terça-feira, 24 de outubro de 2023

Quatro Ases e um Coringa - Discografia

Conjunto vocal e instrumental.

Seus integrantes eram todos da cidade de Fortaleza: Evenor de Pontes Medeiros, nascido em 1915, violonista e compositor; José de Pontes Medeiros, nascido em 1921, violonista e cantor; Permínio de Pontes Medeiros, gaitista e cantor; André Batista Vieira, o Coringa, nascido em 1920, pandeirista, cantor e compositor e Esdras Falcão Guimarães, o Pijuca, nascido em 1921.

Em 1952, o pandeirista André Batista Vieira foi substituído por Jorginho do Pandeiro, que viria a integrar depois o Conjunto Época de Ouro, sendo depois substituído por Nilo. No final da década de 1950, Nilo foi substituído por Miltinho, pandeirista e vocalista, que também integrara os Anjos do Inferno e depois faria sucesso como cantor.

O grupo foi, juntamente com os Anjos do Inferno, o conjunto de maior destaque na segunda fase da chamada época de ouro da música popular brasileira, principalmente na década de 1940.

Em 1939, os irmãos cearenses Evenor, José e Permínio estudavam no Rio de Janeiro e decidiram formar um quarteto vocal e instrumental juntamente com o amigo André, mais conhecido por Melé, que significa coringa. Depois de formar-se em Química, em 1941, Evenor viajou com os outros três para Fortaleza, onde apresentaram-se na Ceará Rádio Clube com o nome de Bando Cearense. Foi então que se juntou a eles o violonista Esdras Falcão, o Pijuca. Por sugestão do jornalista cearense Demócrito Rocha adotaram o nome de Quatro Ases e Um Melé. De volta ao Rio, apresentaram-se na Rádio Mayrink Veiga durante três meses e depois foram para a Rádio Tupi por indicação de João Dummar, diretor da Ceará Rádio Clube. Dummar sugeriu ainda que o conjunto trocasse o nome para Quatro Ases e Um Coringa, já que Melé era um termo desconhecido.

Em 1941, gravaram o primeiro disco, pela Odeon, com a marcha “Os dois errados”, de Estanislau Silva, Álvaro Nunes e Nelson Trigueiro, e o samba “Dora meu amor”, de Constantino Silva e André Vieira. Em seguida, gravaram a marcha “Pica-pau”, de Ary Barroso, e o samba “Escorreguei e caí”, de Gil Lima e J. B. Cruz. No ano seguinte, gravaram a marcha “Viva quem tem bigode”, de Rubens Soares e David Nasser, e os sambas “Os beijinhos de iaiá”, de Clênio França, Orestes Xavier e L. Dias; “Coração bateu demais” e “Quem duvidar que apareça”, de Assis Valente; “Coisas do carnaval” e “Batuca nega”, de Ary Barroso; “No Ceará é assim” e “Se o meu pinho parar…”, de Carlos Barroso, e “Ai! Que saudade dela”, de Geraldo Pereira e Ari Monteiro, além do batuque “Eu vi um leão”, de Lauro Maia. Por essa época, foram contratados para atuar no Cassino Copacabana, onde trabalharam por quatro anos.

Para o carnaval de 1943, lançaram a marcha “Deixai para mim as cabrochinhas”, de Pedro Caetano e Alcyr Pires Vermelho, e o samba “Prova de fogo”, de Lauro Maia. Ainda nesse ano, gravaram entre outras, a marcha “Feijoada”, de Rubens Soares; os sambas “Andorinha bateu asa”, de Antônio Almeida e Marino Pinto; “Nós dois”, de Gadê e Almanir Grego; “Morena dos meus sonhos”, de Carlos Barroso e Humberto Teixeira; “Samba de casaca”, de Pedro Caetano e Valfrido Silva, e o maxixe “Siri ou sereia”, de Carlos Barroso. Ainda nesse ano, fizeram sucesso com a marcha “Trem de ferro”, de Lauro Maia, e com o samba “Terra seca”, de Ary Barroso, que se tornou um clássico a partir da apurada gravação do grupo.

Em 1944, lançaram os sambas “Rio de Janeiro”, de Pedro Caetano e Claudionor Cruz; “O samba não morre”, de Marino Pinto e Arlindo Marques Júnior; “Lenda do morro”, de Peterpan e Afonso Teixeira; “Diz que não”, de Ary Barroso e “Lições da vida”, de Rubens Soares e Ari Monteiro, além da marcha-hino “Sempre Flamengo”, de Lamartine Babo, em homenagem ao time de futebol do Flamengo que na ocasião se tornara tri campeão carioca. Para o carnaval de 1945, lançaram a marcha “Seu Balzac”, de Afonso Teixeira e Jorge de Castro, e o samba “Dinheiro, saúde e mulher”, de Peterpan e Ari Follain. Nesse ano, o grupo lançou o samba “Cachimbo de barro”; o fox “Gosto mais do swing”; o balanceio “Eu vou até de manhã” e a ligeira “A ribeira do Caxia”, as quatro de Lauro Maia, compositor cearense de quem o grupo se tornou um grande intérprete. Também no mesmo, gravaram uma composição de Luiz Gonzaga, parceria com Jararaca, o samba “Quem é?”. No carnaval de 1946, divulgaram os batuques “Juvenal”, de Lauro Maia e Humberto Teixeira, e “Casca de banana”, de Jararaca e Donga. Nesse ano, gravaram o calango “Se quer ver vem cá”, de Luiz Gonzaga e Miguel Lima, e o samba “Nego não sai do batuque”, de Pedro Caetano e Alcyr Pires Vermelho. Também no mesmo ano, o grupo fez sucesso com o samba “Na Baixa do sapateiro”, de Ary Barroso e com “Baião”, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, que deu ensejo ao lançamento do novo ritmo no Rio de Janeiro, que se tornaria uma verdadeira febre nos anos seguintes: o baião.

No carnaval de 1947, fizeram sucesso como o samba “Onde estão os tamborins”, de Pedro Caetano, e com a marcha “O periquito da madame”, de Nestor de Holanda, Carvalhinho e Afonso Teixeira, duas das composições mais cantadas naquele ano. No mesmo ano, o grupo regravou o samba “Aquarela do Brasil”, de Ary Barroso, e gravou os sambas “Sambolândia”; “Sopa no mel” e “É com esse que eu vou”, de Pedro Caetano, compositor de quem também gravaram muitas músicas, sendo que esse último samba foi um dos grandes sucessos do grupo. Ainda em 1947, fizeram sucesso com o calango “Dezessete e setecentos”, de Luiz Gonzaga e Miguel Lima. Nesse mesmo ano, atuaram em dois filmes: “Fogo na canjica”, de Luís de Barros, e “Essa é fina”, de Luís de Barros e Moacir Fenelon. Em 1948, divulgaram para o carnaval a marcha “Cigana feiticeira” e o samba “Catumbi”, da dupla Benedito Lacerda e Haroldo Lobo. Nesse ano, gravaram também “Seridó”, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, que tinha a intenção de ser um novo ritmo, o seridó, como foram o baião e o chamego, mas que não teve sucesso, e os sambas “Onde canta o sabiá”, de Assis Valente e José Carlos Burle, e “Bahia de todos os santos”, de Vicente Paiva e Chianca de Garcia. Ainda nesse ano, atuaram no filme “Esta é fina”, juntamente com Dircinha Batista, Aracy de Almeida, Nelson Gonçalves, Linda Batista, Nuno Roland, Marlene, Joel e Gaúcho e Trio de Ouro. Gravaram em 1949 os frevos “Os confetes de arlequim”, dos Irmãos Valença e “Evoé…”, de Baltazar Carvalho, e as marchas “Marieta”, de Pedro Caetano e Claudionor Cruz, além de “Esta merece um samba”, de Pedro Caetano e Cristóvão de Alencar. Nesse ano, o grupo fez sucesso com o samba “Cabelos brancos”, de Herivelto Martins e Marino Pinto, sempre citado dentro da polêmica Herivelto Martins e Dalva de Oliveira. Ainda em 1949, trasferiram-se para a RCA Victor e lançaram a marcha “Chegou a hora”, de Marino Pinto, e o samba “Hoje é para mim”, de Arlindo Marques Jr, Roberto Roberti e Afonso Teixeira.

Em 1950, gravaram o baião “Cariri”, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira; o xote “Adeus Guiti”, de Humberto Teixeira e Carlos Barroso, e os sambas “Não posso nem comigo”, de Herivelto Martins e Benedito Lacerda, e “Meu bairro canta”, de Valdemar Ressurreição. Ainda no mesmo ano, emplacaram dois novos sucessos: o coco “Derramaro o gai”, de Luiz Gonzaga e Zé Dantas e o samba “Boneca de pano”, de Assis Valente. Também em 1950, o grupo regravou dois clássicos da música popular brasileira, os baiões “Baião de dois” e “Paraíba”, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira. Participaram também do filme “Aviso aos navegantes”, de Watson Macedo. Para o carnaval de 1951, lançaram o samba “Meu maior desejo”, de Marino Pinto e Fernando Martins e a marcha “Quero uma mulher”, de Heitor dos Prazeres. Ainda no mesmo ano, gravaram os baiões “O machucado”, de Luiz Gonzaga e Zé Dantas; “Vaqueiro do Ceará”, de Humberto Teixeira e Carlos Barroso e “Tesouro e meio”, de Luiz Gonzaga; o samba “Você foi mais uma”, de Cícero Nunes, e a rancheira “Gauchada”, de César Siqueira e Evenor Pontes.

Em 1952, gravaram mais dois baiões: “Tudo é baião”, de Luiz Gonzaga e Zé Dantas e “Ai! Miquilina”, de Luiz Gonzaga e Guio de Morais. Gravaram também o samba “Margaret”, de Pedro Caetano, e “Xaxado”, de Luiz Gonzaga e Hervê Cordovil, além dos sambas “Pra machucar”, de Cícero Nunes, e “Garota dos discos”, de Wilson Batista e Afonso Teixeira. Nesse ano, André, o Curinga, desligou-se do grupo, que continuou atuando sem ele, até conseguir substituto. Com sua saída, sucederam-se como “Curingas” três cantores: primeiro Jorge, depois Nilo Falcão e por último Miltinho. Em 1953, apareceram no carnaval com as marchas “Pescador”, de Haroldo Lobo e Milton de Oliveira e “Marcha da fumaça”, de Peterpan e Afonso Teixeira. Nesse ano, gravaram outro clássico da música popular brasileira: a toada “Vozes da seca”, de Luiz Gonzaga e Zé Dantas. Também no mesmo ano, gravaram os baiões “Devagar não faz poeira”, de Luiz Vieira, e “Meu rancho e meu bem”, de Zé Dantas e Luiz Bandeira, além do xote “Santo Antônio exagerou”, de Haroldo Lobo e Milton de Oliveira. Também participaram do filme “Tudo azul”, de Moacir Fenelon. Em 1954, gravaram as marchas “Polonesa”, de Peterpan e Afonso Teixeira, e “Marcha da cozinheira”, de Haroldo Lobo e Milton de Oliveira; o baião “Uma cabra não chora”, de Humberto Teixeira e Cícero Nunes, e o samba “Tenha pena de mim”, de Geraldo Jacques e Valdemar Gomes.

Em 1955, transferiram-se para a gravadora pernambucana Mocambo e lançaram a marcha “Carrega que o burro é manso”, de Haroldo Lobo, Milton de Oliveira e Airton Amorim, e o samba “O culpado é você”, de Valdemar Gomes e Pedro Caetano. Em seguida, gravaram o samba “Bairros da cidade”, de Bruno Marnet, e o baião “Quixadá”, de Valdemar Gomes e José Batista.

Em 1956, gravaram os sambas “Noiva do mar”, de Valdemar Gomes e Sebastião Fonseca; “Mariazinha”, de Garoto e Alberto Ribeiro, e “É por aqui que se vai”, de Valdemar Gomes e Pedro Caetano, e a marcha “Prato fundo”, de Haroldo Lobo e Brazinha. Também nesse ano, gravaram um disco pela Todamérica com o samba “Amor é bom”, de Roberto Martins e Jair Amorim, e a marcha “É hoje só”, de Cristóvão de Alencar e Afonso Teixeira. Lançaram quatro anos depois, um último disco pela Odeon com dois sambas de Monsueto: “Pratos bossa nova”, com Amado Regis e “A corneta no samba”, já com o grupo em fim de carreira. Pouco depois, ainda lançaram dois últimos discos, sem maiores repercussões, pelo pequeno selo Marajoara, no qual gravaram o primeiro disco da série então lançada por aquela gravadora, com a marcha “No tempo de Carlito”, de Victor Simon e Haroldo Lobo e o samba “Ela”, de Haroldo Lobo e David Raw. A última gravação do grupo foi o samba “Turma da praia”, de Haroldo Lobo e Peterpan, em disco que trazia no lado B o cantor Nilton Paz cantando uma marcha.

Em cerca de vinte anos de carreira, o grupo gravou 100 disco em 78 rpm, sendo 65 na Odeon, 33 na Victor e dois na Marajoara, Seus maiores sucessos foram “Baião”, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira; “Terra seca”, de Ary Barroso; “É com esse que eu vou”, de Pedro Caetano; “Viva quem tem bigode”, de Davi Nasser e Rubens Soares; “Eu vi um leão”, de Lauro Maia; “No Ceará é assim”, de Carlos Barroso; “Trem de ferro”, de Lauro Maia; “Na Baixa do Sapateiro”, de Ary Barroso; “Chega, chega, chegadinho”, de Lauro Maia; “Onde estão os tamborins”, de Pedro Caetano; “O periquito da madame”, de Nestor de Holanda, Carvalhinho e Afonso Teixeira; “Sá Mariquinha”, de Luís Assunção e Evenor de Pontes; “Sambolândia”, de Pedro Caetano; “Dezessete e setecentos”, de Luiz Gonzaga e Miguel Lima; “Cigana feiticeira”, de Benedito Lacerda e Haroldo Lobo; “Seridó”, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira; “Cabelos brancos”, de Herivelto Martins e Marino Pinto; “Mangaratiba”, de Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga; “Derramaro o gai”, de Zé Dantas e Luiz Gonzaga; “Marcha do caracol”, de Peterpan e Afonso Teixeira; “Apanhador de papel”, de Peterpan e Afonso Teixeira e a marcha “Pescador”, de Haroldo Lobo e Milton de Oliveira.

Em 1992, algumas gravações do grupo foram relançadas pelo selo Revivendo no CD “Samba da minhaterra”, que trazia ainda gravações do Bando da Lua e dos Anjos do Inferno. Pelo final dos anos 1990, o grupo tentou se reorganizar, ensaiando uma volta a cena artística, sem maiores repercussões, até porque muitos dos seus integrantes originais já não mais existiam. Em 2001, o conjunto gravou um programa retrospectivo na Rádio Mec AM, a convite do produtor Ricardo Cravo Albin, que obteve boa repercussão.


Vocal and instrumental ensemble.

Its members were all from the city of Fortaleza: Evenor de Pontes Medeiros, born in 1915, guitarist and composer; José de Pontes Medeiros, born in 1921, guitarist and singer; Permínio de Pontes Medeiros, harmonica player and singer; André Batista Vieira, the Joker, born in 1920, tambourine player, singer and composer and Esdras Falcão Guimarães, the Pijuca, born in 1921.

In 1952, the tambourine player André Batista Vieira was replaced by Jorginho do Pandeiro, who later joined the Época de Ouro Group, later being replaced by Nilo. At the end of the 1950s, Nilo was replaced by Miltinho, a tambourine player and vocalist, who had also joined Anjos do Inferno and later became successful as a singer.

The group was, along with Anjos do Inferno, the most prominent group in the second phase of the so-called golden age of Brazilian popular music, mainly in the 1940s.

In 1939, brothers from Ceará, Evenor, José and Permínio were studying in Rio de Janeiro and decided to form a vocal and instrumental quartet together with their friend André, better known as Melé, which means joker. After graduating in Chemistry, in 1941, Evenor traveled with the other three to Fortaleza, where they performed at Ceará Rádio Clube under the name of Bando Cearense. It was then that guitarist Esdras Falcão, known as Pijuca, joined them. At the suggestion of Ceará journalist Democrito Rocha, they adopted the name Quatro Ases e Um Melé. Back in Rio, they performed on Rádio Mayrink Veiga for three months and then went to Rádio Tupi on the recommendation of João Dummar, director of Ceará Rádio Clube. Dummar further suggested that the group change the name to Quatro Aces e Um Joker, as Melé was an unknown term.

In 1941, they recorded their first album, for Odeon, with the march “Os Dois Erros”, by Estanislau Silva, Álvaro Nunes and Nelson Trigueiro, and the samba “Dora meu amor”, by Constantino Silva and André Vieira. Then they recorded the march “Pica-pau”, by Ary Barroso, and the samba “Escorreguei e cai”, by Gil Lima and J. B. Cruz. The following year, they recorded the march “Viva quem tem moustache”, by Rubens Soares and David Nasser, and the sambas “Os beijinhos de iaiá”, by Clênio França, Orestes Xavier and L. Dias; “Heart beat too much” and “Whoever doubts that it appears”, by Assis Valente; “Coisas do carnaval” and “Batuca nega”, by Ary Barroso; “In Ceará it's like this” and “If my pine stops…”, by Carlos Barroso, and “Ai! I miss her", by Geraldo Pereira and Ari Monteiro, in addition to the drumming "I saw a lion", by Lauro Maia. Around that time, they were hired to work at the Copacabana Casino, where they worked for four years.

For the 1943 carnival, they released the march “Deixai para mim as cabrochinhas”, by Pedro Caetano and Alcyr Pires Vermelho, and the samba “Prova de Fogo”, by Lauro Maia. That same year, they recorded, among others, the march “Feijoada”, by Rubens Soares; the sambas “Andorinha bat asa”, by Antônio Almeida and Marino Pinto; “We Two”, by Gadê and Almanir Grego; “Brunette of my dreams”, by Carlos Barroso and Humberto Teixeira; “Samba de casaca”, by Pedro Caetano and Valfrido Silva, and the maxixe “Siri ou sereia”, by Carlos Barroso. Later that year, they were successful with the march “Trem de ferro”, by Lauro Maia, and with the samba “Terra seca”, by Ary Barroso, which became a classic based on the group's refined recording.

In 1944, they released the sambas “Rio de Janeiro”, by Pedro Caetano and Claudionor Cruz; “The samba does not die”, by Marino Pinto and Arlindo Marques Júnior; “Lenda do Morro”, by Peterpan and Afonso Teixeira; “Diz que não”, by Ary Barroso and “Lições da vida”, by Rubens Soares and Ari Monteiro, in addition to the march-anthem “Sempre Flamengo”, by Lamartine Babo, in homage to the Flamengo football team that at the time had become tri champion carioca. For the 1945 carnival, they released the march “Seu Balzac”, by Afonso Teixeira and Jorge de Castro, and the samba “Dinheiro, Saúde e Mulher”, by Peterpan and Ari Follain. That year, the group released the samba “Cachimbo de barro”; the fox “I like swing better”; the swaying “I go until morning” and the light “A ribeira do Caxia”, the four of Lauro Maia, composer from Ceará of whom the group became a great interpreter. Also in the same, they recorded a composition by Luiz Gonzaga, in partnership with Jararaca, the samba “Quem é?”. In the 1946 carnival, they released the drumming “Juvenal”, by Lauro Maia and Humberto Teixeira, and “Casca de banana”, by Jararaca and Donga. That year, they recorded the calango “Se quer ver vem aqui”, by Luiz Gonzaga and Miguel Lima, and the samba “Nego não sai do batuque”, by Pedro Caetano and Alcyr Pires Vermelho. Also in the same year, the group was successful with the samba “Na Baixa do Sapateiro”, by Ary Barroso and with “Baião”, by Luiz Gonzaga and Humberto Teixeira, which gave rise to the launch of the new rhythm in Rio de Janeiro, which became became a true fever in the following years: the baião.

In the 1947 carnival, they were successful with the samba “Where are the tambourines”, by Pedro Caetano, and with the march “O paraquito da madame”, by Nestor de Holanda, Carvalhinho and Afonso Teixeira, two of the most sung compositions that year. In the same year, the group re-recorded the samba “Aquarela do Brasil”, by Ary Barroso, and recorded the sambas “Sambolândia”; “Sopa no mel” and “É com esse que eu vou”, by Pedro Caetano, composer for whom they also recorded many songs, the latter samba being one of the group's great successes. Still in 1947, they were successful with the calango “Dezessete e setecentos”, by Luiz Gonzaga and Miguel Lima. That same year, they acted in two films: “Fogo na canjica”, by Luís de Barros, and “Essa é fina”, by Luís de Barros and Moacir Fenelon. In 1948, they promoted the march “Cigana sorceira” and the samba “Catumbi”, by the duo Benedito Lacerda and Haroldo Lobo, for Carnival. That year, they also recorded “Seridó”, by Luiz Gonzaga and Humberto Teixeira, which had the intention of being a new rhythm, the seridó, like the baião and the chamago, but which was not successful, and the sambas “Onde canta o sabiá”, by Assis Valente and José Carlos Burle, and “Bahia de Todos os santos”, by Vicente Paiva and Chianca de Garcia. Later that year, they acted in the film “Esta é fina”, together with Dircinha Batista, Aracy de Almeida, Nelson Gonçalves, Linda Batista, Nuno Roland, Marlene, Joel and Gaúcho and Trio de Ouro. In 1949, they recorded the frevos “Os confetti de arlequim”, by the Valença Brothers and “Evoé…”, by Baltazar Carvalho, and the marches “Marieta”, by Pedro Caetano and Claudionor Cruz, in addition to “This deserves a samba”, by Pedro Caetano and Christopher de Alencar. That year, the group was successful with the samba “Cabelos Brancos”, by Herivelto Martins and Marino Pinto, always cited within the Herivelto Martins and Dalva de Oliveira controversy. Still in 1949, they transferred to RCA Victor and launched the march “Chegou a hora”, by Marino Pinto, and the samba “Hoje é para mim”, by Arlindo Marques Jr, Roberto Roberti and Afonso Teixeira.

In 1950, they recorded the baião “Cariri”, by Luiz Gonzaga and Humberto Teixeira; the xote “Goodbye Guiti”, by Humberto Teixeira and Carlos Barroso, and the sambas “I can't even come with me”, by Herivelto Martins and Benedito Lacerda, and “My neighborhood sings”, by Valdemar Ressurreição. In the same year, they scored two new hits: the coco “Derramaro o gai”, by Luiz Gonzaga and Zé Dantas and the samba “Boneca de pano”, by Assis Valente. Also in 1950, the group re-recorded two classics of Brazilian popular music, the baiões “Baião de dois” and “Paraíba”, by Luiz Gonzaga and Humberto Teixeira. They also participated in the film “Aviso às Navegantes”, by Watson Macedo. For the 1951 carnival, they released the samba “Meu Maior Destino”, by Marino Pinto and Fernando Martins and the march “Quero uma mulher”, by Heitor dos Prazeres. In the same year, they recorded the baiões “O bruisedo”, by Luiz Gonzaga and Zé Dantas; “Vaqueiro do Ceará”, by Humberto Teixeira and Carlos Barroso and “Tesouro e meio”, by Luiz Gonzaga; the samba “Você foi mais uma”, by Cícero Nunes, and the rancheira “Gauchada”, by César Siqueira and Evenor Pontes.

In 1952, they recorded two more baiões: “Tudo é baião”, by Luiz Gonzaga and Zé Dantas and “Ai! Miquilina”, by Luiz Gonzaga and Guio de Morais. They also recorded the samba “Margaret”, by Pedro Caetano, and “Xaxado”, by Luiz Gonzaga and Hervê Cordovil, in addition to the sambas “Pra bruiser”, by Cícero Nunes, and “Garota dos disco”, by Wilson Batista and Afonso Teixeira. That year, André, the Curinga, left the group, which continued to perform without him, until he found a replacement. With his departure, three singers followed as “Jokers”: first Jorge, then Nilo Falcão and lastly Miltinho. In 1953, they appeared at the carnival with the marches “Pescador”, by Haroldo Lobo and Milton de Oliveira and “Marcha da smoke”, by Peterpan and Afonso Teixeira. That year, they recorded another classic of Brazilian popular music: the tune “Vozes da seca”, by Luiz Gonzaga and Zé Dantas. Also in the same year, they recorded the baiões “Devagar não faz dust”, by Luiz Vieira, and “Meu rancho e meu bem”, by Zé Dantas and Luiz Bandeira, in addition to the xote “Santo Antônio exaggerated”, by Haroldo Lobo and Milton de Oliveira. They also participated in the film “Tudo azul”, by Moacir Fenelon. In 1954, they recorded the marches “Polonesa”, by Peterpan and Afonso Teixeira, and “Marcha da cookira”, by Haroldo Lobo and Milton de Oliveira; the baião “A goat does not cry”, by Humberto Teixeira and Cícero Nunes, and the samba “Tenha pena de mim”, by Geraldo Jacques and Valdemar Gomes.

In 1955, they transferred to the Pernambucan recording company Mocambo and released the march “Carrega que o donkey é manso”, by Haroldo Lobo, Milton de Oliveira and Airton Amorim, and the samba “O culpa é você”, by Valdemar Gomes and Pedro Gaetano. Then they recorded the samba “Bairros da Cidade”, by Bruno Marnet, and the baião “Quixadá”, by Valdemar Gomes and José Batista.

In 1956, they recorded the sambas “Noiva do mar”, by Valdemar Gomes and Sebastião Fonseca; “Mariazinha”, by Garoto and Alberto Ribeiro, and “É por aqui que se vai”, by Valdemar Gomes and Pedro Caetano, and the march “Prato Fundo”, by Haroldo Lobo and Brazinha. Also that year, they recorded an album for Todamérica with the samba “Amor é bom”, by Roberto Martins and Jair Amorim, and the march “É Hoje só”, by Cristóvão de Alencar and Afonso Teixeira. Four years later, they released a last album through Odeon with two sambas by Monsueto: “Pratos bossa nova”, with Amado Regis and “A corneta no samba”, with the group already at the end of its career. Shortly afterwards, they released their last two albums, with no major repercussions, on the small Marajoara label, in which they recorded the first album of the series then released by that label, with the march “No tempo de Carlito”, by Victor Simon and Haroldo Lobo and the samba “Ela”, by Haroldo Lobo and David Raw. The last recording of the group was the samba “Turma da praia”, by Haroldo Lobo and Peterpan, on a disc that featured the singer Nilton Paz singing a march on the B side.

In about twenty years of career, the group recorded 100 albums at 78 rpm, 65 at Odeon, 33 at Victor and two at Marajoara. Their biggest hits were “Baião”, by Luiz Gonzaga and Humberto Teixeira; “Dry Land”, by Ary Barroso; “It's the one I'm going with”, by Pedro Caetano; “Live who has a mustache”, by Davi Nasser and Rubens Soares; “I saw a lion”, by Lauro Maia; “It's like this in Ceará”, by Carlos Barroso; “Iron train”, by Lauro Maia; “Na Baixa do Sapateiro”, by Ary Barroso; “Enough, enough, arrived”, by Lauro Maia; “Where are the tambourines”, by Pedro Caetano; “Madame's parakeet”, by Nestor de Holanda, Carvalhinho and Afonso Teixeira; “Sá Mariquinha”, by Luís Assunção and Evenor de Pontes; “Sambolândia”, by Pedro Caetano; “Seventeen and seven hundred”, by Luiz Gonzaga and Miguel Lima; “Cigana sorceira”, by Benedito Lacerda and Haroldo Lobo; “Seridó”, by Luiz Gonzaga and Humberto Teixeira; “White Hair”, by Herivelto Martins and Marino Pinto; “Mangaratiba”, by Humberto Teixeira and Luiz Gonzaga; “Derramaro o gai”, by Zé Dantas and Luiz Gonzaga; “Marcha do snail”, by Peterpan and Afonso Teixeira; “Paper catcher”, by Peterpan and Afonso Teixeira and the “Pescador” march, by Haroldo Lobo and Milton de Oliveira.

In 1992, some of the group's recordings were reissued by the Revivendo label on the CD "Samba da minhaterra", which also included recordings by Bando da Lua and Anjos do Inferno. By the end of the 1990s, the group tried to reorganize itself, rehearsing a return to the artistic scene, without major repercussions, not least because many of its original members no longer existed. In 2001, the group recorded a retrospective program on Rádio Mec AM, at the invitation of producer Ricardo Cravo Albin, which had good repercussions.

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