BRT Transolímpica System, connecting the neighborhoods of Jacarepaguá and Sulacap.

In 2017, a year after his death, he was honored by the singer Agnaldo Timóteo who released the CD “Obrigado Cauby” at Teatro Net Rio, in which he performed the singer’s classics, including “Conceição”, “Backstage” and “Ninguém é from anyone”.

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3 comentários:

  1. Boa tarde! Desculpe-me (mesmo) se estou abusando, mas....será que o Sr. teria alguma coisa (discografia seria quase um milagre) do grande Radamés Gnattali? Desde já, ainda que não seja possível, por qualquer razão, muitíssimo obrigado! Abs! Francisco.

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    1. Olá, atendendo a seu pedido, à partir de hoje disponibilizo aqui no blog 19 discos do mestre Radamés Gnattali!
      Grande abraço!

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  2. UAU! Gratidão, caríssimo João Paulo. Nem sei como agradecer!

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